Aprovado em 16° lugar no Concurso Público Nacional Unificado (CNU) - BLOCO 3 para o cargo de Engenheiro Agrônomo (INCRA/Cotas)
Engenharias e TI“[…] Todo mundo tem seu tempo, uns são aprovados de cara, outros demoram um pouco, mas tudo é possível para quem acredita. […]”
Confira a nossa entrevista com Filipe Santos, aprovado em 16° lugar no Concurso Público Nacional Unificado (CNU) – BLOCO 3 para o cargo de Engenheiro Agrônomo (INCRA/Cotas):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Filipe Santos: Eu me chamo Filipe, tenho 29 anos, moro numa cidade chamada Coaraci, localizada no interior da Bahia e sou Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, que também está localizada no interior da Bahia.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Filipe: Durante esses poucos anos em que atuo na profissão, percebi que, apesar de a agronomia ser uma área muito ampla, com várias possibilidades de atuação, o profissional dessa área tem sido cada vez menos valorizado. Por um lado, a procura por profissionais capacitados é grande e, por outro lado, as empresas não estão dispostas a remunerar de acordo com o teto salarial, pelo contrário, estão oferecendo remunerações cada vez menores e, em muitos casos, dando preferência ao Técnico Agrícola, ao invés do Engenheiro Agrônomo, justamente para pagar menos. Ainda, a possibilidade de ter uma carreira, ser bem remunerado e ter a tão sonhada estabilidade, foram outros aspectos que pesaram para que eu decidisse me dedicar para esse concurso.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Filipe: Sim. Na verdade, eu me sentia privilegiado, porque como eu sou contratado e presto serviços para uma empresa de extensão rural, o meu trabalho é visitar 30 produtores rurais por mês, 2 produtores por dia. Dessa forma, em 15 dias eu finalizava o meu trabalho e os outros 15 dias do mês, eu ficava livre o dia inteiro para poder estudar. Mas, ainda assim, durante os 15 dias em que eu trabalhava, eu acordava mais cedo, pra poder finalizar o meu dia de trabalho mais cedo e, assim, ter mais tempo para estudar durante a noite.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Filipe: Na verdade, esse foi o segundo concurso que prestei. O primeiro foi um desastre. A princípio, pretendo “pendurar as chuteiras” e não continuar estudando para concursos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Filipe: A minha rotina não mudou muito. Aos finais de semana, eu saía com os amigos e frequentava a igreja. Um dia ou outro que eu abdicava da diversão para estudar. Lembro também que, tanto no carnaval quanto no São João, eu dei uma pausa nos estudos e fui viajar.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Filipe: Não. Não. Sim, a minha família é religiosa, somos cristãos e todos utilizam da fé para orar, dar palavras de incentivo e, além disso, em casa, tive a compreensão da minha mãe e irmã. Na hora dos estudos, elas faziam silêncio, minha mãe preparava um cafezinho toda noite pra que eu pudesse me manter acordado na leitura dos PDFs.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Filipe: Eu estudei durante os 7 meses antes do concurso, de janeiro à agosto. Lembro que fiz a assinatura do Estratégia em um domingo, comecei a estudar na segunda e, na quarta feira da mesma semana, saiu o edital do CNU. Pausei, esperando vocês lançarem o material na plataforma de acordo com o edital, que foi bem diferente do que era esperado e, na segunda-feira seguinte, iniciei os estudos e não parei mais. O que me fez ter disciplina foi Deus, a força e a coragem que tive, para mim, foi Ele quem me deu. Com as minhas forças, eu jamais conseguiria me manter focado da forma que me mantive.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Filipe: Bom, do pós-edital até a primeira data da prova, antes do adiamento em maio, eu fiz uso dos PDFs, tanto na primeira leitura, quanto nas revisões. Após o adiamento, em algumas disciplinas que tive muita dificuldade, eu fiz o uso das videoaulas, mas diria que 90% da minha preparação, foram pelos PDFs.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Filipe: Eu conheci no final de 2020, quando estava estudando para o meu primeiro concurso, o Concurso da Codevasf. Utilizei muitas videoaulas gratuitas no Youtube que, de certa forma, me ajudaram muito naquela época. E assim, conheci vocês. Naquela época, tive muita vontade de assinar o curso do Estratégia, mas infelizmente eu não tinha condições, porque eu tinha acabado de me formar e estava sem emprego e no meio da pandemia da COVID-19.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Filipe: Eu já sabia que o Estratégia é o melhor preparatório de concursos do mercado. Os meus amigos concurseiros sempre comentavam isso e fiz questão de assinar com vocês. Na época, vocês estavam com valor promocional, então, pude adquirir a Assinatura Premium e, sem dúvidas, a Trilha Estratégica foi primordial na minha preparação. Eu sou calouro no mundo dos concursos e não sabia de nada de técnicas de estudo, ciclos. Eu estaria perdido se eu não tivesse uma ferramenta que, semanalmente, me mostrasse o que eu tinha que estudar todos os dias.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Filipe: Eu seguia a Trilha Estratégica. Às vezes, eu estudava 2 ou 3 matérias, sempre seguindo a Trilha Estratégica. Depois do primeiro adiamento que segui por conta própria, mas sempre me baseando na planilha da Trilha. Em relação as horas líquidas, isso era variável. Nos dias em que eu trabalhava, eu estudava 3 a 4 horas líquidas. Nos dias de folga, eu estudava o dia inteiro, ai variava de 6 a 8 horas líquidas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Filipe: Na primeira Trilha Estratégica, vocês aconselharam fazer grifos nos PDFs para que pudessem ser utilizados nas revisões. E foi isso que fiz durante toda a preparação. Fiz também todos os simulados que vocês forneceram e treinei muito a discursiva, fiz ao todo 17 discursivas de fevereiro à agosto.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Filipe: São primordiais para fixação do conteúdo, para conhecer o estilo da banca e para se familiarizar com possíveis pegadinhas que podem surgir na hora da prova. Fiz muitas questões. Na verdade, fiz e refiz, por conta do adiamento. Como revisei todo o edital após o adiamento, acabei também refazendo todas as questões. Somando as questões de todos os PDFs e do Sistema de Questões, eu fiz na faixa de 6 a 8 mil questões. Lembro que só do SQ, foram na faixa de 3 mil.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Filipe: Finanças Públicas e Administração Pública, principalmente FP. Também tive dificuldade em alguns conteúdos de cada eixo específico. O adiamento, apesar de ter sido por um motivo nobre e muito triste, acabou sendo uma oportunidade pra mim, porque pude focar nessas disciplinas e conteúdos por meio das vIdeoaulas e acabei superando boa parte das dificuldades. A exemplo disso, eu acertei 3 das 4 questões de finanças públicas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Filipe: Duas semanas antes da prova, eu foquei em revisar todas as disciplinas pelo Bizu Estratégico e pelo caderno de erros. Um dia antes da prova, eu fiquei o dia todo assistindo a Revisão de Véspera de vocês. No dia da prova, eu acordei bem cedo, pra me deslocar até a cidade da prova e não fiz nada demais.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Filipe: Como eu disse anteriormente, treinei muito a discursiva. Nessa etapa, não segui o material de vocês, mas assinei com uma professora de discursivas, a Kamila Cobos e pude ter 8 discursivas corrigidas por ela com feedbacks a respeito dos erros que eu cometia, como também dos acertos. Aprendi a usar o método dela, o uso dos conectivos, o uso do paralelismo sintático nos períodos, enfim, foram muitos conhecimentos adquiridos. Das 17 discursivas que treinei, relacionadas a temas sugeridos pela professora, um deles, foi sobre PNMC, similar ao tema da discursiva do concurso. Portanto, investir na discursiva foi a melhor decisão que tomei. Certamente, ela foi fundamental para a minha aprovação e, como conselho, vou utilizar as palavras da professora do curso: não negligencie a discursiva. Muitos são reprovados, por causa da discursiva. Outro ponto é que, nesse concurso, foram apenas 2h30min para responder 20 questões e escrever 35 a 40 linhas. Mesmo com todos os meses de treino, lembro que entreguei a prova da manhã faltando 1 min pra acabar. Treinei muito, cronometrando e fazendo as discursivas sem rascunho, já escrevendo direto no cartão resposta. Todo esse esforço, dedicação e atenção à discursiva, custaram a minha aprovação.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Filipe: Os principais acertos, sem dúvida, foram, primeiro, adquirir um bom material para estudar e, segundo, não negligenciar a discursiva. Acho que, talvez, o único erro que eu tenha cometido, foi o de demorar demais nas revisões. Existem métodos mais rápidos e mais eficientes de revisão, os quais eu tinha conhecimento, mas não os segui.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Filipe: Tive momentos de desanimo, momentos que eu falava que só iria fazer a prova pra “cumprir tabela, porque não ia dar certo, mas desistir não foi uma opção pra mim, porque era uma oportunidade única naquele momento e eu tinha que fazer de tudo pra aproveitá-la.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Filipe: Não desista dos seus sonhos! Parece uma fase clichê, mas é a mais pura verdade. E também, não se cobre tanto. Todo mundo tem o seu tempo, uns são aprovados de cara, outros demoram um pouco, mas tudo é possível para quem acredita. E, por fim: Não deixe de viver! Saiba dosar o tempo para o estudo, como também o tempo de diversão, porque também é preciso ter esse tempo livre. Descanse a mente e, ao mesmo tempo, saiba se fortalecer.