Concurso MPU: veja os recursos de Analista – Odontologia
Quer interpor recursos contra os gabaritos preliminares do concurso MPU para Odontologia? Confira as possibilidades neste artigo!
O concurso público do Ministério Público da União teve suas provas aplicadas neste último domingo, 4 de maio. Com isso, os gabaritos preliminares da etapa já foram divulgados.
Se você pretende interpor recurso contra o gabarito do concurso MPU – Odontologia, muita atenção: todo o processo deve ser realizado nos dias 7 e 8 de maio, através da área do candidato no site da FGV.
E para te ajudar, nossos professores analisaram o resultado e identificaram algumas possibilidades de recursos. Confira abaixo!
Concurso MPU: recursos de Odontologia
Modelo de prova corrigido: TIPO 2 – VERDE
Recurso Dentística – MPU
Questão 42.

De acordo com a literatura em Odontologia estética erros na luminosidade das restaurações também podem ocorrer quando o cirurgião-dentista C) utiliza compósitos com propriedades de fluorescência diferentes do esmalte e da dentina.
Segundo Baratieri (2010) o valor é a luminosidade da cor, a característica que distingue cores claras de cores escuras. A fluorescência em restaurações de resina composta é crucial para a estética, pois confere um aspecto de vitalidade e aumenta a percepção de brilho, imitando a aparência natural dos dentes sob luz UV.
Materiais restauradores com fluorescência adequada minimizam o efeito metamérico, garantindo uma melhor harmonia entre a restauração e o dente adjacente. Baratieri (2015) afirma que Sob luz natural a fluorescência torna os dentes mais luminosos e brilhantes, conferindo-lhes “luminescência interna”.
Chu (2011) complementa que tanto a opalescência como a fluorescência são responsáveis pelo brilho intrínseco dos dentes naturais, que clínicos e ceramistas tentam imitar quando fabricam restaurações artificiais. Da mesma forma, a vitalidade é obtida através da translucidez
A Fluorescência observada nos dentes naturais acontece quando eles são expostos à luz ultravioleta, ocorrendo excitação de sua fotossensibilidade, absorvendo energia luminosa e difundindo-a para o espectro visual do branco intenso ao azul claro.
Devido ao seu maior conteúdo orgânico, a dentina normalmente apresenta maior fluorescência do que o esmalte natural. A questão que se impõe é se é importante que essa característica de fluorescência esteja presente nos compósitos.
Apesar de não ser decisiva para o sucesso estético de todas as restaurações, sem dúvida, a fluorescência confere mais vitalidade e auxilia a obter um correto valor ou uma correta luminosidade da restauração (Conceição,2005).
A fluorescência, como explica Yu, Lee (2008), é uma propriedade importante, pois aumenta a vitalidade dos dentes e, consequentemente, das restaurações, ajudando assim a reproduzir fielmente nas resinas compostas o comportamento natural das estruturas dentárias sob a incidência de luz ultravioleta.
O material restaurador ideal é o que emite luz na mesma intensidade que a dentição natural; para isso, são adicionados em sua composição pigmentos orgânicos e metais terras raras fotossensíveis à luz ultravioleta, como európio, cerium e itérbio.
Myashita (2007) complementa que apesar de muitos profissionais considerarem este aspecto de interesse secundário ele é fundamental para minimizar as variações de cor determinadas pelo metamerismo.
Uma restauração realizada com uma resina composta que não tenha componentes que simulem a fluorescência, vai ter seu resultado estético comprometido em várias situações de variação de iluminação devido a maior ocorrência de metamerismo.
A ausência de fluorescência pode fazer com que a restauração fique escura ou “desapareça” sob luz ultravioleta, comprometendo o resultado estético.
Por isso, é importante selecionar resinas que apresentem fluorescência semelhante à dos dentes naturais, principalmente em regiões anteriores e em pacientes que frequentam ambientes com luz UV.
Em resumo, a fluorescência é essencial para o sucesso estético das restaurações em resina composta, garantindo naturalidade e evitando discrepâncias de cor em diferentes condições de luz. Avaliar essa propriedade pode ser um diferencial importante na seleção do material restaurador.
Portanto diante do exposto a questão possui duas respostas possíveis: C) utiliza compósitos com propriedades de fluorescência diferentes do esmalte e da dentina e (E) se equivoca na espessura das camadas de resina para a dentina e o esmalte.
Referências
- BARATIERI, L. N, MONTEIRO JR., S. et al. Odontologia Restauradora: Fundamentos e Possibilidades. 2ª ed. [Reimpr.] São Paulo: Santos Livraria e Editora, 2017.
- BARATIERI, L. N, MONTEIRO JR., S. et al. Odontologia Restauradora: Fundamentos e Técnica. 1ª ed. [S.l.]: Editora Santos, 2010.
- ______. Restaurações Estéticas: Compósitos, Cerâmicas e Implantes. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
- MIYASHITA. Odontologia Estética Planejamento E Técnica – Artes Médicas · Ano: 2007 ·
- CHU, STEPHEN J. Fundamentos Da Cor – Seleção E Comunicação Da Cor Em Odontologia Estética, Quintessence Editora.
- Yu, Lee (2008) in:DALLA NORA et al Intensidade de fluorescência em resina composta: influência do polimento superficial e dos meios de armazenagem Rev Odontol UNESP. 2013 Mar-Apr; 42(2): 104-109 .
QUESTÃO 63

De acordo com o professor Fabio Barbosa, na página 207, o invólucro plástico de filme radiográfico sem contaminação deve ser descartado como resíduo do grupo D e lâmina de chumbo e filmes radiográficos são descartados como grupo B.
Biossegurança em odontologia: o essencial para a prática clínica / Fábio Barbosa de Souza … [et al.] ; editor Fábio Barbosa de Souza. – 1. ed. Santana de Parnaíba [SP] : Manole, 2021.
QUESTÃO 71

De acordo com Guedes Pinto (2016): “A intrusão de dentes decíduos é muito comum, causando grande impacto nos responsáveis que buscam o tratamento. Normalmente, espera-se a reerupção passiva, o que, em geral, ocorre….
Além disso, realizar exames radiográficos oclusal modificado e lateral permite instituir uma conduta inicial que normalmente é a espera em 15 a 30 dias por uma reerupção passiva. Caso contrário, tem grande potencial para reerupcionar totalmente de 3 a 6 meses.”
Fonte: Odontopediatria. Antonio Carlos Guedes Pinto – 8ª edição São Paulo , 2012 Página 727