Aprovado em 2° lugar no concurso Câmara dos Deputados para o cargo de Analista Legislativo - Técnico em Material e Patrimônio
Concursos Públicos
“[…] Acho que o concurseiro deve escolher uma área, por exemplo: área fiscal, área de controle, área trabalhista, etc… É muito importante persistir e se manter na área escolhida e não desistir após algumas reprovações […]”
Confira nossa entrevista com Marcus Vinicius Mendes Ribeiro Filho, aprovado em 2° lugar no concurso Câmara dos Deputados para o cargo de Analista Legislativo – Técnico em Material e Patrimônio:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Marcus Vinicius Mendes Ribeiro Filho: Meu nome completo é Marcus Vinicius Mendes Ribeiro Filho. Sou natural de Teresina-PI, mas morei um tempo em Fortaleza-CE e atualmente vivo em Brasília-DF. Sou formado em Direito e tenho 34 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Marcus: Quando finalizei o curso de Direito, em dezembro de 2013, me deparei com dois possíveis caminhos profissionais: advocacia ou concurso público. Decidi ir na via do concurso público, pois não tenho vocação para advocacia. Como estagiei por dois anos no Tribunal de Contas do Estado do Ceará, acabei escolhendo a área de controle para iniciar meus estudos em 2014.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Marcus: Antes de passar no meu primeiro concurso, em 2015 (TCE-CE) eu só estudava e contava com a rede de apoio dos meus pais. Depois que assumi o cargo no TCE-CE, passei a estudar e trabalhar simultaneamente. Atualmente, ocupo o cargo de Auditor Federal de Finanças e Controle na CGU. Foi difícil conciliar. Quando não havia edital publicado para um certame específico, era mais fácil, pois não eram necessárias muitas horas diárias de estudo. Mas em época de pós-edital, era mais complicado e foi fundamental uma rede de apoio sólida.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Marcus: Já fui aprovado para Técnico de Controle Externo do TCE-CE (2015) em 2º lugar; Técnico de Controle Externo do TCU (2015) em 39º lugar; Auditor Federal de Finanças e Controle da CGU – área Auditoria e Fiscalização (2022) em 59º lugar e agora em 2º lugar para Analista Legislativo – Técnico em Material e Patrimônio na Câmara dos Deputados.
Agora pendurei as chuteiras. Não pretendo continuar estudando.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Marcus: Sendo bem sincero, em todos os concursos que fui aprovado, depois da publicação dos editais, minha vida social tornou-se praticamente inexistente. Quase não tive tempo para amigos e família e por isso sou grato pela compreensão deles. Mas em épocas de edital não publicado, vivia normalmente.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Marcus: Totalmente. Meus pais me deram suporte financeiro completo até conseguir minha primeira aprovação. Também tive suporte emocional deles e da minha esposa. Quanto à minha esposa, especificamente, tive muita ajuda nessa aprovação da Câmara. Praticamente não resolvia nada relacionado a casa ou tarefas domésticas. Ela me ajudou muito nesse aspecto. É muito difícil essa vida de concurseiro sem uma rede de suporte robusta.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Marcus: Focado nesse concurso da Câmara especificamente, só estudei após a publicação do edital. É importante destacar que isso não significa que comecei do zero, pois já possuía uma boa bagagem nas disciplinas que caíram nessa prova, decorrente de anos de estudo prévio para a área de controle.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Marcus: Na minha preparação, usei muito os cursos em PDF, pois aliam praticidade e profundidade de conteúdo. Nunca fui em cursinhos presenciais, pois acho que consomem um tempo muito importante de quem estuda. Quanto à videoaulas, só utilizei pontualmente para tirar algumas dúvidas em estatística inferencial. As videoaulas ajudam bastante em matérias muito complexas, mas deve-se tomar cuidado, pois consomem muito tempo. Os PDFs ajudam muito pela praticidade.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Marcus: Conheço desde 2014, quando iniciei minha trajetória no mundo dos concursos. Conheci por indicação de amigos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Marcus: Já utilizei materiais de outros cursinhos. Não cheguei a ter incômodo com esses materiais, mas o material do Estratégia é o mais completo na minha opinião.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Marcus: Utilizei o material de outro cursinho durante a preparação para o concurso da CGU, no qual fui aprovado e ocupo o cargo de Auditor atualmente. Para os concursos que fiz para o TCU, para o TCE-CE e para a Câmara dos Deputados, utilizei o Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Marcus: Senti diferença na qualidade e nível de profundidade das matérias. O diferencial do Estratégia, na minha opinião, é a alta qualidade dos professores, o que se traduz na qualidade e na profundidade do próprio material. Para o concurso da Câmara, especificamente, achei os conteúdos dos professores Herbert Almeida (Direito Administrativo e Licitações e Contratos) e Jhoni Zini (Estatística) maravilhosos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Marcus: Eu nunca fui muito de seguir cronogramas detalhados. Eu me planejo, mas de forma geral e flexível. Acho que cada concurso demanda um planejamento específico. Penso muito na questão do custo-benefício relacionado ao tamanho da matéria e peso na prova. Por exemplo, nesse concurso da Câmara, a disciplina licitações e contratos teve um ótimo custo-benefício, devido ao seu alto peso na prova e sua extensão menor (comparada com outras disciplinas). Isso não significa negligenciar matérias. Para concursos de alto nível, você deve estar devidamente preparado em todas as disciplinas, mas aquelas que considero de bom custo-benefício, dou um gás extra, principalmente próximo da prova.
Estudava apenas uma matéria por dia, alternando de 2 a 3 matérias diferentes. Por exemplo, um dia estudava Direito Administrativo, no próximo dia Estatística e o terceiro, AFO. No quarto dia retornava ao Direito Administrativo e assim por diante.
No pós-edital, estudei de 5 a 6 horas líquidas por dia, em dias de semana, e de 9 a 10 horas líquidas por dia, nos finais de semana e feriados.
Acho muito importante finalizar a leitura de todas as disciplinas do edital faltando algumas semanas antes da prova. No meu caso, depois que finalizar o Edital, praticamente só faço questões até o dia da prova. Na preparação para a Câmara, finalizei o edital restando um mês. Depois, foi só a resolução de questões. Quanto a matérias jurídicas, acho importante revisar a lei seca perto da prova.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Marcus: Não faço resumos escritos ou curva de memória. É meio estranho, mas funciona para mim. Minhas revisões ocorrem apenas por questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Marcus: É uma das coisas mais importantes. Para passar em qualquer concurso, acho que é fundamental resolver uma quantidade elevada de exercícios, dando um foco especial à banca que organizará o certame. Na preparação para a Câmara, assinei uma plataforma faltando um mês para a prova. Nesse mês, respondi em média de 150 a 200 questões por dia, o que deu um número próximo de 5.000 questões. Além disso, respondi todas as questões nos materiais em PDF do Estratégia.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Marcus: Acho que Informática/Dados e Estatística. No caso de Estatística, assisti videoaulas para ajudar na compreensão da parte inferencial, pois trata-se de matemática avançada. Deu certo, só errei uma questão. No caso de Informática/Dados, é um mundo de conteúdo e frequentemente não dá tempo para ver tudo em profundidade. Foi a disciplina que tive o pior desempenho (Informática/Dados), acertando somente 50% das questões. Então, não superei essa dificuldade.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Marcus: Na semana anterior à prova, apenas respondi questões. Não li material escrito. No dia pré-prova especificamente, no entanto, li a Nova Lei de Licitações e Contratos inteira (lei seca), o que me ajudou demais, já que foram 26 questões só de licitações e contratos.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Marcus: Não me preparei especificamente para a parte discursiva da prova. Eu acho que mais importante que a forma (não que a forma não seja importante) é dominar o conteúdo. Se a questão discursiva for sobre algo do seu conhecimento, dificilmente você terá uma nota baixa. Portanto, em questões discursivas comuns, não acho muito vantajoso treinar demais. Por outro lado, em concursos que exijam a elaboração de uma peça técnica (o que não foi o meu caso), a conversa é diferente. Aí sim acho necessário dar uma atenção especial à forma.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Marcus: Eu errei muito, no início da minha trajetória, em querer me aprofundar demais nas matérias, querer saber tudo a fundo. Só que eu demorava demais em finalizar o conteúdo, o que era prejudicial. Em concursos, você tem que ter um conhecimento suficiente para responder às questões, não para ser um especialista em determinado ramo do conhecimento. O ótimo é inimigo do bom. Com o tempo fui me tornando mais pragmático. Os PDFs ajudam muito nisso, pois eles já separam o que é importante do que não é.
Meu maior acerto foi nunca ter desistido. Persistência é chave do sucesso para passar em qualquer concurso.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Marcus: Antes de passar no meu primeiro concurso, pensei sim. Antes da primeira aprovação, a gente não tinha aquela segurança na nossa capacidade. Quando passei no TCE-CE, tive um “boost” de confiança e não pensei mais em desistir.
A motivação é que minha família contava com o meu sucesso nesse caminho, sempre me dando muito suporte, logo eu não podia desapontá-los.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Marcus:
- O primeiro dilema para quem está iniciando nesse mundo é escolher para qual concurso estudar. Nesse aspecto, acho importante não restringir demais o foco a ponto de estudar apenas para um cargo específico, nem sair atirando para todo lado, fazendo provas com conteúdos completamente diferentes. Acho que o concurseiro deve escolher uma área, por exemplo: área fiscal, área de controle, área trabalhista, etc… É muito importante persistir e se manter na área escolhida e não desistir após algumas reprovações. Eventualmente, você pode fazer uma prova um pouco diferente, mas com a base de disciplinas que você estuda. No caso do concurso da Câmara, acabei escolhendo a área de material e patrimônio porque as matérias da prova eram muito parecidas com o que estudei ao longo de todos esses anos. Não foi um tiro aleatório.
- Concurso é uma maratona, não uma corrida de 100 metros rasos. Ganha quem tem mais resistência e persistência. Se você estudar de forma séria, é só questão de tempo até a aprovação.