Aprovado no Concurso da PRF em 57° lugar e da PF em 476° lugar no cargo de agente

“Uma maratona começa com um único e simples passo. Tenha foco, disciplina e persistência. Não desista!”
Confira nossa entrevista com Maurício Martins, aprovado no concurso da Polícia Rodoviária Federal em 57º lugar e da Polícia Federal em 476º no cargo de agente:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Maurício Martins: Meu nome é Maurício Martins, moro na cidade de Poá/SP, tenho 39 anos e sou bacharel em música com habilitação em trombone baixo pela Faculdade Santa Marcelina em SP. Atualmente, toco na Orquestra do Theatro São Pedro, a orquestra de ópera do Estado de São Paulo.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Maurício: Em 2017, eu já tinha 17 anos no meio musical e achei que era hora de mudar de área profissional, dar uma virada na vida e ter um trabalho menos instável do que a cultura. Então, achei que concurso público seria o mais interessante, porque seria algo que só dependeria de mim – assim como foi na música. Era uma questão de me trancar em um canto na minha casa, estudar, ter foco, paciência e disciplina; tudo o que precisei para me tornar músico profissional. Escolhi a área policial pela possibilidade de trabalhar na rua, fazer investigação, combater o crime, etc.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Maurício: Antes da pandemia de Covid-19, eu trabalhava 4h/dia e estudava de 4h a 6h líquidas por dia. Durante a pandemia, o Theatro foi fechado e fiquei quase 1 ano e meio sem me apresentar. Por conta disso, passei a me dedicar exclusivamente para os concursos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Maurício: Começando pelos concursos nos quais não fui aprovado, foram: Abin/2018 e PF/2018. Recentemente, fui aprovado nos concursos da PRF/2021 (57°) e PF/2021 para o cargo de agente (476°).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Maurício: A sensação é de alívio, dever cumprido e de que tudo valeu a pena. Dá vontade de chorar, gritar, pular, ligar para todo mundo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Maurício: Normalmente, eu já não sou de ficar saindo muito. E ainda levando em consideração o isolamento social, eu saía menos ainda. Se eu precisasse sair, garantia que tinha cumprido minha meta diária, nunca deixava para depois. Sempre encarei meus estudos (para concurso ou música) como se fosse um trabalho. Na pandemia, normalmente, era das 7h às 17h, 6 dias/semana, às vezes 7.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Maurício: Sou casado, tenho uma filha de 9 anos, uma enteada de 22 anos e um enteado de 20. Minha esposa sempre me apoiou e me incentivou em todas as fases dos concursos: nas provas objetivas e discursivas, TAF e avaliações médicas, e isso, sem dúvidas, foi fundamental. Meus irmãos e minha mãe também sempre estavam me incentivando durante todo o processo.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é e se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo).
Maurício: Eu acho que vale muito a pena escolher uma área e estudar as matérias básicas. A partir daí, ir fazendo todos os concursos na área escolhida que forem possíveis, até chegar ao seu objetivo. Eu fiz assim: comecei estudando para PCDF, mas fechei as matérias básicas primeiro e depois fui incluindo as matérias específicas para cada concurso que eu me inscrevia e era suspenso por causa da pandemia. No final, estava inscrito: na PCDF (agente e escrivão), DEPEN, PRF e PF. Só consegui fazer as provas da PRF e PF (que sempre foi meu objetivo), mas essa bagagem toda me dava confiança para qualquer concurso da área policial (exceto perito e delegado).
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Maurício: Estudei por 2 anos e 3 meses, embora também tenha visto matérias para outros concursos. Depois da reprovação na PF/2018, voltei aos estudos em fevereiro/2019 e só parei um dia antes da prova da PF – 22/05/2021.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Maurício: Sim, a maior parte do tempo foi pré-edital (principalmente no caso da PF). Para me manter motivado, eu lembrava o motivo pelo qual tinha iniciado e como seria minha vida quando fosse empossado.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Maurício: Estudei 90% em PDF. Eu usava videoaulas para entender melhor as matérias de exatas – RLM, Estatística, Física – e contabilidade, mas sempre lia os PDFs primeiro. Para as revisões, usava mapas mentais, além dos resumos que já estão nos PDFs, sempre os complementando com algo que eu achava relevante.
A principal vantagem do PDF é o estudo ativo, mas, como desvantagem, pode ser mais lento. Quanto às videoaulas, a vantagem é que é muito bom ver o professor explicando, porém pode ser muito passivo e pouco produtivo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Maurício: No final de 2017 pesquisei no Google: apostilas para concurso público. O primeiro resultado que apareceu foi para um PDF gratuito do Estratégia. Li o PDF, achei excelente e em janeiro/2018 comprei o pacote completo para a Abin. Depois disso, algumas matérias avulsas para a PF em 2018, assinatura ilimitada no início de 2019, vitalícia para concursos em novembro/2019 e a vitalícia carreiras jurídicas em junho/2021 (pretendo iniciar a preparação para delegado da PF). Foram os melhores investimentos da minha vida. Muitas pessoas podem achar que eu gastei muito dinheiro nisso, mas posso afirmar que no primeiro mês de remuneração como agente da PF todo investimento será pago e ainda vai sobrar.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Maurício: Montei meu plano de estudos baseado no ciclo 24 horas/7 dias/30 dias e no início estudava umas 3 matérias/dia. Antes de conhecer esse ciclo, fiz resumos que depois não me serviram para nada. Na fase avançada e na reta final, era só revisão, questões e simulados. No início, eu estudava 4h/dia, e isso foi aumentando até 8h, 10h/dia na reta final. Meu foco era: ler, reler, fazer exercícios e simulados.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Maurício: Tive bastante dificuldade em RLM, estatística e português. Supri essas deficiências dedicando mais horas para essas matérias, além de muitos exercícios e videoaulas.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Maurício: Na reta final, eu aumentei a carga horária; queria revisar o maior conteúdo possível. Na véspera das provas, estudei umas 12h. Descanso só da prova. Quanto mais próximo da prova, mais estudo!
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Maurício: Meu conselho é: aprenda o esqueleto básico com a professora Janaína Arruda; após isso, vá aos PDFs dos professores Marcio Damasceno e Carlos Roberto e faça um esboço de todos os temas; adicionalmente, faça uma redação completa por semana, de preferência com o tema que a professora Janaína coloca semanalmente no telegram e envie para ela (se der sorte, ela corrige ao vivo no YouTube); na reta final assista a todas aulas de conteúdo do professor Rodolfo Gracioli; nos simulados, faça o tema proposto também. Foi assim que eu fiz. Devo ter feito uns 50 esboços e umas 40 redações completas e consegui em torno de 93% da nota máxima nas discursivas da PF e PRF.
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Maurício: Comecei a preparação para o TAF e a avaliação médica em janeiro/2021. Depois da suspensão das provas da PF e PRF (março/2021), parei a avaliação médica, mas continuei firme nos treinos para o TAF. Para o TAF, eu fui a uma academia de crossfit, depois mudei para uma academia de musculação e natação e, aí sim, o professor fez um treino específico para o TAF. Voltei a fazer os exames médicos após as provas escritas.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Maurício: Erros: não ter confiado no ciclo 24h/7d/30d antes das provas da Abin e PF em 2018.
Acertos: ter comprado a assinatura vitalícia; e ter feito adaptações conforme as fases do estudo (inicial, intermediária e reta final).
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Maurício: A suspensão da PF e PRF em março/2021 foi difícil – porque eu me sentia preparado -, mas 2 dias de descanso me fizeram entrar no rumo novamente. Nunca pensei em desistir; desistir me deixa com uma sensação de incompetência e me faz sentir um fracassado, por isso, às vezes, demoro para iniciar algo.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Maurício: O trabalho que a PF faz, a roupa preta, as viaturas e a possibilidade de trabalhar em vários lugares.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Maurício: Meu conselho: imagine-se no cargo dos seus sonhos; o motivo pelo qual você iniciou essa jornada; e as mudanças boas que isso trará a sua vida e daqueles ao seu redor.
Minha mensagem: uma maratona começa com um único e simples passo. Tenha foco, disciplina e persistência. Não desista! Não sou um gênio, nunca fui um dos melhores na escola, mas sempre fui focado, disciplinado e persistente. Se eu consegui, você também consegue! Se você não desistir, nem o céu será o limite!