Artigo

Redação pronta sobre A Valorização da Vida do Policial: concursos carreiras policiais/banca Cespe

Estrategianos, tudo em paz?

Prof. Rapha chegando na área trazendo uma redação pronta sobre “a valorização da vida do policial” – tema potencial para concursos focados nas carreiras policiais.

Redação Banca Cespe:

Para fazer uma boa redação para a banca Cespe, o candidato precisa ter consciência que 95% da pontuação está diretamente relacionado ao conteúdo. Ou seja, é preciso caprichar no desenvolvimento de seus argumentos.

Como eu faço parágrafos argumentativos consistentes e bem fundamentados?

A estrutura ideal de um parágrafo argumentativo consiste em: Conectivo, tópico frasal (o Cespe já oferece praticamente essa parte por meio dos tópicos exigidos). Fundamentação. Conclusão do parágrafo.

Para fazer uma boa fundamentação é obrigatório o uso de pelo menos um recurso argumentativo em cada parágrafo de desenvolvimento: argumento de autoridade, exemplificação, dados estatísticos, comparação de realidades sociais, alusões históricas, literárias e cinematográficas, etc.

Dica de ouro para fazer um excelente parágrafo argumentativo para a banca Cespe:

A banca Cespe valoriza muito o recurso argumentativo denominado “exemplificação”, isto é, citar e desenvolver pelo menos dois exemplos concretos da realidade social para defender o seu argumento. Outro recurso argumentativo que causa grande impacto nas bancas é o uso contextualizado de conceitos/reflexões de pensadores renomados (argumento de autoridade)

Então, vamos à análise de nossa redação! Tema inédito ;)

Redação pronta sobre “A Valorização da Vida do Policial”, com os seguintes tópicos:

  1. O policial como cidadão
  2. O aumento de suicídios entre policiais
  3. O que o Estado pode realizar para melhorar a qualidade de vida do policial

Dentro de um país em que se vive uma Constituição Cidadã, a valorização do policial é imprescindível para a população ter uma efetiva segurança pública. Assim, faz-se necessário estimar a vida daqueles que estão em contato com os principais “dramas” de uma sociedade, tais como: combate às drogas, violência doméstica, depredação do patrimônio público, resolução de diversos conflitos, etc. Para isso, de acordo com o especialista em Direitos Humanos Ricardo Balestreri, é importante que o policial seja considerado pelo Estado e pela sociedade civil como cidadão, ou seja, como um profissional, assim como outros, que tem deveres e direitos. Portanto, é importante assegurar-lhe o princípio da dignidade humana, para que exerça sua profissão de forma qualitativa.

Comentários: para construir este tópico, fiz uma alusão à Constituição de 88 como fio condutor para o princípio da dignidade humana, para defender que o policial é um cidadão. Ademais, mostrei que conheço e valorizo as dificuldades vivenciadas pela profissão (dei vários exemplos). Por fim, utilizei argumento de autoridade para reforçar que o policial deve ser considerado como portador de direitos humanos.

Contudo, o que se verifica, na prática, são policiais estressados, mal treinados e que estão sob constantes tensões (perigo de vida, susceptíveis a atos de corrupção). De acordo com diversas pesquisas acadêmicas, há crescimento da taxa de suicídio entre policiais militares e civis. Ademais, conforme pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, ¼ dos policiais entrevistados admitiram pensar em suicídio. Nesse sentido, os dados mostram preocupação, uma vez que aponta para um quadro de desintegração social, de acordo com o sociólogo Durkheim.

Comentários: neste tópico, mostro conhecimento da realidade e das fragilidades que cercam a profissão do policial na sociedade (novamente dei exemplos). Além disso, utilizei dados estatísticos e pesquisas para mostrar que o suicídio entre policiais é preocupante. Outro ponto foi o uso do argumento de autoridade para apontar que o aumento da taxa de suicídio entre policiais pode gerar desintegração social.

Portanto, para que haja valorização do policial e qualidade na prestação de seu serviço à coletividade, o Estado brasileiro deve garantir apoio e acompanhamento psicológico a esses profissionais, para que eles se sintam compreendidos em sua subjetividade e encontrem equilíbrio no exercício da profissão. Outrossim, é importante que os estados garantam salários dignos e os entes da federação se esforcem para produzir políticas públicas que diminuam as desigualdades, grande causa dos problemas sociais. Assim, o policial terá qualidade de vida e contribuirá para que a sociedade tenha uma segurança pública melhor.

Comentários: para finalizar e desenvolver o último tópico, detalhei uma possível solução que o Estado brasileiro deve garantir. Preste atenção nos seguintes elementos: O Estado (quem deve fazer/agente), apoio psicológico aos policiais (o que deve ser feito/ação) e compreensão e equilíbrio (finalidade da ação). Além dessa solução principal, apontei mais duas ações de forma mais breve que podem contribuir com a valorização da vida do policial.

Deixo aqui o meu agradecimento ao coordenador de discursivas Prof. Carlos Roberto, que fez a revisão da produção textual.

Quem sou eu?

Sou o Professor Raphael Reis. Para quem ainda não me conhece, fica aqui uma breve apresentação: sou Professor do Estratégia Concursos desde 2016 e leciono os seguintes conteúdos: Redação (macroestrutura), Recursos, História, Filosofia e Sociologia. Fiz minha graduação em História (UFJF), especialização em Políticas Públicas e Gestão Social (UFJF) e mestrado em Sociologia da Educação (UFJF).

Nos últimos anos tenho me especializado na parte de macroestrutura da
redação. Ao perceber que a grande dificuldade dos candidatos é desenvolver argumentos bem fundamentados, criei o curso inédito e inovador de Ciências Humanas para Redação, que já atendeu milhares de alunos e têm contribuído decisivamente para a melhoria das notas. Sou autor do e-book best-seller 25 conceitos para usar na redação e editor da revista de atualidades Centro do Mundo.%MCEPASTEBIN%

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Veja os comentários
  • Olá! El admite as duas estruturas que mencionei no artigo. Abs
    Raphael de Oliveira Reis em 05/01/20 às 21:02
  • A banca Cespe não exige introdução e conclusão?
    Pedro Paulo em 05/01/20 às 15:51
  • Ei! Que coisa boa! Tmj
    Raphael de Oliveira Reis em 04/01/20 às 11:44
  • Gostei muito desse conteúdo: ajuda bastante a nortear/trilhar um caminho. Espero que em 2020 conquiste o “cinturão da banca Cespe”... tanto pelo ótimo trabalho que vem desenvolvendo quanto pela grande ajuda (rsrs), pois farei concurso desse banca (MP-CE). Quem sabe... daqui para o MP-Ceará não sai do forno um e-book: "15 conceitos para mandar bem na redação do Cespe". E domingo tamo junto no Café Filosófico!
    Laudemmy Layon em 03/01/20 às 17:07
  • Olá! O título só é obrigatório se for exigido no edital ou nas instruções de prova. A banca Cespe não tem exigido título em seus certames. Abs
    Raphael de Oliveira Reis em 03/01/20 às 15:18
  • E o título? Não é necessário na banca CESPE?
    Luena em 03/01/20 às 12:24