Aprovado em 19° lugar para Auditor Fiscal Tributário no concurso ISS-SP
Concursos Públicos“Siga em frente, firme, com força e foco. O principal erro que podemos cometer é estabelecer expectativas irreais, seja subestimando ou superestimando o obstáculo. Dificilmente você vai alcançar sua meta com pouco esforço, pouca preparação […]”
Confira nossa entrevista com João Henrique Manteiga Queiroz, aprovado em 19° lugar no concurso ISS-SP para o cargo de Auditor Fiscal Tributário Municipal – Gestão Tributária:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
João Henrique Manteiga: Tenho 29 anos e nasci em Ribeirão Pires-SP. Sou formado em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo-USP.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
João: Certo dia, durante a época da faculdade, um colega de uma academia que eu frequentava comentou sobre a carreira de fiscal, alguns dos seu pontos positivos, e me sugeriu como uma possibilidade, já que eu tinha me saído bem com a vida de vestibulares. Além disso, meu pai é funcionário público, então sempre acompanhei de perto as vantagens e desvantagens do funcionalismo público.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
João: Apenas estudava. Trabalhei em um banco e saí com o objetivo de focar nos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
João: Fui aprovado para o cargo de Auditor Fiscal Tributário Municipal do ISS-SP em 19º lugar. Foi minha primeira e única aprovação, apesar de ter batido na trave em algumas outras oportunidades e não pretendo mais continuar estudando.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
João: Eu tentava manter uma rotina de estudos semelhante ao que seria uma rotina de trabalho, então estudava de segunda à sexta, em torno de 6h por dia, e deixava os finais de semana para descansar e sair com família e amigos. Essa rotina somente se alterava quando estava mais próximo aos concursos. Neste caso eu estudava por mais de 6h por dia, mas tentava sempre manter os finais de semana para descanso.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
João: Sempre me apoiaram, meus pais foram meus maiores incentivadores, junto com minha irmã e minha namorada. Durante todos os momentos de frustração e dúvidas sobre a vida de concurseiro, eles sempre se mantiveram ao meu lado, me incentivando a continuar e destacando o quão perto eu estava de atingir meu objetivo. Outra ajuda, essencial para que eu mantivesse meu ritmo de estudos, foi a financeira que meus pais me deram, arcando com todas as minhas despesas durante o período que fiquei sem trabalhar. Além disso, meu pai me acompanhou em grande parte das viagens para fazer provas.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
João: Estudo para a área fiscal desde o início de 2018. Neste período eu estudava os conteúdos gerais, enquanto não saía algum edital, e no pós-edital estudava a parte comum da área fiscal mais específica de cada prova. A parte específica do concurso do ISS-SP comecei a estudar em julho de 2023 (a prova foi no final de setembro).
Para manter a disciplina eu montei uma rotina de estudos que fosse compatível com o tempo livre que eu tinha e que tivesse também momentos de descanso – finais de semana livres e academia diariamente – assim, eu conseguia manter a mente focada quando preciso e distraia para me recuperar. O foco e a noção de que eu estava cada vez mais perto da aprovação também me ajudaram muito a manter a disciplina. Acredito que a expectativa de como a sua vida vai ser transformada te ajuda a seguir no caminho.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
João: Acredito que passei por todos os materiais e ferramentas possíveis durante esses anos. Comecei estudando por livros. Eu comprava livros de cada matéria e lia eles de ponta a ponta. Ao final do meu primeiro ano de estudos eu assinei o Estratégia, em um antigo plano anual e de lá pra cá assinei o plano vitalício, assinei um sistema de questões concorrente e por fim o sistema de questões do Estratégia.
Acho que cada concurseiro deve avaliar a forma que funciona melhor para si, o método mais eficaz. No meu caso, eu gostava de ler as aulas em PDF e assistia as vídeoaulas apenas das matérias que eu sentia não ter aprendido completamente apenas com as apostilas. Depois que atingi um certo nível intermediário/avançado de estudos, comecei a utilizar o passo estratégico para revisão pré-prova, a fazer flashcards para ajudar na memorização e neste último concurso utilizei também a trilha estratégica.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
João: Conheci pesquisando na internet sobre cursinhos preparatórios.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
João: Cheguei a estudar por meio de livros esquematizados de cada matéria. O principal problema é que os livros não eram focados nos concursos que eu prestava, então acabava por estudar conteúdos que sequer apareciam em edital, quem dirá exigidos nas provas.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
João: Não cheguei a fazer nenhuma prova nesse período. Meu primeiro concurso eu já estava estudando pelo Estratégia há cerca de dois meses.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
João: A diferença foi muito grande, saí do estudo por livros, sem acompanhamento, para um estudo mais didático, com PDFs, videoaulas e o exato conteúdo exigido nos editais, nada a mais, nada a menos. As minhas horas de estudo foram muito mais produtivas.
Desde o início da minha trajetória de estudos pelo Estratégia, presenciei o surgimento do plano vitalício e do sistema de questões, dentre outras ferramentas. Fiz uso de todas elas e acredito que foram vitais para a minha aprovação. Neste último concurso, pela primeira vez segui a trilha estratégica, a qual achei uma ótima ferramenta também, pois foi uma revisão turbinada com comentários dos professores sobre pontos que mereciam ser decorados, assuntos mais importantes, etc.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
João: Estudava em torno de 6h líquidas por dia, salvo em períodos pós-edital, próximos às provas, onde eu estudava por ainda mais tempo (8h+). Sempre preferi estudar todas as matérias juntas, até para manter todo o conteúdo fresco na memória. Normalmente eu olhava o número de aulas disponibilizadas na plataforma do Estratégia e dividia pelo número de dias que eu tinha para me preparar, então estudava proporcionalmente ao que era exigido no edital. Por exemplo, duas aulas de direito administrativo na semana, três aulas de constitucional, três aulas de contabilidade, duas de tributário, uma de civil e assim por diante.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
João: No nível em que eu estava, e depois de tantos anos de preparação (comecei em 2018), boa parte dos meus estudos eram grandes revisões, principalmente do conteúdo base da área fiscal. Nessa situação eu fazia muitos exercícios, utilizava flashcards para memorizar e relembrar os conteúdos que eu tinha mais dificuldade e aqueles mais “decorebas”, e neste último concurso utilizei a trilha estratégica, que ajudou muito nas minhas revisões. Eu montava resumos copiando e colando trechos dos pdfs em arquivos no word. Eu lia esses resumos e montava flashcards a partir deles.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
João: A resolução de exercícios é essencial. Acho que é a principal forma de consolidar o aprendizado, além de ser muito importante para revisão e para o conhecimento do que a banca exige. A trajetória de todo concurseiro aprovado passa pela resolução de muitos e muitos exercícios. No meu caso, não sei o número exato, mas, com certeza, ao longo de todos esses anos, foram dezenas, ou até centenas, de milhares de questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
João: As matérias que mais tive dificuldade foram direito empresarial, direito civil e tecnologia da informação. Para superar eu costumava assistir às videoaulas (normalmente meu estudo era pelos PDFs), além de resolver muitas questões. Fazia muitos flashcards sobre o conteúdo que tinha menos conhecimento e revisava em uma periodicidade menor.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
João: Eu costumava reservar ao menos duas semanas de antecedência para revisar o conteúdo. Lia e relia os flashcards, refazia todas as questões que errei e repassava os conteúdos que eu tinha menor aproveitamento nas questões.
Nunca gostei de estudar na véspera ou no dia da prova. Eu tirava esse tempo para descansar e apenas para reler alguns poucos conteúdos que fui destacando ao longo da revisão, seja por ser um conteúdo que eu não sabia direito ou por ser um conteúdo que eu julgava importante de acordo com as cobranças da banca.
Esse estudo de “última hora” era sempre por resumos ou grifos que eu fazia, passo estratégico dos professores e flashcards. Nada de ler aulas completas.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
João: Por ter uma certa facilidade em redação, minha preparação foi apenas estudando muito os conteúdos que eu julgava mais importantes para a carreira de auditor, além daqueles que são mais cobrados pela banca.
Para aqueles que têm mais dificuldade, ou não têm o costume de redigir textos, recomendo treinar também escrevendo questões, tanto para lembrar do conteúdo, quanto para adquirir vocabulário e ter uma noção do tempo necessário para essa etapa.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
João: Começar estudando por livros foi um grande erro, pois não era um conteúdo focado apenas para a minha área, então acabei por estudar muita coisa que sequer foi cobrada. Passei quase um ano com esse método.
Meus maiores acertos foram: não atirar para todo lado, ou seja, estudar sempre para a mesma área, assim o conteúdo base é sempre o mesmo; utilizar flashcards e resolver muitos exercícios, os quais acredito serem os dois melhores métodos de consolidação e revisão do conteúdo; e, por fim, manter a constância. Mesmo nos momentos de poucos concursos, como a pandemia, e em situações de maior desânimo com a rotina, mantive sempre o mesmo ritmo de estudos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir?
João: Com certeza. Muitas vezes me perguntei se estava fazendo o certo, se sair da iniciativa privada tinha sido a melhor escolha e cheguei a pensar em desistir, principalmente em momentos onde não fui tão bem em determinada prova, de acordo com minha expectativa e esforço.
No entanto, eu sempre lembrava do que me fez decidir começar a estudar para concursos, pensava em como seria minha vida depois de aprovado, no quanto eu já tinha despendido do meu tempo e pensava no quanto meus familiares acreditavam em mim, e no quanto eu estava próximo de passar, afinal estudar para concursos é uma prova de resistência e um dia de estudo é um dia mais perto do objetivo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
João: Siga em frente, firme, com força e foco. O principal erro que podemos cometer é estabelecer expectativas irreais, seja subestimando ou superestimando o obstáculo. Dificilmente você vai alcançar sua meta com pouco esforço, pouca preparação. Acreditar nisso só vai te frustrar se der errado, mas também não é um sonho impossível, inalcançável. É uma batalha difícil, mas plenamente possível. Utilize bons materiais, se esforce muito e não se distancie dos seus objetivos. Hoje fui eu, amanhã é você!