Aprovado em 13° lugar no concurso PC RN no cargo de Agente

“Acho que o primeiro passo é definir uma área de estudos(…) Depois de decidir, focar no concurso mais próximo e seguir a Trilha Estratégica até a pessoa pegar um feeling de quais matérias estudar. Não ter que se preocupar com planejamento de estudos é uma benção. Você ganha tempo”
Confira nossa entrevista com João Lucas Galvão, aprovado em 13° lugar no concurso PC RN no cargo de Agente:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
João Lucas Galvão: Sou formado em Engenharia Mecânica, tenho 29 anos e sou de Nova Friburgo/RJ.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
João: Entrei na faculdade em 2010 e o mercado para o engenheiro era excelente. Nessa época, o único concurso que eu conhecia era o da Petrobras e bancos. Nunca me interessei pela área bancária, apesar de minha mãe sempre falar para fazer. Antes de 2018 eu sempre fiz Petrobras (engenharia), e para os Institutos federais, UFF e UFRJ para cargos de assistente administrativo. Nessa época eu trabalhava em uma empresa privada e me decepcionei com as condições impostas pelo mercado de trabalho. Em 2018, resolvi me dedicar 100% para concursos. Conheci o Estratégia e comecei a estudar para o concurso da Petrobras para Engenheiro (março) e não rolou, fiquei muito perto de classificar. Essa prova, se não me engano, foi em junho. Depois fiz MPU (agosto) e também bati na trave. Minha preparação para essas duas provas foram feitas pós edital. Se eu tivesse o conhecimento/dedicação que tenho hoje e tivesse feito uma preparação pré-edital, acho que teria passado nessas duas provas.
Em abril de 2019 fiz a prova de técnico da defensoria/RJ e acabei ficando no cadastro de reserva. Já foi uma sensação boa. Aí comecei a pensar que odiaria ter que trabalhar todos os dias em um escritório, ter uma rotina fixa e repetitiva. Comecei a pesquisar sobre a PCERJ e tomei uma decisão de que queria seguir essa carreira. Iniciei os estudos para área policial colocando com foco final a PF. A partir daí saíram diversos editais policiais, PCDF, PCPR, PCRN, PF, PRF, DEPEN…acabei fazendo a inscrição para todos esses cargos (risos).
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
João: Antes de 2018 eu trabalhava e estudava. Depois disso eu passei a só estudar por um tempo. E nesse meio tempo, comecei um mestrado. Estava enlouquecendo de só estudar (precisava de um contato com outras pessoas, socializar). Concilio até hoje o mestrado com os estudos para concurso.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
João: Em abril de 2019 passei em 15° no CR para o cargo de técnico médio da defensoria do RJ.
Estou ainda participando do concurso da PRF como excedente, aguardando a convocação da segunda ou terceira turma. Fiquei na posição 2374.
Fui aprovado dentro das vagas para agente da PCRN em 13° com a redação. Temporariamente estou aprovado na PCDF e PCPR (aguardando a nota da redação).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as) na primeira fase do certame?
João: É uma sensação indescritível, você procura seu nome no CTRL + F várias vezes para ter certeza que é seu nome. E mesmo assim não acredita. Envia para a família para garantir que é você mesmo e comemora junto.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
João: Foquei totalmente nos estudos. Acabou que uma grande parte dos meus estudos ocorreu durante a pandemia e com isso eu só me reunia com os familiares. Admito que era um pouco radical nos estudos. Eu me sentia culpado quando relaxava um pouco assistindo um Netflix ou fazendo qualquer outra coisa que não estudar.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
João: Moro com minha mãe e meu irmão. Tenho uma namorada que me apoiou desde o início dos estudos. Quando contei para os meus pais sobre a minha escolha de ser policial eu não tive muito apoio. Tive muito mais apoio dos meus irmãos e da família da minha namorada. Mas depois de todo o processo da PRF (ada etapa foi uma luta e tal), Meus pais passaram a entender que o negócio era sério e hoje me apoiam. Vibram com cada aprovação, por cada fase do concurso.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
João: Acho que não vale a pena. A pessoa tem que escolher uma área e focar nela. Eu perdi muito tempo pulando de um edital para outro. Durante essa jornada policial, meu foco passou a ser a PF, mas acabei batendo na trave. Hoje eu pretendo ingressar na PRF e ficar por lá mesmo. Passei a conhecer mais a carreira e me encantei.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
João: Focado para área policial, desde abril de 2019. Então, não estudei apenas para um edital, acabei estudando para uma área o que me permitiu fazer todas essas provas.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
João: Meus estudos acabaram sendo com edital na praça. Mas a pandemia permitiu que o edital ficasse na praça por anos, como o da PCDF. E isso me ajudou a construir uma boa base. Eu sempre coloquei o estudo para concursos como a coisa mais importante do meu dia. Então, eu acordava sempre cedo e já começava a estudar. Era a primeira coisa que eu fazia no meu dia. Porque com o decorrer do dia ia ficando cansado e deixava outras atividades sem tanta relevância para o final do dia.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
João: Utilizei basicamente o PDFs. E fui seguindo as Trilhas Estratégicas.
Gostava das videoaulas da hora da verdade, geralmente na semana da prova.
Os PDFs do Estratégia são bem completos e eu sempre fazia todos os exercícios. Só na parte de RLM que não fiz muitos. Tinha facilidade.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
João: Conheci através do YouTube. Assisti algumas entrevistas dos aprovados e baixei os PDFs demonstrativos.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
João: Eu estudava várias matérias por dia (pelo menos 4). Cada matéria 1h30min. Fiz resumos de algumas matérias como, por exemplo, direito penal, processual penal. Direito administrativo e constitucional eu utilizava os mapas e resumos disponíveis no material. RLM e contabilidade foquei nos exercícios. Eu li a teoria pelo menos uma vez de todas as matérias. Depois eu focava nos resumos, mapas, exercícios e simulado. Ficava rodando esse ciclo. Fiz muitas questões.
As questões do PDF foram feitas no mínimo umas 3 vezes. Estudava em média 40h semanais pós edital. Utilizei a Trilha Estratégica como plano de estudos. Quando eu terminava a Trilha da semana antes do tempo eu pegava a tarefa que eu tive dificuldades e refazia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
João: Minha maior dificuldade foi português. Fiz diversos exercícios, assisti videoaulas de provas resolvidas e, ainda assim, fiquei meio capenga nela. Acho a matéria mais difícil do concurso.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
João: Na semana que antecedeu a prova eu foquei na Trilha e assisti A Hora da verdade quando disponível. Utilizava as videoaulas para descansar um pouco. Nas vésperas das provas eu só assistia à Revisão de véspera na hora da redação com Gracioli.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
João: Eu recomendo ler os PDFs disponíveis no Estratégia que falam de diversos temas de redação. Assistir alguns vídeos de possíveis temas disponíveis no YouTube (do mago da redação e do Gracioli) e também, fazer uma redação por semana. Se for possível, contrate um profissional para corrigi-la e apontar os seus erros. Lembro de ter comprado um pacote de 10 redações e foi suficiente para mim.
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
João: Durante a preparação para as provas objetivas eu continuei praticando atividades físicas. Então, no momento eu faço musculação e corrida para manter os índices exigidos pelo edital.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
João: Não definir uma área de estudos desde o início. Tentar ser perfeito em todas as matérias e não seguir adiante (tem que praticar o desapego com algumas matérias que não entram na cabeça, às vezes insistir não compensa).
Os maiores acertos: ter disciplina, mesmo nos dias em que estava exausto eu tentava fazer pelo menos 1 hora; ter feito muitas questões; utilizar a Trilha porque eu não queria perder tempo com planejamento.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
João: O mais difícil foi dizer não para as pessoas queridas. É muito fácil dizer sim, mas dizer não para quem a gente gosta dói demais. Hoje em dia, o nível dos concursos está tão alto que temos que abrir mão de muitas coisas. E as pessoas não entendem. Nunca pensei em desistir, não tinha outra opção. Não queria voltar para a iniciativa privada de jeito nenhum. Claro que teve dias que não tinha o mínimo saco para estudar, mas insistia e fazia pelo menos uma hora. Assistia algum vídeo motivacional do cargo e partia pra cima.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
João: Falta de dinheiro. Possibilidade de ajudar meus pais. Atividades dinâmicas do cargo. Servir de alguma forma a sociedade. Ter um reconhecimento profissional.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar onde você chegou!
João: Acho que o primeiro passo é definir uma área de estudos (policial, fiscal, tribunais…), eu acabei perdendo um tempo no início por não ter definido. Pulava de edital para edital sem ter uma área fim. Depois de decidir, focar no concurso mais próximo e seguir a Trilha Estratégica até a pessoa pegar um feeling de quais matérias estudar. Não ter que se preocupar com planejamento de estudos é uma benção. Você ganha tempo.