Olá, tudo bem? Neste artigo vamos conhecer tudo o que você precisa ter em mente sobre o Concurso TST, uma excelente oportunidade de emprego que está chegando em 2017. A Adriana é Analista Judiciária do Tribunal Superior do Trabalho (Analista TST), tendo anteriormente exercido o cargo de Técnico Judiciário no TST. Essa foto ao lado foi tirada na cerimônia de posse! Resolvi entrevistá-la para, com isso, tentar tirar todas as suas dúvidas sobre este certame. Se alguma questão ficar sem resposta, basta deixar um comentário neste artigo e responderemos na maior brevidade possível.
Ao final deste texto, confira o link que leva direto às últimas notícias sobre o concurso TST 2017.
Adriana: Em Novembro de 2017, quando os aprovados no próximo concurso já devem estar trabalhando, os Analistas Judiciários estarão ganhando um salário inicial de 11.000 reais e final em torno de 16.500 reais, aproximadamente. Os técnicos estarão ganhando um inicial de 6.700 reais e, no teto, em torno de 10.000 reais. Já em Janeiro de 2019, quando for dada a última parcela do nosso aumento, o salário final dos Analistas será de quase 19.000 reais, e o dos Técnicos será de aproximadamente 11.400 reais. Ah, é bom dizer que estes salários são a soma do Vencimento Básico e a Gratificação por Atividade Judiciária (GAJ), ok?
Adriana: É verdade. Além dessa remuneração, nós recebemos um auxílio-alimentação de aproximadamente uns 900 reais por mês. Ah, e como tenho um filho recém-nascido, recebo também um auxílio-creche de mais ou menos 600 reais. Lá no TST nós não recebemos auxílio-saúde, mas há o plano de saúde parcialmente custeado pelo próprio Tribunal. O Tribunal oferece também médicos e dentistas para os servidores e seus dependentes. É bastante prático pra mim, basta descer o elevador e ser atendida. Além disso, é possível ganhar um adicional de qualificação, que vai de 1% a 12,5% do salário, a depender dos cursos que você tenha. Como eu tenho uma pós-graduação, recebo mais 7,5%.
Adriana: Sim, lá no TST muitos Analistas e Técnicos ganham também uma “FC” ou “CJ”, que são as nossas funções. Elas variam entre 1.000 e 7.500 reais, mais ou menos. As de menor valor, que vão de 1.000 a 3.000 reais, são as “FCs”. Elas são mais comuns, e vários colegas que trabalham no meu gabinete ganham. As maiores, que são as “CJs”, vão de 5.000 a 7.500, e são em menor quantidade. Elas são pagas aos assessores dos Ministros e aos chefes de gabinete, por exemplo. Eles podem ser Técnicos ou Analistas, não há restrição.
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Adriana: Em Novembro de 2017 o salário inicial do Analista do TST será de uns 11.000 reais. Somando com 900 reais de alimentação, uns 250 reais de qualificação e mais a função FC-4, de aproximadamente 2.000 reais, temos mais de 14.000 reais. Ah, e no caso do Técnico do TST, a maior diferença estaria no valor do salário inicial, que é de 6.700 reais. Fazendo a mesma conta, devemos chegar próximo de 10.000 reais.
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Adriana: O TST possui um total de 27 Ministros, cada um com seu gabinete. Quando você toma posse no TST, normalmente há uma entrevista e você é designada para um dos gabinetes, ou então para as áreas administrativas. Cada gabinete de Ministro normalmente é composto por uns 40 servidores: o chefe de gabinete, os assessores e os assistentes. Como já disse, não há restrição, todas essas atividades podem ser desempenhadas por Analistas ou Técnicos. No meu gabinete, o chefe é um Técnico Judiciário. Como o Ministro participa dos julgamentos dos processos, apresentando os seus votos, a função principal do gabinete é assessorá-lo na preparação das minutas dos votos. Eu mesma trabalho auxiliando uma Ministra na elaboração de seus votos. Além disso, existem diversas funções administrativas, tanto nos gabinetes como também na área administrativa propriamente dita. Existem áreas para cuidar dos recursos humanos, pagamento, informática, a organização da justiça do trabalho como um todo etc.
Adriana: No TST nós trabalhamos 7 horas por dia, embora existam gabinetes onde é possível trabalhar 6 horas por dia. Dessa forma é possível trabalhar, por exemplo, das 13 às 19 horas, ficando com a manhã livre para resolver outras coisas. Nos gabinetes, o horário é bem flexível. Nós nos organizamos para estar sempre julgando o máximo de processos possível, mas não há problema em chegar mais cedo um dia, mais tarde em outro etc. Ah, em janeiro e julho a Presidência publica uma portaria reduzindo a jornada para 5 horas de trabalho, pois neste período os Ministros estão de férias.
Adriana: Eu gosto muito do meu trabalho e também do ambiente no TST. Conheci pessoas maravilhosas lá, fiz ótimas amizades. O clima no gabinete é muito agradável. Ao mesmo tempo que trabalhamos bastante, nos divertimos também. Por tudo o que falei até aqui, acredito que lá no TST nós conseguimos ter uma excelente qualidade de vida, além de realizar um trabalho muito importante.
Adriana: Sim, no TST o trabalho remoto é regulamentado. Em vários gabinetes existem servidores que trabalham de casa. Isto precisa ser negociado com o Ministro, e você precisa cumprir alguns requisitos. Por exemplo, é preciso que você monte uma estação de trabalho em casa (computador, mesa etc.) que permita a realização normal dos trabalhos. E a sua produtividade é medida regularmente, para ficar comprovado que você realmente está cumprindo as suas atividades. Isto é muito interessante, pois permite que alguns servidores nem precisem morar em Brasília. E, mesmo para quem mora em Brasília, o trabalho remoto dá grande flexibilidade para conciliar as atividades profissionais com as demais responsabilidades que todo mundo tem…
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Adriana: Bom, o recesso do Judiciário ocorre entre 18 de Dezembro e 06 de Janeiro. A rigor, eles não são parte das nossas férias, mas de fato neste período nós não trabalhamos. Quanto aos feriados, as principais diferenças que eu vejo entre o Judiciário e os órgãos do Poder Executivo, como é o caso da Receita, são o dia do advogado, o dia da justiça e a semana santa, que para nós começa na quarta-feira, enquanto para vocês é somente na sexta-feira.
Adriana: O último concurso TST foi em 2012, e a banca foi a FCC. Para Analista havia prova objetiva e também prova discursiva. Para os Técnicos havia prova objetiva e também prova prática de digitação. A prova discursiva para o meu cargo foi um grande “problema”, pois a FCC nos deu um tema bastante amplo (greve), sobre o qual existem vários pontos a serem abordados pelo candidato, mas fez uma correção bastante rígida, o que eliminou muita gente. Era para terem sido classificados uns 300 candidatos, mas com essa correção sobraram apenas uns 150. Pessoas com notas muito boas na prova objetiva acabaram ficando de fora. Aproveitando o tema, recomendo que todos aqueles que estão se preparando para o próximo concurso vejam com carinho essa prova discursiva de 2012.
Adriana: É difícil precisar uma data. Mas o concurso de Analista vence em Novembro deste ano, e o de Técnico em Janeiro de 2017. A rotatividade de servidores é muito grande no TST, pois sempre temos gente se aposentando ou saindo para outros órgãos. Por isso, acredito que neste segundo semestre já deve começar as movimentações para a organização do próximo concurso que, no meu ponto de vista, deve ocorrer no primeiro semestre de 2017. Mas é apenas um palpite…
Adriana: Sim, pesquisei este número antes de conversarmos rs… Foram chamados mais de 330 técnicos da área administrativa, uns 26 analistas da área administrativa, e 92 analistas da área judiciária. Acho importante dizer que, quando eu fiz a prova, havia apenas 2 vagas para o meu cargo no edital, e até agora já chamaram 92. Isto também aconteceu quando fui aprovada para o cargo de Técnico no TRT do interior de São Paulo (TRT15). Havia apenas 1 vaga no edital e eu, que passei na posição 30, fui chamada. Ah, e vale a pena lembrar que há um projeto de lei em andamento para a criação de quase 300 cargos de analista judiciário. Se este projeto for aprovado, é possível que o próximo concurso chame bem mais gente, assim como ocorreu no concurso anterior ao meu, quando foram chamados mais de 200 analistas!
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Adriana: Revendo a minha trajetória, acho que os meus maiores erros se encontram no início da minha preparação. Perdi muito tempo frequentando aulas presenciais. Meu desempenho nas provas melhorou muito quando passei a estudar sozinha, em casa, a partir de livros, meus resumos e aulas em vídeo. Eu não estudei pelo Estratégia, até porque em 2012 vocês ainda eram novinhos, estavam completando 1 ano… mas considero que a metodologia mais eficiente para se estudar para esses concursos é o estudo em casa, a partir de aulas escritas (livros ou PDFs) e aulas em vídeo, que te ajudam a entender os assuntos mais difíceis.
Adriana: A verdade é que estou sempre acompanhando o trabalho de vocês no Estratégia, e gosto bastante do método que vocês utilizam. Se eu fosse estudar hoje, certamente buscaria um curso com as características que vejo no site. Acho muito importante ter aulas em vídeo, principalmente para aquelas matérias mais importantes ou mais difíceis. Por outro lado, as aulas escritas realmente tornam o estudo mais rápido e mais produtivo, principalmente quando elas possuem, além da teoria, muitas questões resolvidas de concursos anteriores de Tribunais. Entendo que o candidato não pode perder tempo buscando questões, separando-as por assunto, tentando entender o gabarito correto e também o motivo das outras alternativas estarem erradas… quando o próprio professor seleciona as questões, coloca nas aulas corretas, e as resolve, o estudo fica muito mais produtivo. E gosto muito também do fórum de dúvidas, pois realmente tem horas que nem vendo os vídeos ou lendo as resoluções do professor é possível entender uma questão ou um assunto rs… esse acesso direto ao professor é muito importante mesmo.
Bom pessoal, espero que vocês tenham gostado da entrevista! Qualquer coisa deixem os seus comentários aí abaixo, ok? Responderemos todas as suas dúvidas – eu ou a Adriana.
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/concurso-tst-aulao-com-dicas-de-estudo/