Aprovado em 3° lugar no concurso CAGE-RS para o cargo de Auditor do Estado
Concursos Públicos
“Ter um foco claro e constante, dedicar tempo adequado para decidir o caminho, para não mudar de área e de concurso-foco com muita frequência […]”
Confira a nossa entrevista com Édison Weber Woycinck, aprovado em 3° lugar no concurso CAGE-RS para o cargo de Auditor do Estado:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Edison Weber Woycinck: Tenho 26 anos, sou formado em Administração e nasci em Porto Alegre/RS.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Edison: Comecei a estudar quando já estagiava em órgão público (TRF4) e os concursos me interessaram pela objetividade de uma seleção por provas, além de ter acesso a cargos bons, mesmo não tendo completado a graduação. Então, quando saiu o edital do TJ-RS (2017), decidi começar a estudar.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Edison: Nesse primeiro concurso (TJ-RS), conciliava faculdade e um estágio de 4h, então, não tinha dificuldades em relação ao tempo livre. Depois, na preparação para o TRF-4, trabalhava no TJ-RS das 9h às 18h e acabei fazendo menos cadeiras na faculdade para ter mais tempo – foi a época mais difícil nessa questão de horários. Na fase de estudos para Controle (CAGE-RS), conciliei com o trabalho no TRF-4, que tinha uma certa flexibilidade.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Edison: 39º – Técnico Judiciário TJ-RS (FAURGS/2017);
07º – Técnico Judiciário TRF-4 – 7º na Sede e 9º Geral (FCC/2019);
10º – Auditor de Controle Externo TCE-PR (CEBRASPE/2024);
66º – Auditor-Fiscal da Receita Municipal ISS-POA (FUNDATEC/2025);
03º – Auditor do Estado CAGE-RS (FGV/2025).
E, por enquanto, não pretendo continuar estudando.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Edison: Sim, mas em menor frequência quando em pós-edital. Não acharia positivo reduzir demais a vida social, especialmente em preparações de longo prazo como nas áreas Fiscal e de Controle.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Edison: Sim, sempre recebi bastante apoio das pessoas próximas, não tive experiências negativas nesse aspecto. É comum ver pessoas relatando situações de cobranças por resultado ou de algum direcionamento indesejado para começar a estudar pra concursos, mas nunca passei por isso.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Edison: Um ano e meio. Tentava achar editais que não fugissem muito das matérias da CAGE, como o do TCE-PR. E me matriculei em salas de estudo, que ajudaram bastante a manter o foco.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Edison: Na formação de base para Controle (jul/23-mai/24), alternava entre PDFs do Estratégia e Questões. Depois, nos pós-editais do TCE-PR e da CAGE-RS, foco majoritário em Questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Edison: Logo que comecei a estudar, pesquisei opções de cursos e já tomei conhecimento da existência do Estratégia. Mas, na época, decidi estudar por lei seca e questões (TJ-RS e TRF-4). Depois, quando voltei a estudar (2023), assinei a Vitalícia do Estratégia e valeu muito a pena.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Edison: O principal diferencial, na minha visão, é a qualidade dos PDFs. Nunca cheguei a zerar a teoria de alguma matéria, mas fui direto para as questões em algumas, enquanto em outras fiz a leitura de uma parte da teoria. Senti que tive bem mais facilidade posteriormente nas matérias em que fiz a base adequadamente pelos PDFs.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Edison: Na época dos estudos para Tribunais, montava os planejamentos por conta e as horas diárias variavam bastante, conforme a rotina. Nos estudos para Controle, contratei um serviço de planejamento (Guruja) que incluía metas de leitura dos PDFs do Estratégia nas atividades de Teoria e cadernos de um outro cursinho nas atividades de Questões.
Média de horas líquidas diárias: Formação de base (1,5h); Pós-edital TCE-PR (4h); Pós-edital CAGE-RS (4,65h).
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Edison: Repetia questões. Cheguei a usar também um aplicativo de flashcards, mas fazia poucos resumos. Quanto aos simulados, mais perto da prova, costumava fazer.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Edison: Na minha visão, a parte mais importante da preparação para concursos. Tenho registradas 33.237 questões em outro cursinho e fiz também uma quantidade considerável nos PDFs do Estratégia.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Edison: Tive bastante dificuldade em Economia, para a CAGE. Revisei um pouco melhor a teoria e marquei uma aula particular, que ajudou a tirar dúvidas. Em Contabilidade, eu também tive dificuldades no início e precisei reforçar as bases.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Edison: Na semana anterior, resolvi bastantes questões e flashcards e revisei as fórmulas das matérias de exatas. Como muito conteúdo de exatas era novo, durante o pós-edital, fui aprendendo os fundamentos e registrando as fórmulas em uma planilha, para decorar somente nas semanas anteriores, porque seria mais eficiente do que ir aprendendo durante a preparação. No total, somei em torno de 80 fórmulas registradas. Depois, imprimi os “títulos”, deixando o espaço da fórmula em branco e tentando preencher de memória. Após algumas tentativas, estava preenchendo 100% sem erros. Acho que as matérias de exatas são os pontos mais fáceis de garantir (menos margem para subjetividade), então foi um ponto forte de revisão. No fim, gabaritei as matérias de Matemática Financeira e Estatística.
No dia antes da prova, estudei até por volta das 16h e parei, já começando a desacelerar para estar descansado na prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Edison: Um erro que ficou claro, foi estudar a legislação específica impressa. Teria sido mais inteligente criar flashcards e fazer as leituras e marcações no computador. Errei questões de decoreba de prazos que não teria errado se tivesse realizado esse processo. Fora isso, acredito que poderia ter dedicado mais horas na formação de base, para não ter que intensificar tanto o ritmo no pós-edital.
Entre os principais acertos, ter começado cedo (o edital do TJ-RS saiu quando ainda estava na faculdade, com 17 anos) e conseguido uma situação financeira saudável para, depois, quando surgiu o interesse na área de Controle, poder investir bastante na preparação (Estratégia, Guruja, Sala de Estudos). Na preparação para a CAGE, especificamente, um acerto bem marcante foi estudar Jurisprudência.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Edison: Não.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Edison: Ter um foco claro e constante, dedicar tempo adequado para decidir o caminho, para não mudar de área e de concurso-foco com muita frequência. Buscar um equilíbrio entre realismo e otimismo: não ter expectativas excessivamente irreais, porque é uma trajetória que costuma ser demorada e difícil, mas não deixar de acreditar e se desafiar, porque isso vai aumentar as chances, mesmo que ainda sejam baixas.