Aprovado em 11° lugar no concurso ICMBio para o cargo de Analista Ambiental no Pará
Concursos Públicos
“A didática do Estratégia é muito boa, as questões comentadas ao final dos PDFs ajudaram muito, mas o maior diferencial, para mim, foram os simulados pós-edital. Na semana posterior a cada simulado eu tentava preencher as lacunas e corrigir os erros, não à toa, fui galgando colocações nos rankings e no dia da prova senti que estava fazendo apenas mais um dos simulados, convencido de que teria, igualmente, bom desempenho.”
Confira nossa entrevista com Henrique Marinho Cavalcanti, aprovado em 11° lugar no concurso ICMBio para o cargo de Analista Ambiental no Pará:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo.
Henrique Marinho: Meu nome é Henrique Marinho Cavalcanti, tenho 28 anos, sou engenheiro agrônomo de João Pessoa – PB.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Henrique: Acredito que o fato de ter crescido num ambiente de muito estímulo à educação. A premissa do estudo como condição para o sucesso sempre foi muito presente na minha cabeça. Além disso, minha adolescência, e até início da graduação, foram numa época em que os concursos estavam muito em alta no país, testemunhei pessoas daqui da minha realidade que lograram êxito pelos concursos, então já antes de me formar eu queria isso para mim também.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Henrique: Não, apenas estudava em tempo integral. Vinha trabalhando como “freelancer”, mas graças ao apoio da minha companheira e de minha mãe, pude me dar ao luxo de represar os projetos para depois da prova.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Henrique: Nenhum. Antes do ICMBio eu apenas havia me aventurado a fazer o concurso para temporário do IBGE, de analista censitário em Geoprocessamento, mas sem muito compromisso e expectativas, devo ter estudado apenas um mês para aquele certame. Coincidentemente também ficara em 11° lugar, mas só tinha uma vaga para minha localidade. Acontece que justamente quando eu me formei, o atual presidente decretou a suspensão de praticamente todos os concursos possíveis para minha área, por isso tenho baixa experiência em provas.
Agora, que aquele decreto não mais impede abertura de certames federais, talvez eu me dedique para o concurso do MAPA. Mas sem planos e pressões. No ICMBio sinto-me realizado por atuar pelo meio ambiente, que tanto amo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Henrique: Inexistente, risos. Depois da autorização do concurso do ICMBio, quando decidi encará-lo, interrompi todos os compromissos e projetos, não só profissionais, como também os pessoais. Para ilustrar a radicalização: abstive-me de comparecer às reuniões familiares de fim de ano. Se alguém pudesse me testemunhar nas noites de Natal e Réveillon, lá estava eu, estudando, obstinado a cumprir as metas de estudo do dia.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Henrique: Não tenho filhos. Vivo com minha companheira, que por coincidência, já é analista ambiental do ICMBio – daí já se presume quanta compreensão, encorajamento e apoio eu tive, além de ser uma pessoa extremamente silenciosa, o que me veio a calhar no ambiente de estudos (risos). Minha família apoiou muito, pode-se dizer que é entusiasta dos concursos públicos, sobretudo minha mãe (risos). E meus amigos também compreenderam meu momento e torceram por mim. Graças a Deus tive todos os fatores favoráveis ao meu êxito.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Henrique: Para o ICMBio foram aproximadamente quatro meses e meio. Para manter a disciplina eu usava um aplicativo de contagem de horas diárias de estudos, para me forçar a ter uma objetivo a cada dia.
Eu tentava não encarar a jornada como um todo, mas segmentar em metas de curto prazo. Acho que o segredo é viver no presente, pensar que a preparação não são X meses, mas que a preparação é hoje, e ao lidar com um dia de cada vez eu me sentia mais motivado. É muito melhor do que ficar projetando diante de si uma “estrada gigantesca de estudos”.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Henrique: PDF e videoaulas. A escolha de um ou outro ia de acordo com a disciplina: aquelas que eram mais lei seca, mais preto no branco eu ia direto no PDF, as que eram mais complexas, com mais sutilezas, eu usava as videoaulas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Henrique: Não sei ao certo, acho que buscando na internet por conteúdos para estudo. Convenhamos que no universo dos concursos conhecer o Estratégia é tão natural quanto no universo do futebol a pessoa conhecer Neymar ou Ronaldinho. É um grupo que protagoniza e tem uma presença muito forte na web. Escolhi o Estratégia pelos resultados de seus alunos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Henrique: Sim, ter acesso a um material tão completo e bem “mastigadinho” me fez pensar que aqueles que não tem acesso já estão em grande desvantagem. Antes eu precisava sair garimpando conteúdo para estudar pelo Google, muita coisa incompleta e desatualizada. A didática do Estratégia é muito boa, as questões comentadas ao final dos PDFs ajudaram muito, mas o maior diferencial, para mim, foram os simulados pós-edital. Na semana posterior a cada simulado eu tentava preencher as lacunas e corrigir os erros, não à toa, fui galgando colocações nos rankings e no dia da prova senti que estava fazendo apenas mais um dos simulados, convencido de que teria, igualmente, bom desempenho.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Henrique: Antes do edital eu estudava 7h líquidas/dia. No pós edital eram 8h líquidas/ dia, e às vezes até mais. Embasei-me na quantidade de questões que cada disciplina constava nas provas anteriores, e distribuí, nas horas diárias de estudo, uma quantidade de horas proporcionais, considerando também o que eu tinha mais facilidade ou dificuldade. Mas nada muito rígido e engessado, me preocupei muito mais em agir, fazer, do que planejar em como, quando e quanto fazer – afinal, o tempo previsto para a realização das provas era curtíssimo em face ao imenso volume de conteúdo.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Henrique: Eu era a “pessoa dos resumos e mapas mentais” (risos). Gostava de anotar, acelerava a assimilação do conteúdo, mesmo contando com o tempo para confeccioná-los. Eu revisava exaustivamente. Os simulados, como relatei, foram importantíssimos.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Henrique: Não sei ao certo quantas questões, mas foram centenas. Algumas disciplinas eu nem resolvia tantos exercícios, ficava mais nos resumos mesmo. Já outras eu dava imensa atenção às questões, sobretudo aqueles cujos conteúdos mais abertos me davam dor de cabeça, o caminho foi saber mais ou menos como e o quê a banca gosta de cobrar para direcionar o estudo.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Henrique: Justamente essas mais abertas, como Biodiversidade conhecida e desconhecida no Brasil; Pedologia; Meteorologia e climatologia; Biomas e fitofisionomias brasileiros, etc. São tópicos que são universos à parte, impossíveis de sequer tentar saber tudo. A solução para mim foi focar naquilo que a banca gosta de cobrar mais desses assuntos, pelas questões. Por coerência da banca (ou sorte nossa, risos) há uma tendência de não fugir tanto do que já se cobrava antes.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Henrique: Na semana que antecedeu foi só revisão daquilo que eu tinha anotado e o simulado final do estratégia, e na véspera assisti à live com as apostas e revisões dos professores.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Henrique: Pela característica da banca (que foca muito no conteúdo do texto) e do tema cobrado, estou seguro de que o principal que contou para mim foi o conhecimento prévio que eu amealhara desde a graduação, passando por cursos de capacitação e estudos autodidata sobre o assunto. Além disso, aprendi toda a parte técnica de redação de textos com o excelente professor do Estratégia. É de suma importância seguir a estrutura que o professor passa, uma vez que a banca é muito rigorosa quanto a isso. Graças a Deus a discursiva teve um peso enorme na minha aprovação.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Henrique: Meu principal erro foi me aprofundar demasiadamente em tópicos do edital de menor relevância para a prova, ou cuja cobrança não foi tão no detalhe assim. Poderia ter focado mais tempo e energia em assuntos mais “quentes” para a prova. Mas era difícil prever…
Meus principais acertos foram ter confiança no processo e radicalizar na constância dos estudos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Henrique: Não, em momento algum.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Henrique: É fazer o que precisa ser feito. Assim como o agricultor, que para colher, precisa arar, adubar, capinar o e semear terreno, o concurseiro precisa estudar muito. Há que renunciar, esforçar-se diariamente, mas o que à primeira vista parece um empreendimento impossível, vai se tornando um hábito, e quando vira hábito, o corpo vai se adaptando e a mente vai se condicionando. É um esforço hercúleo, mas plenamente possível. Em última análise, para aqueles que dispõem dos fatores básicos como tempo e material de estudo, a chave é o firme direcionamento da vontade para o objetivo.