Aprovado em 203° lugar no concurso SEJUS-ES para o cargo de Inspetor Penitenciário
Concursos Públicos
“[…] talvez o principal conselho que deixaria é tentar mentalizar o seu progresso, a sua nomeação, porque a projeção de tal objetivo, colhendo os frutos de toda a trajetória, com seus entes próximos tão realizados quanto você, é o que fará sentido ao fim de tudo. É isso.”
Confira nossa entrevista com Maurício dos Santos Muce, aprovado em 203° lugar no concurso SEJUS-ES para o cargo de Inspetor Penitenciário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Maurício dos Santos Muce: Sou graduado em Direito, tenho 23 anos e sou de Bom Jesus do Itabapoana-RJ.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Maurício: A vontade e a necessidade de alcançar estabilidade profissional e financeira.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Maurício: Sim, trabalhava e estudava. Durante os dias úteis, separava ao menos duas horas diárias para me debruçar sobre as matérias do edital, e, aos finais de semana, este quantitativo de horas era aumentado.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Maurício: Fui aprovado para o cargo de Agente Administrativo, na Prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana, na 52ª colocação, em 2019, sendo minha atual ocupação. Em 2022, fui aprovado para o cargo de Agente de Suporte Educacional, do Estado do Espírito Santo, mas não tomei posse. E, agora, em 2024, estou em processo de aprovação para o cargo de Inspetor Penitenciário (ainda sem os resultados dos exames psicotécnico e de saúde), do Estado do Espírito Santo, onde me encontro na 203ª colocação.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Maurício: Como não sou muito de festas e afins, minha rotina de estudos não chegou a alterar bruscamente minha preparação para a prova. Então, esporadicamente, saía com amigos e familiares, mas nada muito diferente do que faço fora de época de provas.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Maurício: Sim, todos entenderam. Por se tratar de um objetivo que, em tese, dependeria somente de mim e do meu esforço, estar cercado de pessoas que entendem minha necessidade de abdicações durante a jornada é algo que influenciou positivamente.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Maurício: Para ser sincero, não estudei por tanto tempo para esta prova. Sabendo que as matérias de carreira policial, na imensa maioria das vezes, cobra uma linhagem retilínea de matérias, me inscrevi e, somente com o edital aberto, me preparei.
O fato de ser graduado em Direito, e por ter bom entendimento que fora cobrado no edital, principalmente nas matérias que tão somente exigiam noções, pude aproveitar de uma série de conhecimentos prévios que detinha.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Maurício: Usei de livros em PDF e videoaulas, principalmente as ofertadas pela plataforma.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Maurício: Ao procurar por plataformas de preparação dos diversos concursos que fiz.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Maurício: Sim. As aulas, em conjunto com os materiais escritos, além das questões, foram pontos que me proporcionaram uma boa preparação para a prova.
É de se ressaltar, também, a clareza que a maioria dos professores tem em passar as matérias.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Maurício: Como disse, durante os dias úteis, eram duas horas diárias, sem intervalos. Buscava “eliminar” matéria por matéria, e, enquanto não acabasse com tal disciplina, não passava para outra competência.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Maurício: Minhas revisões eram feitas de forma manuscrita, catalogando os principais pontos da matéria imediatamente estudada. Costumava (1) ler o assunto, de forma “crua”, (2) assistir à videoaula, (3) fazer anotações e, por fim, (4) resolver questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Maurício: A resolução de exercícios é a calcificação de tudo que foi estudado. Retira-se da teoria o conteúdo central e põe-se a prova o que acabou de ser estudado e entendido. Sem questões, erros e acertos, o estudo, a meu ver, se constrói de forma frágil e deficiente, sem a contestação do seu cérebro aos estímulos que acabara de receber.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Maurício: Raciocínio lógico e Informática. Por serem duas matérias que não tenho contato direto (embora, no caso da informática, eu trabalhe diariamente em contato com computador), não tenho conhecimento alargado quanto às teorias.
Para melhorar meu fraco desempenho, repeti a fórmula de estudo, com leitura prévia, videoaulas, anotações e resolução de questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Maurício: Na última semana, agi como durante toda a preparação, com minha rotina de estudos. No último dia, sequer coloquei a mão em materiais de estudo, já que entendia ter estudado o bastante.
Sou adepto a um pensamento de que, durante a realização de qualquer prova, nenhum milagre se operará (com uma aprovação surpresa daquele que não se dedicou minimamente), então fiquei despreocupado, pois sabia que, com o que sabia, possivelmente teria um razoável desempenho.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Maurício: Neste segmento da prova, mais uma vez, minha formação me beneficiou. Por estar em contato diário e direto com leituras relativamente complexas e que demandam atenção, digamos que tive certa facilidade em dissertar.
A estrutura da redação também não foi surpresa, porque, em anos passados, ajudei um irmão e um primo a estudar para o ENEM, me incumbindo de passar o pouco do que sei ao que se refere à redação.
Assim, juntando minha base teórica dos cinco anos de graduação, com a recente experiência de estar em contato com a escrita da redação, não tive grandes dificuldades.
Quanto àqueles que estão a começar a escrever, recomendo que tenham acesso à leitura de periódicos, como revistas e jornais, além de estudar incansavelmente o emprego de vírgulas, crases e, claro, pontuação.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Maurício: Claramente, meu maior erro foi não ter um maior emprego de tempo naquelas matérias que eu, claramente, tenho demasiadas dificuldades.
Meu maior acerto foi saber criar uma boa rotina de estudos mesmo durante o pequeno lapso temporal pelo qual me dediquei à prova.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Maurício: Jamais. O fato de ter em mente que a aprovação neste concurso representaria uma rápida mudança no patamar financeiro que recebo atualmente foi um dos primordiais motivos para prosseguir.
Ademais, a vontade de dar uma melhor condição aos meus pais e irmãos é um dos pontos (se não for o principais) primeiros que me cativam a seguir estudando e relutando.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Maurício: Se posso deixar alguma mensagem a quem está em processo de preparação, diria para persistir e saber trabalhar sua resiliência, pois a aprovação é o fruto de muito esforço e trabalho, embora pareça clichê.
Além disso, o fato de ter em mente um objetivo, uma meta, é algo que precisa nortear sua preparação, pois a caminhada é árdua, e não ter um foco torna fácil a dispersão.
Por fim, talvez o principal conselho que deixaria é tentar mentalizar o seu progresso, a sua nomeação, porque a projeção de tal objetivo, colhendo os frutos de toda a trajetória, com seus entes próximos tão realizados quanto você, é o que fará sentido ao fim de tudo. É isso.