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CGE SC: Contas Nacionais

No artigo de hoje, CGE SC: Contas Nacionais, um resumo dos principais pontos será apresentado para você que precisa saber para a prova, conforme análise da FGV.

CGE SC: Contas Nacionais
CGE SC

Serão abordados os principais tópicos para oconcurso da Controladoria Geral do Estado de Santa Catarina.

CGE SC: Contas Nacionais – Contas Nacionais

O objetivo da contabilidade nacional é proporcionar às autoridades econômicas do governo uma medida “macro” do desempenho da economia em determinado período de tempo.

Assim, são informações relevantes: quanto se produz, quanto se consome, quanto se investe, importa, exporta entre outros.

Assim, é a partir dessas informações que o formulador de políticas públicas (policy maker) tomará as decisões visando a determinados objetivos.

Por exemplo, se o governo dispuser de dados adequados que digam que o nível de emprego está diminuindo, ele poderá adotar medidas econômicas para impedir o aumento do desemprego.

CGE SC: Contas Nacionais – Produto (P)

O produto é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país durante um período de tempo (tipicamente um ano).

Dessa forma, no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compila os dados necessários para o cálculo do produto.

O PIB é a soma dos bens finais (em unidades monetárias) produzidos em um período. Assim, o produto é medido usando valores de mercado (valores monetários), e não quantidades.

PIB nominal: soma dos bens com preços no ano corrente.

PIB real: soma dos bens com preços num determinado ano-base.

Dessa forma, o produto inclui somente o valor de mercado de bens finais ao medir o produto, incluímos somente o valor de bens e serviços finais.

Assim, um bem ou serviço final é aquele comprado por seu usuário final e não é incluído na produção de nenhum outro bem ou serviço.

CGE SC: Contas Nacionais – Renda

Renda é o somatório das remunerações de fatores de produção (salários + lucros + juros + aluguéis) pagas aos agentes de uma economia durante  determinado período de tempo

Usando abreviaturas: R = w + I + j + a.

Assim, já acostume  seu raciocínio econômico: em contas nacionais, quando falamos em renda, devemos pensar nela como sendo  as remunerações  dos fatores  de produção  da economia.

CGE SC: Contas Nacionais – Consumo

O consumo é o valor dos bens e serviços absorvidos pelos indivíduos (famílias e governo) para a satisfação de seus desejos. Dessa forma, tem-se dois tipos de consumo: o consumo das famílias (C) e o consumo do governo ou também chamado consumo da administração pública (G).

Poupança (S)

A poupança é a renda não consumida (S=Y–C). Nós temos três tipos de poupança: poupança privada (SP), poupança pública (SG) e poupança externa ou do resto do mundo (SEXT). Dessa forma, o somatório da poupança privada com a poupança pública nos remete à poupança interna (SINT).

Impostos Diretos (ID ) e Impostos Indiretos (II)

Impostos diretos (ID): são os impostos que incidem sobre a renda e sobre a propriedade, englobando também as contribuições parafiscais. Exemplos: Imposto de renda (pessoa física e jurídica), IPTU, IPVA, PIS, CSLL, etc. Recebem esse nome pois quem arca com o pagamento é exatamente aquele sobre o qual recai a incidência.

Impostos indiretos (II) ou impostos sobre produtos: são os impostos que estão embutidos nos preços dos bens e serviços, ou seja, são impostos que incidem sobre a produção da economia.

CGE SC: Contas Nacionais – Poupança interna (SINT)

A poupança interna é nada mais que a soma das poupanças privada e do governo. Logo, SINT = SP + SG.

Assim, o principal objetivo deste tópico é alertar-lhes para o fato de que a SINT pode apresentar outra nomenclatura: que é simplesmente poupança bruta ou ainda poupança bruta do Brasil.

Investimento (I)

Em economia, o investimento tem uma conotação diferente da que usamos em nossas vidas reais.

Assim, no dia a dia, para nós, investimento é quando você compra algo (um título ou imóvel, por exemplo) para vender mais tarde auferindo lucro.
Dessa forma, em Economia, entretanto, isso não é correto:  investimento é o acréscimo do estoque físico de capital.

Assim:

I = FBKF + ΔE

A FBKF compreende a compra de bens de capital, que serão usados pelas empresas para produzir, e a compra ou construção de edificações novas (prédios, escritórios, galpões entre outros).

Assim, a ΔE (EFINAL – EINICIAL) compreende a variação de estoques. Se houver aumento de estoques, o ΔE será positivo e haverá aumento de investimento.

Caso o estoque seja vendido ao consumidor, ele deixará de fazer parte do conceito de investimento (I), pois deixará de ser estoque.

Absorção interna (AI)

A absorção (interna) é a soma do consumo final (consumo das famílias + consumo do governo) com o investimento.

Assim, trata-se do valor dos bens e serviços que a sociedade absorve em determinado período de tempo ou para o consumo de seus indivíduos/governo ou para o aumento do estoque de capital. Assim:

AI = C + I + G

CGE SC: Contas Nacionais – Produto INTERNO X NACIONAL

Interno dá a ideia de interior, de algo que é produzido dentro de algo. Nacional dá a ideia de nação, de algo que é produzido por uma nação.

Pois bem, o produto interno é uma medição do produto que leva em conta aspectos geográficos, isto é, contabiliza tudo que é produzido dentro do país, no interior de suas fronteiras, não importando por quem seja.

O produto nacional é uma medição do produto que leva em conta aspectos nacionais, isto é, contabilizar tudo que é produzido por nacionais, não importando se estão dentro ou fora do país.

CGE SC: Contas Nacionais – Ótica da despesa

A despesa ou demanda agregada (DA) é o destino da produção, isto é, são os gastos dos agentes econômicos na aquisição da produção.

Na ótica da despesa, para calcular o PIBPM, devemos somar todas as despesas realizadas pelos agentes econômicos para que eles possam adquirir a produção.

Problemas com o uso do pib

O PIB não leva em conta a saúde de nossos filhos, a qualidade de sua educação ou a alegria de suas diversões.

PIB ignora em seu cômputo muitas transações não monetárias, como, por exemplo: trabalho do lar, prestações de favores, alimentação no domicílio, agricultura de subsistência. Em suma, atividades produtivas que não envolvem transações de mercado, nem são precificadas, não entram no cálculo do PIB. A não-inclusão destas atividades pode levar a situações bastante esdrúxulas. Por exemplo,  se uma madame se apaixona e se casa com seu motorista e, após o casamento, seu marido trabalhar para ela por amor e não por dinheiro, haverá redução do PIB, pois o salário que era pago ao motorista sumirá das estatísticas. Como disse certa vez o economista inglês Arthur Pigou: “Quem casa com a própria empregada diminui a renda nacional”.

O PIB, pela inviabilidade de cálculo, não registra a economia clandestina (informal e/ou ilegal). Pela própria natureza dessas atividades, é impossível os institutos econômicos conseguirem aferir economicamente com alguma precisão essas atividades. Sendo assim, não fazem parte do PIB.

O PIB não considera os custos sociais (externalidades), efeitos colaterais ou males da produção. Entre essas ocorrências não registradas, temos os danos ambientais (o vazamento de óleo que ocorreu no Golfo do México causado pela British Petroleum em 2011 não é computado no PIB), desastres naturais (terremotos, furacões, enchentes e outros desastres também não são registrados no PIB), emissão de gases poluentes entre outros.

O PIB não leva em conta a distribuição de renda da sociedade. Por exemplo, os países árabes têm elevada renda per capita, porém o número de pobres é elevadíssimo. Isto ocorre porque os ricos são excessivamente ricos e detêm a maior parte da renda.

Concluindo este artigo, pode-se afirmar que foram trazidas as principais cobranças de Contas Nacionais.

Assim, foque em saber não só os conceitos, mas também na resolução massiva do máximo de questões possíveis.

Um abraço e bons estudos!

Felipe Rocha

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