Aprovado em 2° lugar no concurso DP-MS para o cargo de Analista de Defensoria - Direito
Concursos Públicos
“Diria para ter paciência e resiliência. Os resultados costumam demorar, especialmente para formar as disciplinas de base. Também, mesmo sendo aprovado no concurso, esta é só a primeira parte, ainda terá um bom tempo até você ser chamado […]”
Confira a nossa entrevista com José Vitor Pereira de Santana, aprovado em 2° lugar no concurso DP-MS para o cargo de Analista de Defensoria – Direito:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
José Vitor Pereira de Santana: Primeiramente, gostaria de agradecer a oportunidade de apresentar este depoimento. Nos meus estudos, eu sempre me animava quando ouvia os depoimentos dos aprovados e aprendia com os erros e acertos deles. E, agora, espero poder ajudar alguém também.
Me chamo José Vitor, sou de Dourados, Mato Grosso do Sul, tenho 24 anos e sou formado em Direito.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
José: Sempre quis estudar para concursos, desde a faculdade, pois nunca me vi trabalhando em algo sem rotina e/ou sem estabilidade. Houve um episódio marcante em um de meus estágios, em que uma excelente secretária foi demitida subitamente. Isso reforçou em mim, a necessidade de ter um emprego em situações de demissão súbita que não ocorressem.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
José: Sim, estudava e trabalhava fazendo residência jurídica no Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Para conciliar, eu preferia acordar cedo e estudar antes de ir trabalhar e, durante o trabalho, sempre que tinha algum tempo, eu aproveitava para resolver algumas questões.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
José: Fui aprovado para o cargo de Oficial de Promotoria do Ministério Público do Estado de São Paulo, ficando em 1º Lugar na Regional de Presidente Prudente; fui aprovado para o cargo de Oficial de Justiça do TJSP do interior, ficando em 5º lugar, porém, não fui habilitado, fiquei em 2º Lugar no cargo de Analista da Defensoria Pública de MS e, por fim, fui aprovado no TJMS, para o cargo de Analista Judiciário, Área Fim, onde exerço as minhas funções atualmente.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
José: Nunca fui muito de ter vida social, mesmo sem estar estudando, então, não saía muito durante a preparação para concursos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
José: Não sou casado e não tenho filhos. A minha família me apoiou bastante na caminhada como concurseiro.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
José: O último concurso que fiz, foi para o TJMS, onde exerço a minha função. Estudei cerca de 6 meses direcionado para ele. Para o concurso da Defensoria, estudei cerca de 3 meses. Porém, destaco que já tinha uma base de estudos prévia, por isso, apenas precisei estudar os conteúdos novos e revisar os antigos, fato esse que reduziu o tempo de preparação.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
José: Utilizei principalmente o material em PDF, vendo videoaulas apenas de Raciocínio Lógico, matéria que tinha bastante dificuldade. A vantagem de usar PDFs é a otimização de tempo, pois são mais rápidos de serem lidos. Por outro lado, videoaulas são mais extensas, levando mais tempo para avançar muito pouco.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
José: O Estratégia sempre foi recomendado por outras pessoas que também estudavam para concursos públicos, principalmente pelos PDFs.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
José: Sim, o que mais me incomodava, era que o foco desse curso eram as videoaulas, material esse que eu não gostava muito.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
José: Não cheguei a fazer concurso com esse outro material.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
José: Senti diferença, principalmente, com o material em PDF, que era suficiente para resolver a maioria das questões e pude otimizar o meu tempo. Também gostei muito do professor de Raciocínio Lógico, Brunno Lima.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
José: Tentei estudar as matérias por bloco, primeiro vi as matérias de base, Português, Raciocínio Lógico e Informática, posteriormente, estudei as matérias de Direito, sempre de três em três. Não cronometrava muito as horas líquidas. Sempre traçava metas, independentemente do tempo, às vezes estudava mais horas, às vezes menos.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
José: Inicialmente, eu gostava de fazer uma boa leitura do material grifando os pontos importantes, posteriormente, criava flashcards para fazer revisões. Acho muito importante fazer simulados, tentando reproduzir o dia da prova, isso ajuda a reduzir o nervosismo no dia.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
José: Acredito ter feito cerca de mil questões para esse concurso da Defensoria e mais de 10 mil na trajetória toda. As questões são importantes para ver os conteúdos mais cobrados pela banca, bem como para revisar. Também gostava de fazer caderno de erros.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
José: Acredito que Raciocínio Lógico tenha sido uma disciplina bem desafiadora, pois como sou formado em humanas, há muitos anos eu não estudava conteúdos de Matemática. Para melhorar, fiz muitas questões e revisões e, atualmente, acredito ter um desempenho bom na disciplina, tanto é que, errei apenas uma questão no concurso da Defensoria.
Para as disciplinas de Direito, para melhorar fazia muita leitura de Lei Seca e questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
José: Foi bem semelhante com a rotina anterior, porém, foquei em só revisar os conteúdos. Não gosto de estudar no dia pré-prova, por isso, fiquei andando pela cidade para “arejar” a cabeça e relaxar antes da prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
José: O maior erro, foi estudar doutrinas pesadas de direito, bem como usar muito videoaulas, ao invés de ler conteúdos mais sucintos. Também deixei de fazer leitura de lei seca. O maior acerto, foi trocar o material extenso pelos PDFs, fazer mais leituras de lei seca, bem como criar os flashcards, especialmente estes últimos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
José: Não cheguei a pensar em desistir, no entanto, às vezes, eu tinha a impressão de que a vida de outras pessoas estava andando, ao passo que a minha estava estagnada. A minha principal motivação, foi continuar lutando para ter uma vida melhor para a minha família e para mim.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
José: Eu diria para ter paciência e resiliência. Os resultados costumam demorar, especialmente para formar as disciplinas de base. Também, mesmo sendo aprovado no concurso, esta é só a primeira parte, ainda terá um bom tempo até você ser chamado, fazer a perícia médica e, por fim, tomar posse e iniciar o exercício.
Pode ser muito frustrante acordar cedo para estudar e errar diversas questões, no entanto, esse é o caminho para a aprovação. Não tenha pressa e não acredite naqueles resultados extraordinários de pessoas que estudaram apenas 3 meses sem base anterior e passaram.
Enfim, ter paciência e constância nos estudos, até a posse e não só até passar no concurso, é a chave para a aprovação. Encerro com uma frase de Santa Teresa D’Ávila que sempre mantenho em mente na minha trajetória de estudos: “É justo que muito custe, o que muito vale”.