Aprovado em 1° lugar (PCD) no concurso TCE-BA para o cargo de Auditor Estadual de Controle Externo
Concursos Públicos
“[…] A motivação é o que vai impulsionar seus estudos. As técnicas, os métodos e as dicas para manter a disciplina você vai encontrar no Estratégia. Mas a disposição para guerrear diariamente consigo somente encontrará internamente […]”
Confira nossa entrevista com Joubert Ferreira da Silva Neto, aprovado em 1° lugar (PCD) no concurso TCE-BA para o cargo de Auditor Estadual de Controle Externo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Joubert Ferreira da Silva Neto: Joubert Ferreira da Silva Neto; contador (UEFS) e matemático (UFSC), com 3 especializações (áreas correlatas à gestão e contabilidade pública) e mestrado em Políticas Públicas (UNEB); 51 anos, casado há 23 anos com minha querida Dani e pai de dois filhos maravilhosos: Sara Vitória (9 anos) e Luca Gabriel (4 anos); sou natural de Amélia Rodrigues – BA, residindo em Salvador desde 2002.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Joubert: Há cerca de 28 anos, devido à maior acessibilidade do concurso público para estudantes aplicados, de origem humilde, comparativamente com o mercado de trabalho privado restrito do interior da Bahia, dependente de redes de relacionamentos inacessíveis. Para mim e para muitos outros jovens da minha geração, o concurso público era um meio de democratização de acesso ao mercado de trabalho e ao crescimento profissional.
Especificamente para o TCE BA/2023, o que me levou a estudar foi o desejo de retornar a carreira de controle externo, da qual saí em 2002, do cargo de Técnico de Controle Externo (atualmente Auditor de Controle Externo) do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia – TCM/BA, para assumir o cargo também concursado de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do Estado da Bahia – EPPGG – Gestor Governamental.
Inicialmente, achei que não haveria tempo suficiente para a aprovação, por isso, pretendia ter uma boa performance, no intuito de me preparar para um eventual próximo concurso na área de controle. Nos 25 dias finais, com as férias e licença, pude intensificar o ritmo de estudos e passei a acreditar na aprovação.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Joubert: Sim. Tive muitas dificuldades para conseguir conciliar o tempo de preparação com o trabalho.
Fiz alguns ajustes na rotina doméstica. A exemplo de contratar o transporte escolar para levar minha filha de 9 anos na escola e o mais novo, de 4 anos, passou a ser levado para a escola por minha esposa. Com isso, eu aproveitava o início da manhã para estudar numa sala do meu condomínio, cerca de 1h a 1:30. No final do dia, chegava cerca de 19h e estudava até cerca de 21h.
Nos sábados, domingos e feriados, eu conseguia intensificar um pouco mais, estudando em torno de 6 a 7 horas diárias.
Consegui ampliar a carga de estudo, para 10 a 12 horas diárias, nos 25 dias finais, quando tirei parte de férias e parte de licença prêmio.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Joubert: Aprovado para cargos de nível superior dentro das vagas:
- Técnico de Controle Externo (atual carreira de Auditor de Controle Externo) do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia TCM/BA – em 1996 – 1º lugar para a região de Jequié – BA (ampla concorrência);
- Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental – EPPGG – Gestor Governamental – Estado da Bahia – 2001 – 39ª colocação (ampla concorrência).
Embora fora das vagas, consegui bons resultados, na ampla concorrência, nos concursos de Auditor Substituto de Conselheiro do TCM/BA/2004 (10ª colocação, sendo 8 convocados) e de Auditor Fiscal da SEFAZ/BA/2004 (55ª colocação, sendo 48 vagas).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Joubert: Muito restrita, praticamente só tinha os contatos necessários com as pessoas no trabalho. Na família, enquanto descansava entre uma disciplina e outra, tinha alguns momentos de lazer com os meus filhos, o que me deixava muito feliz.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Joubert: Fiz um acordo e algumas conversas com minha esposa durante o período de preparação, tentando ajustar a administração da casa e as rotinas e responsabilidades de pai de duas crianças.
A compreensão de minha esposa foi fundamental para o ajuste dos horários dos estudos.
Como o último período de férias foi para estudar para o TCE/BA e parte do período anterior tinha sido para fazer uma monografia sobre assunto do trabalho; agora ela (minha esposa) já disse para eu não inventar mais nada para as próximas férias (kkkk).
Destaco também as orientações e incentivo da minha psicóloga, Bárbara Santos, que me deu muito apoio emocional, reforço na autoestima e dicas preparatórias valiosas; a atenção da minha neurologista; bem como as palavras de motivação e carinho de alguns colegas de trabalho mais próximos (alguns mais recentes, outros com 27 anos de amizade e coleguismo).
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Joubert: Cerca de três meses, sendo intensificado nos últimos 25 dias.
A vontade de passar, o prazer de estudar algumas disciplinas da área de controle (hiperfocos) e o desejo de retornar ao controle externo, esses fatores juntos contribuíram para a obtenção do nível de disciplina adequado.
Assim, acredito que o desejo de superação das minhas dificuldades de interação e comunicação social esteja na raiz da minha vontade de ser aprovado no concurso.
No plano espiritual, tive a fé viva de que o Poderoso Deus, em resposta de orações, me concederia generosas bênçãos, graças e vitórias no campo profissional, sabendo, no entanto, que era necessário me preparar de forma dedicada, pois “prepara-se o cavalo para a batalha, mas o Senhor Deus é que dá a vitória” (Provérbios 21:31).
Por outro lado, durante todos os dias de preparação, esteve presente em mim a lembrança do meu pai, de sua intelectualidade, seu gosto pela literatura, do seu perfil guerreiro e de seus ensinamentos quanto à necessidade de aplicação e disciplina para superar os desafios.
Por isso, gostaria de dedicar essa conquista em honra à memória de meu pai, Joubert Filho (Beto), que completa 3 anos de falecido nesse mês de março.
Agradeço também o amor paciente e zeloso de minha querida mãe, Maria José (Lua), que muito contribuiu para a minha formação pessoal, profissional e cristã.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Joubert: Vídeoaulas, PDFs e o Bizu Estratégico. Só observei vantagens: material qualificado e revisado, professores experientes, dicas de como e quais assuntos focar e de como organizar os estudos.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Joubert: Por intermédio de colegas de trabalho.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Joubert: Material qualificado e professores experientes. Gostei muito do Bizu Estratégico, que foi muito útil nas revisões, indicando os assuntos prioritários para a Banca.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Joubert: Tentei fazer ciclos de estudos, concluindo partes de uma disciplina para depois pegar outra, estudando inicialmente, em média, 3 horas por dia útil e 6 a 7 horas nos finais de semana e feriados. Nos 25 dias finais, estudei cerca de 12 horas diárias.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Joubert: Revisava por meio de resolução de questões da banca FGV.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Joubert: Fiz muitas questões da Banca, não lembro quantas. Minhas revisões foram baseadas em resolução de questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Joubert: Engenharia, que nem deveria fazer parte do edital. Para superar, me dediquei ao estudo de legislação ambiental e à parte referente ao orçamento de obras.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Joubert: Estudei intensamente mais de 12 horas diárias, na última semana.
Não pude me dedicar à Engenharia nesse tempo, como pretendia, porque passei a ter o receio de ser desclassificado na prova discursiva, a exemplo do que ocorrera no concurso do TCM/BA 2018.
Assim, baseado no histórico da FGV em concursos de tribunais de contas estaduais, me dediquei, na última semana, na maioria do tempo, a Direito Administrativo e Administração Orçamentária e Financeira, especialmente LRF.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Joubert: Como tive a experiência de ser eliminado no concurso do TCM/BA 2018, na prova discursiva (após obter 74 pontos na prova objetiva), me dediquei a entender como trataria a prova discursiva do concurso do TCE/BA.
Me preocupei em estudar o conteúdo das disciplinas centrais da área de controle (maior probabilidade de cair na prova), especialmente nos últimos dias de preparação.
Outra coisa importante que decidi foi fazer primeiro a prova discursiva, para depois fazer a prova objetiva, tendo em vista meu histórico de dificuldade com a administração do tempo durante as provas de concursos.
Aconselharia a quem vai prestar concursos com prova discursiva a conhecer o perfil da Banca, verificar as disciplinas e assuntos recorrentes da Banca para aquele tipo de cargo.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Joubert: Principal erro: não ter iniciado os estudos com mais alguns meses de antecedência. Demorei muito com a parte preliminar de organizar as rotinas domésticas e retardar o gozo da licença prêmio, por motivos de trabalho, o que atrasou a intensificação dos estudos.
Principal acerto: 1) fazer primeiro a prova discursiva, antes da objetiva; 2) na prova objetiva, comecei pelas disciplinas que tenho mais facilidade (meus hiperfocos), visando garantir os pontos mínimos para classificação (lastro), o que se concretizou, conforme resultados obtidos nessas disciplinas: Língua Portuguesa (15ª melhor nota dentre todos os classificados); AFO (10ª melhor nota dentre os classificados) e Contabilidade Pública (melhor nota do concurso); e 3) revisar a nova lei de licitações e a LRF, nos 10 dias que precederam o concurso, com foco na prova discursiva.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Joubert: Não pensei em desistir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Joubert: Gostaria de me dirigir especialmente às pessoas da minha faixa etária ou até de faixa etária menor que a minha, que já estão em outras carreiras do setor público ou privado, provavelmente com a vida familiar e financeira consolidadas, mas desejam e sonham com outros postos, com maior valorização pessoal, profissional e financeira.
A motivação é o que vai impulsionar seus estudos. As técnicas, os métodos e as dicas para manter a disciplina você vai encontrar no Estratégia. Mas a disposição para guerrear diariamente consigo somente encontrará internamente.
A inquietação deve lhe mover para a vitória. Lembre-se da célebre frase de Guimarães Rosa: “o animal satisfeito dorme”.