Aprovada em 2° lugar no CNU (Bloco 3 - MAPA) para o cargo de Auditor-Fiscal Federal Agropecuário/Farmácia
Concursos Públicos“[…] A minha trajetória — da Farmácia ao Mapa, das enchentes à aprovação — prova que obstáculos são temporários, mas conhecimento bem estruturado, fica.”
Confira a nossa entrevista com Carolina Maso Viegas, aprovada em 2° lugar no CNU (Bloco 3 – MAPA) para o cargo de Auditor-Fiscal Federal Agropecuário/Farmácia:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Carolina: Sou Carolina Maso Viegas, farmacêutica com Mestrado e Doutorado em Bioquímica. Tenho 42 anos e sou natural de Porto Alegre/RS.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Carolina: Minha decisão de estudar para concursos, surgiu em 2013 quando decidi fazer uma transição de carreira. Até então, eu estava totalmente direcionada para a academia — desde a graduação em Farmácia até o doutorado em Bioquímica. No entanto, percebi que queria unir o meu conhecimento técnico a um impacto mais direto na sociedade e o serviço público me pareceu o caminho ideal.
Comecei a prestar concursos na área de Farmácia e, em pouco tempo, fui aprovada em três processos seletivos. Optei por assumir o cargo de Técnica de Laboratório do Ministério da Agricultura (Mapa) em 2014, onde me apaixonei pelo trabalho e pela possibilidade de contribuir para políticas públicas. Por anos, avaliei oportunidades sem avançar, mas quando soube do edital para Auditor Fiscal Federal Agropecuário (AFFA) — uma carreira de liderança dentro do mesmo órgão —, entendi que era o momento de me dedicar intensamente. Essa função permitiria ampliar a minha atuação, alinhando expertise técnica à gestão estratégica. Hoje, vejo o concurso para AFFA como a chance de consolidar minha trajetória no Mapa, contribuindo não só com análises laboratoriais, mas com a construção de políticas agropecuárias mais eficientes para o país.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Carolina: Sim, conciliava trabalho e estudo com muita disciplina. Para otimizar o meu tempo, usei um método baseado em três pilares:
- Planejamento estratégico:
- Elaborei metas claras (ex.: “avançar X tópicos por semana”) e planos de estudo adaptados à minha rotina, priorizando matérias com maior peso ou dificuldade.
- Utilizei técnicas como ciclos de revisão e mapas mentais para fixar o conteúdo.
- Aproveitamento integral do tempo:
- Transformei ‘tempos mortos’ em oportunidades: estudava durante o almoço (com revisões rápidas de flashcards ou questões), no deslocamento (áudios de resumos) e até em filas (aplicativo anki).
- Acordava às 5h30 para estudar antes do trabalho — horário em que minha concentração era máxima — e, retomava os estudos à noite, mesmo que por 1h.
- Gestão de energia (não só de tempo!):
- Reservava os finais de semana para simulados e tópicos complexos, mas incluía pausas programadas para evitar “burnout.
- Mantinha hábitos saudáveis (alimentação leve, exercícios breves) para sustentar o ritmo.
Essa rotina exigiu sacrifícios, mas a paixão pelo objetivo — ingressar na carreira de AFFA — me manteve focada. Hoje, vejo que cada minuto valeu a pena!
Descobri que qualidade > quantidade: 1h de estudo focado com método rendia mais que 3h dispersas. Por isso, investi em técnicas ativas desde o início.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Carolina: A minha trajetória em concursos teve dois marcos principais: em 2014, fui aprovada como Técnica de Laboratório do Mapa, onde atuo há 10 anos. Agora, em 2024, conquistei o 2° lugar no CNU para o cargo de Auditor no mesmo órgão — o objetivo que almejava desde que ingressei no serviço público. Não pretendo estudar para outros concursos: essa promoção dentro do Mapa era meu foco, e estou pronta para contribuir ainda mais nessa nova função.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Carolina: Durante a preparação, priorizei ao máximo os estudos, abrindo mão de parte da vida social. Porém, como mãe de uma criança de 8 anos, mantive um equilíbrio mínimo — permitia-me eventos esporádicos com família e amigos, pois sabia que esse cuidado era essencial para a minha saúde mental e para manter um ambiente saudável para a minha filha. Foi uma fase de sacrifícios, mas sempre com foco no objetivo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Carolina: Sim, tive um apoio fundamental. A minha família e amigos não só compreenderam a minha dedicação, como me ajudaram ativamente — desde cuidar da minha filha em “momentos-chave” até oferecer suporte logístico e emocional. Saber que podia contar com eles foi essencial para manter o foco e o equilíbrio nessa jornada.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Carolina: Estudei por aproximadamente 1 ano direcionado ao concurso — desde setembro de 2023, quando surgiram os primeiros indícios de que o MAPA abriria edital, até a prova do CNU em agosto de 2024. Para manter a disciplina, adotei três estratégias:
- Priorização técnica: Foquei nas matérias recorrentes do último concurso, garantindo base sólida antes do edital sair;
- Rotina rígida (mas realista): Dividia o meu dia em blocos de estudo, mesmo com trabalho e maternidade e usava técnicas como Pomodoro para otimizar o tempo;
- Monitoramento contínuo: Fazia revisões programadas e simulados mensais para ajustar meu planejamento conforme evoluía.*
O segredo foi equilibrar consistência com flexibilidade — entender que alguns dias seriam menos produtivos, mas nunca zerar o ritmo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Carolina: A minha preparação foi baseada principalmente em videoaulas (para assimilação inicial) e materiais em PDF (para aprofundamento), aliados a duas ferramentas-chave:
- Flashcards:
- Vantagem: Otimizava revisões ativas, especialmente para legislação e conceitos que exigiam memorização (ex.: prazos, artigos).
- Desvantagem: Exige disciplina para criar os cards e manter a rotina de revisões diárias.
- Banco de Questões:
- Usei a plataforma do Estratégia para testar o conhecimento na prática e identificar pontos fracos.
Principais benefícios desse método:
✔ Flexibilidade (estudava em qualquer lugar pelo celular) + eficiência (flashcards evitavam ‘revisões passivas’).
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Carolina: Conheci o Estratégia Concursos através de pesquisas no Google, enquanto buscava materiais de qualidade para o CNU. A reputação da plataforma e a recomendação de outros concurseiros me chamaram atenção — e, depois de testar, vi que o método realmente se alinhava ao meu ritmo de estudos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Carolina: Testei um curso em PDF antes, mas o material era longo e incompleto — faltava foco no essencial. Isso me motivou a buscar uma plataforma mais organizada, como o Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Carolina: Sim, a diferença foi significativa. O Estratégia trouxe três diferenciais que transformaram a minha preparação:
- Abordagem Multidimensional:
- Pude estudar Direito Constitucional por duas professoras diferentes, o que foi essencial para eu — leiga no assunto — entender perspectivas complementares e fixar o conteúdo.
- Banco de Questões Eficiente:
- Usei massivamente a ferramenta de questões, que me ajudou a identificar padrões de cobrança e ajustar o meu foco.
- Metodologia Organizada:
- Adotei os ciclos de aprendizagem e revisão sugeridos pelo Estratégia, que foram fundamentais para consolidar o conhecimento sem sobrecarga.
Antes, o meu estudo era mais fragmentado. Com o Estratégia, ganhei estrutura e eficiência — especialmente em matérias densas, como as Jurídicas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Carolina: Montei o meu plano em ciclos que incluíam todas as matérias do edital, com revisões programadas. Estudei cerca de 4h diárias antes do edital e aumentei para 6h/dia (30h/semana) após a sua publicação, totalizando mais de 800h líquidas de preparação. Mesmo nos dias mais ocupados, mantinha no mínimo 1h de estudo ativo, utilizando principalmente Anki e questões para reforçar a memorização.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Carolina: Usei todas as estratégias que encontrei, fazia simulados, resolvia muitas questões e o ponto forte foram os flashcards.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Carolina: A resolução de questões foi ESSENCIAL na minha preparação. Não apenas fixava o conteúdo, mas me treinava para ‘pensar como a banca’ — antecipando pegadinhas e padrões de cobrança.
Como eu aplicava:
✔ Questões específicas da banca (Cesgranrio): Priorizava as que já haviam caído.
✔ Mínimo de 50-100 questões/dia: Em matérias como Direito Administrativo e Legislação Agropecuária.
✔ Análise de erros: Sempre revisava os comentários, criando flashcards dos pontos que errava.
Volume? Não monitorava o total, o foco nunca foi quantidade e, sim qualidade da revisão ativa, — cada questão errada virava material de estudo.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Carolina: Como a minha formação é Farmácia e Bioquímica, todas as disciplinas do concurso foram um desafio — especialmente Direito Constitucional, Agronomia e, acima de tudo, Administração Financeira e Orçamentária (AFO), que foi a minha maior dor de cabeça.
Como superei:
1. Base sólida primeiro: Para AFO, assisti diferentes videoaulas de professores diferentes até entender os conceitos-chave (ex.: ciclo orçamentário, princípios);
2. Questões comentadas: Focava em resolver + analisar erros em provas anteriores do Mapa/CESPE — isso me mostrou como a banca cobrava o tema;
3. Flashcards para os ‘críticos’: Criava cards com praticamente toda a matéria, fui construindo o banco de flashcards ao longo do estudo.
No fim, encarei a dificuldade como oportunidade: se dominasse o que era mais complexo, estaria à frente da concorrência.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Carolina: Revisão, revisão, revisão e boas noites de sono (na medida do possível da ansiedade).
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Carolina: A discursiva foi o meu maior desafio, já que a escrita nunca foi o meu ponto forte. Para superar isso, adotei um método rigoroso:
Treino Semanal Cronometrado:
- Escrevia 1 redação por semana no tempo exato da prova, simulando condições reais.
- Escolhi temas variados (leis agropecuárias, atualidades do Mapa) para me adaptar a qualquer proposta.
Correção Especializada:
- Contratei uma professora particular para corrigir os meus textos — focamos em:
✔ Estrutura lógica (tese-argumentos-conclusão);
✔ Linguagem técnica (sem informalidades);
✔ Cumprimento rigoroso do número de linhas.
Banco de Modelos:
- Criei um arquivo com frases-chave, conectivos e citações de leis para agilizar a escrita na prova.
Conselho para concurseiros:
“Não subestime a discursiva! Treine sob pressão de tempo e peça correções detalhadas. Errar durante a preparação, é o que garante acertar no dia D.”
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Carolina: ACERTOS: FlashCards + questões diárias e rotina realista (1h mínima/dia).
ERROS: Perfeccionismo (querer saber tudo), negligenciar saúde e comparar o meu ritmo com outros. Aprendi que, eficiência é melhor que quantidade.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Carolina: Sim, quase desisti em um dos momentos mais difíceis: durante as enchentes em Porto Alegre, quando fiquei 20 dias fora de casa e a prova foi adiada. Foi um baque — além do caos pessoal, senti que todo o meu esforço havia ‘desmoronado’ com o adiamento.
O que me fez seguir em frente?
Investimento já feito: Sabia que havia dedicado 800 horas à preparação — desistir significaria jogar tudo fora.
A minha filha: Queria mostrar a ela que obstáculos não definem o nosso fim, mas sim a nossa resistência.
Apoio: Colegas do Estratégia me incentivaram a ver o adiamento como +3 meses para fortalecer os pontos fracos.
No fim, aqueles 20 dias fora de casa, me ensinaram que resiliência também é parte do processo. E valeu cada luta quando vi o meu nome na lista de aprovados!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Carolina: Para quem está começando: o seu sucesso virá do equilíbrio entre método e mente. Aqui está meu ‘kit sobrevivência’ para a jornada:
1. Planejamento REALISTA
- Comece com 2-3 matérias básicas e evolua gradualmente;
- Use ciclos de estudo que incluam todas as disciplinas (nunca deixe nada ‘morrer’).
2. Revisão ATIVA (não passeie pelos materiais!)
- FlashCards salvam vidas em legislação;
- Faça questões com análise de erros — isso vale mais que horas de teoria.
3. Persistência COM INTELIGÊNCIA
- Alguns dias serão ruins e tudo bem. O importante é não zerar a semana;
- Compare-se apenas com sua versão de ontem.
4. Confiança (mas não ilusão)
- Acredite no processo: se você revisa ativamente e corrige falhas, a aprovação é questão de tempo.
A minha trajetória — da Farmácia ao Mapa, das enchentes à aprovação — prova que obstáculos são temporários, mas conhecimento bem estruturado, fica.