Aprovado em 104º lugar no concurso PF 2021 para o cargo de Escrivão
“O primeiro passo é aprender a estudar. Invista tempo em buscar conhecimento sobre métodos de estudo e teste todos! Feito isso, é necessário encontrar uma rotina saudável a longo prazo. Além disso, não deixe de lado a sua saúde física e mental.”
Confira nossa entrevista com Luís Felipe de Faria Rodrigues, aprovado em 104º lugar no concurso PF 2021 para o cargo de Escrivão:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Luís Felipe de Faria Rodrigues: Meu nome é Luís Felipe, sou formado em Engenharia de Redes pela UNB. Tenho 26 anos e sou de Brasília.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Luís Felipe: Meus pais são funcionários públicos e sempre me incentivaram seguir a carreira em concursos públicos. Caí na área policial de paraquedas devido à oportunidade e aos números de vagas ofertados pelo concurso da PCDF. Minha meta é um concurso na minha área (TI). No início relutei para prestar concursos na área policial, mas parentes e amigos me motivaram e explicaram que dentro da polícia também existem funções na área de TI.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Luís Felipe: Comecei a estudar para a PCDF em julho de 2018. Nesse período eu estava fazendo o meu TCC da faculdade. No restante da jornada eu pude me dedicar inteiramente aos estudos para concurso.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Luís Felipe: Prestei o concurso do CBMDF em 2017, mas sem estudar muito bem. Não consegui conciliar faculdade, estágio e estudos. Mesmo assim fui aprovado para Oficial, porém muito longe das vagas.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Luís Felipe: É indescritível. É um mix de sensações muito bom. Acho que o principal é o sentimento de que valeu a pena toda a dedicação, estresse e tempo empregado.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Luís Felipe: Nunca adotei uma postura radical em relação à vida social. Não abri mão de sair com amigos, namorada e família. Acredito que conciliar vida social com estudos foi fundamental para manter a cabeça no lugar e continuar a estudar com qualidade.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Luís Felipe: Eu namoro e moro com meus país. Uma grande parte da minha família é concursada e todos sempre apoiaram o estudo para concurso. Considero-me muito privilegiado já que meus pais sempre forneceram toda a estrutura física, financeira e emocional que precisei para estudar.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Luís Felipe: Na minha opinião, vale a pena fazer os chamados “concurso trampolim”. Tendo o concurso da PF garantido, consigo seguir mais tranquilo nas minhas metas. Meu objetivo agora é um concurso na área de TI, seja como analista, perito ou auditor.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Luís Felipe: Comecei a estudar para PCDF no segundo semestre de 2018. Devido ao adiamento da prova, decidi focar na PF após publicado o edital.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Luís Felipe: Estudei para PCDF ainda sem edital na praça. Minha motivação sempre foi fazer a minha parte. Eu sabia que tinha uma meta para cumprir na semana e ia atrás dela. Dizem que sou o que chamam de uma pessoa com perfil “tarefeiro”.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Luís Felipe: Usei principalmente os PDFs do Estratégia. Estudei toda a teoria por eles. Quando eu não entendia algo ou tinha dificuldade eu assistia videoaulas sobre o tema. Outro ponto muito importante são as questões. Resolvi mais de 40000 questões antes da prova.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Luís Felipe: Indicação de amigos que já estudavam pra concurso.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Luís Felipe: Eu não sou o tipo de pessoa que funciona estudando por longos períodos. A minha média de estudo diária foi de 3 a 5 horas líquidas por dia. Além disso eu não estudava finais de semana.
Meu estudo foi dividido em duas grandes etapas: estudo teórico e revisões.
Na primeira, fui orientado por uma mentoria. Eu utilizava os PDFs do Estratégia para fazer resumos em forma de mapa mental digital, além de fazer questões sobre o que havia recém-estudado. Nessa fase eu estudava 2 matérias por dia durante cerca de 4 horas líquidas a depender do tamanho do conteúdo.
Na etapa de revisão eu já não estava mais na mentoria e criei meu próprio método. Eu tentava sempre revisar 3 matérias inteiras por dia, sendo metade por meio da leitura dos meus mapas mentais e a outra metade por meio de questões. Ao fim do dia eu havia revisado 3 matérias inteiras e feito por volta de 500 questões. Nessa etapa eu estudava algo entre 3 a 5 horas líquidas por dia a depender das matérias.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Luís Felipe: Tenho facilidade com as exatas por ser formando em engenharia. Por outro lado, português e contabilidade foram empecilhos na minha preparação. Para superar as dificuldades eu investi mais tempo nessas matérias e busquei diversificar o material utilizado para aprender melhor. Contabilidade, por exemplo, fiz o curso em PDF e videoaulas do professor Gilmar Possati e depois fiz o curso em videoaula do professor Sílvio Sande.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Luís Felipe: Sempre fui da filosofia que o mais importante é o estudo a longo prazo, então eu não mudei a rotina na reta final. Por exemplo, no final de semana que antecedeu a prova eu viajei a lazer e não estudei. Durante a semana, não mudei a minha rotina de estudos e continuei fazendo revisões por mapa mentais e muitas questões. Essas atitudes me ajudam a não gerar ansiedade e a me manter calmo.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Luís Felipe: Esse foi meu maior erro na preparação. Fiz apenas 1 redação antes da prova e isso me custou uma nota muito baixa (7,61 de 13). Minha nota objetiva está entre as 65 melhores, mas após o resultado da discursiva eu cai para posição 104. Se tenho algo para aconselhar é: não cometam o mesmo erro e preparem-se melhor.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Luís Felipe: Sempre mantive a rotina de atividade física enquanto estudava, então o TAF foi bem tranquilo para mim. Inclusive acredito que o esporte é um forte aliado dos estudos.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Luís Felipe: Meu maior erro, com certeza, foi não me preparar direito para a prova discursiva. Fiz apenas 1 redação antes da prova da PF e isso quase me custou a reprovação nessa etapa. Esse erro só não custou minha aprovação devido à minha boa nota na prova objetiva e ao baixo peso da redação nesse concurso.
Meu maior acerto foi procurar ajuda de pessoas que já haviam obtido êxito em concursos antes de começar a estudar sem estratégia. Fui atrás de um mentor para me ajudar nessa parte. Aprendi desde cedo a importância organizar meus estudos e fazer questões para medir meu desempenho e conhecer meus pontos fracos e fortes.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Luís Felipe: Com certeza a maior dificuldade para mim foi manter a disciplina após o adiamento das provas. Após a primeira suspensão, meu foco, disciplina e motivação diminuíram exponencialmente. Cada dia de estudo era uma guerra! Não conseguia estudar mais de 4 horas líquidas por semana nesse período. Acredito que consegui a aprovação devido ao estudo de longo prazo e persistência.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Luís Felipe: Alcançar a estabilidade financeira para seguir a minha vida e orgulhar meus pais.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Luís Felipe: O primeiro passo é aprender a estudar. Invista tempo em buscar conhecimento sobre métodos de estudo e teste todos! Não acredito em fórmula mágica, cada pessoa possui a sua individualidade e deve buscar a metodologia que melhor se adapte a sua realidade e rotina. Feito isso, é necessário encontrar uma rotina saudável a longo prazo. Para mim, cronogramas muitos puxados tendem a causar exaustão e não funcionam em um estudo a longo prazo. Além disso, não deixe de lado a sua saúde física e mental.
