Aprovada em 23° lugar no concurso SEFAZ-RJ para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual
Concursos Públicos
“O básico sempre fará a maior diferença: ter constância, resolver questões e reforçar a base […]”
Confira a nossa entrevista com Erika Varjão Santos, aprovada em 23° lugar no concurso SEFAZ RJ para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Erika Varjao Santos: Sou Bacharel em Administração, tenho 36 anos e sou natural de Aracaju/SE;
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Erika: Logo que concluí o meu Ensino Médio, a minha mãe me incentivou a prestar o meu primeiro concurso e, graças a ele, eu ingressei no serviço público com 19 anos. Desde então, eu segui prestando vários outros concursos (entre momentos de acomodação e incômodo nos cargos em que trabalhei). Mas, recentemente, o incentivo passou a ser poder ajudar os meus pais agora que estão mais velhos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Erika: Sim. Inicialmente, eu preferia estudar após o trabalho, mas acabei adaptando a minha rotina para acordar de madrugada e estudar pelo menos 2h antes de ir trabalhar. Aos finais de semana, eu adotava uma carga de estudos mais intensa, principalmente em pós-edital.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Erika: Somente concursos em que fui nomeada:
SEAD/SE – 2008 – Oficial Administrativo (não me recordo a colocação);
CAU/SE – 2014 – Assistente de Atendimento – 1º Lugar;
IBGE – 2015 – Técnica em Informações Geográficas e Estatísticas (3º Lugar AC – Sergipe);
STM – 2017 – Técnica Judiciária – Área Administrativa (49º Lugar PPP);
BNDES – 2024 – Analista – Ênfase Administração (10º Lugar AC).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Erika: Sempre fui uma pessoa muito reservada e caseira, então, as festas nunca foram uma tentação muito grande. Sempre visitava a minha família nos almoços de final de semana ou em datas comemorativas enquanto residia em Aracaju. O meu círculo social também estava familiarizado com o fato de que eu estudava, então, isso não foi um problema. Em termos afetivos, ter um parceiro tão caseiro quanto eu, também ajudou bastante, mas tivemos algumas boas conversas sobre termos tempo de qualidade juntos para poder equacionar as minhas ausências.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Erika: Os meus pais, as minhas irmãs e o meu parceiro, sempre me apoiaram bastante, inclusive, quando eu tive que me mudar, por causa de outras aprovações nessa trajetória. Também fiz muitos amigos concurseiros ao longo desse tempo de estudo e eles foram fundamentais neste processo. Todos nos apoiamos mutuamente e comemoramos juntos pelas conquistas alcançadas por cada um de nós.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Erika: Comecei a estudar com foco na SEFAZ/RJ em 2024, quando surgiu o boato do concurso, mas eu já estudava para área fiscal desde meados de 2022. Como o Edital tardou a sair, acabei desviando de rota e prestando BNDES – uma estratégia arriscada que foi, felizmente, exitosa. Após passar no BNDES, acabei relaxando um pouco dos estudos, até ver a notícia de que o edital da SEFAZ/RJ tinha saído do forno. Só, então, voltei a estudar com mais afinco.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Erika: Utilizei muito cursos em PDF para formação de base e, eventualmente, recorria a videoaulas para compreensão de conteúdos mais complexos. Após a absorção do conteúdo, a resolução intensa de questões ajudava a sedimentá-lo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Erika: Comecei a usar o Estratégia ainda em 2017, quando eu estava me preparando para o concurso do STM. Anos depois, ao voltar aos estudos, descobri que a plataforma possuía assinatura e me servi dela para prestar os concursos mais recentes.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Erika: Usei materiais de outros cursos em paralelo com o Estratégia. O que me incomodou mais nos outros materiais, foram problemas com conteúdos desatualizados e materiais com PDFs mal estruturados ou muito rasos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Erika: Os materiais em PDF sempre serão o ponto mais forte da preparação do Estratégia. A preocupação em sintetizar os conteúdos da forma como realmente é cobrado em prova, é fundamental para quem busca objetividade nos estudos. A equipe de professores que ministram as videoaulas também merece destaque, pois esmiuçam o conteúdo o quanto for necessário para compreensão do aluno.
Enquanto eu estava iniciando os estudos, as Trilhas Estratégicas também me ajudaram a seguir uma rotina de estudos rodando por mais disciplinas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Erika: Buscava estudar ao menos duas ou três disciplinas por dia. Nos melhores dias, tentava estudar 4h/dia durante a semana e 6 ou 7h/dia aos finais de semana. Nos piores dias, tentava fazer 1 ou 2h apenas para não ficar sem estudar. Se o cansaço estivesse feio, reservava o dia para descanso.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Erika: Nunca fui muito sistemática. Eu buscava reler o material quando o desempenho estava muito ruim ao responder as questões. Fora isso, não tinha muito método.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Erika: Fundamental. Não basta saber o conteúdo se não entender como as bancas cobram e, às vezes, tentam nos confundir com os conceitos. Resolvi cerca de 30 mil questões até o momento.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Erika: Economia sempre foi uma pedra no sapato. Até hoje não sou brilhante nela, mas comecei a entendê-la melhor e melhorar o índice de acertos recorrendo a alguns livros e após reler os materiais em PDF umas 3 vezes.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Erika: Como eu estava em processo de mudança de Estado e entrando em um novo trabalho (BNDES), nesta fase final de preparação, as últimas duas semanas antes da prova, foram muito caóticas e praticamente não estudei ou revisei qualquer coisa. Cogitei não ir fazer a prova, mas decidi, na véspera que faria, pois já estava no Rio de Janeiro e senti que me arrependeria se não fosse. Na manhã do sábado, passei o olho nos conteúdos do edital e selecionei alguns tópicos em que eu tinha maior dificuldade. Fiz uma ligeira revisão deles e fui fazer a prova à tarde. Também fiz mais ou menos o mesmo para as provas do domingo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Erika: Adotei uma estratégia arriscada de não me preparar especificamente para a discursiva (não recomendo). A minha maior preocupação, foi compreender a fundo principalmente os conteúdos de TI que poderiam ser cobrados, já que é fundamental ter conteúdo e embasamento para fornecer uma resposta nos moldes que o examinador deseja. Não treinei especificamente a escrita por falta de tempo, mas não recomendo isso para quem está se preparando.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Erika: Principal erro: ter demorado muitos meses até começar a incluir questões no cronograma de estudos.
Principal acerto: voltar alguns passos e fortalecer a base depois de obter alguns resultados ruins.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Erika: Passei por alguns momentos ruins que me fizeram pensar se realmente queria seguir estudando. Problemas sérios de saúde (meus e na família), cansaço, sensação de incompetência. Às vezes, era tanto desânimo, que me pegava com frequência pensando: Onde foi que eu resolvi amarrar meu jegue? Porém, quanto mais eu avançava nos estudos, mais me incomodava a ideia de nadar e morrer na praia. Incorporar o estudo como hábito, depois de muitos meses, acaba diminuindo um pouco a vontade de desistir. Por fim, sempre mantive em mente como poderia ajudar a minha família após a aprovação desejada e isso me ajudava a manter o foco.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Erika: O básico sempre fará a maior diferença: ter constância, resolver questões e reforçar a base.
Provavelmente, a aprovação vai demorar mais do que você imagina.
Se fonte de renda for algo urgente para você, não ignore concursos menores, que sirvam de meio material para sustentar a sua futura aprovação, nunca perdendo de vista o real destino em que quer chegar.
Interaja com outros colegas concurseiros, pois se cercar de gente que conhece suas dores, ajuda muito.
Estude para não reprovar, mas também aproveite as suas reprovações, para descobrir o que pode melhorar. E você não vai morrer por conta de uma reprovação, não se preocupe.
Por fim, não despreze a sua saúde e tenha algum tempo de qualidade com quem você ama. Não é um almoço em família que vai te fazer reprovar.