Aprovado em 1° lugar no concurso PEFOCE no cargo de Auxiliar de Perícia

“Não se limite, não espere o melhor momento, as melhores condições. Esqueça a autopiedade, estabeleça metas, trace os objetivos, vá e faça… o tempo é agora. Entenda que o medo, a decepção, a frustração e outras coisas ruins existem e só você pode enfrentar. Lute, ESTUDE!!”
Confira nossa entrevista com Raphael Bessa, aprovado em 1° lugar no concurso PEFOCE no cargo de Auxiliar de Perícia:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Raphael Bessa: Meu nome é Raphael Bessa, tenho 38 anos, natural de Fortaleza- CE. Sou formado em Economia Doméstica pela Universidade Federal do Ceará.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Raphael: Sempre vi no concurso público a possibilidade de mudança de vida e estabilidade.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Raphael: Meu plano era ficar, no máximo, 3 anos na PM CE, mas me acomodei, relaxei. Sempre trabalhei na rua: muito perigoso, desgastante e o trabalho de escala (12×24/ 12×48) mexe muito com meu relógio biológico, deixa sem noção de tempo, prejudica o sono e alimentação. Ainda faço extras aqui na polícia para complementar minha renda. Quando estou de folga, cuido dos meus filhos para que minha companheira possa trabalhar.
Estava extremamente difícil estudar e mesmo antes dos filhos não conseguia. Então percebi que meu problema para estudar não estava no trabalho, nem nos filhos, muito menos no tempo. Estava em mim!!!! Sempre procurei o momento ideal para retornar aos estudos: lugar perfeito, tempo ilimitado, não estar cansado física e mentalmente, não ter dívidas e preocupações. A
lém disso, ficava me comparando com outras pessoas que diziam que estudavam 4, 5, 6, 7 horas ( ou mais) por dia. Sempre me inscrevi em concursos, começava a estudar e, pelos motivos citados, desistia, me frustrava, gerando descrença em mim e na minha família.
Como disse: o problema era eu!!! Entendi que o momento e o lugar ideal não existem. Que os problemas não sumiriam e que meus concorrentes não parariam de estudar. Resolvi mudar de postura e “jogar com as cartas” que tinha. Primeiro troquei minha escala e passei a trabalhar só à noite e isso foi até mais fácil, pois ninguém gosta de passar uma noite acordado, quem dirá duas.
Isso faria com que eu acostumasse meu corpo a ficar acordado à noite, pois o horário que eu tinha para estudar em casa seria quando meus filhos estivessem dormindo e também poderia continuar tirando minhas extras que na PM vão até meia-noite, no máximo.
Aproveitei as madrugadas para estudar. Além disso, qualquer tempo que eu tinha livre, por exemplo nas folgas da minha mulher, revisava e fazia muitos exercícios. Qualquer 10 ou 15 minutos livres serviam para ler ou tirar dúvidas.
Dormiria pela manhã, já que nesse horário minha mulher estaria em casa. Quanto aos concorrentes, passei a não vê-los dessa forma e não me preocupar como estudavam. Entendi que concurso você deve estabelecer uma meta para atingir e chegando nessa meta não importa os outros, pois será suficiente para passar. Agora só faltava decidir qual concurso fazer, já que PF, PRF e DEPEN, tinha me inscrito e , para variar, não fui fazer a prova.
Foi então que surgiu a PEFOCE. Busquei informações sobre o trabalho, serviço e escala e vi que lá teria condições melhores para continuar estudando e buscar algo maior. Só fui me inscrever nas últimas semanas e tinha pouco tempo para estudar, mas estava decidido.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Raphael: Em 2008 fiz concurso da Polícia Militar do Ceará, na época era um projeto de governo chamado Ronda do Quarteirão. Projeto inovador e bastante divulgado que visava implantar a Polícia Comunitária e, assim, mudando o paradigma do trabalho policial. Essa proposta atraiu muitos jovens. Prestei concurso, fui aprovado e terminei o curso de formação em 2009. Sendo nomeado em junho daquele ano. Já estou há 12 anos nesta profissão.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as)?
Raphael: Quando saiu o resultado… (pausa para emoção e coração acelerado), vi que tinha conseguido o primeiro lugar para o cargo que me inscrevi… (mais emoção). A sensação é de conquista e alívio. É muito bom ver que realmente sua dedicação funciona, se você quiser e estiver disposto.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Raphael: Tenho uma companheira e com ela 4 filhos: 2 meninas (uma com 10 e outra com 5 anos) e 2 meninos (gêmeos com 3 anos). Minha família nunca gostou da ideia de eu ser PM. Não era nada contra a profissão, no entanto temiam pela violência e condições de trabalho.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é e se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo).
Raphael: Esse concurso não é o que eu almejo, mas ele, na minha vida, será um marco, pois me deu confiança, fazendo surgir em mim uma nova conduta e adotar uma postura para enfrentar as dificuldades e não lamentá-las.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Raphael: Estudei focado por 2 meses, visto que me inscrevi nesse concurso de última hora. Minha meta era estar no Cadastro Reserva, já que para ampla concorrência só tinham 19 vagas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Raphael: Quanto à plataforma de estudo, eu já tinha uma assinatura de outro curso (muito conhecido), mas notei que ele não abrangia o edital de maneira satisfatória. Procurei no site do Estratégia, pois já conhecia, e no site fica disponibilizado o que cada matéria e apostila vai abordar e isso ajudou muito a ver que era realmente o que eu procurava, assim, vi que tinha exatamente o que pedia no edital do concurso.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Raphael: Para estudar, dividi as matérias em blocos: matéria que eu tinha pouco conhecimento e/ou específica da área com mais duas ou três matérias que eu já tinha um maior domínio. Também trazia no meu celular muitos “prints” da tela dos materiais PDF e ,sempre que tinha tempo, fazia rápidas e curtas revisões.
Além disso, gostava (e gosto) muito das apostilas do Estratégia, pois abrangia todo o assunto, são didáticas, têm muitos exercícios e com isso não perdia o pouco tempo que tinha procurando outras fontes. Por exemplo, Química, uma das matérias cobradas, eu tinha dificuldades, pois fazia tempo que não via e o PDF me ajudou muito com explicações, exemplos e os exercícios resolvidos. Como não tinha tempo para fazer meu resumo, aproveitei o do PDF.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Raphael: A prova discursiva foi um pouco diferente do que é cobrado em concursos, que geralmente é uma redação dissertação. Eram duas perguntas sobre qualquer matéria prevista no edital e a resposta deveria ser a mais direta possível. Eu me preparei escrevendo sobre o que estudava e quando não estava em casa e não podia estudar, eu mentalizava a redação, assim ajudava a revisar.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Raphael: Meu maior erro na minha preparação foi a autossabotagem: me limitava, criava medos, tinha receio das decepções por ser reprovado e me frustrava.
Meu maior acerto foi tomar consciência do meu erro e perceber que ninguém iria fazer nada por mim e somente eu poderia mudar isso. Também sabia que não seria fácil, porque mudança de postura sem atitude não serviria. Sair da zona de conforto é doloroso.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Raphael: Meu conselho: Não se limite, não espere o melhor momento, as melhores condições. Esqueça a autopiedade, estabeleça metas, trace os objetivos, vá e faça… o tempo é agora. Entenda que o medo, a decepção, a frustração e outras coisas ruins existem e só você pode enfrentar. Lute, ESTUDE!!
Do Policial, Pai, endividado, mas feliz concurseiro e aprovado: Raphael Campos Bessa