Aprovado em 9° lugar no concurso STN para o cargo de Auditor Federal de Finanças e Controle - Econômico-Financeira
Controladorias/Gestão (CGU, CGE, STN, EPPGG)
“A partir do momento em que descobri meu objetivo de concursos da área financeira minha motivação cresceu, então não pensei em desistir.”
Confira nossa entrevista com Ângelo Donizetti Barros Nunes Goulart, aprovado em 9° lugar no concurso STN para o cargo de Auditor Federal de Finanças e Controle – Econômico-Financeira:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Ângelo Donizetti Barros Nunes Goulart: Sou formado em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais, tenho 25 anos e sou natural de Belo Horizonte.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Ângelo Donizetti: Não foi uma decisão óbvia. Vinha de um período de estágio no mercado financeiro e, à medida que a formatura se aproximava, passei a analisar as opções disponíveis. Porém, na época, não cheguei a cogitar concurso público, pois achava arriscado me dedicar com o risco de reprovação.
Contudo, três meses após formar fui incentivado a estudar para o concurso do Banco do Brasil e me senti preparado para os desafios, até porque estava desiludido com uma carreira na iniciativa privada. Foi o começo de uma trajetória de estudos que envolveu BB, Prefeitura de Belo Horizonte, Câmara de Belo Horizonte e Tesouro Nacional.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Ângelo Donizetti: Estudava integralmente. Minha rotina envolvia estudar 6 horas/dia em pré edital e 6h30-7h/dia em pós edital. Foi uma decisão delicada, pois vemos as outras pessoas evoluírem em suas carreiras enquanto estamos focados em uma prova, mas foi uma decisão da qual não me arrependo, pois creio ter contribuído para uma aprovação mais rápida.
Sei que o período de estudos é um momento de abdicação grande – incluindo material – mas foi uma escolha que pude tomar e sou grato por isso.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Ângelo Donizetti:
- Auditor Federal de Finanças e Controle – Área Econômico-Financeira
– Secretaria do Tesouro Nacional – 9º (nomeado);
- Analista de Planejamento e Gestão Governamental – Especialidade: Economia – Prefeitura de Belo Horizonte – 4º (nomeado);
- Consultor Legislativo – Administração e Finanças – Câmara Municipal de Belo Horizonte – 4º (CR);
- Analista Empresarial – Formação Economia – CEMIG – 12º (CR).
Acredito que minha jornada concurseira se encerrou no momento, mas não sabemos como será o futuro, então deixo em aberto as possibilidades.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Ângelo Donizetti: Durante a preparação eu – assim como a grande maioria dos concurseiros – pratiquei um regramento na vida social que envolveu me relacionar com amigos e família em menos ocasiões, mas longe de uma interrupção completa, já que foram eles que me ajudaram grandemente a ser aprovado.
Eu estabelecia o domingo como o dia para descanso completo, então utilizava disso para executar tarefas domésticas e me relacionar com as pessoas próximas.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Ângelo Donizetti: Minha família e amigos me apoiaram, garantindo que eu tivesse a calma necessária para o estudo e as provas. Em geral, flexibilizando minha presença em eventos sociais, me ajudando na logística para as provas, estando disponíveis para que eu pudesse conversar nos momentos de necessidade, e, acima de tudo, sendo um ponto de compreensão de que eu estava fazendo tudo aquilo pelo objetivo de exercer minha formação de economista mais plenamente.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Ângelo Donizetti: Para o Tesouro Nacional eu estudei de janeiro a julho. Mantive a disciplina alimentando meu sonho de trabalhar no órgão – consultava os relatórios divulgados, lia sobre as temáticas pertinentes, acompanhava as redes sociais. Além disso, o desejo de melhorar minha situação financeira ajudou a buscar ser constante nos estudos.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Ângelo Donizetti: Minha preparação focou em um estudo com memorização ativa. Para isso, tive como base a leitura de PDFs e a resolução de questões. Para revisar eu fazia brainstorms para testar meu conhecimento e montava cadernos com as questões que errei, visando compreender aquele conteúdo que não tive bom aproveitamento em um primeiro contato, juntamente de questões que tinham o perfil da banca examinadora – no meu caso, a FGV.
A principal vantagem foi a memorização de longo prazo, que é o que conta quando estudamos por vários meses. Por outro lado, o progresso do aprendizado pode ser mais lento, já que revisar um conteúdo antigo é tão importante quanto ler o próximo tópico do programa de uma matéria. Por exemplo, em Economia Brasileira, li várias vezes as mesmas marcações e anotações, o que foi frustrante, mas necessário.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Ângelo Donizetti: Conheci o Estratégia quando me dediquei a estudar para o concurso da Prefeitura de Belo Horizonte. O conteúdo direcionado me chamou a atenção.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Ângelo Donizetti: O conteúdo do Estratégia ajudou na minha preparação por estar constantemente atualizado de acordo com o concurso que eu fosse prestar. Nas disciplinas de direito, por exemplo, as jurisprudências recentes eram adicionadas prontamente, além da seleção de questões que os professores faziam para adicionar ao final dos PDFs das aulas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Ângelo Donizetti: Meu plano de estudos consistia em um ciclo, em que estudava um conjunto de matérias de forma sequencial, com o tempo destinado a cada uma variando de acordo com a relevância na prova e sua complexidade de aprendizado.
Cheguei a estudar 12 matérias ao mesmo tempo para a prova do Tesouro Nacional, distribuídas entre 6h30-7h por dia. Isso representava estudar de 4 a 5 matérias dentro de um dia de estudo.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Ângelo Donizetti: Revisava por meio de três práticas: post-it’s, brainstorms no OneNote e simulados de provas antigas.
Os post-it’s eram para a “decoreba”; os brainstorms para eu escrever o máximo que lembrava do conteúdo e posteriormente corrigir e/ou complementar; e os simulados para eu ganhar ritmo de prova e resolver questões sob pressão.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Ângelo Donizetti: A resolução de questões foi como consegui amadurecer meu aprendizado, fixando o conteúdo e exercendo uma memorização mais ativa. Ajudou a direcionar meu estudo para a cobrança da banca do concurso; no meu caso, fazer provas recentes da FGV permitiu que me mantivesse atualizado em relação ao perfil dos examinadores. Acredito que tenha feito aproximadamente 12.000 questões durante minha trajetória.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Ângelo Donizetti: Direito Constitucional e Estatística foram as disciplinas que tinha mais dificuldade. A primeira busquei superar por meio das videoaulas de Reta Final do Estratégia (agradecimento ao prof. João Trindade); já em Estatística busquei superar fazendo muitas questões e sistematizando as formas de resolução de problemas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Ângelo Donizetti: Na semana da prova eu fiz uma revisão por meio da Hora da Verdade do Estratégia e da leitura dos meus cadernos de questões que errei. Já no pré-prova eu busquei descansar com minha família e preparar meu corpo e mente para a maratona do dia seguinte.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Ângelo Donizetti: Me preparei para a discursiva simulando uma redação de 60 linhas (o que foi cobrado no meu concurso) todo sábado de tarde desde a divulgação do edital. Ao todo, foram aproximadamente 30 temas abordados, o que ajudou a ter confiança para escrever sobre o que acabou sendo cobrado.
Aconselho a todo mundo que busque escrever com frequência, controlando de perto o tempo que leva para desenvolver a redação ou questão e sempre utilizando de um serviço de correção feita por terceiros, pois profissionais nos ajudam a aprender com o perfil da banca que organizará o certame.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Ângelo Donizetti: Erros: demorar a estudar de forma ativa; não fazer atividade física de imediato; buscar me aprofundar excessivamente no período próximo da prova.
Acertos: organizar meu estudo de forma eficiente; respeitar os limites do meu corpo e mente; priorizar certames que realmente faziam sentido para mim.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Ângelo Donizetti: A partir do momento em que descobri meu objetivo de concursos da área financeira minha motivação cresceu, então não pensei em desistir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Ângelo Donizetti: Na minha experiência, estudar envolveu buscar disciplina e praticar abdicação. Porém, eu diria que a constância foi o pilar da minha trajetória; estudar 2 horas por dia quando está muito cansado, ou então estudar 8 horas em um dia mais confortável – tudo para respeitar o próprio limite. Adicionalmente, gostaria de dizer que a atividade física e o cuidado com a saúde mental foram uma ajuda que tive ao estudar. No mais, desejo muito sucesso a todo mundo que tenha tirado um tempo para ler meu depoimento, e dizer que torço para a aprovação de quem decidiu se juntar nessa jornada de estudo.