Aprovado em 2° lugar (PCD) no Concurso Público Nacional Unificado BLOCO 8- IBGE para o cargo de Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (Região Nordeste) / Nível Médio
Concursos Públicos
“[…] a persistência foi o que me ajudou a nunca ter desistido, a levantar com dignidade em todas as reprovações nos concursos anteriores e a continuar dando o meu melhor até chegar neste momento”
Confira nossa entrevista com Jonatas Martins, aprovado em 2° lugar (PCD) no Concurso Público Nacional Unificado BLOCO 8- IBGE para o cargo de Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (Região Nordeste) / Nível Médio:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Jônatas Martins: Meu nome é Jônatas Martins, tenho 26 anos e nasci na cidade de Teresina, capital do estado do Piauí. Quando saí do Ensino Médio, passei e comecei o curso de Engenharia Civil na Universidade Federal do Piauí, mas não gostei do curso e precisei começar a trabalhar, daí tranquei e me dediquei à vida profissional. Portanto, minha formação é médio-técnico, pois junto com o Ensino Médio, fiz um curso técnico em Contabilidade, pelo Instituto Federal do Piauí. Sempre gostei de estudar e conhecer as coisas.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Jônatas: Quando comecei a trabalhar, senti na pele as dificuldades da vida de um “CLT”: baixo salário, muito trabalho, às vezes até com exploração e assédio moral, sem perspectivas de crescimento profissional através da meritocracia e sem estabilidade. Além disso, sempre me incomodava quando tinha que ir num órgão público atrás de um serviço, pois o cenário era quase sempre o mesmo: pouquíssimos servidores para dar conta da demanda e os que tinham já estavam em fim de carreira, pouco comprometidos com o bom atendimento e com a resolução ágil do problema trazido pelo cidadão. Portanto, motivado pelo interesse em melhores condições de trabalho e em contribuir para melhorar o perfil dos servidores públicos, comecei a estudar para concursos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Jônatas: Sim. Eu trabalhava até às 17h00, 17h30, e começava a estudar às 18h00, indo até às 22h00. Nos fins de semana, como eu não trabalhava, estudava das 14h00 até às 20h00. Portanto, estudava 32h líquidas por semana. Fora isso, durante o dia, usava o aplicativo do Estratégia para fazer questões, conseguindo fazer em média 50 por dia.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Jônatas: Não fui aprovado em outros, antes deste. Pretendo continuar estudando, pois o meu alvo é a carreira fiscal.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Jônatas: Eu cumpria à risca todos os horários estabelecidos na minha programação de estudo. Isso fazia com que às vezes eu sacrificasse a companhia de amigos e familiares em momentos de fazer, como ir ao cinema, num jantar e até mesmo em viagens. Contudo, aproveitava os finais de semana para relaxar, algumas vezes com eles, outras sozinho mesmo, em casa, descansando. Aprendi a valorizar uma cama confortável e um travesseiro macio.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Jônatas: Sou casado há quase 2 anos com a minha amada Iara, meu porto seguro. Sem filhos, por enquanto. Surpreendentemente, contei com a compreensão de todos os meus amigos durante a minha trajetória. De início, alguns ficaram tristes por eu não dar mais tanto tempo à momento com eles, mas logo entenderam o propósito superior por trás daquilo. Minha mãe e meu irmão sempre me apoiaram e faziam de tudo para que eu não fosse incomodado quando estava estudando. Nunca duvidaram de mim, mesmo diante das várias reprovações que tive antes da sonhada aprovação.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Jônatas: Comecei a estudar para o CNU desde a primeira notícia que saiu na imprensa sobre ele, mesmo que ainda não soubéssemos como seria esse novo modelo de concurso. Na dúvida, estudava as matérias que comumente caíam em concursos para nível intermediário (Direito Constitucional, Direito Administrativo, Português etc.). Ao todo, foram 1 ano e alguns meses.
Eu me apeguei rigidamente à programação de estudos que estabeleci no início dos estudos. Quando o cansaço e o desânimo queriam me pegar, lembrava de tudo aquilo que eu queria atingir através do concurso: estabilidade, excelente salário, qualidade de vida etc. Eu até anotava isso em papéis, que colava nas paredes do meu quarto. Assim, eu mantinha minha disciplina.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Jônatas: Usei todas essas, mas principalmente as videoaulas e os PDFs, em especial os PDFs com marcações dos aprovados. Esta última, em especial, tinha a grande vantagem de me mostrar diretamente os pontos mais importantes dos materiais que estudava; eram neles que eu focava. Além disso, fazia anotações pessoais no meu caderno, para depois eu usá-las nas revisões que fazia. Os fluxogramas de conteúdo no fim de cada PDF, antes das questões, também eram muito bons, porque interligavam os assuntos e eu os entendia mais claramente.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Jônatas: Eu estava insatisfeito com a plataforma de estudos que eu usava anteriormente e fui pesquisar na internet uma melhor, foi aí que conheci o Estratégia. Vi a opinião positiva de muitos concurseiros a respeito do modo simples, direto e preciso que o Estratégia ensinava os conteúdos. Era tudo o que eu estava precisando. Já assino o Estratégia há 2 anos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Jônatas: Sim, assinei uma outra plataforma durante 3 anos. O que mais me incomodava nela, de um certo momento para a frente, era a prolixidade na forma como os conteúdos eram transmitidos. Nos PDFs, assuntos simples e pequenos, que nem eram tão explorados pelas bancas, eram tratados em 5 ou 6 páginas, frente e verso, com uma riqueza de detalhes que, a meu ver, era desnecessária. Nas videoaulas, alguns professores se comportavam com uma certa pedância, frequentemente exaltando as suas aprovações em concursos de uma maneira esnobe, o que me deixava mais desanimado do que encorajado, pois ficava imaginando que nunca iria conseguir chegar no nível deles, nem mesmo chegar aonde eu estava querendo chegar. Com o tempo, vi que o problema não era comigo, e sim com eles.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Jônatas: Fiz vários, 12 ao todo. Zero aprovações.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Jônatas: Sim, senti grande diferença. No Estratégia finalmente comecei a entender e fixar na mente os conteúdos que tinha grande dificuldade em estudar. Exemplo: foi só quando comecei a estudar aqui que consegui entender plenamente toda a antiga Lei das Licitações (Lei n.º 8.666/1993), que sempre achei muito maçante e cheia de detalhes. Como falei anteriormente, os conteúdos aqui são transmitidos de forma simples e direta. Quem vai estudar para um concurso depois de passar o dia trabalhando, submetido a estresses de toda natureza, dificilmente tem paciência para prolixidades desnecessárias. Além disso, os professores aqui, muitos deles tendo passado em concursos de carreiras elevadíssimas, se comportam duma forma muito acessível, parecendo até que estão estudando junto com a gente. Destaco, neste sentido, o grande Professor Herbert Almeida.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Jônatas: Eu peguei o conteúdo programático do edital do concurso, verifiquei a quantidade e a dificuldade dos conteúdos cobrados e, proporcionalmente, distribuí eles nas horas que eu tinha disponíveis para estudar durante a semana.
Programação que utilizava na rotina de estudos
Os 30 últimos minutos de cada matéria eu dedicava à resolução de questões e simulados que eu montava no aplicativo de questões do Estratégia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Jônatas: Eu fazia grandes simulados através do aplicativo do Estratégia toda semana, aos sábados. Além disso, estudava pelos fluxogramas no final de cada PDF e fazia os meus próprios, para fixação dos conteúdos. Utilizava muito também o fórum de dúvidas, onde os professores sempre respondiam rapidamente.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Jônatas: Os exercícios foram a cópia mais fiel do que vi na prova, pois eles mostravam exatamente o estilo da banca e como os assuntos eram abordados na prática. Em média, fazia 50 questões/dia. Ao todo, foram mais de 20 mil questões que fiz.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Jônatas: Sem dúvidas, Direito Administrativo, principalmente na parte de Atos e Poderes Administrativos. As várias classificações de atos administrativos e os vários detalhes contidos em poder de polícia sempre me deixavam com dor de cabeça. Eu tinha dificuldade para entender porque ao invés de ter paciência e buscar entender uma parte de cada vez, já me estressava logo e, no meio do assunto, pulava para um próximo. Treinando a minha paciência, estudei estes assuntos por partes, fazendo muitos exercícios em cada parte, e só pulava para a próxima quando já havia dominado a anterior. Deu certo!
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Jônatas: Na última semana antes da prova, não busquei ir atrás de aprender os conteúdos que ainda não havia entendido (eram poucos), mas foquei em revisar tudo aquilo que já havia dominado. Fiz 20 simulados, 5 de cada assunto do conteúdo programático. No dia anterior, deixei todo o material de estudo de lado e descansei. Passeei com amigos, fiquei junto com a família, dormi bem e fiz coisas para relaxar. Dormi cedinho, tanto que no dia seguinte, o da prova, acordei antes do despertador tocar, pois já não tinha mais sono.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Jônatas: Como eu tenho habilidade em escrita, separava 2h por quinzena para treinar redação, dentro do espaço destinado à Língua Portuguesa na minha programação. Eu pesquisava alguns assuntos polêmicos sobre política, economia e sociedade, sobre alguns tabus na cultura brasileira, escolhia um e buscava primeiro entender tudo relacionado ao assunto. Depois eu lia matérias escritas a respeito dele dentro da literatura específica, principalmente no meio acadêmico, com opiniões, propostas de intervenção e boas conclusões. Por fim, treinava a escrita. Uma amiga minha, professora de Português e Literatura, me ajudava com a correção.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Jônatas: Meu principal acerto foi o apego fiel que tive a minha programação de estudos. Mesmo cansado, com vontade de fazer outras coisas, com oportunidades para passear, ir a um cinema, num show, eu cumpria toda a carga horária de estudos e estudando as disciplinas separadas para aqueles horários, mesmo as que eu menos gostava. No entanto, no decorrer dos estudos, houve um pequeno período em que o desânimo me atacou e eu comecei a deixá-lo me dominar. O concurso estava crescendo, mais de 1 milhão de inscritos, e isso me fez ter pensamentos negativos, como o de que não tinha a mínima chance de passar, de que havia pessoas mais preparadas que eu, etc. Felizmente, esses pensamentos só duraram poucos dias. Logo logo, voltei à ativa.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Jônatas: Sim, e não foi só uma vez. A rotina de um concurseiro é muito desafiadora, cheia de percalços. Mas, ao ter esses pensamentos, buscava me lembrar do meu objetivo inicial e de que, para alcançá-lo, teria que percorrer essa estrada cheia de obstáculos. Como cristão, sempre lembrava do exemplo maior, o de Cristo, que para chegar ao glorioso, sua volta aos céus ao lado do Pai, teve que passar pelo doloroso aqui na Terra. Para eu ter chegado hoje na realidade de um concursado, com todos os benefícios que isso traz, foi bom que eu tenha passado pelas provações que passei. Isso faz eu valorizar ainda mais minha conquista.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Jônatas: São três virtudes que busquei alcançar e que recomendo a todos os colegas concurseiros que também alcancem: preparação, paciência e persistência. A preparação é essencial para que nós consigamos passar num concurso. Mesmo que dediquemos 30, 40, 50 horas de estudo por semana, devemos ter em mente que há sempre campos para melhora. Busquem se aprofundar ao máximo em cada detalhe essencial dos conteúdos cobrados, para que ao invés da banca lhe pegar desprevenido, você domine a prova. A paciência é fundamental nesse processo, pois um concurso é desafiador antes dele, durante, depois e até mesmo depois da aprovação (estou aqui olhando meu e-mail, com o telefone por perto, só esperando a convocação). Além disso, nem todos os que estão próximos de nós torcem pro nosso sucesso, de modo que a paciência ajuda a ignorar essas pessoas e continuar no nosso propósito. Por fim, a persistência foi o que me ajudou a nunca ter desistido, a levantar com dignidade em todas as reprovações nos concursos anteriores e a continuar dando o meu melhor até chegar neste momento. Se vocês também forem plenamente preparados, pacientes e persistentes, em breve conseguirão também ser aprovados no concurso que desejarem.