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PF, PRF… Pai, marido, trabalho! não há limites, quando se trata do SEU SONHO!

Meu nome é Frederico Azeredo Borges, tenho 39 anos, sou casado há 10 anos, sou pai de 2 filhos, de 8 e 6 anos. Retomei os estudos, depois de muitos anos sem estudar. Por toda minha vida, insisti na iniciativa privada. Sempre convivi com altos e baixos do mercado, mas essa última crise – em que o Brasil ainda permanece – fez-me sair de cena e por a mão na massa, em busca do meu sonho antigo (e muuuito antigo): SER POLICIAL!
PRMEIRAMENTE, orei bastante e pedi a Deus que me direcionasse sobre o que fazer da vida. Vi que a minha vontade estava alinhada com o propósito de Deus. Desse modo, sentei-me com minha esposa e decidimos que eu iria estudar. Sempre soube que não seria uma caminhada tranquila, obviamente, mas – sinceramente – afirmo quantas vezes for preciso que COMPENSA QUALQUER ESFORÇO. Ademais, digo que não se trata de algo quase impossível, pelo contrário, deveras se trata de um processo prazeroso, alegre e acessível. ACREDITEM!
Foi um período de redescobrimento pessoal. Foi um tempo em que pude perceber quais eram os valores que mais importavam em minha vida. Passei a analisar com mais calma os passos que eu daria, já que não havia muitas opções. Entenda: quando se escolhe o caminho do estudo, o que se deve fazer é estudar. Ponto final! Sua rotina é acordar e estudar. Seu trabalho é o estudo. Seu final de semana é o estudo. Sua família vive seu estudo. Parece monótono, não é mesmo? Mas não o é. Depende da forma que você quer ver; depende da forma que sua família enxerga. E, ainda, quando aquelas pessoas enxergam algo monótono e sem futuro, você consegue perceber o que eu escrevi ao início do parágrafo: você percebe outros valores e consegue resumir seu modus operandi.
Nesse contexto, digo que sua maior ferramenta será sua esposa e seus filhos. Comigo foi assim: apoio incondicional! É claro que fiz minha parte como pai e como marido, mas a grande força, o ânimo diário, a razão do meu esforço vieram de Deus e da minha família. O tempo maravilhoso que eles me proporcionaram – definitivamente – são impagáveis. Assim, todos os dias, eu acordava bem cedo para estudar e, também, para preparar a saída da família de casa. Ajudava no café da manha e, quando eles saíam, meu trabalho começava. Sem mimimi; sem reclamações e sem autopiedade. Fazia o que tinha que fazer: primeiro as revisões – em média 2h por dia -; depois matéria nova e exercícios.
Respeitei incondicionalmente meu ciclo de estudo. Antes de tudo, concurseiro bom é inteligente: acredita em conceitos, eles facilitam nossas vidas. Digo isso porque, quando iniciei meus estudos, fui atrás de conceitos. Um deles foi o de que há uma forma científica de se estudar: a repetição. Aprendemos quando repetimos as coisas. Deus nos fez de uma forma padronizada, em nossa maioria. Assim, aquele que repetir, que insistir, será aquele que se diferenciará dos demais. Por isso, confiei no meu ciclo, no fundamento da repetição e fiz disso minha forma de estudo. Fechei-me os olhos para todo o resto. Há que se fazer isso, porquanto há inúmeras “fórmulas mágicas”, vários “resumos diferenciados”, dentre outros. Somente uma decisão firme e acertada o fará desviar dessas “âncoras”, que puxam o aluno para baixo e não o deixam fluir.
Foram quase 3 anos de estudo. Por incrível que pareça, tive somente 1 reprovação em concurso público: concurso do TRF, mas eu não estudava 40% da matéria que caiu na prova. Fui aprovado em 7 concursos, 6 deles dentro das vagas, e só um deles não fiquei entre os primeiros. Como consegui isso? Em cada concurso, eu traçava planos diferentes com meu coach, mas, em momento algum, deixei meu ALVO 01 – PRF – de lado. Ele era meu xodó. Cortava-me o coração, quando eu tinha que estudar outra matéria alheia a ele, mesmo que por 1 semana. Lembro-me de um episódio interessante: PCMS. Estudava há pouco mais de 1 ano e fui fazer provas para agente e para escrivão. 2 provas no mesmo dia. Foi um concurso bastante concorrido. Daí tracei uma estratégia ousada. Sabia que o diferencial seriam português – que sempre estudei presencialmente em um curso de excelência em Goiânia – e a Lei Orgânica da Polícia do Estado. Fiz, na semana da prova, o que eu chamava de aprofundamento da revisão de matéria nova. Dividia a matéria em 5 dias da semana. Estudava 1 por dia e, a cada dia, eu iniciava com a revisão das matérias dos dias anteriores e só depois estudava a matéria nova. Na sexta-feira, por exemplo, eu revisava cumulativamente segunda, terça, quarta, quinta e só depois estudava a matéria nova. A estratégia era infalível: chegava na prova domingo com a matéria fresquinha! Nessa ocasião, fiquei em 60° na prova de agente e 7° na de escrivão.
Escrevi tudo isso no parágrafo anterior não para me vangloriar de algo. Longe disso! Fiz isso para que todos vocês que lerem isso saibam que é possível, e não precisa ser o mais inteligente da turma, eu juro! Precisa ser persistente: repetir; não ter preguiça; insistir. Senhores, acreditem nisso e sua aprovação será certa. Eu poderia contar milhares de situações, mas não seria pertinente para o momento. Quero contar só mais um detalhe, para finalizar o texto. Hoje sou policial federal, mas nunca pensei ou quis sê-lo (até fazer o curso de formação, é claro). Meu alvo era PRF. Cumpri minha missão: fiquei em 9° lugar no concurso PRF 2019, em Goiás, meu estado. Todavia, o problema foi ter feito a prova da P.F primeiro do que a da PRF. O detalhe é que foi mais uma prova estratégica. Passei na prova sem abrir o edital, sem estudar quase 40% do edital e quase ter zerado o bloco 3 da prova do Cespe. Fiz um plano para esta prova, pois havia prometido não mais sair do foco da PRF. Deu certo! Entrei para esperar o CFP da PRF fazendo o CPF da PF, e hoje estou aqui. Quase “SEM QUERER”.
Hoje, estou aqui no Estratégia por um único motivo: eu acredito no processo. Meu sonho sempre foi o de um dia poder passar a alguém um pouco do que aprendi nesse tempo de estudos. Não falo de matéria, falo de experiências; de atalhos; de anseios; de medos; de alegrias e de vitórias. Lembre-se sempre disto: só dará certo se você acreditar! Você é e sempre será seu maior patrocinador, aquele que mais acredita em você. Dê o seu primeiro passo e decida que só parará de caminhar nessa direção, quando a aprovação chegar. E ela chegará, acredite!
Deus o abençoe ricamente!

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Veja os comentários
  • Como é ficar longe da família durante os 3 primeiros anos após o curso de formação?
    Vitor em 04/06/20 às 07:39
  • Muito inspirador! você escreve muito bem, sucesso. Você já viu alguém na PRF com 1,45 de altura?
    Adyla de Albuquerque em 05/04/20 às 11:13
  • ANTONIO MOTTA JUNIOR , para um sonho, a idade é irrelevante. Vai fundo!!!
    Sinpf em 14/03/20 às 17:00
  • Sou da turma que trabalha, é pai, marido e estuda de 3 a 4 horas por dia. Está sugado mas não não vou perder o foco.
    Eduardo em 01/02/20 às 10:24
  • Nossa, vou guardar esse depoimento para minha vida!
    Alex em 30/01/20 às 10:45
  • Parabéns! Sucesso sempre! Depois de muito esforço e dedicação, merecido.
    Marta Perete em 30/01/20 às 08:41
  • Excelente texto, muito motivacional, muito obrigado! Espero em breve fazer o mesmo aqui, um grande abraço!
    Fernando Veríssimo em 30/01/20 às 08:25
  • TENHO 53 ANOS. DÁ TEMPO AINDA PARA A POLICIA FEDERAL.
    ANTONIO MOTTA JUNIOR em 29/01/20 às 20:44
  • Show.... Parabéns, pelo texto e pela PF...
    Danilo em 29/01/20 às 15:35