Relação candidato/vaga dos concursos públicos: mitos e verdades

Entenda o que deve ser considerado na relação candidato/vaga dos concursos públicos.

Olá, futuro servidor público, tudo bem?

Ao ser publicado o número de inscrições e a relação candidato/vaga dos concursos públicos para os quais se estão concorrendo, muitos entram em desespero e perdem as esperanças na aprovação, diante daquele número descomunal.

A crescente quantidade de inscritos nos concursos públicos é natural, decorrente de vários fatores sociais. A cada edital a quantidade de inscritos vai aumentar, via de regra, se comparado ao edital anterior daquele mesmo certame. Isso é fato que o concurseiro experiente já deve contar como certo.

No entanto, seria a relação candidato/vaga dos concursos públicos uma real preocupação? Qual a diferença entre o “inscrito” e o “candidato”? Devemos desanimar diante de tamanha concorrência? Aliás, aquele número colossal representa a real concorrência do certame?

Vamos desmistificar alguns pontos referentes à relação candidato/vaga dos concursos públicos, fazendo-o entender a diferença entre duas figuras que aparecem para fazer as provas de concurso: o “inscrito” e o “candidato”.

Exemplos da relação candidato/vaga dos concursos públicos recentes

A relação candidato/vaga dos concursos públicos é o resultado de uma operação matemática bastante simples: número de inscrições válidas dividido pela quantidade de vagas do edital.

Esse resultado apresentará uma conclusão matemática numérica, “fria e calculista”, que nos dirá que “para cada vaga em disputa, temos tantas pessoas concorrendo”.

Na imaginação dos mais desesperados, logo vem a imagem de mil pessoas disputando o assento de uma única cadeira. Vamos ver que não é bem assim.

Vejamos a relação candidato/vaga de alguns recentes e expressivos certames, das áreas fiscal, controle e policial:

Assustador? Calma! Como dito, são apenas números que ignoram fatores importantes para aferir qual a real concorrência do certame. Para isso, é necessário considerar variáveis que a matemática ignora.

Diferença entre “inscrito” e “candidato”

Quando chegamos ao local de prova e nos deparamos com aquele “mar de gente”, muitos se abalam emocionalmente e desacreditam na própria aprovação.

Todavia, é necessário levar consigo uma importante premissa: todo candidato é um inscrito, mas quase todos os inscritos não são candidatos!

Nesse sentido, duas espécies de personagens realizam as provas: o “inscrito” e o “candidato”.

Inscrito

O inscrito é simplesmente aquele que fez a inscrição. A maioria deles não está realmente competindo a uma daquelas vagas do edital. Exemplificativamente, o inscrito se caracteriza pelo seguinte:

• NÃO DETÉM PREPARO: falta-lhe conhecimento (não estudou suficiente), falta-lhe condicionamento físico para ficar sentado e concentrado por 4 ou 5 horas, se inscreveu porque alguém lhe obrigou, foi no embalo de um amigo que se inscreveu, etc;

• ESTÁ TREINANDO: é comum pessoas se inscreverem apenas para treinar, muitas vezes sequer preenchendo os requisitos do edital (não tem tempo de prática jurídica, ainda estão cursando a faculdade, etc.). Essas pessoas estão inaptas a tomarem posse no cargo;

• DIVERSOS OUTROS.

O inscrito não é concorrente, ou seja, ele não está competindo a uma daquelas vagas do edital. Ele não está preparado para enfrentar a guerra daquele concurso. Muitos o chamam de “paraquedista” – caiu de paraquedas naquela prova e mal sabe o que está fazendo ali.

O problema é que esta figura faz volume, vale dizer, ele aparece nos números como “candidato”, assustando os verdadeiros competidores, quando na verdade se trata de um figurante naquele cenário.

Portanto, NÃO SE PREOCUPE COM O “INSCRITO”, ele não concorre com você.

Candidato

O candidato, ao contrário do inscrito, é aquele que integra o conceito de concorrência. Ele é um player real do concurso, isto é, ele é um dos que de fato estão disputando as vagas em jogo.

Esse personagem estudou o suficiente para ser aprovado. Ele treinou sua mente e seu físico para passar de 4 a 5 horas sentado, concentrado, faça calor ou faça frio, faça silêncio ou toque uma música irritante no carro estacionado na porta do bar próximo ao local de prova. Ele conhece seus limites e se preparou para vencê-los (levou lanches adequados, levou água para se hidratar, etc.).

O candidato é confiante porque sabe que fez tudo o que poderia fazer para conquistar sua aprovação e sabe que o desespero não ajuda em nada. É um profissional dos estudos e domina essa arte.

O candidato também faz (pouco) volume numérico, afinal de contas, ele se inscreveu. Todavia, diferente do meramente inscrito, ele está concorrendo à vaga.

Estima-se que, de todos os inscritos em concursos públicos, apenas 8% a 10% são candidatos reais. Isso significa dizer que, de todas aquelas pessoas que você encontra no dia da prova, cerca de 90% não estão concorrendo – diga-se de passagem, os meramente inscritos são facilmente identificados por venderem a imagem de que são os mais preparados, com certa prepotência e arrogância, mas isso é papo para outro artigo.

Diante de tudo isso, afinal, como saber se você é um inscrito ou um candidato do concurso?

Como saber se sou um candidato?

A resposta é muito simples e só pode ser dada por você, mediante uma autoanálise reflexiva. É necessário que, no dia da prova, você sinta em seu íntimo que fez tudo o que estava ao seu alcance para conquistar a aprovação. Se a resposta foi positiva, então você é um candidato!

Para auxiliá-lo nesta autoanálise, seguem perguntas que podem te orientar:

• Estudei o material do Estratégia Concursos, conforme orientado pelo Coach e Professores? https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorConcurso/coaching-382/
• Busquei cumprir todas as metas passadas pelo Coach Estratégia?
• Não deixei de estudar por motivos banais?
• Realizei os simulados do Estratégia Concursos fielmente, treinando meu preparo mental, psicológico e físico para enfrentar a prova?
• Enfim, fiz absolutamente tudo o que poderia ter feito, sem declinar da responsabilidade que tenho com meu próprio futuro?

Caro(a) aluno(a), se a resposta a estas perguntas for “sim”, crave uma certeza em sua mente: se você não for aprovado neste concurso, será nos próximos, basta continuar seguindo a trilha estratégica em que está. É questão de tempo!

Portanto, considerando que todo candidato é um inscrito, mas nem todo inscrito é um candidato, não se assuste com a relação candidato/vaga e com o número de inscritos do seu concurso.

Você, aluno do Estratégia, tem tudo para ser um candidato, e dos mais preparados! Só depende de seu esforço e dedicação.

E se seu principal concorrente é você mesmo, ótima notícia: você controla seu maior concorrente!

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