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Como estudar administração para bancas sem tradição

Muita gente me pergunta como deve estudar a matéria de administração para bancas pequenas e sem tradição, como UFG, AOCP, COMPERVE, FUNRIO, etc.

As pessoas acham que com o pequeno número de questões anteriores disponíveis em alguns tópicos (não raro elas são inexistentes!) se torna impossível estudar essa matéria, mas isso é um erro.

Do meu ponto de vista, o mais importante da existência de questões anteriores (ao menos para essas bancas) é apontar a forma de cobrança do conteúdo, além de sua extensão, facilitando a interpretação sobre o que o examinador entende fazer parte ou não fazer parte do conteúdo.

Em outras palavras, a ausência de questões anteriores não impede o seu estudo – você pode estudar a teoria normalmente e praticar por meio de questões de bancas consagradas . O que acontece é que terminamos sendo forçados a estudar o conteúdo de uma forma mais ampla e detalhada, por não termos experiência sobre o que deve cair.

Mais: minha experiência mostra que essas bancas “pequenas” costumam pecar em duas coisas – cobrança de conteúdo impertinente e questões muito interpretativas.

Sobre a cobrança de conteúdo impertinente, elas geralmente se protegem de maneiras esquisitas, colocando tópicos como “noções de administração pública” de maneira solta no Edital e se permitindo cobrar qualquer detalhe sobre administração geral, pública ou gestão de pessoas. É uma prática comum, inquestionável do ponto de vista jurídico, mas moralmente inaceitável. Não tem como se proteger disso: seria necessário estudar absolutamente tudo sobre a matéria, do ponto de vista de todos os autores, para uma questão que talvez nem venha a aparecer. É uma relação custo x benefício muito baixa.

Sobre questões interpretativas, elas funcionam assim: o examinador abre um livro qualquer, tira uma frase do contexto e coloca na sua prova como afirmativa correta. Depois, tira outras frases de contexto e altera detalhes, para formar afirmativas erradas. O problema é que cada uma dessas frase é mera interpretação de um autor, e não conhecimento consolidado. Assim, muitas vezes nascem questões amplamente questionáveis, pois o conteúdo de administração não é assim, digamos, “fechado”. Como se proteger disso? Estudando bastante e mantendo a atenção concentrada na leitura dos PDFs para perceber que tipo de interpretações de conteúdo existem por ai. Na hora da prova, olhe a questão e pense sobre as alternativas interpretativas: -faz sentido que algum autor tenha pensado assim? Fazer isso aumenta suas chances de sucesso.

No mais, não tem segredo: é ler a teoria, memorizar seus pontos essenciais e praticar por meio de questões de bancas consagradas! Ahh… e reduzir a ansiedade! É muito difícil estar preparado para resolver absolutamente todas as questões de administração em qualquer prova que seja, e nesse tipo de banca isso é ainda pior. Como a média de resolução de questões de administração é sempre mais baixa do que das outras matérias, o índice de acerto-meta para conseguir o sucesso também é!

Abraço e sucesso sempre!

Prof. Carlos Xavier

PS.: Se quiser algumas videoaulas gratuitas, conheça meu canal no youtube – www.youtube.com/profcarlosxavier

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Veja os comentários
  • Que bom, Olivia! Então é provável que já esteja no caminho certo com a matéria para conseguir aprovação! Abraço!
    Carlos Xavier em 12/01/18 às 23:31
  • Oi Lívia! Obrigado! Precisando, mande eventuais dúvidas no fórum do aluno, que irei te ajudar. Abraço!
    Carlos Xavier em 12/01/18 às 23:29
  • Obrigado, Cleiton! Vamos em frente!
    Carlos Xavier em 12/01/18 às 23:26
  • Muito bom professor! Por isso sempre gosto de utilizar suas aulas. Muitos alunos ainda não entenderam que o conteúdo de administração é bem amplo.
    cleiton de araujo em 12/01/18 às 14:26
  • Show professor! Comprei um curso que tem suas aulas e estou muito satisfeita. Melhor professor de Administração.
    Lívia em 12/01/18 às 10:25
  • Excelente o artigo. A minha experiência com este tipo de cobrança de administração já me dizia o mesmo- estudar com um bom material e perceber a interpretação da questão.
    OLIVIA em 12/01/18 às 10:11