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TJ/SP – Como conciliar os estudos e também estudar para outros Tribunais?

Descubra como conciliar os estudos para o TJ/SP com outros concursos e aumente suas chances de ser aprovado!

Olá, concurseiro!

Conciliar estudos para o TJ/SP e ser aprovado

Conciliar os estudos e obter aprovação no TJ/SP é o seu desejo? Nesse artigo, buscaremos auxiliá-lo a alcançar esse objetivo.

O último concurso público de servidores realizado para o Tribunal de Justiça de São Paulo vence em dezembro de 2020. Geralmente, cerca de dois meses antes do vencimento, um novo edital é publicado, a fim de não impactar os serviços prestados pelo órgão.

Assim, é possível que em outubro de 2020 um novo concurso já esteja aberto.

Vale dizer que, por tradição, o TJ/SP é conhecido por convocar para nomeação todos os candidatos habilitados em seu concurso.

O próximo edital abrangerá vagas para o cargo de Escrevente Técnico Judiciário.

O que faz o Escrevente Técnico Judiciário?

Segundo o detalhamento apontado nos últimos editais, as funções do Escrevente Técnico Judiciário são:

  • Executar atividades relacionadas à organização dos serviços que envolvam as funções de suporte técnico e administrativo às unidades do Tribunal de Justiça;
  • Dar andamento em processos judiciais e administrativos;
  • Atender ao público interno e externo;
  • Elaborar e conferir documentos;
  • Controlar a guarda do material de expediente;
  • Atualizar-se quanto à legislação pertinente à área de atuação e normas internas;

Para tanto, os Escreventes Técnicos Judiciários fazem jus à seguinte remuneração:

Escrevente Técnico Judiciário de 1º Grau

• Inicial: R$ 4.981,71

• Final: R$ 5.624,12

Escrevente Técnico Judiciário de 2º Grau

• Inicial: R$ 6.273,98

• Final: R$ 6.916,39

Ampliando o foco

Embora se comente sobre a importância da definição de um foco na hora de estudar, a verdade é que, diante de tantas oportunidades interessantes, a ideia de conciliar os estudos para mais de um concurso ao mesmo tempo chama a atenção.

Nesse artigo, buscaremos demonstrar que é possível, sim, fazer isso, sem comprometer o rendimento no estudo. Nesse sentido, traremos algumas dicas para os estudantes que desejam estudar para o concurso do Tribunal de Justiça de São Paulo e, concomitantemente, para outros certames.

Definindo os editais

Primeiramente, é preciso definir quais são os concursos de interesse e analisar se existe alguma semelhança entre eles. Para tanto, o estudante deve analisar o conteúdo programático previsto no último edital de cada cargo e verificar todas as matérias exigidas dos candidatos.

Nesse sentido, no caso do concurso do TJ/SP, foram cobradas as seguintes:

Português;
Direito Penal;
Direito Processual Penal;
Direito Processual Civil;
Direito Constitucional;
• Direito Administrativo;

• Normas da Corregedoria Geral da Justiça;
• Atualidades;
Matemática;
• Informática
;
Raciocínio Lógico.

Acima, estão em negrito as matérias que costumam cair em todos os concursos de Tribunais, tanto para cargos de nível médio, quanto para cargos de nível superior. Por sua vez, estão sublinhadas as matérias que caem em alguns concursos de Tribunais, a depender da área.

No caso, Direito Processual Civil é comumente exigido para cargos de especialidade da “área judiciária”, não sendo previsto em alguns concursos da “área administrativa”. Já Direito Penal e Processual Penal não costumam ser cobrados em concursos de Tribunais Regionais do Trabalho, por exemplo.

Desse modo, sugere-se que o aluno sempre verifique o conteúdo programático do cargo almejado.

Matérias semelhantes

Feita a análise do conteúdo programático de cada concurso almejado, deve-se verificar se ao menos 65% das matérias são semelhantes. Esse percentual pode variar, mas é um dado para orientar os alunos no sentido de não tentarem conciliar carreiras muito distintas.

O número de concursos a serem conciliados é variável, mas se aconselha que, inicialmente, não passe de 3.

Evidentemente, se o estudante estiver dedicado às 5 matérias de Direito apontadas acima (conforme o conteúdo programático do TJ/SP), estará formando uma base para todos os concursos jurídicos.

Do mesmo modo, o aluno que estudar português, informática e raciocínio lógico-matemático, estará se tornando bem preparado para todos os concursos de Tribunais.

Entretanto, é sugerido que não se estude tentando abarcar todos eles. A ideia é que haja uma definição acerca dos principais concursos de interesse e que, a partir disso, se elabore um cronograma.

Nesse sentido, a sugestão é que seja dada prioridade de dedicação a concursos de mesma área.

Além disso, vale lembrar que muitos órgãos lançam um mesmo edital para diferentes cargos, sendo possível, em muitos casos, realizar a prova para um cargo no turno da manhã e para outro no período da tarde. Isso é muito comum de acontecer em concursos de Tribunais: as provas de Técnico Judiciário e de Analista Judiciário geralmente ocorrem em turnos distintos, sendo os conteúdos exigidos para cada cargo extremamente semelhantes.

Por onde começar?

Após definir os editais de interesse, deve ser feita uma seleção das matérias em comum entre todos eles – é por aí que o estudo deve ser iniciado. Além disso, deve-se optar por estudar cada matéria de forma mais abrangente possível.

Assim, por exemplo: se Direito Administrativo contiver 12 pontos em um dos editais e apenas 8 no outro, o aluno deve se dedicar a essa matéria segundo o edital que prevê mais pontos (ou seja, 12). Por outro lado, se esse mesmo edital que prevê 12 pontos de Administrativo, exigir apenas o mais básico de Direito Penal, a orientação é que o estudante se guie por outro edital – que exija mais conteúdo – para estudar essa matéria.

Vale dizer que o número de matérias a serem estudadas, em um primeiro momento, dependerá do nível de preparação e da carga horária do aluno.

Nesse sentido, é possível que um estudante que recém está iniciando os estudos dedique-se apenas a Português, Raciocínio lógico, Informática, Direito Constitucional e Direito Administrativo.

Por outro lado, o estudante que já aprofundou os estudos em Constitucional, Administrativo, Civil e Processo Civil, por exemplo, deverá manter uma rotina de revisão de tais matérias, mas acrescentar, já, ao seu cronograma, o estudo dos demais conteúdos exigidos no concurso.

Matérias mais específicas

Outra dica importante é: quanto maior a especificidade, menor a prioridade.

Assim sendo, as matérias que forem previstas especificamente para determinado concurso devem ser estudadas por último.

No caso do TJ/SP, em um primeiro momento, não deve ser estudado o conteúdo referente a “Normas da Corregedoria Geral da Justiça”.

Do mesmo modo, caso o aluno esteja estudando para um Tribunal cujo edital prevê o respectivo Regimento Interno, deve deixar essa matéria para estudar mais perto do concurso.

A dedicação maior deve ser direcionada aos conteúdos mais extensos, comumente exigidos, os quais o aluno demorará para atingir um nível satisfatório de conhecimento e precisará de várias revisões para não esquecer. Já as matérias específicas de cada concurso podem ser vistas mais perto da prova – a memória temporária “dará conta do recado”.

Nesse ponto, a ideia de “matérias específicas” também pode ser entendida a partir dos focos de interesse do aluno.

Vejamos o seguinte exemplo:

Joana está iniciando seus estudos e pretende se dedicar à área de Tribunais. Ela pretende focar no TJ/SP, no TRT3 e no TRE-SP.

Nesse caso, ela poderá estudar, em um primeiro momento, Português, Raciocínio-Lógico, Informática, Direito Administrativo e Constitucional. Logo após, poderá acrescentar matérias como Direito Civil e Processo Civil. Por fim, ao tomar conhecimento sobre a iminência de um desses concursos, deverá acrescentar ao seu cronograma matérias como direito do trabalho e processo do trabalho (no caso do TRT) e eleitoral (no caso do TRE) – que serão vistas, nesse caso, como matérias específicas de tais concursos.

Matérias mais difíceis

Caso o aluno identifique uma maior dificuldade em uma determinada matéria, vale a pena investir um tempo maior para estudá-la. Assim, tal matéria deve ser incluída desde o início na rotina de estudos. Revisar frequentemente os conteúdos já estudados também é uma ótima ideia.

Além disso, sugere-se que o estudante se proponha a realizar vários exercícios relacionados a matérias assim. Enquanto alguns conteúdos mais fáceis podem ser compreendidos rapidamente, apenas com o estudo da teoria, outros são melhor assimilados quando aprendidos concomitantemente à resolução de exercícios.

Nesse ponto, é sempre bom conhecer o perfil da banca e também os conteúdos que são pouco exigidos por ela. Muitas vezes, há pontos muito difíceis do conteúdo programático que, por outro lado, não costumam ser exigidos nas provas.

É importante que o aluno dedique-se a identificar a relevância de cada conteúdo a fim de que não invista tempo excessivo em determinadas matérias. As trilhas estratégicas e os passos estratégicos do Estratégia Concursos auxiliam bastante nesse sentido.

Como conciliar os focos e elaborar um cronograma de estudos

Para organizar o cronograma de estudos, o concurseiro deve unir tudo aquilo que foi proposto acima e adequar à sua carga horária.

Assim, nesse momento, já devem ter sido realizados os seguintes passos:

  • Definição dos concursos de interesse;
  • Seleção das matérias em comum;
  • Identificação das matérias mais difíceis;
  • Estabelecimento de uma escala de especificidade de cada matéria.

Feito isso, deve-se refletir sobre o tempo disponível para estudo.

As matérias de direito devem ser, preferencialmente, intercaladas com as matérias de “conhecimentos gerais”. Em um mesmo dia, portanto, pode-se estudar Direito Administrativo e, logo após, Português. No dia seguinte, Direito Constitucional e Informática.

O aluno pode optar por dedicar um determinado período para cada matéria e, posteriormente, partir para as revisões – que são extremamente importantes.

São elas que garantirão que o conteúdo absorvido não seja descartado pela mente. A única maneira de fazer com que determinada informação seja fixada pelo seu cérebro é demonstrando para ele que, de alguma forma, aquilo é importante. Há diversas formas para isso, sendo a revisão uma delas.

Portanto, é essencial que cada aluno adote um determinado método de revisão. Todos devem ter em mente que sem revisar os conteúdos estudados as chances de aprovação diminuem muito.

Há alunos que revisam através de ciclos de 24/7/30 dias, enquanto outros estudantes preferem interromper eventualmente o cronograma e dedicar uma semana inteira à revisão do conteúdo já estudado.

Há aqueles que revisam todos os dias, enquanto outros reservam o final de semana para tal finalidade. Porém, independentemente de como for a realidade de cada um, e ainda que o concurso almejado esteja próximo, priorizar as revisões é uma das melhores táticas.

A conquista, a frustração e a bagagem

Estudar conciliando mais de um edital é uma ótima ideia. De fato, as chances de alcançar uma aprovação aumentam. Caso o cenário ideal aconteça, é possível que o concurseiro seja aprovado em diversos concursos e que possa optar, no fim das contas, pela carreira que mais lhe agrade.

Outras vezes, no entanto, e independentemente de estudar para mais de um concurso ou não, a reprovação vem. Nesse caso, porém, não há motivos para desanimar.

Com efeito, a bagagem de aprendizados adquirida após uma maratona de estudos não é perdida, ainda mais quando os concursos desejados possuem conteúdos programáticos similares. Caso a aprovação não venha nas primeiras tentativas, certamente o estudo realizado (as questões feitas, o conteúdo lido e as revisões concluídas) servirão para otimizar cada vez mais o estudo, que tem chance ainda maior de, em uma próxima vez, ser suficiente. 

Assim sendo, não há nada a perder – mas sim muito para ganhar.

O estudo consistente, as revisões periódicas e uma dose de organização e disciplina são o segredo que podem fazer qualquer um, mais cedo ou mais tarde, chegar à aprovação.

Assim, acredite nisso e dedique-se. Vai valer a pena.

Bons estudos.

Nathália Reyes – Coach do Estratégia Concursos. Instagram: @nathsr

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