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Análise, Desenho e Automação de Processos para a SEFAZ-CE – parte 1

Olá, pessoal! Tudo bem? Neste artigo, trataremos sobre Análise, Desenho e Automação de Processos para a SEFAZ-CE. Trata-se de conteúdo afeto ao cargo 4 – AUDITOR FISCAL DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DA RECEITA ESTADUAL da Secretaria Estadual de Fazenda.

Confira a página do concurso aqui no Estratégia Concursos, com as principais informações sobre todos os cargos.                         

Confira, também, a análise do edital feita pelo Estratégia Concursos.

Não deixe de acessar, por fim, o edital do concurso.

O conteúdo programático da disciplina é o seguinte:

ANÁLISE, DESENHO E AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS: 1 BPM (business process management). 1.1 conceitos básicos. 1.2 identificação e delimitação de processos de negócio. 1.3 técnicas de mapeamento de processos (modelos as-is). 1.4 técnicas de análise e simulação de processos. 1.5 construção e mensuração de indicadores de processos. 1.6 técnicas de modelagem de processos (modelos to-be). 1.7 modelagem de processos em BPMN: notação, artefatos e atividades. 1.8 gerenciamento de processos de negócio (BPM). 2 RPA (robotic process automation). 2.1 Conceitos, fundamentos, características, estratégias. 2.2 Padronização de processos, formatação, validação e operação.

Trataremos sobre a parte de BPM do conteúdo programático. Dada a sua extensão, dividiremos o presente resumo em dois artigos. Nesse sentido, trabalharemos os principais temas da disciplina para a Cebraspe, buscando trabalhar pontos que tenham boas possibilidades de serem cobrados na prova da SEFAZ-CE.

Antes de entrar na análise dos tópicos mais importantes para a sua prova, sugerimos a leitura do nosso Guia Definitivo de Gestão de Processos para concursos, onde trabalhamos temas mais abrangentes e introdutórios sobre o assunto.

A partir de agora, analisaremos os tópicos mais importantes de Análise, Desenho e Automação de Processos para a SEFAZ-CE.

Conceitos básicos em gestão de processos

Todo o nosso estudo da disciplina de Análise, Desenho e Automação de Processos para a SEFAZ-CE é baseado no Guia CBOK (Common Body Of Knowledge – Guia para o Gerenciamento de Processos de Negócio – Corpo Comum de Conhecimento). Trata-se de um guia de melhores práticas em gerenciamento de processos.

O CBOK não é, portanto, uma metodologia prescritiva fechada, que estabeleça uma melhor forma de gerenciar processos. Seus princípios e ferramentas devem ser aplicados a cada realidade organizacional.

E o que seria um processo? Processo é uma sequência lógica de atividades, organizadas em fluxos, podendo envolver diferentes departamentos e setores, sendo, ainda, um trabalho recorrente. Um processo tem por característica ser uma atividade repetitiva na organização.

Seguindo, traremos alguns conceitos introdutórios contidos no CBOK. O primeiro deles é o conceito de negócio, que se refere a pessoas que interagem para executar um conjunto de atividades de entrega de valor para os clientes.

Temos, também, o conceito de processo de negócio, que será explorado em um próximo tópico deste artigo.

É importante definir, ainda, o conceito de regra de negócio, que, conforme o CBOK, serve para impor restrições e direcionar decisões que impactam a natureza e o desempenho do processo. Cabe ressaltar que as regras de negócio devem ser coerentes, sem causar exigências ou obstáculos desnecessários.

Perceba como o conceito de regra de negócio já foi cobrado em prova:

ME (2020)

“Ao se desenhar um processo destinado a atender, por exemplo, a utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dentro de um banco virtual, o analista de requisitos deve levantar as regras de negócio que sejam necessárias para garantir a conformidade legal.”

Afirmativa correta. Como vimos, regras de negócio devem impor restrições e direcionar ações do processo. No exemplo da questão, a utilização do FGTS, deve-se implementar regras de negócio que garantam o atendimento à legislação, garantindo, portanto, a integridade do processo.

BPM

Seguindo com o nosso resumo de Análise, Desenho e Automação de Processos para a SEFAZ-CE, conceituaremos BPM e conceitos decorrentes.

BPM (Business Process Management) pode ser traduzido em português como “gerenciamento de processos de negócio”.

Nesse sentido, pode-se definir BPM como uma disciplina gerencial, com um conjunto de tecnologias e de estratégias, e que trata os processos de negócio como ativos da organização. BPM sempre busca entregar valor para o cliente, bem como gerar benefícios para a organização, notadamente para os gerentes e atores do processo.

Ainda, é necessário compreender que BPM não se encarrega em estabelecer uma única melhor metodologia ou uma única melhor estrutura para gerenciamento de processos de negócio. Na realidade, BPM busca estabelecer bases e princípios metodológicos, que devem ser adaptados por cada organização para as suas respectivas realidades.

Necessário, também, compreender que BPM busca trabalhar o processo de ponta a ponta, sempre visando à otimização das atividades ao longo das funções de negócio.

Nesse contexto, surge o conceito de governança de BPM, que significa a definição de diretrizes, regras e responsabilidades para a condução das ações de BPM na organização.

Outro conceito importantíssimo em BPM é o de handoff, que significa um ponto em um processo em que o trabalho ou a informação passa de uma função para outra. Handoffs são sempre pontos que demandam grande atenção no gerenciamento de processos.

É importante conhecer, também, a figura do gerente de processos, que é alguém que deve coordenar e gerenciar o desempenho dos processos, liderando iniciativas de transformação em processos. Ainda, o gerente de processos deve ter condições de trabalhar com os mais diversos níveis hierárquicos.

Por fim, importante delimitar o conceito de reengenharia de processos, que, conforme o CBOK, é “um repensar fundamental e um redesenho radical de processos para obter melhorias dramáticas no negócio”. Dito de outra forma, a reengenharia busca refazer “do zero” os processos da organização.

Identificação e delimitação de processos de negócio

Neste tópico de Análise, Desenho e Automação de Processos para a SEFAZ-CE, trabalharemos a identificação e delimitação de processos de negócio.

Processo de negócio é um trabalho que entrega valor ao cliente ou apoia/gerencia outros processos. Um negócio é composto por diversos processos de negócio.

Em prosseguimento, devemos saber que os processos de negócio podem ser classificados conforme se segue:

  • Processo primário: são tipicamente interfuncionais e de ponta a ponta, e entregam valor diretamente ao cliente.
  • Processo de suporte: este tipo de processo entrega valor a outros processos, e não diretamente ao cliente.
  • Processo de gerenciamento: apesar de também não agregarem valor diretamente ao cliente, são necessários ao funcionamento da organização. Utilizados para monitorar e controlar atividades, bem como para gerenciar o negócio.
Análise, Desenho e Automação de Processos para a SEFAZ-CE - processos de negócio
Processos de negócio

Veja como esta divisão já foi cobrada pela banca:

FUNPRESP-EXE (2016)

“Os core processes, também denominados processos primários ou essenciais, tendem a expressar a cadeia de valor das organizações quando agrupados a outros processos da mesma natureza, propiciando uma visão abrangente acerca da criação de valor aos clientes.”

Afirmativa correta. De fato, os core processes, ou processos principais, são aqueles essenciais, os primários. Estes trabalham em conjunto com os outros processos, os de suporte e os de gerenciamento, que fornecem o background necessário para que os processos primários criem valor aos clientes.

Técnicas de mapeamento de processos (modelos As-Is e To-Be)

Neste último tópico de Análise, Desenho e Automação de Processos para a SEFAZ-CE, falaremos sobre algumas técnicas e conceitos de mapeamento de processos.

Primeiramente, devemos compreender que o mapeamento de processos é conhecer do que efetivamente se trata o processo em questão, suas interações e objetivos. Mediante a análise e mapeamento do processo, é gerado o modelo As-Is, que significa “como é”, ou “como está”. O modelo As-Is representa o mapeamento do estado atual do processo, antes de qualquer movimento no sentido de melhoria ou redesenho.

Feito o mapeamento do processo e identificado o estado atual do processo, são realizadas críticas a cada fase e atividade do processo, sempre buscando identificar O QUE, ONDE, QUANDO, POR QUE, COMO E POR QUEM as atividades são executadas. Isso porque, nesse momento, tudo deve ser visto como uma oportunidade para melhorar o processo, sendo uma grande oportunidade para rever atividades que não agreguem valor.

O resultado deste trabalho é o modelo “To-Be”, que significa “como deve ser” ou “como será”. Trata-se do estado desejado ou futuro do processo, após a implantação de melhorias ou redesenho do processo, tomando como base a análise feita no “As-Is”.

Conclusão

Finalizamos a primeira parte do nosso resumo de Análise, Desenho e Automação de Processos para a SEFAZ-CE. No próximo artigo, daremos sequência ao resumo, abordando outros tópicos importantes da disciplina, visando à melhor preparação para o certame da SEFAZ-CE.

Utilize este artigo em conjunto com o material teórico e a resolução de muitas questões sobre o tema, principalmente para revisões sobre o conteúdo aqui apresentado.

Abraços e bons estudos!

Paulo Alvarenga

https://www.instagram.com/profpauloalvarenga/

Referências:

ABPMP. (2013). BPM CBOK V3.0. Guia para o Gerenciamento de Processos de Negócio – Corpo Comum de Conhecimento. 1ª Edição.

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