Aprovado em 1° lugar no concurso EMATER-DF para o cargo de Assistente Administrativo
Concursos Públicos“Acredito que pensar no concurso como uma fila é essencial para manter a motivação durante os estudos, pelo menos foi assim para mim […]”
Confira a nossa entrevista com Pedro Rezende Catelli, aprovado em 1° lugar no concurso EMATER-DF para o cargo de Assistente Administrativo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Pedro Rezende Catelli: O meu nome é Pedro Catelli, atualmente curso Gestão Pública, tenho 21 anos e sou natural de Brasília.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Pedro: Após me formar no Ensino Médio, assim como muitas pessoas, fiquei perdido na hora de decidir qual curso fazer. Por isso, seguir carreira no serviço público me pareceu uma boa escolha, pois há uma diversidade enorme de áreas de atuação e é possível já começar ganhando salários elevados. Além disso, a ideia de ter estabilidade e inúmeros benefícios também me atraiu.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Pedro: Não. Graças a Deus, tive condições de me dedicar exclusivamente para concursos públicos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Pedro: Fui aprovado dentro do cadastro de reserva do último concurso da EBSERH e, logo em seguida, aprovado em 1° lugar para Assistente Administrativo na EMATER-DF. E, sim, pretendo seguir estudando para cargos mais altos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Pedro: Conseguia conciliar os dois muito bem. Estudava de segunda a sexta sem parar e também no sábado de manhã. À noite, aproveitava para sair com amigos e aos domingos, eu reservava para ficar com a família.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Pedro: Na minha família, há muitos servidores públicos, que me apoiaram em todo o processo. Além disso, vários dos meus amigos apoiaram a ideia e me ajudaram de alguma maneira.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Pedro: Para o concurso da EMATER-DF, em específico, foram mais ou menos 5 meses. No entanto, já estudava há mais de 1 ano e meio. Desde o início, entendi que concurso público é projeto de médio a longo prazo. Então, mesmo quando eu reprovava em alguma prova, tentava ver se meu desempenho havia melhorado em relação a prova anterior e, caso sim, apegava-me a essas pequenas vitórias.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Pedro: Meu estudo foi, majoritariamente, por videoaulas. Gosto delas, pois permitem que eu tenha uma visão holística da matéria. Os professores sempre se preocupam em conectar os conteúdos já estudados. A desvantagem é o tempo necessário para fechar a matriz da matéria. Porém, aumentando a velocidade das aulas, eu consegui contornar isso facilmente.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Pedro: Um familiar teve uma grande aprovação e seu estudo foi majoritariamente pelos PDFs do Estratégia. Logo em seguida, constatei que quase sempre os candidatos bem colocados eram da empresa também. Portanto, não tive escolha a não ser migrar para o Estratégia.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Pedro: Sim. Eu comecei o meu estudo para concursos com um cursinho presencial e, logo em seguida, passei a usar outros materiais. O que mais me incomodava durante os estudos, era a extensão dos PDFs, que muitas vezes incluíam pontos não essenciais para a prova. Isso gerava uma grande frustração, pois eu investia tempo aprendendo esses conteúdos, mas depois não via aplicação nenhuma nas questões. Cheguei a achar que a culpa era minha, mas com o tempo, percebi que esse era um erro estrutural do material que eu estava utilizando. Foi aí que decidi me reorganizar e migrar para o Estratégia, que é mais focado e objetivo.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Pedro: Fiz vários concursos estudando por outros materiais, mas nunca acertava o suficiente para ser aprovado, principalmente por causa de disciplinas como Administração Geral, Arquivologia e Administração de materiais. Na minha opinião, os melhores para ensiná-las são os professores Stefan e Ricardo Campanario.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Pedro: Senti uma grande diferença. Com menos de 1 ano de Estratégia, consegui ficar em primeiro colocado em um concurso. O grande diferencial, é o domínio dos professores sobre a matéria aplicada a concursos e a forma de cobrança de cada banca. Eles ensinam o conteúdo de maneira detalhada, mas apenas o necessário, além de abordar possíveis erros de interpretação das bancas. Assim, mesmo que a banca cometa erros, aprendemos a acertar as questões, pois no final das contas, é o que importa.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Pedro: Eu montava um plano priorizando ver cada matéria pelo menos duas vezes por semana e aumentava a frequência para aquelas em que eu tinha mais dificuldade. É claro que um plano inicial nunca é perfeito, então ajustes ao longo do tempo são necessários. O meu ritmo de estudo era de seis horas líquidas por dia, distribuídas em sessões de uma hora para seis matérias diferentes. Essa abordagem me ajuda a memorizar melhor e a estudar um pouco de cada vez. Quando foco em uma única matéria por longos períodos, percebo que a minha concentração diminui com o tempo.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Pedro: Para as minhas revisões, considero essencial já fazer um resumo à mão enquanto vejo o material pela primeira vez. Embora muitos recomendem apenas grifar, prefiro escrever meu próprio resumo. Utilizo a técnica de revisar o conteúdo 24 horas depois, depois de 7 dias e, por fim, após 30 dias, o que funciona muito bem para mim. Sempre que fazia questões e encontrava informações novas, complementava o meu caderno com setinhas e observações. Da mesma forma, quando identificava anotações irrelevantes para a prova, eliminava-as. Consegui concluir quase todo o conteúdo com cerca de 3 semanas de antecedência, o que me permitiu focar apenas em releituras e no meu caderno de erros.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Pedro: Resolver questões é, para mim, a parte mais importante do estudo. É claro que não é possível acertar questões sem antes construir uma boa base teórica. No entanto, assim como um corredor não treina para uma maratona apenas estudando as melhores técnicas de corrida, um concurseiro não deve focar exclusivamente na teoria. O verdadeiro treino está nas questões, pois são nelas que se resume toda a preparação. No final, quem passa é quem acerta mais questões. Acredito que o meu maior diferencial para ter conquistado o primeiro lugar foi resolver todas as questões disponíveis da banca para os conteúdos específicos da prova. Fiz mais de 500 questões de Administração Geral, mais de 500 de Arquivologia e assim por diante para as matérias essenciais.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Pedro: As minhas maiores dificuldades estavam na extensão do conteúdo de Administração Geral, que exige o domínio de inúmeros termos, muitas vezes semelhantes. Além disso, doutrinadores usam, muitas vezes, as mesmas palavras para conceitos diferentes, o que nos obriga a compreender e não confundir na hora da prova. Outro desafio eram as questões de interpretação de texto, já que nem sempre as bancas são justas. Para contornar isso, resolvi muitas questões específicas da banca, buscando entender sua lógica e forma de pensar.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Pedro: A minha rotina de estudos foi de foco total até a metade do sábado, véspera da prova. Até esse momento, dediquei-me intensamente, revisando os meus resumos, assistindo às Revisões de Véspera do Estratégia e aproveitando todo o material disponível. Porém, a partir do sábado à noite e domingo de manhã, mantive a calma, confiando na minha preparação. Sabia que tinha feito tudo o que podia e que, naquele ponto, restava apenas rezar e enfrentar a prova com tranquilidade.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Pedro: Desde a abertura do edital até a data da prova, eu fazia, no mínimo, duas redações por semana. Baseava-me em questões antigas da banca e também pesquisava temas de outras bancas que considerava similares à do meu concurso. Não eram redações de atualidades, mas de conteúdo específico, no caso, Administração Geral. Adotei uma estratégia um pouco cansativa, mas muito eficaz: sempre que identificava dificuldade em algum ponto durante o estudo da teoria, eu me obrigava a fazer uma redação sobre aquele tema. Essa abordagem não apenas me ajudou a acertar mais questões objetivas, mas também a desenvolver melhor meus argumentos. Afinal, ao conseguir estruturar os temas mais difíceis, os mais fáceis se tornam ainda mais simples de abordar.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Pedro: Eu acredito que o meu principal erro, foi não definir uma área de foco logo no início. Comecei estudando para o Banco do Brasil, mas não fui aprovado. Depois tentei o INSS, também sem sucesso e, em seguida, passei meses me preparando para o PROCON, mas novamente não fui aprovado. Nesse período de quase oito meses, precisei dominar conteúdos bancários, de Direito Previdenciário e de direito do consumidor, mas acabei não aproveitando esses conhecimentos em provas futuras. Essa abordagem me fazia recomeçar como iniciante a cada novo concurso. Quando finalmente entendi isso, decidi focar nos concursos administrativos. Após cerca de 5 provas, nas quais percebi uma melhora constante nos resultados, obtive boas conquistas: a aprovação no Cadastro Reserva da EBSERH e, posteriormente, o primeiro lugar na EMATER-DF.
O meu maior acerto nos concursos foi entender, desde cedo, que o segredo está na realização de muitas questões. Muitas mesmo. Acredito que um concurseiro experiente, mesmo em matérias que não domina, consegue perceber nuances no enunciado — como o tipo de palavras usadas ou a forma como a frase é estruturada — que ajudam a identificar se uma questão está certa ou errada. Não digo que isso funciona para uma prova inteira, mas, em alguns momentos, pode fazer a diferença.
No meu caso, por exemplo, na prova da EMATER-DF, respondi praticamente todas as questões com confiança, exceto duas. Em uma delas, estava em dúvida entre a alternativa A e a C. Refleti sobre como resolver sem conhecer o conteúdo e percebi que a alternativa C mencionava um prazo, algo em que examinadores frequentemente colocam ‘cascas de banana’. Por isso, optei pela outra alternativa e acertei a questão. Essa experiência, sem dúvida, foi um diferencial para mim.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Pedro: Não. Desde o início, entendi que concurso é como uma fila: se você estuda menos horas por dia, pode até andar um pouco mais devagar do que quem estuda mais, mas ainda assim estará avançando, e sua vez chegará. A única forma de sair dessa fila é desistindo. Com esse pensamento, nunca me permiti sequer considerar a ideia de desistir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Pedro: Acredito que, pensar no concurso como uma fila é essencial para manter a motivação durante os estudos, pelo menos foi assim para mim. Além disso, eu aconselharia que, desde o primeiro dia de preparação, o concurseiro, mesmo que tenha lido apenas uma página de PDF, já tente realizar uma questão sobre aquele tema. E a partir daí, não pare de resolver questões, exceto nos dias de descanso. Um ponto crucial, que não está diretamente ligado à prova ou ao conteúdo, é a prática de exercício físico. Nós, concurseiros, passamos muito tempo sentados, às vezes em quartos sem luz solar, lidando com altos níveis de insegurança e ansiedade. O exercício físico diário, seja na academia ou praticando algum esporte, é essencial não só para garantir a saúde mental, mas também para nos preparar para uma jornada de longo prazo, que pode durar anos. Algumas pessoas chegam a se tornar juízes após muitos anos de estudo e de concursos e, isso só é possível, com a preparação constante e saudável.