Aprovada em 3° lugar para Técnico Ambiental no concurso CETESB
Concursos Públicos“[…] Tenha em mente que passar em concurso público não é day trade, é projeto de longo prazo e é fila, saiu da fila e parou de estudar, caiu 100 posições. Ficou na fila, sua vez vai chegar.”
Confira nossa entrevista com Amanda Negreiros Pinheiro Gonçalves, aprovada em 3° lugar no concurso CETESB para o cargo de Técnico Ambiental – Formação: Técnico em Controle de Meio Ambiente – Polo 2: Grande São Paulo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Amanda Negreiros Pinheiro Gonçalves: Sou natural de Fortaleza-CE, me graduei pela Unicamp como bacharel em Química e tenho 39 anos. Moro em Sumaré, perto de Campinas. Sou casada (não com o pai do meu filho) e mãe de um menininho fofo de 11 anos, o Miguel. Agora, estou muito feliz por estar na CETESB.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Amanda: Eu trabalhei por dois anos na iniciativa privada em duas multinacionais. Depois disso, quando meu filho tinha cerca de quatro anos, eu morava no interior do Ceará e recebi o diagnóstico de autismo dele. A partir de então, soube que ele precisaria de um suporte muito grande, que a cidadezinha onde eu estava não tinha de forma estrutural. Isso me levou a pensar racionalmente sobre o futuro e a vislumbrar a estabilidade que os cargos e empregos públicos oferecem. Nessa época, eu já tinha saído da faculdade há alguns anos e estava aprimorando meu entendimento do mercado, pensando com mais maturidade sobre quais espaços profissionais eu gostaria de ocupar. Por exemplo, eu me preocupava com como teria tempo para levar meu filho às consultas sem ser demitida.
Além disso, minha mãe, que era funcionária pública, completava seus mais de 40 anos em uma estatal, e comecei a considerar seriamente a possibilidade de seguir uma carreira pública.
A época do diagnóstico e do início da minha preparação (2016-2017) foi muito difícil. Eu tive que fazer um acordo com o pai do meu filho para que ele ficasse em São Paulo e iniciasse os tratamentos, que eram inacessíveis onde eu morava. Passei a viajar para fazer concursos no Brasil, o que me possibilitou viver em um ambiente mais caro e próximo do Miguel. E, claro, como estávamos separados, era muito difícil suportar a saudade, manter a sanidade e ter sustentabilidade financeira, tanto para viajar quanto para arcar com o sustento do meu filho. Eu fui muito testada.
E acho que o estudo me salvou.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Amanda: Sim, trabalhava e usava todo o meu tempo livre pra estudar. Intervalos de almoço, noites e finais de semana e depois que o Miguel recebeu o diagnóstico, passei a usar as madrugadas também. Passei a dar aulas particulares, o que me economizava tempo de estudo e fixação de algumas matérias. Depois que vieram as primeiras aprovações em concursos iniciais, passei a usar também o tempo no trânsito e no avião, licenças, escutar aulas durante a faxina, enfim, tudo o que era possível para aproveitar melhor o tempo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada?
Amanda: Nossa. Vamos lá. Aprovada como Química:
Secretaria de Saúde – São Benedito – Ceará – 2016 – 1º lugar;
Secretaria de Meio Ambiente – Teresina/PI – 2017 – 1º lugar;
Universidade Federal do Maranhão – São Luís/MA – 2017 – 2º lugar;
Polícia Civil Piauí – Teresina/PI – 2018 – 1º lugar;
Instituto Federal do Ceará – 2018 – 1º lugar;
Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA – 2018 – 1º lugar;
Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Pereira Barreto/SP – 2019 -1º lugar.
Aprovada como Técnica em Meio Ambiente:
Prefeitura de Jundiaí – 2023 – 1º lugar;
SANEBAVI – Saneamento de Vinhedo – 2023 – 4º lugar;
Departamento de Água e Esgoto de Valinhos – 2023 – 1º lugar;
Prefeitura de Sumaré – 2024 – 1º lugar;
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB – São Paulo – 2024 – 3º lugar.
Aprovada como Técnica Administrativa:
Unicamp – 2023 – 10º lugar (eram 10 vagas);
Câmara Municipal de Sumaré – 2024 – 1º lugar.
Aqui, exclui as classificações (USP, SABESP, Prefeituras, Cohab), mantive só aprovações.
Não sei se pretendo seguir estudando pra concursos, talvez não, mas eu ainda tenho a minha assinatura vitalícia. Estou pensando exatamente sobre isso agora, acho que vou me dar um tempinho pra curtir esse momento na CETESB, onde eu sempre quis chegar, desenvolver algum trabalho onde eu possa ser parte.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Amanda: Abri bastante mão da vida social nos últimos anos, mas procurei manter um certo nível de vida pessoal e familiar, embora não da mesma forma que uma pessoa que não tem o objetivo de passar num concurso público. Sempre respeitei meus limites e o corpo, porque sempre vi a aprovação como um projeto em etapas, em que eu ia passar em um concurso de menor salário, para um de maior salário, num crescente, e esse trajeto se faz com o tempo e a persistência nos estudos.
No geral, estudava por longos períodos, conciliando com o trabalho cotidiano e aproveitava alguns dias seguidos para descansar enquanto vinha visitar meu filho. Nesses momentos, eu me desconectava dos estudos, tudo dentro de um cronograma planejado para estas pausas.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira?
Amanda: Sim, a minha mãe sempre foi a minha maior incentivadora; mesmo quando eu dizia que uma ou outra prova ia ser mais difícil pra mim por uma razão qualquer, ela dizia que “eu só precisava de uma vaga”.
Inclusive financeiramente, porque quando abriu a assinatura vitalícia em 2023, ela me emprestou parte do dinheiro, dizendo que não era gasto, era um investimento com retorno, já que eu estava passando em muitas provas e pagaria com meu salário de concursada.
Em 2022, passei por um período de desânimo nos estudos, aí meu esposo começou a assistir algumas aulas comigo e engajar, passamos a estudar juntos, ao ponto de que ele se inscreveu junto comigo pra um concurso, em Vinhedo (que foi o primeiro dele) e ficou em 8º lugar no cargo que se inscreveu! Eu fiquei em primeiro.
Ele não tem vontade de ser servidor público, então não seguiu nos estudos de concurso, mas até hoje ele é fã do prof. Bruno Lima e do Prof. Herbert. Rs
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Amanda: É uma pergunta difícil, porque, se parar para pensar, eu estudo há tanto tempo para os concursos da minha área que dá para dizer que eu não “estudei para a CETESB”, entende?
Em dezembro de 2023, fui surpreendida pelo edital da CETESB, e com a prova marcada para março de 2024, eu não sabia que esse concurso ia ocorrer. Por isso, a minha preparação “específica” foi inteira no pós-edital.
Desde a época da faculdade, já cogitava trabalhar na CETESB e, até na minha vida profissional, na área de Meio Ambiente, eu utilizava os materiais, normas e referências que a CETESB produz.
Quando o edital saiu e eu não estava esperando, soube que o tempo era muito curto e que o concurso seria bastante visado, já que não havia concursos desde 2009. Considerei, no entanto, que havia acumulado bagagem, já que nunca deixei de estudar.
Então, fiz um plano dividido em três partes: 1. Concentrei-me em resolver provas e questões para as matérias comuns, de conhecimentos gerais; 2. Assisti a aulas sobre conhecimentos específicos somente em assuntos que eu sabia que era mais fraca ou que o curso específico do Estratégia não abordava; e 3. Fiz questões do conhecimento específico que considerava dominar, sem estudar.
Para manter a determinação, coloquei a contagem regressiva para a data da prova como lembrete no meu alarme de despertar, todas as manhãs.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Amanda:
Bom, antes de conhecer o Estratégia, eu estudava por livros; acho que isso foi uma herança da Unicamp.
Com o tempo, e já são alguns anos, fui testando e me conhecendo em relação a ferramentas e formas de estudar. Acho que já estudei de todas as formas possíveis. Hoje, me considero veterana e retenho melhor o conhecimento por meio de questões, embora isso exija uma longa caminhada!
Cada uma dessas opções tem vantagens e desvantagens, e acredito também que há o momento certo para cada uma. Aulas presenciais, por exemplo, não são algo que eu voltaria a fazer numa preparação para concursos, depois de tanto caminho percorrido. Fiz aulas presenciais no início da minha jornada, e, para aquele momento, fez sentido porque me permitiu ter uma interação mais imediata com o professor, tirar dúvidas na hora, desenvolver uma rotina de estudo, etc.
Quando passei a usar o Estratégia, os PDFs eram importantes; eles eram bem completos, apresentavam os conteúdos e mostravam o que era relevante. Com o tempo, após já ter visto os assuntos nos PDFs, passei a estudar só por áudios ou videoaulas, por serem mais rápidas e ajudarem a manter a energia. Depois, as questões assumiram um papel crucial porque cobram pontos muito específicos da matéria e, com isso, te obrigam a revisar, caso você erre ou esqueça, proporcionando um domínio mais completo do que e como as bancas te cobram. Quando você consegue fechar bem um edital, já não faz mais sentido estudar por longos períodos ou por livros-texto muito extensos, porque sua mente já entendeu os conteúdos, e é possível até acertar questões totalmente novas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Amanda: Pela internet primeiro, mas eu era meio orgulhosa e não quis pagar. Só fazia as aulas gratuitas do site ou do Youtube. Depois um amigo estava estudando numa biblioteca pelos materiais, acho que em 2017, encontrei por acaso e ele falou bem e aí eu procurei saber mais. Comprei alguns cursos avulsos antes de ter a vitalícia.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Amanda: Eu estudava por livros logo de início, e acho que nos primeiros meses, bem no início da minha preparação estudei por material do Direção e do Aprova Concursos mas acho que foi um período super curto. Conheci o Estratégia logo. Em 2018, eu comecei a visar concursos no Sudeste com mais direcionamento, com melhores salários e benefícios, então não sei por que mas achei que devia me matricular num curso presencial e pra mim não foi tão bom porque eu percebi que já tinha acumulado um certa carga de conteúdos dominados estudando só, que as aulas eram um gasto enorme de tempo ou tinham muitos pontos meio repetidos, e em casa eu tinha que recorrer ao Estratégia online pra aprofundar ou fazer questões de mais alto nível… Enfim, acabei voltando pro estudo individual total onde poderia acelerar ou reduzir a velocidade de acordo com meu ritmo, ou mesmo conciliar com as viagens sem perder aulas.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material?
Amanda: Cheguei a fazer o concurso da ANP (Agência Nacional do Petróleo), eu acho que fiquei classificada em 86º, mas com certeza não estava nas vagas diretas, isso na época do Direção. Fiz também o concurso da Polícia Civil do Piauí, que fiquei em primeira na época do curso presencial em Teresina, mas aí eu já conciliava com o Estratégia online.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Amanda: Olha, eu sempre tive boas aprovações e também eu sempre estudei pelo Estratégia desde o início, então acho que tem muita relação.
Mas sim, fez total diferença. Eu trabalho, estudo, sou mãe atípica, então eu não tenho tempo pra tudo, aliás, acho que pra nada! Eu tinha que ter um tipo de suporte que pudesse me ajudar pra logo, que fosse direto ao ponto, que me oferecesse ferramentas variadas na minha preparação. Por exemplo, durante uma fase, eu ouvia os podcasts enquanto fazia academia, ou às vezes, ouvia aulas enquanto dirigia pra viajar pra estar com meu filho. Já nos curtos momentos em que eu podia sentar e estudar, precisava de aproveitar bem o tempo, então acelerava as videoaulas e focava em questões. Depois, ia ler só os tópicos que tinha errado.
O que pra mim, uma pessoa de quase 40 anos, que tem muita demanda de vida adulta, e que é uma concurseira por vocação, que já estuda a muitos anos!,é um grande diferencial do Estratégia é uma plataforma super completa. Ele não deixa a desmotivação chegar, porque ele tem todas as opções. Esses dias eu me surpreendi, estudando pelo livro digital interativo, e olhe que não sou fã de material escrito. É impossível a pessoa ter uma assinatura mais completa (a minha é vitalícia) e não encontrar algo que se encaixe no seu estilo de vida.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Amanda: Eu costumo estudar por ciclos, normalmente escolho uma disciplina por dia e estudo. Poucas horas líquidas, especificamente para a CETESB, acredito que no máximo 2 horas diárias, foi o que eu fiz no pós-edital.
Ao longo do anos, a carga horária era bem maior (já cheguei a estudar mais de 8 horas diárias, mesmo trabalhando, focando nos pdfs), com o tempo e o domínio dos assuntos foi ficando bem menor e mais restrita a questões.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Amanda: Eu não costumo fazer resumos longos (nem mesmo quando estou tendo um contato inicial com o assunto porque considero que isso consome muito tempo). O que eu faço é escrever ideias chaves daquele conteúdo, geralmente nos slides das aulas, conforme eu vou assistindo as videoaulas. Eu sou muito auditiva ou visual, diferente do pessoal que gosta dos pdfs, eles demandam um tempo que eu não consigo ter mais, e na maioria das vezes preciso de coisas que sejam mais rápidas de vir na minha mente, como algo que o professor falou, ou uma questão que eu me enrolei, ou um mapa mental, ou um ponto da lei que eu tivesse discutido com meu marido.
Para revisões, especificamente, fazia mapa mental, se eu já tinha boa noção do conteúdo, ou assistia a aula novamente acelerando os vídeos e depois investia tempo em questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Amanda: Não! Não tenho ideia de quantas questões já fiz, mas sei que o Estratégia não vai ter um registro desse número alto porque eu não consigo fazer questões no tablet. Então, eu imprimo cadernos de questões e as resolvo no papel, como a millennial que sou.
Em casa, tenho apostilas de questões impressas, e são muitas provas!
As questões eram importantes quando eu estava desmotivada ou cansada de estudar, porque elas me mantêm entretida e desafiada. Quando acerto um bom volume de questões, isso me motiva; e quando erro, isso chama minha atenção para as partes do assunto que ainda não domino, o que novamente me mantém motivada a corrigir falhas no meu processo de estudo.
É importante sempre revisar os erros. Ou seja, não basta fazer questões e apenas olhar o gabarito; eu me obrigava a voltar ao embasamento teórico do que eu estava errando antes de partir para mais questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?
Amanda: Informática é uma disciplina que sempre pontua menos. Quando vi que talvez não conseguisse despender de muito tempo que essa disciplina pede pra pouca quantidade de questões que costuma cair nas provas, eu decidi não superar a dificuldade com informática. Na verdade, me concentrei em saber o mínimo suficiente pra não me prejudicar, estudando os temas mais recorrentes da banca FCC para informática e sempre busquei manter um nível de acerto nas demais matérias (Português, Raciocínio Lógico, Direitos, etc..) e um nível diferencial de acertos em Conhecimentos Específicos na maioria das minhas provas, já que eu tinha mais facilidade.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Amanda: Na semana antes da prova, eu só fiz questões. No dia anterior, eu fui ao shopping com meu filho. Nada de estresse.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Amanda: Você precisa de conteúdo para fazer uma boa prova discursiva. Se você está abrindo mão da sua vida social, apenas estudando (ou apenas estudando e trabalhando) sem tempo para mais nada, como espera fazer uma dissertação embasada, rica em argumentos, que convença um avaliador da sua capacidade de articulação? Na prova da CETESB, o tema da redação era o ponto de retorno do consumo de recursos naturais. Mesmo sendo algo que sabemos pelo senso comum, é preciso dissertar, se posicionar e trazer opções. Isso não se faz apenas dizendo “olha, o mundo vai mesmo se acabar”. É necessário apresentar dados, estar atualizado com o que está acontecendo no mundo e fornecer informações corretas que apoiem sua posição num texto dissertativo.
Evite usar o ChatGPT para redigir todo e qualquer texto (pelo menos na sua preparação). Se puder treinar redação com regularidade, como mais uma disciplina, perfeito. Se não, organize sua rotina para assistir ao jornal enquanto se alimenta ou descansa e use o celular de forma útil, não apenas para redes sociais. E esteja atento ao bom uso do português; isso é essencial.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Amanda: É difícil citar erros quando você logrou aprovação. Mas não sou arrogante, então posso citar coisas que me fizeram perder tempo e acho que não ter método, me fez perder tempo. O meu método hoje é entender o meu nível de domínio de um assunto, antes de sair estudando a esmo.
Sempre faço um simulado de um assunto novo, e quando vejo que estou mal, defino um plano mais ou menos na ordem: ler, estudar a videoaula ou fazer mapa mental e fazer questões. Se eu já sei o assunto, apenas reviso as questões. Já gastei muito tempo estudando coisas que já sabia, ou não dando a devida atenção a temas desconhecidos por não pensar antes no meu nível de conhecimento para uma certa prova.
De acertos, acho que tem várias formas que absorvo conteúdo. A gente fica anos num estudo padrão, escolar, concurso público não é assim. Você tem uma carga enorme de conhecimento, cobrado de forma que às vezes a gente até tem dificuldade de saber em que parte da matéria aquele conteúdo está… E tem todas as responsabilidades da vida adulta. Se não tivesse variado as formas de apresentação do conteúdo pra mim mesma, jamais ia saber que eu fixo muito mais informação pelo que escuto do que pelo que leio.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir?
Amanda: Sim. Mesmo quando você tem aprovações, estudar é algo desafiador, que demanda energia. A minha motivação pra tudo na minha vida é sempre o meu filho, ficar perto dele, e depois que conheci o meu esposo, aí a motivação se tornou a minha família. Eles são o motivo pra tudo. Quando eu me sinto com vontade de desistir, é porque estou cansada, então sempre penso naquela frase que diz que devemos aprender a descansar, e não a desistir. Também sempre penso em como a minha mãe se sente realizada por mim. Se estiver muito desmotivada, aí eu lembro de como era quando não tinha estabilidade, e rapidinho já consigo me motivar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Amanda: Não subestime certas coisas além dos estudos: tenha numa parede, num quadro, num caderno, as motivações que te levam a dedicar esse esforço e olhe pra isso, principalmente no começo, quando você ainda está desenvolvendo disciplina e tem um monte de tentações ao redor.
Desenvolva um caderno de erros, ele vai ter ajudar demais. De preferência, faça suas anotações de forma organizada e as guarde; se você ficar como eu, anos estudando, você poupará um tempo enorme com seu arsenal de informações; quando você absorver essas anotações, elas ainda te serviram de revisão.
Faça atividade física, a época que eu mais acumulei bagagem e me dediquei aos estudos, eu ia pra academia todos os dias. A atividade física dá uma força mental muito boa pra quem está se desafiando a ter sucesso por meio dos estudos.
Quando estiver sem tempo de sentar e estudar de uma forma “perfeita”, teste “formas imperfeitas de estudo”. Cansei de estudar por lives do youtube enquanto faxinava ou cozinhava ou de ouvir podcasts na esteira. Isso não quer dizer que você vai estudar no TikTok, saiba escolher os seus materiais de estudo por quem pode te conduzir no caminho da aprovação.
Também tem diferença entre estar cansado de estudar e testar variações, de não ter disciplina. Estudar é trabalho, 1% de inspiração e 99% de transpiração. Cumpra as suas metas diárias, mesmo que varie os meios. Se sua taxa de acertos começar a cair, significa que você tem que ir no estudo raiz: pdf e videoaulas.
Tenha em mente que passar em concurso público não é day trade, é projeto de longo prazo e é fila, saiu da fila e parou de estudar, caiu 100 posições. Ficou na fila, sua vez vai chegar.