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Gestão do conhecimento para concursos – Guia Definitivo

Olá, pessoal! Tudo bem? Seguindo com os nossos Guias Definitivos de Administração Geral e Pública, trataremos neste resumo sobre Gestão do conhecimento para concursos. A Gestão do conhecimento deve ser compreendida como uma atividade essencial às organizações, capaz de gerar vantagem competitiva perante seus concorrentes.

Não se pode mais afirmar que os recursos financeiros são os recursos mais importantes para as organizações. Atualmente, o conhecimento é tido como o principal recurso para o sucesso organizacional.

Porém, para se chegar ao conceito do que seja conhecimento, é necessário conceituar “dado” e “informação”. Dado, nos dizeres de Chiavenato, é “um registro ou anotação a respeito de um evento ou ocorrência”. Assim, dado seria apenas o registro, algo aleatório ainda não analisado e/ou processado, mas que ainda não possui um significado.

informação é um conjunto de dados sistematizados, analisados e/ou processados, contendo um conjunto de significados relevantes e úteis para determinado contexto.

Seguindo, pode-se conceituar conhecimento como um conjunto de informações acerca de determinado contexto ou temática, de forma logicamente estruturada. Assim, conhecimento é mais do que o mero acúmulo de informações, significando, portanto, a estruturação das mesmas de forma a potencializar sua utilização prática.

Diante do exposto, a gestão do conhecimento em uma organização pode ser definida como o processo de se identificar quais conhecimentos são essenciais, críticos para a organização. Assim, a gestão do conhecimento envolve a criação, organização, disseminação e potencialização dos conhecimentos de uma organização.

Além disso, é necessário que o conhecimento criado no âmbito de cada organização seja aplicável na prática. De nada adianta uma grande profusão de ideias e sugestões dentro da organização, se tais conhecimentos são vazios de aplicabilidade prática, e/ou não contribuem com as atividades da organização.

Nos próximos tópicos veremos os temas mais cobrados de gestão do conhecimento para concursos.

Aprendizagem organizacional na gestão do conhecimento para concursos

Para que se possa falar em gerir conhecimento, é necessário compreender o conceito de “Aprendizagem Organizacional”. Segundo Chiavenato, aprendizagem organizacional “é o processo de aquisição de conhecimento, distribuição, interpretação e retenção da informação dentro da organização”.

A aprendizagem organizacional é um dos conceitos mais importantes para a administração na atualidade. Isso porque traduz a necessidade de que cada organização utilize suas experiências para aprender com elas, crescendo e se desenvolvendo.

Nesse sentido, as organizações buscam otimizar cada vez mais suas competências, gerando a flexibilidade e adaptabilidade tão necessárias ao contexto contingencial em que as organizações estão inseridas, onde cada detalhe é parte da excelência buscada.

Assim, para que haja aprendizagem organizacional, uma ferramenta bastante utilizada é o ciclo PDCL. Oriundo do ciclo PDCA , o ciclo PDCL consiste em alterar a última fase do ciclo, denominada “Act”, para o conceito de aprendizado, “learn”. Isso faz com que a organização vá muito além de uma simples ação corretiva, buscando aprender com a execução dos processos de trabalho nas fases anteriores do ciclo.

Um tema também bastante cobrado em gestão do conhecimento para concursos é o de aprendizagem em circuito simples e aprendizagem em circuito duplo. Seguem os conceitos:

  • Aprendizagem em circuito simples: baseia-se na detecção do erro e correção. No entanto, busca conservar os pressupostos do sistema de base. Assim, privilegia a manutenção de valores que fundamentam o sistema em questão, sem questionar seus princípios e bases.
  • Aprendizagem em circuito duplo: a exemplo da de circuito simples, também se baseia na detecção do erro e correção. Sua diferença é que, com base nas informações e aprendizado obtido, permite questionar as premissas, bases e normas do sistema, possibilitando a mudança de seus pressupostos e valores.

Gestão do conhecimento para concursos – o Capital Intelectual

Outro tema importante quando se fala em gestão do conhecimento para concursos é o Capital Intelectual. O capital intelectual pode ser conceituado como um conjunto de ativos intangíveis que oferecem as bases para a operação e as decisões organizacionais.

Um erro muito comum é confundir Capital Humano com Capital Intelectual. Com efeito, o Capital Humano é apenas uma das vertentes do Capital Intelectual. Veremos, a seguir, os três aspectos intangíveis que integram o Capital Intelectual.

O primeiro deles é o Capital Humano. Trata-se efetivamente das pessoas da organização, da contribuição efetuada por meio da aplicação das competências individuais ao trabalho. Já o Capital Estrutural é o conhecimento aplicado em processos e tecnologias. Por fim, o Capital Relacional (ou de Network) refere-se às relações organizacionais com clientes, fornecedores, stakeholders, dentre outros.

Gestão do conhecimento - capital intelectual
Capital Intelectual (Alvarenga, 2021)

Veja esta questão da FUNCAB, para Agente Administrativo da PRF (2014):

“No contexto da gestão do conhecimento das organizações, o valor total dos negócios da organização deve ser calculado a partir do valor dos clientes, do valor da organização e valor de competências, e não apenas pelos ativos tangíveis que formam o capital financeiro. Por sua vez, os processos, sistemas de informação e patentes que permanecem em uma organização quando os colaboradores dela saem são denominados:

A) base de conhecimento.

B) capital estrutural

C) capital intelectual

D) benchmark.

E) capital humano.”

Veja, a questão fala em processos e sistemas de informação que permanecem em uma organização quando os colaboradores saem dela. Assim, estamos falando da estrutura que compõe a organização. Portanto, só podemos estar falando do Capital Estrutural, sendo o Gabarito Letra B).

Espiral do conhecimento de Nonaka e Takeuchi

Nonaka e Takeuchi criaram o conceito de conversão do conhecimento, também conhecido como espiral do conhecimento, que se baseia na interação entre os tipos de conhecimento tácito e explícito.

Para que possamos compreender o que de fato os autores estabeleceram, é necessário realizar a distinção entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito. Olho vivo, pois o tema é um dos campeões de cobrança em gestão do conhecimento para concursos!

O conhecimento tácito pode ser descrito como um conhecimento subjetivo, ou seja, que as pessoas possuem, mas que não é tão facilmente compartilhável. Dito de outra forma, é um conhecimento que existe, mas que é difícil de ser transmitido de forma sistemática.

Muitas vezes, alguém transmite um conhecimento a outra pessoa, mas acaba deixando passar algum detalhe sem ser transmitido. Isso ocorre porque o tal detalhe já está tão internalizado nas ações da pessoa, que ela acaba esquecendo de mencionar. Este é o conhecimento tácito.

Já o conhecimento explícito é aquele transmissível de forma sistematizada, por meio de linguagem formal e clara. Quando comparado ao conhecimento tácito, é mais fácil de ser compartilhado.

Perceba que quando você utiliza os materiais do Estratégia para estudar e obter a aprovação no seu concurso, você está obtendo conhecimento explícito. É o que está sendo, por exemplo, neste Artigo.

Feito este resumo, seguem as formas de conversão do conhecimento descritas por Nonaka e Takeuchi:

  • socialização – conversão do conhecimento tácito para tácito;
  • combinação – conversão do conhecimento explícito para explícito;
  • externalização – conversão do conhecimento tácito para explícito;
  • internalização – conversão do conhecimento explícito para tácito.

Fique atento às nomenclaturas e formas de conversão, bastante exploradas pelas bancas em questões de gestão do conhecimento para concursos.

Conclusão

Chegamos ao fim de mais um Guia Definitivo de Administração Geral e Pública. Estude este resumo em conjunto com os materiais teóricos do Estratégia Concursos sobre gestão do conhecimento para concursos.

Não deixe, também, de fazer muitas questões sobre o tema, além de revisar sempre o assunto, que é vital para as organizações contemporâneas, inclusive as públicas. Veja, por exemplo, este artigo científico sobre gestão do conhecimento em organizações públicas.

Abraços e bons estudos!

Paulo Alvarenga

Referências:

Chiavenato, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações / Idalberto Chiavenato – 7. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2003

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