Aprovado em 3° lugar (preliminar discursiva) no concurso BACEN para o cargo de Analista - Economia e Finanças
Concursos Públicos“[…] O caminho vai exigir muita dedicação e abdicação. Chegará ao final aquele que tem uma convicção forte do porquê. Se esse for o seu caso, se mantenha persistente que tudo valerá a pena. […]”
Confira nossa entrevista com Rafael Morgado Barata, aprovado em 3° lugar no concurso BACEN para o cargo de Analista – Área: Economia e Finanças:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Rafael Morgado Barata: Me chamo Rafael, tenho 24 anos e falo de Belém-PA.
Sou tecnólogo em Gestão Financeira e graduando em Ciências Contábeis.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rafael: A ideia de atuar como servidor público sempre pairou pela minha cabeça, sobretudo por influência de alguns familiares concursados. Mas a motivação definitiva veio após algumas experiências negativas em processos seletivos privados, que me fizeram ir em busca de uma forma de ingresso mais democrática e imparcial.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Rafael: A minha preparação para concurso público, assim como a de muitos aprovados, não foi totalmente linear. Comecei a estudar para concursos aos 22 anos e, durante quase 1 ano e meio, eu conciliava os estudos para concurso com o trabalho. Entretanto, no período pós-edital do Banco Central, eu optei por pedir demissão e me dedicar exclusivamente para preparação para esse concurso.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Rafael: Minha primeira aprovação foi em 2022 como escriturário do Banco da Amazônia, tendo alcançado a 1ª colocação geral no pleito. Em 2023, fui aprovado como 1º colocado da minha microrregião no concurso de escriturário do Banco do Brasil. Agora em 2024, fui aprovado como escriturário de TI no último concurso da Caixa.
Pretendo continuar estudando, mas não para concursos (hahaha). Meu cargo-alvo sempre foi o de analista do Banco Central e estou muito satisfeito com a minha aprovação preliminar. Agora pretendo me formar em Contábeis e realizar Mestrado em Economia.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Rafael: Na fase pós-edital minha vida social foi bastante restrita. Eu estudei em praticamente todos os feriados e em pelo menos 1 dia do fim de semana. Apesar do tempo corrido, ainda consegui passar momentos de qualidade com a família, amigos e namorada.
Uma prática que me ajudou e que recomendo é fazer rodadas de estudo nos fins de semana, com grupo de amigos. Isso ajuda a aliviar a rotina pesada, sem perder o foco.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Rafael: Sou bastante privilegiado em muitos aspectos e esse é um dos principais. Minha família sempre acreditou em mim e pode me bancar durante esse período em que me dedicava exclusivamente ao estudo. Já os meus amigos são em sua maioria bastante estudiosos, então não foi um grande obstáculo (hahaha).
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Rafael: No dia seguinte ao meu último dia de trabalho no Banco do Brasil, eu comecei a estudar de forma integral e direcionada para o concurso do Banco Central, o que totaliza um período de cerca de 8 meses e 10 dias.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Rafael: Eu era aluno do Estudo Acompanhado do Estratégia Concursos para o Banco Central, então a minha preparação consistiu basicamente em realizar fielmente as tarefas das Trilhas personalizadas pelo professor Thiago Telis e assistir às reuniões de estudo do professor Bruno Pereira.
As tarefas da Trilha focavam, sobretudo, em ler as aulas simplificadas em PDF do Estratégia e resolver muitas questões, fazendo revisões periódicas do assunto estudado.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rafael: Conheci por meio de um vídeo sobre como estudar para concursos, pelo Youtube.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Rafael: Acredito que o principal diferencial do Estratégia é a qualidade dos materiais de estudo. A minha preparação toda foi focada nos PDFs elaborados pelos professores do curso. A existência de um material completo e focado para o concurso almejado otimiza muuuito a preparação, eliminando o tempo gasto com busca de conteúdos e com estudo de tópicos não relacionados ao concurso.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Rafael: Eu estudava, no mínimo, 35 horas líquidas semanais. Fazia cerca de 6-7 horas líquidas por dia útil e complementava com mais umas 3-4 horas líquidas no sábado ou no domingo. Deixando o outro dia do fim de semana para descanso. Dentro dessas horas, eu seguia o Plano de Estudos montado pelo professor Thiago, adicionando a ele algumas tarefas próprias. Como eu pretendia fazer o concurso da Secretaria do Tesouro Nacional também, adicionei ao plano do professor a matéria de AFO.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Rafael: Para revisar o assunto, eu iniciava resolvendo uma bateria de cerca de 15 questões. Depois, eu me explicava em voz alta o tópico estudado. Caso tivesse alguma dúvida, eu lia rapidamente o resumo da aula. Além disso, eu montava uma revisão de véspera de prova com as questões que tinha mais dificuldade e com o conteúdo necessário para resolvê-las.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Rafael: A resolução de exercícios é tarefa indispensável da preparação para concursos, sendo minha forma principal de revisão dos assuntos estudados. Infelizmente, não assino mais a plataforma de questões que eu utilizava, então perdi a anotação do número de questões resolvidas. Além das questões dessa plataforma, resolvi praticamente todas as questões dos PDFs Simplificados do curso regular do Banco Central. Estimo que, no total, devo ter feito mais de 8 mil questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Rafael: A disciplina que mais tive dificuldade foi econometria. Como forma de lidar com essa matéria, eu recorri ao conteúdo em videoaula da professora Amanda Aires. Além disso, eu resolvi praticamente todas as questões da matéria elaboradas pela Cebraspe e, as que não entendi, solicitei ao ChatGPT que me explicasse e elaborasse um resumo sobre o assunto.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rafael: Na semana anterior à prova, mantive 7 horas líquidas diárias de estudo, exceto na sexta-feira, quando estudei apenas 5 horas. No sábado da véspera da prova, eu revisei meu resumo de temas para discursiva e assisti à Revisão de Véspera do Estratégia durante umas 2 horas.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rafael: Durante os mais de 8 meses de preparação, eu redigi fielmente ao menos 1 discursiva por semana. No último mês de preparação, uma vez por semana, eu fazia duas discursivas uma após a outra para simular a situação de prova do BCB. Como parte do pacote de Estudo Acompanhado do Estratégia, eu tive direito a correção ilimitada de discursiva e usei bastante esse serviço como forma de corrigir minhas falhas e melhorar minha escrita.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Rafael: Minha trajetória teve falhas, mas, como ela me levou à aprovação, não consigo destacar um erro significativo. Quanto a acertos, acredito que os principais são ter escolhido bons materiais e mentores desde o início. Isso acelerou muito a minha preparação.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Rafael: Pensei em vários momentos (hahaha). Tive como fortaleza duas fontes de motivação: me imaginava efetivamente trabalhando no Banco Central e pensava em como tudo valeria a pena; lembrava de todos aqueles que acreditavam em mim e que faziam esforços para que eu pudesse apenas me dedicar ao estudo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rafael: Acho que o grande conselho que eu daria seria obedecer ao mandamento socrático do “Conhece-te a ti mesmo”. Estudar para concurso não é complexo, todos sabem o que tem que ser feito – escolher bons materiais, conhecer as bancas e editais, resolver muitas questões… Isso não significa que a trajetória seja fácil. O caminho vai exigir muita dedicação e abdicação. Chegará ao final aquele que tem uma convicção forte do porquê. Se esse for o seu caso, se mantenha persistente que tudo valerá a pena. E pode contar com a gente nessa caminhada.