
“Os editais costumam trazer um conteúdo programático extenso, com muitas matérias que muitas vezes são muito abrangentes. Ao estudar por conta própria, percebi que ficava “perdido” nesse mar de conteúdo. O material do Estratégia consegue focar muito bem nas partes que realmente são cobradas, além de conseguir analisar o comportamento de cada banca em relação à formação das questões. Aprendemos até que uma resposta pode ser certa ou errada, dependendo da banca que a formulou! Essas dicas são fundamentais e fazem a diferença para uma aprovação.”
Confira nossa entrevista com Luís Rauber, aprovado em 14º lugar no concurso Petrobras no cargo de Engenharia de Processamento:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Luís Rauber: Olá, pessoal! Espero que minhas respostas contribuam de alguma maneira para a trajetória de vocês. Tenho 26 anos, sou natural de Novo Hamburgo – RS e graduado em Engenharia Química.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Luís: Já tive experiência anterior no funcionalismo público, mas não como Engenheiro Químico. Atualmente, estou na iniciativa privada e vejo que a perspectiva nesse setor não é das mais otimistas. É extremamente raro encontrar um emprego na iniciativa privada que tenha uma boa relação entre salário e carga de trabalho. Basicamente, se você trabalha “apenas” 44h semanais terá um salário muito aquém de toda dedicação que foi necessária para obter a sua graduação e de todo trabalho que exerce diariamente. Para ter um salário compatível com todo esse esforço, a grande maioria dos empregos exigirá uma carga de trabalho extensa, e você terá que renunciar grande parte do seu lazer e da sua vida social. O que motivou meus estudos para concursos públicos foi justamente a busca por esse equilíbrio: ter um emprego com um salário compatível, no qual meu esforço seja compensado financeiramente e eu possa manter a harmonia entre a vida dentro do trabalho e a vida fora dele.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Luís: Sim, durante todo o meu período de estudo para concursos estive trabalhando. Acredito que a disciplina seja fundamental para manter o cronograma de estudos. Quando não trabalhava nos finais de semana, aproveitava para esticar um pouco mais o conteúdo. De resto, mantive a rotina de estudar diariamente, mas com moderação: chegava um determinado horário da noite, quando os olhos começavam a fazer força para fechar, que eu sabia que era hora de parar para descansar.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Luís: Já havia sido aprovado em 1º lugar no concurso para Técnico de Operação na Petrobras Distribuidora, em 2014. Exerci o cargo lá entre 2017 e 2021. Após estar formado em Engenharia Química, passei a fazer concursos novamente. Quase todos que realizei desde então foram para prefeituras, nos quais normalmente havia apenas uma vaga direta – e fiquei em 2º lugar em 3 deles! A persistência foi fundamental para que conseguisse duas aprovações recentes – além da Petrobras, fui aprovado também no cargo de Engenheiro Químico na Secretaria Estadual da Saúde – RS (ainda em andamento e com prova de títulos a ser realizada, estou parcialmente em 1º lugar). Pretendo aceitar o cargo em uma das minhas aprovações e penso em começar a estudar com calma para concursos mais concorridos e com remunerações bem vantajosas.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Luís: Com certeza em alguns momentos era necessária uma maior dedicação aos estudos e para isso acabei não estando presente em momentos que estaria caso não estivesse estudando. Porém, acredito muito na necessidade de equilíbrio entre os estudos e a vida social, para manter a mente saudável – acredito que dessa forma, nossos estudos rendem muito mais. Por isso, sempre busquei participar normalmente de eventos com meus amigos e minha família, organizando bem minha rotina para que esse tempo não gerasse acúmulo de conteúdo a ser estudado.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Luís: Sou solteiro e não tenho filhos, mas namoro há pouco mais de 4 anos. Minha namorada me apoia o tempo todo e também vai trilhar esse caminho! Minha família sempre me deu todo suporte para que pudesse fazer a melhor escolha para minha carreira, me apoiando em qualquer momento que estivesse. Sem dúvidas, não faltou apoio na minha caminhada.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Luís: Especificamente para o concurso da Petrobras foi pouco tempo, cerca de um mês. Porém, já estava com uma bagagem grande de concursos anteriores para as matérias de português e para os conhecimentos específicos de Engenharia Química. O período dedicado para esse concurso foi voltado às diferenças entre o conteúdo que constava no edital e o que eu estava estudando rotineiramente. Para manter a disciplina, foram necessários foco e determinação. Estabelecer metas diárias ou semanais acredito ser uma boa ideia para enxergar mais facilmente uma “luz no fim do túnel”, caso contrário, muitas vezes, estudamos por dias e parece que nem começamos a percorrer o conteúdo do edital!
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Luís: Estudei muito pelos PDFs do Estratégia e também assisti a todas as videoaulas do conteúdo uma vez, pois acredito que a combinação entre ler e ouvir ajuda na fixação. Mas o foco maior realmente ficou nos PDFs, lendo e resolvendo exercícios. Em algumas matérias também fiz uso de livros e de bibliografias da época da universidade. Para mim, a grande vantagem dos PDFs é que você pode estudar no seu ritmo: se quiser acelerar uma parte, você acelera; se quiser ir mais devagar, também é você quem decide. Por outro lado, é necessário estar bem concentrado para fixar o que está lendo, caso contrário você não assimila muita coisa. Já as videoaulas, ao menos para mim, acabam sendo mais demoradas para passar todo o conteúdo. Porém, uma grande vantagem é que os professores conseguem dar entonação e passar macetes que ajudam muito a fixar determinadas partes do conteúdo. Resumindo, na minha opinião a combinação dos dois é a melhor maneira para fixar bem o que está sendo estudado.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Luís: Quando resolvi iniciar os estudos para concursos, pesquisei quais opções de cursos estavam disponíveis. O Estratégia chamou minha atenção por diversos fatores: elevado número de aprovações, grande diversidade de cursos oferecidos e a possibilidade de manter a assinatura anual com acesso a qualquer curso que desejar. Sem dúvidas, foi a escolha correta!
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Luís: Sim, com certeza! Para mim, a principal vantagem foi o direcionamento. Os editais costumam trazer um conteúdo programático extenso, com muitas matérias que muitas vezes são muito abrangentes. Ao estudar por conta própria, percebi que ficava “perdido” nesse mar de conteúdo. O material do Estratégia consegue focar muito bem nas partes que realmente são cobradas, além de conseguir analisar o comportamento de cada banca em relação à formação das questões. Aprendemos até que uma resposta pode ser certa ou errada, dependendo da banca que a formulou! Essas dicas são fundamentais e fazem a diferença para uma aprovação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Luís: Montei o plano vendo o tempo que tinha disponível até a prova e analisando todo o conteúdo que seria cobrado no edital – desses, fui dando prioridade para os que eu havia estudado menos nos últimos tempos, pois alguns já estavam na minha rotina de estudo para concursos. Sempre preferi estudar uma matéria de cada vez: primeiro passar todo o conteúdo de português para depois passar todo o conteúdo de conhecimentos específicos, e assim por diante. Ao final de cada tópico de determinada matéria, fazia uma breve revisão para fixar bem. As horas variavam de acordo com minha rotina pessoal, mas durante a semana buscava estudar sempre em torno de 2h. Aos finais de semana, conseguia dobrar essa carga horária tranquilamente.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Luís: Muitas vezes utilizei os próprios resumos dos cursos em PDF para revisar, pois eram bem focados nos principais tópicos. Também mantive um caderno meu, no qual anotava o que eu considerava mais relevante para relembrar futuramente. Não fiz simulados, mas resolvia bastantes exercícios dos materiais.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Luís: É fundamental, por diversos motivos. Primeiro, ajuda na fixação do conteúdo. Muitas vezes, eu estudo um conteúdo e ao final tenho a impressão de que entendi tudo e que estou preparado para resolver qualquer questão. Mas quando pego uma para resolver, trava tudo! Aí força você a revisar novamente o conteúdo, buscar a resolução da questão, entender o que faltou para conseguir resolvê-la por conta própria. O nível de assimilação do conteúdo aumenta demais! Além disso, é muito importante fazer exercícios da banca que será responsável pela sua prova, pois ajuda você a entender o estilo de questões que ela gosta de preparar. Não faço ideia de quantas questões resolvi, mas foram muitas! Fazia todas as que estavam disponíveis nos cursos em PDF e depois buscava mais nos Cadernos de Questões do Estratégia – uma ferramenta que considero muito útil.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Luís: Quando comecei meus estudos, português era uma matéria cujo conteúdo fazia tempo que eu não visitava. Então tive que entrar em muitos detalhes para ir relembrando e aprendendo coisas novas. Em relação ao concurso da Petrobras, os tópicos de controle de processos foram os mais complicados para mim, por ter uma base menor no assunto. O jeito é ir com calma, começar do zero mesmo. Não há como fazer milagre, então não adianta desespero. Comecei aprendendo conceitos mais básicos para depois ir evoluindo. E sempre me guiando pelo material do Estratégia para saber em quais pontos era necessário me aprofundar mais.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Luís: Na semana que antecedeu a prova, a rotina foi normal, continuei estudando da maneira que estava fazendo anteriormente. No dia pré-prova, aproveitei para fazer uma revisão geral, um resumo de tudo o que havia visto. E o principal é ter uma boa noite de sono, garantir as 8 horas necessárias. Não é na noite anterior à prova que você vai conseguir se preparar para o concurso, a preparação é um trabalho de longo prazo. Então é muito mais válido fazer uma prova estando descansado e com a bagagem que adquiriu na sua rotina de estudos do que fazê-la cansado por tentar estudar algumas horas a mais na noite anterior.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Luís: Quando a aprovação vem, é muito mais fácil apontar os acertos do que os erros. Mas com certeza eles estão lá, sempre há oportunidades de melhoria. Em relação ao concurso da Petrobras, creio que um erro tenha sido a falta de tempo para me aprofundar mais em alguns tópicos, pois fiquei dividido entre esse e outros concursos que estavam ocorrendo simultaneamente. Em relação aos acertos, com certeza, a disciplina e a determinação nos estudos. Acredito que minha estratégia de resolução para a prova da Cebraspe tenha sido adequada também. Fiz uma prova pragmática, buscando responder apenas as questões que eu tinha boa convicção na minha resposta, evitando penalidades por errá-las. No total, respondi 100 das 120 assertivas da prova. Sabia que isso me prejudicaria no critério de desempate (o primeiro era o número de acertos na prova de conhecimentos específicos), porém, de maneira geral, creio que contribuiu para a minha nota final.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Luís: Em desistir, nunca pensei. Mas claro que quando você se dedica e não consegue a aprovação, gera um desânimo. Como falei anteriormente, fiz alguns concursos em que fui o 2º colocado, porém só havia uma vaga direta. Em um deles eu havia me dedicado muito e consegui uma excelente nota, mesmo assim foi insuficiente. Nessas horas é muito importante o apoio das pessoas que são próximas a você. Cair é normal, o importante é levantar-se rápido. A principal motivação é lembrar de onde quer chegar, os benefícios que terá se atingir o seu objetivo. Colocar isso em mente e prometer para si mesmo que, não importa o obstáculo que tiver no caminho, você vai superá-lo e chegar aonde deseja.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Luís: A primeira dica é: siga nesse caminho, você fez a escolha certa! A segunda: tenha paciência! Ninguém está proibido de conseguir a aprovação no primeiro concurso que fizer, nem mesmo se for um concurso extremamente concorrido. Tudo é possível. Mas não é o que ocorre com a grande maioria dos concurseiros. Conseguir a aprovação exige dedicação, determinação e disciplina. Portanto, mantenha a calma e foque no longo prazo. Toda reprovação gera um aprendizado e uma experiência que vai contar muito nas próximas provas que você fizer. Não precisa ser um gênio para ser aprovado em concurso público, mas com certeza precisa ser persistente e dedicado. Tendo isso em mente, tenho certeza de que você chegará aonde eu cheguei!