Aprovado em 25º lugar no concurso PC-RO para Agente de Polícia Civil

“Tenham poder de decisão sobre a vida de vocês. Não esperem um momento perfeito para começar. O importante é começar, o resto você vai ajustando no caminho.“
Confira nossa entrevista com Victor Villar Cunha, aprovado em 25º lugar no concurso PC-RO para Agente de Polícia Civil:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Victor Villar Cunha: Olá, concurseiros. Chamo-me Victor Villar, tenho 26 anos, sou de Porto Velho/RO(não é Roraima, é RONDÔNIA, rs). Sou bacharel em Direito pela Faculdade Católica de RO, atualmente fazendo uma pós em direito constitucional.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Victor: Desde meu ensino fundamental eu sempre quis ser policial. Naquelas atividades de escola que os professores sempre perguntam: “o que você quer ser quando crescer?”, eu já tinha isso muito bem definido.
Ao passar dos anos, não deixei esse objetivo de lado. No meu ensino médio já estava decidido que faria uma faculdade de direito. Em 2014, ano que concluí o ensino médio, prestei vestibulares para algumas faculdades particulares e para universidade federal do meu estado. Passei em ambos, na federal havia passado em ciências contábeis que era uma segunda opção de curso. Nesse momento com 18 anos, estava numa situação embaraçosa: fazer faculdade de 5 anos e continuar sendo bancado pelos meus pais ou buscar emprego e custear minhas despesas e fazer a faculdade? Eu optei por ter minha independência. Eu havia me alistado e fui convocado a servir. Entrei na Força aérea onde passei um ano obrigatório de serviço militar. Após isso, prestei novamente o vestibular, sem estudar sem nada, e passei. O que foi surpreendente é que eu passei em ultimo lugar da quarta chamada. O fato de eu estar um ano sem estudar, deixou-me bem desfalcado.
Já cursando a faculdade, coloquei na cabeça que ao fim do curso começaria a estudar para PF. Nessa época eu não tinha tanta orientação, nem busquei saber outras formas de chegar no meu objetivo mais rápido. Não sabia que com um tecnólogo eu poderia conseguir do mesmo jeito. Fui ter uma noção melhor disso só depois do meio do curso.
No 8° período da faculdade em 2020, decidi entrar num cursinho presencial para aprender a como estudar para concurso. A essa altura, já tinha ocorrido o concurso da PF em 2018, e como geralmente o certame da PF ocorre de quatro em quatro anos, tudo indicava que o próximo seria em 2022. Comecei no presencial, peguei tudo o que eu precisava para começar sozinho, pesquisei sobre cursinhos online através de referências de aprovados e optei pelo Estratégia. E foi aí que eu comecei a labuta.
Optei pela carreira policial porque eu sempre quis isso, e desde quando eu me entendo por gente, acredito que essa é a vocação da minha vida. Acredito muito em Deus e tenho para mim que essa é a minha missão, o dom que Ele me deu.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Victor: Sim. Como eu disse, estava nas fileiras da FAB. Tinha que conciliar o trabalho, a faculdade e os estudos para concurso quando comecei. No começo foi bem difícil, como eu era soldado, tirava muito serviço. Então eu tinha que estudar de qualquer jeito. Quem já foi militar sabe do que eu estou falando. Usava meu tempo de descanso para estudar para faculdade quando estava de serviço, e assim eu ia. O plantão era de 24h, no início tirava uns 3 ou 4 por semana. Não deixava a peteca cair, em 5 anos de faculdade, nunca fiquei de recuperação uma vez se quer.
Quando comecei a estudar para concurso, deu uma aliviada no trabalho, pois já era um pouco mais antigo(os milicos vão entender), e a faculdade estava mais tranquila também. Então eu focava mais nos estudos do concurso, não era como eu queria, mas fazia o máximo que dava. Trabalhava das 7h30 às 16h em horários normais de expediente, ia pra casa, comia algo e tinha que estar na faculdade às 18h30, nesse intervalo não conseguia estudar muito. Só estudava depois da faculdade, lá pelas 23h quando chegava em casa.
Um fator trágico que me favoreceu, foi a pandemia, pois as aulas se tornaram online, então eu aproveitei muito esse tempo para pode estudar no horário da faculdade. Até mesmo no horário de aula, deixava rolando e continuava estudando, mas não deixava de fazer provas e trabalho. Era um “se vira nos 30” literalmente. Outra coisa também, foi o fato de ser organizado e disciplinado, mesmo não querendo fazer, eu fazia mesmo assim. Isso foi um ponto crucial na caminhada.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Victor: Esse é meu primeiro concurso como aprovado, com o resultado definitivo, estou em 16° para o cargo de agente da PCRO.
Venho de reprovações como: PF/21; PCDF/21; PCAM/21.
Com possuo bacharelado em direito e tenho essa aprovação, continuarei estudando sim, e vou focar meus estudos para o cargo de delegado da PF.
Meu objetivo principal mesmo é POLÍCIA FEDERAL, quero atuar no COT. Não vou parar até conseguir.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Victor: Mantinha uma vida social mínima. Eu sabia que precisa sacrificar momentos e prazeres imediatos por algo maior. Tenho isso comigo até hoje, pois não parei.
Durante meus estudos, eu evitava sair com meus amigos, era raro quando eu saía, alguns não entendem o propósito e se afastam. Eu não estudava em casa, locava uma cabine de estudos, então passava o dia praticamente fora, quase não via ou estava perto da minha família. Minha rotina se baseava em trabalhar, estudar e treinar. O meu lazer era o treino. Gosto muito de correr e lutar.
Redes sociais, se você não tiver controle e disciplina, você perde o foco. Então eu usava de maneira que vinha somar no meus estudos. Seguia perfis e concursos, conteúdos e questões. Silenciava perfis pessoas e assim o que tinha o meu feed era só coisa de concurso e algo do tipo. No mês da prova eu desativei minha rede social até que eu fizesse a prova. Isso ajudou a ter foco. Você se torna refém daquilo que não consegue abrir mão. Desativar o perfil ajudou muito.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Victor: Não sou casado nem tenho filhos. Quando comecei meus estudos em 2020, eu namorava, foi bem tenso no começo desse ano, pois vivia uma crise no namoro e isso fez com o que terminássemos e me atrapalhou muito. Eu perdi meu foco e desandei por uns 4 meses. Recuperei-me e voltei para luta.
No começo de 2022 conheci minha atual namorada, na verdade, eu já sabia quem ela era, pois eu a via de longe no mesmo cursinho que eu fazia (em 2020), porém nunca conversamos, mal sabia que dois anos depois estaríamos juntos. Em 2022 eu já estava num ritmo bom de estudos, ela também já estudava, então ela sabia como era a batida e sempre me apoiou.
Com relação à família, é complicado. No começo todos falam que você está estudando demais, que não faz nada e que só estuda. Como se estudar fosse nada. Coisa de toda família que não vive a realidade do concurseiro, mas isso nunca me abalou. Isso me motivava era mais. Minha irmã sempre tirava onda falando que eu só estudava e só reprovava, era chacota. Hoje, eu acho que ela engoliu todas as piadinhas.
Enfim, toda família tem esses problemas, o importante é não levar para o coração e usar isso como motivação para perseverar. Saiba que muitos não vão te apoiar, principalmente aqueles que você mais espera que te apoie.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Victor: Eu já tinha uma bagagem boa com as reprovações e antes do edital da PCRO sair, eu já estava estudando as matérias essenciais de todo concurso de carreira policial. Comecei a direcionar após o edital, então eu julgo que aproximadamente 4 meses de forma específica. Lembrando, eu já tinha bagagem e já tinha visto muita coisa que tinha no edital.
No que se refere a disciplina, nunca foi problema. Sempre fui militar, então fazer o que tem que ser feito mesmo quando não se quer fazer, não era um problema. Sempre fui obcecado pelo resultado e tive compromisso com meu propósito. Acreditei que era possível e fiz que precisava ser feito.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Victor: Meus estudos foram todo em cima dos PDFs. A vantagem do PDF é que ele te faz ganhar tempo que a videoaula não faz. Entretanto, acredito que a grande maioria dos concurseiros iniciantes começam pela videoaula. Para um primeiro contato, é muito bom. Depois que pega o jeito, PDF é o canal, pelo menos para mim deu certo. Porém cada um é cada um.
É importante que você tenha um material direcionado, não precisa ser o mais caro, o que você puder custear. Um site de questões. Um plano de simulados, se não puder comprar um. O Estratégia tem. Um curso de redação, se não puder custear, o Estratégia tem também.
É simples, PDF + questões (bom que tenha uma plataforma de questões pois ajuda muito) + revisão.
É o que eu chamo de processo jesuítico: Repetição com correção até a exaustão, leva à perfeição.
Você nunca perde em estudar, não vejo como desvantagem, mas esse processo é demorado e muitos desistem porque não têm paciência e não entendem que não é fácil. Há as exceções, os fora da curva que aprendem muito rápido e possuem um desempenho muito bom. Não se compare, tudo no seu tempo. Deus tem o melhor pra você.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Victor: Procurei na internet quais os cursinhos para concurso mais bem avaliados. Estratégia é forte na questão de PDF. Muito completo. Além disso um amigo que já estava estudando, compartilhou comigo para eu ver como era e etc. Hoje ele é PRF. Um abraço meu parceiro Douglas Pacheco. Você fez parte disso.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Victor: Era o material do cursinho presencial mesmo, elaborado pelos professores. Não havia nada que me incomodava, eu só sentia que não estava absorvendo de fato, pois o forte era a videoaula. E como eu estava no começo, achava que não estava aprendendo.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Victor: Sim, os PDFs são bem completos e seguidos de questões. A plataforma é bem intuitiva e organizada por cursos, matérias e etc, isso agiliza o processo. Se eu tivesse alguma dúvida, eu assistia a videoaula que estava no mesmo lugar do PDF, então não tinha muita dificuldade. A questão da objetividade dos PDF foi um diferencial, conteúdo direto e objetivo.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Victor: Estudava por ciclos. Para minha realidade era o que funcionava. Eu separava duas matérias principais por dia, sempre tentando adequar uma matéria de fácil entendimento e uma mais difícil. Das duas, sempre começava pela qual eu gostava menos. Separava cerca de 1h40 a 2h por matéria, variava muito. Antes de começar a estudar, eu fazia uma revisão geral por flashcards, depois, a depender da matéria, 40min a 1h de teoria e o que sobrava, eu fazia de questões, mas sempre uns 20 minutos de questão no mínimo.
Fazia certa de 3h30 a 4h por dia. Nunca é exato, mas me esforçava para manter esse padrão, pois na sua grande maioria, era o tempo que eu tinha. Nos finais de semana, aumentava um pouco. Na reta final, eu pedi férias, então eu tinha o dia todo, mas não estudava o dia inteiro, fazia por volta de 5h a 6h líquidas. Nunca fui aquele estudando que conseguia fazer 8h, nunca fiz isso. Chegava num momento que minha cabeça não raciocinava mais. Quando isso acontecia, eu parava de imediato e procurava outra coisa pra fazer e não ficar perdendo tempo sabendo que não estava aprendendo.
Acredito que o concurseiro deva começar com poucas horas, 1h30/2h e ir aumentando aos poucos conforme seu rendimento. JAMAIS comece querendo fazer 8 horas, isso não é parâmetro, o que manda é a constância. Muito vale 2h diárias bem feitas do que 8h mal feitas, não da pra fazer 8h todo dia, não pra mim.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Victor: Eu usava uma planilha só para registrar meu estudo e ela marcar minhas revisões, foi a melhor forma que eu encontrei de revisar. A revisão era precária, não fazia mais que 15 minutos, as vezes o dobro por conta de outras matérias que precisava rever.
No começo eu fazia resumos escritos conforme ia assistindo as videoaulas. Quando fui pro estudo de PDF, eu apenas grifava o que eu julgava importante, e revia os grifos nas revisões. No pós-edital, eu focava mais em questões. Dependendo do meu rendimento, eu revia o pdf e etc.
Usava um aplicativo muito bom de flashcards, foi fundamental também.
Simulados são essenciais para testar seu rendimento e mapear seus erros. Simulado é o seu treino pro grande dia, quantos mais treinos fizer, melhor. Serve muito para você enxergar o assunto que você está errando mais, e saber o que está melhor. Isso te ajuda a se organizar em relação a quais matérias você precisa investir mais horas e fazer mais questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Victor: Tem gente que fala que da para se preparar sem questões. Eu discordo, porque ninguém vai para uma competição de luta sem antes ter saído na porrada no treinamento. A mesma coisa é o concurso, estudar teoria e não fazer questões, não adianta, vai ficar mais difícil. A questão ajuda você a fixar o que você aprendeu na teoria, ajuda você a revisar também. Eu sempre buscava fazer entre 30 e 50 questões após o estudo do pdf. Na Reta final eu tentei aumentar para 100 por matérias. Aquelas que eu já estava com mais afinidade e que tinha maior quantidade no meu certame.
Eu devo te feito umas 15 a 22 mil questões, desde que iniciei meus estudos em 2020. Isso porque demorei a entender a importância de se fazer. Penso que poderia e deveria ter feito muito mais.
Caro concurseiro iniciante, FAÇA QUESTÕES. Não negligencie essa parte.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Victor: Nunca gostei de exatas. Estatística para mim é um problema, e continua sendo, como era só apenas 5 questões no meu certame eu abri mão.
De início, tive muita dificuldade com contabilidade, mas a repetição foi deixando isso mais claro. De tanto ir revendo e repetindo, foi clareando aos poucos. RLM é um problema atual, mas continuo revendo e revendo até ir ficando claro.
Se você tem alguma dificuldade, busque outras fontes, outro professor, outra forma de entender, não se prenda só ao que você tem. A repetição é necessária, faz uma, duas, três, infinitas vezes até entender. Aprenda a suportar o processo.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?Victor: Na semana da prova, como é normal, o concurseiro fica muito ansioso, a sensação de incerteza faz parte. Mas se você fez o que tinha que ser feito, consegue buscar um pouco de calma. Trabalhei muito minha mente para essa semana, busquei controlar minha emoção. O controle das emoções é muito importante na hora da prova. Acredito que 70% seja a mentalidade e 30% aquilo que você estudou de fato.
Busquei dar mais ênfase nas questões, então eu ia na plataforma de questões como o QC e filtrava pelos assuntos que mais caía e questões mais atuais da banca CESPE que era do meu certame. Aquele tempo de estudo que eu fazia nos ciclos, fazia só de questões e ia alternando nas matérias.
No pré-prova e ideia é de descanso, mas um descanso ativo. Eu me programei para assistir o a revisão de véspera do estratégia, ajuda demais, pois te faz lembrar detalhes importantes além de darem algumas questões que com certeza estarão na prova, sempre tem.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Victor: Eu assinei um curso a parte do Estratégia, específico para redação. Essa parte não pode ser negligenciada de nenhuma forma, afinal foi ela que me deixou em 16° colocado. De 100 pontos, eu fiz 96. Isso mostra que discursiva é um ponto de suma importância. A leitura é essencial, não apenas nos estudos, mais leitura de mundo, de deferentes fontes. Isso te ajuda a ter vocabulário e acervo de conteúdo. Aconselho que faça sempre uma redação na semana, não precisa ser junto com simulado. Se o seu edital não estiver aberto, faça uma toda semana, se não tiver o cursinho, peça pra alguém ler e ir te auxiliando no que pode ir ajustando e etc. Faz toda a diferença. Se o edital estiver aberto, é importante que faça junto do simulado para você ir percebendo o tempo que gasta, se é melhor começar fazendo a redação ou a objetiva, isso só você pode saber o que fica melhor. O cursinho de discursiva a parte foi muito importante também. Vale a pena o investimento.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Victor: Estou aguardando a data do TAF. Sempre pratiquei esportes e atividade física no geral, então faz parte da minha vida. Não é um problema. Começarei a me preparar para o psicotécnico só para ter mais segurança.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Victor: Principais erros foram:
– Desacreditar que é possível nos momentos de dificuldade, o que mudou isso foi ver pessoas do meu ciclo sendo aprovadas. Meu amigo de trabalho Jessé que hoje é delegado no Pará. Meus amigos Bruno e Douglas que são PRF’s, outros da salinha de estudos, como o Matheus Batisti que passou pra chefe de cartório, Otniel para procurador do AM. Pessoas do meu convívio diário que conseguiram, mostraram que era possível pra mim também.
– Comparar minha vida com as dos outros, principalmente aqueles que já passaram ou estavam passando em concursos almejados.
– Pensar que há um jeito certo de estudar e achar que o meu jeito estava errado.
– Ser imediatista demais, querer as coisas para ontem.
O principal acerto foi essa aprovação, claro, seguido de muita disciplina e constância.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Victor: Se eu falar que não, estaria mentido. Já passou pela minha cabeça se era isso mesmo que eu deveria fazer.
O concurseiro se sente o ser mais sem valor do mundo quando não está rendendo como gostaria, pois vê os demais passando, alguns deles com menos tempo de estudo e etc. Particularmente, eu sabia que em algum momento começaria dar certo. Sempre crente em Deus e confiei a Ele, Ele deva a oportunidade todos os dias, de acordar, de poder trabalhar e custear meus estudos, eu só precisava fazer minha parte, e eu fiz.
Eu sou muito competitivo, e se eu falo que eu vou fazer uma coisa, eu só paro quando faço. Decidi estudar, então era ATÉ passar e não PARA passar. O fato de eu saber que se eu desistisse, daria razão para quem estava contra mim, não me descia. Eu usava toda energia negativa como motivação para continuar no processo não parar. Paulatinamente eu estava lá naquela cabine, todos os dias, de segunda a segunda.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Victor: A minha mensagem é: Sejam realistas com vocês mesmos. Tenham poder de decisão sobre a vida de vocês. Não esperem um momento perfeito para começar. O importante é começar, o resto você vai ajustando no caminho. Se você é jovem, tem entre 17 e 20 anos, é a melhor escolha que está fazendo pra sua vida. Esqueça baladas, esqueça amigos e relacionamentos, essas coisas são prazeres imediatos e que sempre vão existir. Quando eu falo pra esquecer, digo que essas coisas não devem ser prioridade na vida de vocês. Saibam o que realmente importa e que vai dar resultado e com certeza eu nunca vi alguém que optou por estudar não ter resultado, isso é tão certo como a morte. Temos muitos exemplos hoje. Então jovem, foque em você, na sua vida, na sua carreira que as outras coisas virão automaticamente sem você fazer quase nada de esforço. Tenha bem definito um objetivo, trace metas e trabalhe duro. Todo esforço será recompensado, isso é fato.
Se você que já um pouco mais velho(a) e alguns eu sei que já tem filhos, família e tal e quer mudar de vida, o que eu posso te dizer é que a vida é injusta mesmo, não existe aquele mundo de fadas. Para você, meu amigo(a), mas ser mais difícil sim, mas isso não pode ser um motivo impeditivo para alcançar seus sonhos. Nunca é tarde para começar a estudar. Sua mulher ou seu esposo, seus filhos(a), essa batalha passa a ser por eles também, por um futuro melhor para eles. Vai ter que ficar acordado de madrugada, acordar mais cedo, vai ter um curto tempo pra estudar, mas estude, não espere um tempo perfeito porque não vai haver. A oportunidade é um cavalo selado, ela passa só uma vez. Quando passar, agarre com todas suas forças. É sobre fazer o melhor com o que você tem e não o possível.
Agora para todo mundo. Tudo que merece ser feito, precisa ser bem feito. Se você optou por essa vida, saiba que ela vai ser tudo menos fácil. Você vai chorar, vai comer mal, vai dormir mal, vai ter mais momentos ruins do que bons. Não é sobre deixar de viver, é sobre saber fazer sacrifícios de coisas momentâneas e priorizar a sua vida o seu futuro. Saiba disso. Se você confiar, acreditar no processo, ter compromisso com o seu propósito, ter disciplina e constância acima de qualquer coisa, não tenha dúvidas que você irá prosperar com toda a certeza. Profissionalize seus estudos e trabalhe duro.
O método nunca mudou e nunca vai mudar. É sentar a bunda na cadeira e estudar. Não tem atalho, não tem plano de passe em 2 meses e etc. Sejam realistas. SENTA E ESTUDA. Seu maior concorrente é você.