Artigo

Engenharia de Software em Destaque: Processo Unificado (RUP).

Introdução

Vamos retomar hoje o nosso estudo em Engenharia de Software, uma das áreas de Tecnologia da Informação mais cobradas nas provas dos concursos públicos de alto nível. Falaremos hoje sobre o processo unificado, o famoso RUP.    

Este tópico é relativamente antigo no mundo de TI. Mas por que estamos ainda falando sobre isso então? A resposta é simples: porque as bancas continuam cobrando. Quando este assunto parar de cair, então a gente vai parar de falar. Veja o que vamos abordar:

  • O que é Processo Unificado?
  • Fases do RUP
  • Disciplinas do RUP
  • Perspectivas do RUP
  • Mapa Mental

Recomendamos o conteúdo de hoje a todos os alunos que estudam para provas de áreas concorridas (por exemplo, área fiscal) e, claro, para provas da área de TI. Vamos tentar te ajudar ao máximo, mas esperamos que você tenha noções prévias de Engenharia de Software para entender melhor.  

Atendendo a muitos pedidos, preparamos a publicação em formato reduzido, de forma que você consiga aproveitá-la sem culpa. Ou seja, pode parar com as desculpas para não ler. Chega de “papo furado” então? Vamos começar.

Tempo de leitura aproximada: 5 a 10 minutos

O que é Processo Unificado?

O processo unificado, também conhecido como RUP (Rational Unified Process), é um framework que visa apoiar o desenvolvimento de software. Seguem as suas principais características:

Figura 1 – Principais Características do RUP.

Momento Curiosidade: o RUP foi desenvolvido originalmente por uma empresa chamada Rational (R de Rational). Posteriormente, a IBM comprou a companhia e o produto passou a ser chamado de IRUP (I de IBM). Apesar da mudança, o nome RUP continua sendo utilizado em peso.

O processo unificado é organizado em fases, disciplinas e perspectivas. Uma visão clássica para representá-lo é por meio do gráfico de baleias, que exibimos abaixo:

Figura 2 – Gráfico de Baleias do RUP (Fonte: Research Gate. Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Ciclo-de-vida-do-Processo-Unificado-Rational-Adaptado-de-The-Rational-Unified_fig1_309405789. Acesso em: 03 abr. 2023).

Fases do RUP

O processo unificado possui 4 fases: concepção, elaboração, construção e transição. A seguir, vamos falar um pouco sobre cada uma delas. Fique atento, pois as bancas adoram cobrar isso na prova.

Concepção: fase responsável pela definição do escopo do projeto, ou seja, as tarefas que o projeto se propõe a entregar. Normalmente, efetua-se o levantamento inicial de requisitos nesta etapa.

Elaboração: fase em que se concentra a análise do projeto, incluindo planejamento, especificações detalhadas e arquitetura do sistema. Apesar do nome, a elaboração também contempla o início da codificação.

Construção: fase caracterizada pela codificação e testes de sistema propriamente ditos.  Ações relativas à implantação no ambiente também realizam-se massivamente nesta etapa.

Transição: última fase do projeto, que contempla majoritariamente a conclusão dos testes e a implantação do sistema no ambiente. Se necessários, acertos finais no código também são bem-vindos.

Disciplinas do RUP

Por outro lado, o processo unificado possui 9 disciplinas: modelagem de negócios, requisitos, análise e design, implementação, teste, implantação, gerenciamento de configuração e mudança, gerenciamento de projeto e ambiente. Vamos conhecê-las um pouco mais:

Disciplinas do RUP – Parte 1

Modelagem de negócios: identifica o contexto de negócios do sistema, incluindo o funcionamento da organização em que a solução será implantada.

Requisitos: alinhamento do que o sistema deve fazer, ou seja, definição das funcionalidades necessárias ao sistema, segundo as expectativas do cliente.

Análise e design: definição da arquitetura do sistema, de acordo com os requisitos levantados na etapa anterior. Em outras palavras, é a fase responsável pela modelagem do projeto.

Implementação: além de realizar a codificação da solução propriamente dita, em conformidade com a análise prévia realizada, esta etapa também contempla testes unitários.

Teste: etapa que realiza a maior parte dos testes da aplicação, visando localizar e documentar defeitos na qualidade do software desenvolvido.

Disciplinas do RUP – Parte 2

Implantação: cria uma nova versão do produto, instalando-o no ambiente e distribuindo-a para a utilização dos usuários. Em outras palavras, essa é a etapa que coloca a solução em produção.

Gerenciamento de configuração e mudança: responsável por gerenciar o versionamento do produto / itens de configuração, além de apoiar eventuais processos de mudança.

Você Sabia? Item de configuração é qualquer componente de serviço, elemento de infraestrutura ou outro item que precisa ser gerenciado para garantir a entrega bem-sucedida de serviços.

Gerenciamento de projeto: conjunto de ações para realizar um apoio ao monitoramento e à gestão dos projetos de software. Fique atento, pois essa disciplina não tem relação com PMBOK (ao contrário, é bem mais simples).   

Ambiente: etapa que disponibiliza as ferramentas necessárias no ambiente para o desenvolvimento do sistema, incluindo também configuração de hardware e software.

Não vamos mentir: a cobrança das disciplinas é muito menor que as fases. Contudo, a exigência vem aumentando nos últimos anos, haja vista que as fases já estão muito “batidas”. As bancas gostam de surpreender, você sabe. Diante do fato, estude as disciplinas para evitar arrependimentos.

Perspectivas do RUP

Antes de terminar o conteúdo deste artigo, separamos uma seção para falar rapidamente sobre as 3 perspectivas do RUP: dinâmica, estática e prática. Se você conhecer o gráfico de baleias que mostramos anteriormente, não terá grandes dificuldades para entender e decorar.

Dinâmica: perspectiva horizontal do gráfico de baleias, que mostra as fases do projeto ao longo do tempo.

Estática: perspectiva vertical do gráfico de baleias, que mostra as disciplinas do projeto ao longo do tempo.

Prática: recomendações de boas práticas para a utilização no projeto (nem todos os autores da literatura reconhecem esta perspectiva).  

Ressaltamos que as perspectivas possuem uma incidência baixa de cobrança. Por esse motivo, não detalhamos muito esta seção. Se você souber o nome de cada uma delas e a descrição breve que colocamos, já conseguirá acertar muitas questões.

Mapa Mental

Agora chegou o momento que todos esperavam: o mapa mental. Pode comemorar, sem cerimônia, pois sabemos que você gosta de um “macetinho”. Afinal, quem nunca pegou um atalho que atire a primeira pedra. Deixando as brincadeiras de lado, o mapa mental é todo seu.

Figura 3 – Mapa Mental de Processo Unificado (RUP).
Figura 3 – Mapa Mental de Processo Unificado (RUP).

Recomendamos que você salve este mapa mental e utilize-o futuramente nas próximas revisões. Se preferir, fique à vontade para salvar o artigo nos favoritos do seu navegador também.

Conclusão

Hoje você aprendeu e revisou conosco um pouco do processo unificado (também conhecido como RUP), um dos assuntos chaves de Engenharia de Software. O próximo passo agora será realizar muitas questões para sedimentar o conhecimento aprendido.

As questões são a melhor forma de avaliar seu aprendizado. Historicamente, alunos aprovados realizam centenas ou até milhares de exercícios para atingir seu objetivo. O acesso ao Sistema de Questões do Estratégia Concursos é feito pelo link: https://concursos.estrategia.com/.

Não esqueça também de retornar ao tópico periodicamente para fazer revisões. Aproveite o mapa mental disponibilizado neste artigo para isso, pois irá ajudá-lo muito. Ele será o seu aliado nesta jornada.

Por fim, se você quiser aprofundar o conteúdo ou tirar dúvidas específicas, busque o material do Estratégia Concursos. Nós oferecemos diversos cursos em pdf, videoaulas e áudios para você ouvir onde quiser. Saiba mais por meio do link https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursos/.

Bons estudos e até a próxima!

Cristiane Selem Ferreira Neves é Bacharel em Ciência da Computação e Mestre em Sistemas de Informação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de possuir a certificação Project Management Professional pelo Project Management Institute (PMI). Já foi aprovada nos seguintes concursos: ITERJ (2012), DATAPREV (2012), VALEC (2012), Rioprevidência (2012/2013), TJ-RJ (2022) e TCE-RJ (2022). Atualmente exerce o cargo efetivo de Auditora de Controle Externo – Tecnologia da Informação no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), além de ser colaboradora do Blog do Estratégia Concursos.

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