Aprovado em 1° lugar no concurso TSE Unificado (TRE-DF) para o cargo de Analista Judiciário - Contabilidade
Concursos Públicos
“Recomendo estudar bem a banca e o histórico recente de provas da banca em concursos semelhantes. Com base nisso, analise os assuntos mais cobrados e não perca tempo com assuntos que nunca foram cobrados […]”
Confira a nossa entrevista com João Lúcio Evangelista Cardoso, aprovado em 1° lugar no concurso TSE Unificado (TRE-DF) para o cargo de Analista Judiciário – Contabilidade:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
João Lúcio Evangelista Cardoso: Olá, o meu nome é João Lúcio, sou formado em Ciências Contábeis, tenho 31 anos e sou natural de Brasília-DF.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
João: Por ser de Brasília, já fui direcionado para esse caminho, a maioria dos meus familiares são ou foram funcionários públicos, não tinha muito como fugir dessa tendência.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
João: Sim, fui militar por 10 anos e, durante a preparação, estudei e trabalhei. Acordava mais cedo, por volta de 5h e tentava matar 2h de estudo antes de começar o expediente, fazia mais 1h no almoço e mais 1h quando chegava em casa. Além disso, todo tempo livre no trabalho eu estudava.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
João: Fui aprovado na Escola de Sargentos das Armas em 2013, profissão que exerci até outubro de 2024. Me formei em Contabilidade no final de 2023, quando comecei, de fato, a me dedicar aos concursos. Fui aprovado no TJMS (6º), STJ (14º), AGU (3º) e TRE-DF (1º), todos para cargos de Contador. Pretendo continuar estudando, até porque ainda aguardo nomeação nesses concursos. Até lá, a estrada continua.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
João: Abdiquei totalmente da vida social. Creio que não seja o mais correto a se fazer, mas ocorreu de forma involuntária. O estudo para concursos é solitário e eu aproveitava todo tempo livre para estudar.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
João: Moro em Campo Grande com a minha esposa. A minha família é de Brasília, então, já não tinha proximidade física com eles. Sobre a minha esposa, o apoio dela foi fundamental e determinante. Desde o momento em que tomei a decisão de estudar, ela fez tudo que podia para que eu focasse apenas nos estudos, assumiu diversas responsabilidades que antes eram compartilhadas, estava sempre lá para incentivar. Eu não conseguiria sem ela.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
João: Estudei de janeiro a dezembro de 2024. Como eu fiz provas específicas para o meu cargo, eu considero todo o processo como um só. Comecei focado no CNU, fiz pro TJMS e pro STN durante a preparação. Após a prova do CNU, em agosto, foquei nos Tribunais, STJ e TSE Unificado. Por já estar acostumado com a rotina, devido à profissão militar, cumprir a carga horária acabou sendo natural, mas depois da prova do CNU, ficou mais difícil manter o ritmo, comecei com uma intensidade muito grande e percebi que não era sustentável manter aquela carga.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
João: Estudei principalmente por PDFs, por ser mais rápido e produtivo, para matérias mais complicadas, como Estatística e Português, optei por videoaulas. Utilizei bastante o Passo Estratégico para matérias que eu dominava ou tinha pouca incidência no concurso, o que ajudou bastante a evoluir rapidamente e dedicar mais tempo nas matérias mais importantes.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
João: Alguns amigos no quartel já estudavam pelo Estratégia e falavam muito bem, acabei indo pela recomendação deles.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
João: Sim, utilizei material de outro curso antes e quando percebi que a maneira mais produtiva de estudar era por PDF, percebi que não era o forte desse curso, então, mudei para o Estratégia, pois já tinha um feedback positivo sobre isso.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
João: Fiz para Oficial de Apoio da Força Aérea, em que tinha começado a estudar com outro material e depois mudei para o Estratégia, antes da prova. Acabei ficando em 8º lugar, mas só os 6 primeiros foram chamados.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
João: Quando resolvi estudar para o CNU, comecei a seguir a Trilha Estratégica. Na época, eu não tinha noção alguma de metodologia de estudos, fazia tudo que dizem para não fazer, resumos, estudava uma matéria por vez até acabar, etc. Com a Trilha, eu aprendi a fazer ciclo de estudos e vi o quanto era mais efetivo no processo. Depois do CNU, passei a criar os meus próprios ciclos para os outros concursos, com base no que funcionava para mim e tenho certeza de que foi fundamental para as aprovações que seguiram. Outro material que gosto muito é o Passo Estratégico, para o TSE Unificado estudei Direito Administrativo, Contabilidade Pública e Auditoria apenas pelo Passo, pois já tinha uma base, na prova gabaritei Administrativo e Auditoria.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
João: Comecei seguindo a Trilha Estratégica para o CNU, depois que entendi a dinâmica do ciclo de estudos, criei o meu próprio ciclo para os outros concursos, focando mais em resolução de exercícios. Comecei fazendo uma média de 4h a 5h líquidas, mas foi ficando cada vez mais difícil de bater essa carga, então, depois do CNU, ajustei pra 3h diárias e nos últimos 10 dias (usei minhas férias na véspera das provas), estudava todo tempo que podia, chegando a 10h em um dia. Em relação ao número de matérias, para os Tribunais, por já ser um número reduzido, coloquei todas no ciclo e fazia sessões de 1h a 1h30 para cada.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
João: Comecei fazendo as revisões conforme a Trilha indicava, depois comecei a revisar no ciclo 1/7/30. Percebi que acumulavam muitas revisões e foi ficando cada vez mais difícil de coordenar, então, experimentei outras formas e cheguei aos “flashcards”. Hoje, faço flashcards com as questões que erro e tiro um dia da semana pra respondê-los. Tem funcionado bem e me adaptei melhor a esse método.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
João: Nos meus registros foram aproximadamente 16 mil questões durante o ano de 2024. Desde o começo, eu coloquei questões na preparação e considero a melhor forma de aprender. Na semana do concurso, eu focava nas provas anteriores e nos simulados para já entrar no ritmo de prova.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
João: Sem dúvidas é Português e ainda não superei. Sempre foi uma matéria que tive dificuldade. Já fiz diversos cursos, mas as bancas sempre inovam e costumo cair nas pegadinhas. Na prova do TSE, errei 9 das 30, o que me custou outras 9, tive que tirar a diferença em outras matérias, ter fechado a prova de Direito Administrativo, por exemplo, foi fundamental para compensar o mau desempenho em Português.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
João: Na semana da prova, eu prefiro material em vídeo, pois a mente já está cansada de tanto ler. Eu gosto de ver os vídeos de Reta Final e Hora da Verdade do Estratégia no Youtube – tento ver todos na semana -. Para a complementar, eu faço as últimas provas e simulados, para já ter uma noção de onde estou errando mais e não repetir na prova. No dia pré-prova, assisto à Revisão de Véspera, no sofá, da maneira mais confortável possível para aliviar a tensão.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
João: Nos concursos que fiz, a prova discursiva é mais técnica, então, não estudei assuntos específicos pensando na discursiva, foquei no conteúdo de Contabilidade Geral e Pública, pois é o que costuma cair. Fazia uma redação por mês, em média e na semana da prova, via vídeos de professores de redação e lia redações do Pacote do Estratégia e outras que pesquisava na internet. Hoje, tenho uma estrutura mais ou menos pronta na cabeça e tento encaixar no tema, que costuma ser muito mais técnico do que focado em argumentação. No concurso da Secretaria do Tesouro Nacional, consegui a nota mais alta na discursiva para o cargo de Auditor Federal – Área Contábil, não foi suficiente para passar, mas vi que era por ali o caminho, então, passei a usá-la como padrão para as minhas provas e tenho tido bons resultados.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
João: O meu principal erro, eu considero foi não ter pesquisado sobre o que não fazer em uma preparação para concursos. Acredito que saber o que não fazer é até mais importante que pesquisar os diversos métodos de estudos que vemos na internet. Comecei cometendo quase todos os erros que apontam em concurseiros iniciantes e, certamente, isso atrasou a minha evolução. Como acerto, considero ter feito muitas provas, todos os concursos da área contábil que foram aparecendo eu fui me inscrevendo e a cada prova busquei analisar meus erros, a prova do STJ foi uma semana antes da prova do TSE, ambas da Cebraspe, não fui muito bem no STJ e pude ajustar pra semana seguinte.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
João: Para ser honesto, não. Estava muito focado e otimista, sabia que tinha o melhor material nas mãos e só dependeria de mim extrair o melhor dele. Não esperava ficar entre os primeiros, mas sabia que uma vaga seria minha.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
João: Recomendo estudar bem a banca e o histórico recente de provas da banca em concursos semelhantes. Com base nisso, analise os assuntos mais cobrados e não perca tempo com assuntos que nunca foram cobrados. Para matérias com peso menor ou menor quantidade de questões, recomendo utilizar materiais resumidos, que focam no que realmente cai e deixar os materiais completos para as matérias com maior peso ou maior incidência. Além disso, depois de criar uma base na matéria, partir para resolução de questões, estudar os erros e criar flashcards com base neles.