Aprovada em 98° lugar no concurso PC RN no cargo de Agente

“A minha dica principal para quem está iniciando é ter ciência de como se sente em relação ao que escolheu, se é ser policial, fiscal, magistrado, etc., identificar o que necessita, conhecer as melhores estratégias e ferramentas, trabalhar em cima delas (muita dedicação), e mais tardar conseguirá a tão almejada aprovação”
Confira nossa entrevista com Gláucia Urbano, aprovada em 98° lugar no concurso PC RN no cargo de Agente:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Gláucia Urbano: Sou formada em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tenho 33 anos, sou de São Paulo do Potengi – RN, mas moro em Natal há 14 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Gláucia: Tenho familiares no serviço público e ser funcionária pública passou a ser meu objetivo desde o término da faculdade. Ter trabalhado na iniciativa privada alimentou ainda mais esse desejo. Eu me encantei com a área policial quando passei a estudar Direito Penal e Direito Processual Penal para o concurso do Tribunal de Justiça do RN (concurso que nunca houve).
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava?
Gláucia: Eu tive a oportunidade e privilégio de me dedicar inteiramente aos estudos. Até tentei estudar enquanto estava trabalhando, mas a pressão por produtividade no trabalho era tão grande, que eu não tinha energia para estudar. Foi quando decidi que, se eu quisesse ter mais qualidade de vida, eu teria que sair do trabalho e meter a cara nos estudos para concursos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Gláucia: Em 2014 eu fui aprovada para o cargo de Escrivão de Polícia Civil no estado do Tocantins na posição 87. Fui aprovada nas demais etapas (TAF, exames médicos, psicotécnico), mas quando me chamaram para o curso de formação em 2016 eu decidi, por questões pessoais, que não iria assumir o concurso, desistindo de ir fazer o curso de formação.
A última aprovação é o de Agente de Polícia Civil do Rio Grande do Norte na posição 98.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as) na primeira fase do certame?
Gláucia: Nossa, foi uma alegria imensa, uma gratidão enorme a Deus por essa vitória. Quando foi publicado no Diário Oficial o resultado definitivo da prova objetiva, senti uma emoção incrível.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Gláucia: Eu praticamente não tive vida social durante esse período. Tive que me afastar de familiares, amigos, e até mesmo meu namorado só me encontrava final de semana, consciente dee que eu ainda aproveitaria momentos vagos para estudar. A verdade é que eu não tive muita habilidade para conciliar a vida social com a vida de estudos. Eu tracei um plano e, o que não fosse favorável à consecução do meu objetivo, deixei de fora.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Gláucia: Sou solteira, não tenho filhos e moro com minha mãe. Tenho um namorado. Minha família deu total apoio para que eu conseguisse estudar, a verdade é que eles prepararam o caminho, e reconheço a participação de cada um, desde os meus primeiros anos de escola – tias, tios, primas, meu pai, e principalmente minha mãe e minha irmã, que se sacrificaram em muitos momentos para que eu pudesse estudar – até a fase concurseira. Serei eternamente grata por essa oportunidade.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Gláucia: Sem dúvida vale a pena fazer outros concursos, desde que não se perca do foco principal. O que não dá é pular de edital em edital, pois o tempo para a aprovação é estendido. É essencial saber o que te motiva, pois o salário não é o principal. O concurso dos meus sonhos sempre foi a Polícia Federal, porém nunca me dediquei, por achar que não fosse algo que conseguiria, mas quando fiz o concurso da PF esse ano (sem estudar conteúdos específicos), vi que não era algo de outro mundo, que com estudo era sim possível.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada?
Gláucia: Já vinha estudando desde janeiro de 2021 para concursos da área policial. Veio a pandemia, fiquei quase um mês digerindo toda aquela situação caótica, retomando os estudos logo na sequência, pois sabia que quando tudo passasse os editais iriam pipocar. Para a Polícia Civil do RN só foquei quando saiu o edital em novembro
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Gláucia: Sim. Tiveram muitos momentos que eu não conseguia manter o ritmo. O essencial para continuar estudando foi criar uma rotina de estudos, a qual eu sabia o que tinha que ser feito. Criar o hábito de sempre realizar as mesmas atividades foi fundamental para estabelecer essa rotina, isso sim possibilita ter disciplina.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Gláucia: Passei muito tempo estudando apenas pelos PDFs do Estratégia. Utilizei os mapas mentais, os resumos estratégicos, o passo estratégico (já na reta final), e fiz muitas, muitas questões. Aquilo que eu não conseguia assimilar com a leitura, eu utilizava as videoaulas. A vantagem do PDF é a otimização do tempo, porém se você vem numa rotina extenuante de leitura, assistir videoaula possibilita um descanso enorme. Tudo depende do momento e de cada um. Se não tem edital na praça, e eu tenho tempo disponível para estudar, vou dar preferência para as videoaulas, pois minha aprendizagem é maior ouvindo e vendo. Caso o edital esteja na praça, é procurar o meio que melhor atenda em virtude do tempo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Gláucia: Através de um amigo. Esse amigo, inclusive, tem um papel importante nessa caminhada, pois sempre se preocupou com os meus estudos e sempre me passou orientações estratégicas quando me sentia perdida.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Gláucia: Realmente é muito conteúdo, e esse deve ser o maior dilema do concurseiro: como conciliar aprender o conteúdo pela primeira vez e revisar o que já aprendeu?! Eu cheguei a estudar três matérias por dia, mas depois vi que eu rendia melhor estudando apenas duas. Fiz muitos resumos – mesmo não sendo a indicação dos principais coaches para concurso –, pois sentia que era uma forma de melhor fixar o que estava lendo. Raramente fiz releitura da teoria ou de grifos, o melhor método pra mim foi fazer questões e quando surgia alguma dúvida, consultava meus resumos.
Até encontrar a melhor forma de estudar, tentei ciclo de estudos (funcionou por algum tempo), Trilha Estratégica (um bom guia), e, por fim, já não tinha um plano definido, era a necessidade que determinava o que eu estudaria e como estudaria – aquilo que ainda não estava consolidado ou que ainda não sido estudado. No período pré-edital eu estudava de 4h a 5h por dia (horas líquidas), pós-edital eu não contabilizei mais, era o dia inteiro estudando. Em dezembro de 2020 eu fiquei 18 dias off, pois tinha uma viagem marcada para a casa da minha irmã e lá não consegui estudar. Porém, quando retornei para casa, foi dia e noite até a data da prova.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Gláucia: Eu tinha muita dificuldade em Português, a verdade é que hoje eu vejo muito mais como um bloqueio, do que propriamente dificuldade. Eu simplesmente não estudava Português, mas quando caiu a ficha que era a principal matéria a ser estudada, fui aos poucos enfrentando esse bloqueio, e vencendo dia após dia a resistência que eu criei em relação a essa disciplina. O ápice do meu aprendizado em Português se deu com a professora Adriana Figueiredo. Ela é simplesmente a melhor e conseguiu fazer com que eu gostasse de fazer questões. Antes dela, o meu percentual de acertos era preocupante, e isso me desanimava. A partir do momento que comecei a assistir às videoaulas dela no Curso Exclusivo na área do aluno, meu percentual de acertos se elevou exponencialmente, e eu fiquei feliz da vida. Eu tinha uma venda nos olhos, a professora Adriana veio e arrancou essa venda. Deixo aqui meu agradecimento a ela e a minha dica aos concurseiros que sentem dificuldade nesta matéria.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Gláucia: Na semana que antecedeu a prova eu continuei estudando normalmente, assisti todas as revisões Hora da Verdade do Estratégia (ganhando pontos no dia da prova), na véspera assisti à revisão final, e até no dia da prova, horas antes de entrar para a sala eu estudei. Fui aconselhada a descansar, mas não era descansando que eu me sentia segura, mas sim estudando.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Gláucia: Confesso que estudar para a prova discursiva não foi algo que teve constância nos meus estudos. Via uma vez ou outra. Comecei a me preocupar com a discursiva um mês antes da prova e isso não foi legal, pois me causou certa ansiedade. Foi quando, mais uma vez, o Estratégia foi essencial na minha preparação. Peguei um material de aula bônus voltado para discursiva e passei a ler todas as propostas de solução, o que me ajudou a observar como que era a estrutura da escrita.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Gláucia: Foi só a partir do resultado da primeira fase que comecei a treinar para o TAF. Estou com assessoria esportiva voltado para essa etapa, confiante que no dia da prova eu serei aprovada. A minha recomendação é que os que estudam para concursos com essa exigência treinem com antecedência, pois não é fácil alcançar os índices exigidos pelo edital.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Gláucia: O meu maior erro, desde que comecei a estudar para concursos, entre períodos estudando e períodos parada, foi por um tempo ter estudado para áreas completamente distintas. Era a concurseira que pulava de galho (edital) em galho (edital), o que era reflexo de não saber o que queria. A partir do momento que eu centrei, tudo ficou mais claro e possível. Agradeço ao meu namorado que me fez refletir, muitas vezes a duras penas, que estava trilhando o caminho mais difícil.
Outro erro foi só estudar o que eu gostava (bem concurseiro mimimi kkk), o que foi corrigido com o amadurecimento pessoal e nos estudos.
Considero que a falta de agilidade no estudo também foi um erro, pois passava muito tempo em assuntos pouco demandados nas provas, por isso é fundamental, além de fazer questões, responder simulados e provas, pois só assim vai identificando o que é cobrado.
Os maiores acertos durante essa caminhada foi fazer muitas questões, estudar mais tempo aquilo que tinha maior dificuldade, ter foco, rotina, praticar exercício físico, meditar, seguir as orientações que considerava essenciais e seguir a iluminação divina para quais caminhos seguir durante os estudos. Considero essencial confiar em Deus e à Ele pedir orientação e força.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Gláucia: Tiveram sim momentos de desespero, de medo, de estar fazendo algo sem saber se ia dar certo, e quando ia dar certo. Não é fácil essa vida de concurseiro, só quem vive, sente na pele o que é lidar com as incertezas e dificuldades. Pensei em desistir, mas o que me fez continuar era pensar que se eu não estudasse até passar, iria voltar para o serviço privado na condição de subemprego até o fim da vida, ou até mesmo ficar desempregada por longos anos. Definitivamente, não era isso que eu queria!
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Gláucia: Minha principal motivação são os sonhos que ainda pretendo realizar, ter liberdade financeira e poder ajudar minha mãe no que ela precisar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gláucia: Ter clareza quanto ao que deseja é fundamental para a vida, não sendo diferente em relação ao estudo para concurso. A partir do momento que você sabe o que quer, torna-se mais fácil alcançar seu objetivo.
Se sua saúde emocional está boa, você é capaz de empregar energia no que quiser. Portanto, a minha dica principal para quem está iniciando é ter ciência de como se sente em relação ao que escolheu, se é ser policial, fiscal, magistrado, etc., identificar o que necessita, conhecer as melhores estratégias e ferramentas, trabalhar em cima delas (muita dedicação), e mais tardar conseguirá a tão almejada aprovação. Quando vier o sentimento de desistir, veja se há algo melhor reservado para você, se não houver, peça força a Deus e continue firme no propósito, pois uma hora você verá seu nome na lista de aprovados e sentirá a sensação de que VALEU A PENA!!!