Aprovado no concurso da PF para o cargo de Escrivão
“Não desistam!! O momento de glória chegará. Tenham fé em Deus e mantenham-se firmes e consistentes nos estudos e no propósito de vida. Estou torcendo por todos vocês”.
Confira nossa entrevista com Matheus Nascimento, aprovado no concurso da PF para o cargo de Escrivão:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Matheus Nascimento: Sou formado em Engenharia Mecânica, tenho 27 anos. Moro em Curitiba há quase 20 anos, mas nasci em Resende (RJ).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Matheus: A estabilidade, a insatisfação com a iniciativa privada e a oportunidade de contribuir com a construção de um Brasil melhor.
Estratégia: Por que a área Policial? Tem alguém que te inspirou?
Matheus: Eu escolhi essa área pela admiração e respeito que sempre tive pela Polícia Federal.
Estratégia: O fato de lidar com o crime no dia a dia gerou algum tipo de medo em você ou em sua família?
Matheus: Sem dúvida. Mas eu e minha família entendemos que o risco da violência é algo que infelizmente todos estamos sujeitos no Brasil, independentemente de nossa profissão ou classe social.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava, ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Matheus: Tive o privilégio de me dedicar inteiramente aos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação?
Matheus: Além da PF, fui aprovado no concurso do Tribunal de Justiça do Paraná, em décimo quinto lugar, para o cargo de Técnico Judiciário no ano de 2019. Também fui aprovado para o cargo de Auditor Fiscal da Prefeitura de Curitiba, no cadastro de reserva (138º lugar).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Matheus: Foi emocionante e fiquei muito feliz. Segurei um pouco na comemoração, porque o concurso da Polícia Federal possui várias fases eliminatórias posteriores à prova escrita e a nomeação acontece somente após o curso de formação. Mas é uma sensação maravilhosa ver o nome na lista de aprovados. Senti muita gratidão e felicidade.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Matheus: Sempre tive uma vida social meio restrita, então isso acabou não atrapalhando minha preparação. Por conta da pandemia, eu visitava meus familiares em média uma vez a cada duas semanas, do lado de fora do portão, e as reuniões com amigos foram substituídas pelas videochamadas.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Matheus: Estou solteiro e não tenho filhos. Moro com meus pais, que sempre foram meus maiores incentivadores nessa jornada e me apoiaram emocionalmente e financeiramente para que eu pudesse me dedicar exclusivamente aos estudos.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Matheus: Acho que vale muito a pena fazer outros concursos. No meu caso fui capaz de entender melhor meus pontos fortes e fracos e também aprendi a administrar o tempo de prova corretamente.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Matheus: Estudei quatro meses e meio direcionado especificamente para o edital da Polícia Federal, mas já tinha uma base muito boa de algumas matérias, pois iniciei meus estudos para concursos públicos em fevereiro de 2019. Considerando o tempo total de estudos para concursos, foram dois anos e três meses.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Matheus: Sim, estudei durante a maior parte da pandemia sem edital. Acredito que é importante manter o hábito de estudar sem edital, desde que com uma carga horária menor para evitar um desgaste mental excessivo.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Matheus: O que funcionou melhor para mim, sem dúvida, foram os PDFs. Minha preparação foi baseada em leitura de aulas escritas e resolução de muitas questões. Além disso, também utilizei um site de questões para entender como a banca Cespe cobra os assuntos presentes no edital.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Matheus: Conheci o Estratégia ainda em 2019, por meio da internet, ao longo dos meus estudos para o Tribunal do Justiça do Paraná.
Estratégia: Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Matheus: Eu estudava de três a quatro horas diárias, de segunda a sábado. Procurava separar entre uma hora e uma hora e meia por disciplina, para dar tempo de ler os PDFs e resolver as questões. Geralmente estudava três disciplinas por dia, algumas vezes quatro. E costumava separar por áreas diferentes, por exemplo: segunda estudava português, direito administrativo e Informática, terça Direito Constitucional, Raciocínio Lógico e Arquivologia, e por aí vai. Acredito que o rendimento é melhor dessa forma, estudando áreas diferentes todos os dias de maneira consistente.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Matheus: Tecnologia da Informação e Contabilidade foram as disciplinas mais difíceis na minha opinião, então procurei resolver um número maior de questões e marcar após cada sessão de estudos as questões que eu havia errado a fim de revisar posteriormente. Em Contabilidade também estudei por um tempo com uma amiga minha que é contadora e me ajudou muito a tirar dúvidas e entender qual raciocínio eu deveria utilizar para resolver as questões corretamente.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Matheus: Eu optei por reduzir a carga de estudos e realizar mais revisões. Nos dois dias que antecederam a prova escrita não estudei nada para poder descansar a mente. No dia da prova somente fiz uma breve revisão das fórmulas de Estatística e também de algumas dicas para redação.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Matheus: Meu estudo para a prova discursiva foi baseado em produzir uma redação a cada duas semanas, sobre alguns temas que possuíam uma maior probabilidade de cobrança. Mas acredito que deveria ter dado uma atenção maior a essa parte da prova, porque não gostei muito do texto que fiz no dia da prova e tive a impressão que não consegui articular minhas ideias da melhor forma. Minha orientação é praticar o máximo possível, procurar um professor ou um curso específico de redação com correção para evitar surpresas desagradáveis no resultado final do concurso. Não menosprezem a prova discursiva.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e demais etapas?
Matheus: Eu estava fazendo exercícios em casa com o auxílio de um aplicativo no celular e correndo na esteira entre duas a três vezes na semana. Quando o gabarito provisório saiu, voltei às aulas de natação (fiz vários anos quando era adolescente) e procurei uma academia de musculação para aperfeiçoar a execução da barra fixa.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Matheus: Acredito que o maior acerto foi seguir o cronograma que me propus a fazer e resolver o máximo de questões possíveis, sempre controlando o percentual de acertos e dando maior atenção àquilo que estava errando mais. Meu erro, se assim posso dizer, foi ter produzido poucas redações e não ter dado uma atenção maior para essa parte da prova, o que fez com que minha nota na discursiva não fosse tão boa e minha posição no concurso caísse um pouco.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Matheus: Nunca pensei em desistir, pois sempre tive o apoio dos meus pais e estava muito firme no meu propósito de ser servidor público. A maior dificuldade foi realmente manter a consistência nos estudos por meses a fio, pois muitas vezes estamos cansados e acabamos nos desconcentrando. Além disso, algumas pessoas não entendem muito bem como o mundo dos concursos funciona e acabam desmotivando ao dizer que não vale a pena e que estaríamos “perdendo tempo” nessa jornada. Mas sempre tive muita fé em Deus e sempre acreditei muito que seria aprovado em algum momento, desde que fizesse aquilo que dependia apenas de mim: estudar de maneira consistente e organizada.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Matheus: Minha maior motivação sempre foi a estabilidade e qualidade de vida proporcionada pela nomeação no concurso público federal, além de contribuir na construção de um país melhor.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Matheus: Não desistam!! O momento de glória chegará. Tenham fé em Deus e mantenham-se firmes e consistentes nos estudos e no propósito de vida. Estou torcendo por todos vocês.