Aprovado em 15° lugar no concurso PC-PA no cargo de Investigador

“Faça um esforço para manter a disciplina e a constância nos estudos, mentalizando, sempre, que você é um veículo de transformação nas vidas das pessoas – em especial, das que você ama e quer o bem”
Confira nossa entrevista com José do Carmo Fernandes Neto, aprovado em 15° lugar no concurso PC-PA no cargo de Investigador:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Qual sua idade? De onde você é? Qual sua formação?
José do Carmo Fernandes Neto: Olá! Meu nome é José, tenho 26 anos de idade e sou de Belém do Pará. Sou advogado, especialista em Ciências Criminais e especializando em Direito Público, ambos pelo Centro Universitário do Estado do Pará – CESUPA; mas, atualmente, não trabalho. Apenas estudo pra concursos, por ora.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
José: Antes mesmo de ingressar no curso de Direito eu já tinha a pretensão de estudar para concurso público. Na verdade, eu dizia que queria ser Procurador da República – sendo que eu sequer sabia o que fazia um membro do Ministério Público Federal, mas achava o nome bonito rsrs -, de modo que desde aquele momento eu já tinha a convicção de que a minha vida seria dedicada ao serviço público, de alguma forma.
Ademais, meus pais, por serem servidores públicos, sempre me incentivaram a fazer concurso público, o que me ajudou bastante nessa caminhada.
Estratégia: Por que escolheu a área policial? Tem algum parente policial que te inspirou?
José: Confesso que nunca pensei em fazer concurso para a área policial. Meu objetivo sempre foi ingressar na carreira da Magistratura ou do Ministério Público. Ocorre que surgiu a oportunidade de prestar o concurso para Delegado de Polícia do meu Estado (PC/PA) e, estudando as atribuições, conhecendo-as melhor, passei a gostar muito! Afinal de contas, lidar com a população diretamente, como fazem os agentes da Polícia Judiciária, é algo extremamente gratificante. Poder ajudar as pessoas, de alguma forma, é muito bom, e a Polícia investigativa é a porta de entrada do Sistema de Justiça.
Então, como eram três cargos para o mesmo órgão (quais sejam, Delegado, Investigador e Escrivão), fiz o que sempre faço: prestei concurso para os três. Claro que foquei no que realmente eu queria – a saber, Delegado -, e, consequentemente, acabei estudando para todos, já que as matérias são similares. Depois da prova de Delegado eu assisti apenas a umas revisões da semana (e de véspera) da prova para Investigador e Escrivão, somente no que diz respeito a conteúdos que eu tinha mais dificuldade (ou seja, que não caíam para Delegado), como contabilidade, estatística e raciocínio lógico.
Neste diapasão, importante que se diga que os conhecimentos vão sendo acumulados ao longo do tempo. É dizer: o que você estudou há anos atrás para algum concurso servirá, em algum momento, e sob alguma medida, para o que você está prestando atualmente. Foi, para mim, o caso de raciocínio lógico e contabilidade pública, os quais eu havia estudado, respectivamente, para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região e para o Ministério Público de Contas do Estado do Pará. Apenas com essas revisões de véspera e da semana antes da prova eu consegui lembrar de muita coisa relacionada a essas e outras disciplinas.
Enfim, graças a Deus, consegui um resultado bastante positivo tanto para Delegado quanto para Investigador (esse último ficando em 15º lugar), apenas estudando para o primeiro cargo.
Estratégia: O fato de lidar com o crime no dia a dia gerou algum tipo de medo em você ou em sua família?
José: Sem dúvidas os cargos policiais, quaisquer que sejam, envolvem certo grau de risco. Uns mais, outros menos. Nada obstante, a realidade amazônica é bastante desafiadora em vários aspectos, inclusive este – devido, sobretudo, sua grande extensão territorial e a desigualdade socioeconômica lá presente -, de maneira que é natural sentirmos algum desconforto no tocante à segurança (em especial, minha família).
Mas, riscos sempre haverá, em qualquer área, e devemos enfrentar isso com tranquilidade, serenidade e coragem. Assim, tanto eu quanto a minha família estamos nos acostumando com essa ideia de eu ter que morar longe e sob condições adversas.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
José: Nesse período de estudos para esse e outros concursos eu não trabalhava. Apenas ficava em casa estudando, o que, de fato, não deixa de ser cansativo e desgastante – sobretudo se considerarmos que a maior parte do meu tempo eu ficava em casa, sem sair e ver pessoas.
Claro que, para algumas pessoas, o desafio de se manter focado por muito tempo é ainda maior, considerando-se que, em casa, há uma série de distrações que precisam ser evitadas – tais como computador, televisão, celular, videogame etc. Portanto, a questão do cuidado em não perder o foco, a disciplina e a constância nos estudos aumenta ainda mais se você se mantiver em casa estudando por tanto tempo, sem trabalhar.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e colocação?
José: Eu estudo para concursos desde o início da faculdade. O primeiro concurso em que fui aprovado foi o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ/PA) em 2014, para Técnico Judiciário. Fiquei em uma colocação muito distante do número de vagas, até porque estava no início da faculdade (4º período do curso), de modo que a maioria das disciplinas lá cobradas eu sequer havia aprendido. Mas, sem dúvidas, já serviu como uma grande experiência.
Em 2017, fui aprovado na OAB, na primeira prova do 9º período do curso de Direito, e no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), polo Paragominas/PA, nos cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária (4º lugar) e Técnico Judiciário (12º lugar).
Já em 2019, no Ministério Público de Contas do Estado do Pará (MPC/PA), ficando em 4º lugar para o cargo de Assistente Ministerial de Controle Externo.
E em 2020, fui aprovado no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA), na 17ª colocação para o cargo de Analista Judiciário – Área Administrativa, e no Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ/PA) para os cargos de Técnico Judiciário – Polo Belém (5º lugar) e Analista Judiciário – Polo Capanema/PA (26º lugar).
Agora, por fim, na Polícia Civil do Estado do Pará, fiquei na 15ª posição para o cargo de Investigador – aguardando, claro, as próximas fases – e esperando o resultado pós-recurso do cargo de Delegado para saber minha colocação.
Observa-se que, embora eu tenha sido aprovado em todos esses concursos, e em ótimas colocações, ainda não fui chamado em nenhum deles. Daí a importância de continuar estudando para outros, melhores do que você já passou, a fim de que, na hora em que você for chamado, você possa escolher em qual vai tomar posse.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
José: Sempre é uma sensação absurdamente gratificante e emocionante. Você olha para trás e vê que todo o seu sacrifício, renúncias e desgaste emocional e físico valeram a pena. E o melhor de tudo é dizer para as pessoas o quão maravilhoso Deus é e o quanto Ele te ama, a ponto de te proporcionar essas conquistas.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
José: Então, eu sempre digo que concurso envolve renúncias, cansaço emocional e abdicação de muita coisa. No meu caso, não foi diferente. Eu realmente deixei de sair de casa por muito tempo, até porque o nível de preparação para a prova de Delegado deveria ser bem maior do que os demais para os quais eu já havia estudado, então sabia que a minha renúncia deveria ser ainda mais proeminente. Isso se somou ao fato de que o número de casos de infecção por Covid se elevou substancialmente na época de estudos para esse concurso em específico, o que me fez ficar ainda mais enclausurado do que de costume.
Agora, por outro lado, é importante se dizer que estudar para concursos não significa que você vai deixar de viver. Não, não tem nada disso. Mas, significa que, ao sair, deverei compensar o estudo desse dia que eu saí em outro dia e/ou voltar mais cedo da resenha com os amigos para acordar no dia seguinte cedo e estudar. Significa, também, que terei de ir menos para baladas, shows, sair com os amigos, etc. A renúncia, repise-se, é fundamental para a aprovação em um concurso; mas, com uma organização, disciplina, você consegue fazer outras coisas e não se “isolar” totalmente do mundo externo – até porque tal conduta não lhe fará bem, no que diz respeito à sua saúde física e mental.
É importante, também, mesmo perto da prova (e isso eu nunca deixei de fazer), malhar, fazer exercícios físicos, frequentar uma igreja e, claro, ter um tempinho com a sua família e com as pessoas que você ama. Isso lhe fará render muito mais nos seus estudos, até porque a mente precisa desse descanso.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
José: Eu sou solteiro, não tenho filhos e moro com meus pais. Graças a Deus, minha família sempre me apoiou e me incentivou nessa caminhada de concurseiro. O mero fato de estar em casa, sem precisar trabalhar, é algo bastante representativo do quanto eles me amam, a ponto de me manterem apenas estudando, o que, sem dúvidas, é algo raro. E isso me motiva ainda mais a buscar o cargo que eu tanto almejo, já que penso que eles merecem o mínimo de retribuição da minha parte – embora nunca peçam nada nesse sentido.
Aliás, importante frisar que o que você pode fazer pelos outros, pela sua família, pelos seus amigos, enfim, pessoas que você deseja ajudar de alguma forma, é algo que te motiva ainda mais a perquirir os seus objetivos. Às vezes bate um cansaço, um desânimo, mas pensar que você tem uma finalidade bem maior do que simplesmente tomar posse e receber sua remuneração no final do mês te faz ter mais forças para estudar e conquistar o que você tanto almeja. É o meu caso. Tudo o que eu conquisto, na minha vida, dedico primeiramente a Deus, e, depois, à minha família, que não mede esforços para me ver feliz.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é e se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo)
José: Sim. Eu sempre digo que os “concursos-meio” são muito importantes para, primeiro, te colocar numa posição confortável, do tipo “ah, eu já tenho um garantido, agora posso estudar com mais confiança e tranquilidade para o cargo-fim”; segundo, que passar nesses concursos te motiva ainda mais a estudar para conseguir os melhores. Você percebe que está no caminho certo, e que, portanto, pode conseguir galgar voos mais altos.
Claro que o fato de você passar em concursos-meio não pode te deixar acomodado. Pense sempre que aquilo é uma escada e que, pouco a pouco, você adquire conhecimento e carga teórica, o que te permite passar em vários outros – desde que você continue estudando com constância e disciplina. Ademais, ressalte-se que você deve manter uma linha coerente de estudos. Não adianta você querer estudar por vários anos para tribunais e, depois, estudar para o Banco do Brasil, por exemplo, já que são matérias completamente distintas – e, por isso, você recomeçaria do zero.
Como disse, fiz vários concursos-meio, passei neles, evoluí para Delegado e obtive um resultado muito bom neste último. Agora, estou preparado para enfrentar voos mais altos ainda, como Magistratura e Ministério Público. Tudo é uma mistura de conhecimentos adquiridos ao longo do tempo, os quais, unidos, te permitem chegar ao ápice, que é a tão sonhada aprovação.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
José: Estudei cerca de nove meses para o cargo de Delegado de Polícia, tão somente. Passar para investigador nessa colocação foi, repito, apenas consequência.
Estratégia: Durante a fase pré-edital, como fazia para manter a disciplina nos estudos?
José: Realmente falar sobre disciplina é difícil, pois é algo bastante individual. Uns têm, outros não. Mas os que não possuem devem se esforçar para conseguir, já que todos temos igual capacidade. Ademais, voltando à pergunta anterior, pense naquilo que te motiva, no que você pode fazer enquanto agente público para ajudar os que necessitam. Sem dúvidas, isso te trará mais forças a perseguir a disciplina necessária.
No que diz respeito aos estudos em si, eu estudava conforme o edital anterior – e isso já sabendo que o edital da Polícia Civil estava prestes a ser publicado. A regra é simples: basta comprar o material do Estratégia, dirigido ao concurso que você quer, e pronto: nem precisa ver se está ou não no edital, já que aqueles materiais já trazem exatamente aquilo que você precisa estudar. Você só vai ter o trabalho de estudar mesmo rsrs.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens de cada um?
José: Estudei basicamente por materiais em PDF – somente medicina legal que eu estudei por videoaula. Isso porque a ela, embora você aprenda, te faz “perder” mais tempo. Eu, pelo menos, só consigo aprender lendo em voz alta, anotando e revisando. Agora imagina você ter que anotar tudo da videoaula, para depois revisar, marcar, reler etc… Não há tempo para isso, definitivamente.
Sem contar que todos os PDFs são autossuficientes: trazem em seu bojo a doutrina, a jurisprudência, as questões comentadas, etc. Ou seja, tudo o que você precisa está lá. De modo que o que eu faço (e sugiro a você, leitor, a fazer) é imprimir os materiais, marcá-los, anotar neles as coisas mais importantes na própria capa – de maneira a permitir sua revisão mais fácil, daqui a 15/20/30 dias – e fazer os exercícios comentados ao final para reforçar aquilo que você aprendeu no PDF. Alguns dias depois, você refaz algumas questões aleatórias do mesmo e, assim, conseguirá gravar por muito tempo o que você estudou.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
José: Conheci em 2016, por meio de um anúncio no YouTube. Na época, estava em andamento o concurso do Tribunal de Contas do Estado do Pará, e eu precisava de um material bom para estudar nas folgas da faculdade. Resolvi, então, comprar o curso de Regimento Interno da Corte, apenas, e me apaixonei pelo material.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concurseiro é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
José: Então, eu nunca fui de fazer um cronograma para estudar para concurso. Sempre fiz da seguinte forma: pego, por exemplo, o material 01 de Constitucional. Leio ele todo, grifo, escrevo (e escrever é muito importante, não só para memorizar, mas, sobretudo, para depois revisar e me ajudar já na hora da prova discursiva), leio em voz alta, faço os exercícios comentados ao final e faço um esquema de revisões de modo a reler aquilo que eu escrevi de mais importante na capa do próprio material e refazer alguns exercícios comentados, na periodicidade 15, 20 e 30 dias em média.
Depois, pego, por exemplo, o material 01 de Administrativo, e faço o mesmo; depois, o 01 de penal, e faço o mesmo; depois, fecho o ciclo e volto para o 02 de constitucional, 02 de administrativo, 02 de penal etc. Ou, para a leitura não ficar cansativa, posso mesclar o material 01 de constitucional com o 01 de penal; acabei com eles, parto para o 01 de administrativo e 01 de civil. Acabo com eles. Não mais do que 2 ou 3 materiais ao mesmo tempo devo ler, porque, senão (pelo menos pra mim), eu me sinto perdido. Claro que cada um tem seu método, e nenhum é o correto. Faça o que você se sente melhor para fazer.
Agora, importante frisar que o esquema de revisões varia de acordo com a proximidade da prova e com a importância de cada disciplina. Como assim? Suponhamos que saiu o edital e a prova será daqui a 3 meses. Nesse caso, eu apenas vou “queimar edital” (leia-se: estudar coisas novas), com preferência naquelas matérias que mais têm peso na prova e/ou que eu tenho mais dificuldade, que eu sei menos. E aí, um ponto ou outro eu faço uma rápida revisão (já que o tempo é curtíssimo), especialmente em pontos de extrema importância/incidência nessa prova, para tentar memorizar.
Outro exemplo: suponhamos que eu tenho bastante tempo até a prova. Bem, nesse caso o método de revisão tem que ser mais aprofundado, do tipo que eu citei anteriormente (ex: estudei hoje; reviso daqui a 15 dias isso; depois, reviso mais uma vez daqui a 20 dias; depois, reviso mais uma vez a mesma coisa daqui a 30 dias, e refaço os exercícios comentados – alguns, claro, porque são muitos). Agora, por óbvio, esse método de revisão tem que privilegiar, igualmente, os assuntos mais difíceis e com mais incidência/peso na prova. Não posso perder tempo revendo desta forma uma matéria com pouquíssima expressividade, de pouco peso, com pouca incidência na prova.
E mais: se a tua prova trouxer regimento interno/legislação dos servidores, com o mesmo peso das demais matérias e número de questões. Então, meu amigo, DECORE o tal do regimento. Leia e releia várias vezes, inclusive perto da prova, porque você não pode errar uma sequer! Questões “letra de lei”, dessa forma, não podem ser perdidas.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
José: As maiores dificuldades geralmente são aquelas que não possuem correspondência com o seu curso de graduação e que possuem algum tipo de cálculo. Por exemplo, raciocínio lógico, estatística, contabilidade, medicina legal etc. Nesse caso, sugiro que você veja vídeo aula, porque a disciplina fica mais compreensível e “degustável”. Era o que eu fazia.
Aliás, a videoaula é importante para isso: se você estiver cansado, a leitura está incomodando sua vista, ou você não consegue de jeito nenhum se concentrar, a videoaula vai te suprir nesse ponto. Ela é bem menos cansativa – embora, repise-se, seja mais demorada.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana anterior à prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
José: A minha semana de estudos anterior à prova é sempre a mesma: vejo as videoaulas de revisão que algumas plataformas disponibilizam no YouTube, como o Estratégia, e releio alguns pontos que preciso memorizar, bem como leis importantes, além de fazer bastante exercício de matérias que eu já estudei anteriormente. Se, eventualmente, eu sentir que preciso voltar a algum material para relembrar de algo importante, o exercício me indicará a qual eu devo voltar (rapidamente, claro).
E véspera de prova, igualmente, é sempre a mesma coisa: vejo a revisão de véspera que plataformas como o Estratégia disponibilizam – e ATÉ O FINAL!!! Seja guerreiro! Depois, como algo leve e durmo bem cedo. No dia seguinte, só correr para o abraço rsrs.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
José: Conforme já mencionado, a preparação para a prova discursiva é feita, principalmente, por meio dos escritos no próprio PDF que eu estudei (lembre-se: anote as coisas mais importantes na capa do seu PDF; depois, na revisão, você vai pegar para ler basicamente o que está lá escrito, além, claro, alguns exercícios comentados que você já tenha feito). Mas, como eu estudei para Delegado, prova na qual exigia do candidato a realização de uma peça prático-profissional, precisei comprar um curso somente de peças – que, no meu caso, foi do Estratégia.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF? E como foi essa prova?
José: O TAF acontecerá daqui a algumas semanas. Nesse caso, contratei um professor para me ajudar nos treinos. Ele monta um treino para mim na academia voltado exclusivamente para esta prova. Concomitantemente a isso, claro, eu corro nas ruas (especialmente quando o Sol está forte), e de máscara, devido à alta probabilidade de o TAF me exigir correr de máscara.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
José: Acredito que o meu maior erro nessa prova foi o de não valorizar muito a legislação estadual do Pará. Explico: eu me dediquei quase que exclusivamente aos estudos de Penal e processo penal (matérias que, além de possuírem mais questões que as demais, tinham um peso maior também), e, como a legislação estadual cairia junto de Direito Administrativo (que eu possuo grande afinidade, ressalte-se), eu imaginei: “ah, devem cair umas duas ou três questões (das 8, no total) no máximo de Legislação estadual e o resto tudo de Administrativo stricto sensu; então, não priorizarei elas”. Para a minha surpresa, 7 questões, das 8, eram de legislação estadual; e apenas uma de administrativo (que eu sabia) – no caso, da prova de Delegado. Foi o que fez cair a minha nota consideravelmente.
No tocante aos acertos, creio que o meu principal acerto foi nunca ter perdido a disciplina e a constância nos estudos. Renunciei bastante, e isso foi bastante difícil, claro. Mas o momento do retorno está bem próximo, e é assim que as coisas funcionam: você perde algumas coisas para ganhar outras, e vice-versa. Basta você colocar na balança o que é mais “lucrativo”, no seu ponto de vista.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
José: Não, jamais pensei em desistir, porque essa palavra não existe no meu vocabulário. Precisamos ser fortes e corajosos em nossa caminhada, mesmo nas piores adversidades. Claro que momentos difíceis todos passamos, e, como somos seres humanos, sofremos, porque temos sentimentos. Neste caso, o que sempre fiz na minha vida é pedir a Deus forças para continuar na luta, bem como equilíbrio emocional. Entrego tudo nas mãos dEle, e o fardo se torna, indubitavelmente, mais leve.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
José: Minha família. É o meu bem maior. É por eles, também, toda a minha renúncia e sacrifício. Não obstante, quero dar uma vida digna à minha esposa e meus filhos, quando os tiver, além de ser lembrado como alguém que fez algo de importante para o meu país.
Por fim, remeto-me a uma frase que li certa vez, cuja autoria é atribuída a São José Maria Escrivá: “Se pretendes servir a Deus com a tua inteligência, então estudar, para ti, é uma obrigação grave”. Servir a Deus por meio da minha capacidade intelectual, para mim, já paga o preço do esforço.
Estratégia: O que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
José: Eu sempre digo que, por mais difícil que seja a sua situação, sempre alguém, em situação mais complicada ainda, gostaria de estar no seu lugar.
Dito isso, valorize seus estudos e a sua oportunidade, que poucos possuem. Faça um esforço para manter a disciplina e a constância neles, mentalizando, sempre, que você é um veículo de transformação nas vidas das pessoas – em especial, das que você ama e quer o bem. Essas pessoas que você ama precisam de você!! Portanto, por mais que você não se sinta capaz, pense que você é privilegiado por ter essa oportunidade única de estudar e mudar de vida. Pense que existem pessoas que acreditam no seu potencial e querem te ver feliz, realizado pessoal e profissionalmente.
Como diz Saint-Exupéry: “tu te tornas eternamente responsável pelas pessoas que cativa”. Se não for por você, pense que os seus estudos e a sua dedicação pessoal influirão decisivamente nas vidas de outras pessoas – talvez, para sempre.
Por fim, não desanime nas reprovações, no número de vagas, na quantidade de inscritos… O conhecimento que você vai adquirindo ao longo das provas que você for fazendo vai se somando com o passar do tempo. Ao manter a disciplina e o foco nos estudos, você adquire uma bagagem teórica tão proeminente que, em determinado momento, você chega ao ápice da montanha, que é a tão sonhada aprovação. Mas, não esqueça: mantenha a constância e não desanime! O nosso tempo nem sempre coincide com o de Deus.