Aprovada em 6° lugar no concurso TRF-3 para o cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa SJESP
Concursos Públicos
“[…] Persistir e acreditar, sabendo que todo mundo pode alcançar os objetivos almejados. Tentar segurar a ansiedade (não que seja fácil, rs), porque pode ser um processo lento e não linear […]”
Confira a nossa entrevista com Giovanna Abreu Edelenyi Pinto, aprovada em 6° lugar no concurso TRF-3, para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa SJESP:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Giovanna Abreu Edelenyi Pinto: Sou formada em direito, sou carioca e tenho 29 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Giovanna: A estabilidade, tanto na carreira quanto no sentido de uma vida mais equilibrada. Quando eu decidi que queria me formar em Direito, já sabia que não pretendia advogar. Isso porque, pelo que eu vejo, existem algumas situações, aparentemente, comuns com as quais muitos advogados se deparam, infelizmente e que não se alinham com o meu perfil, como jornadas de trabalho exorbitantes, estresse alto, cobranças irreais e remuneração nem sempre justa. Além disso, eu sempre gostei de estudar e costumava ter bons resultados nas provas. Então, imaginei que a carreira pública seria mais adequada para mim, no objetivo de ter uma vida mais tranquila e com uma boa remuneração.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Giovanna: Tive fases em que conciliei os dois e outras em que só estudei. Acho importante pontuar que, eu trabalhava por seis horas diárias e de casa. Falo isso, porque sempre me comparei muito e não quero que uma pessoa se compare com a minha experiência sem saber desse ponto, se sua realidade é trabalhar dez horas por dia e pegar duas horas de trânsito, por exemplo. A gente tem que saber se a realidade de quem estamos nos comparando é a mesma que a nossa, etc. E, às vezes, com poucas informações, a gente faz comparações erradas.
Teve época em que eu fazia um curso de manhã, começava a trabalhar às 12h e parava às 18h. Aí eu voltava a estudar à noite até a hora que eu aguentasse praticamente (22h, 0h, 1h, 2h…) ou até terminar um ponto da matéria (ou chegar perto). O ruim era que, com isso, dormia pouco e, ao longo da semana, ia ficando com muito cansaço acumulado e, mais perto do final da semana, eu já não estava rendendo muito. Nessa época, os finais de semana eram dedicados, principalmente, aos estudos. Quando eu não trabalhava, dava para equilibrar um pouco mais. Estudava ao longo do dia.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Giovanna: O TRF3 é o primeiro em que eu fui aprovada dentro do número de vagas. Antes, eu só fui aprovada no TJES para AJAJ, mas em razão da classificação, sem expectativa de ser nomeada.
Pretendo continuar estudando sim para alguns concursos de AJAJ da Justiça Federal que estão acontecendo e, talvez depois, eu volte a estudar para carreiras jurídicas, que foi onde iniciei os meus estudos para concursos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Giovanna: Ah, eu saía bem pouco, principalmente no primeiro ano em que estudei de forma mais intensa. Deixei de ir a aniversários, encontros e reuniões para estudar ou para estar descansada no dia seguinte e aí conseguir estudar. Principalmente, porque aos fins de semana, com o dia todo livre, eu rendia mais. Então, eram horas que seriam muito produtivas para abdicar. Nesse ano, eu até comecei a sair mais, encontrar mais amigos e familiares aos finais de semana, porque já estava ficando cansada. Percebi que voltava a estudar na segunda-feira com mais disposição. Por outro lado, acho que, se tivesse feito isso desde o primeiro ano em que comecei a estudar, teria evoluído bem menos no conteúdo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Giovanna: Sim, a minha família me apoia muito e sou muito grata a eles, que me ajudam desde dar suporte emocional e confiar em mim, até ajudar com gastos com material, cursos e viagens para fazer provas. Os meus amigos mais próximos também são maravilhosos! Eu tenho muita sorte.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Giovanna: Para esse concurso, foi pouco tempo. Não tenho certeza, mas acho que um mês ou menos. Decidi fazer pouco tempo antes, mas já vinha estudando para outros concursos há uns três anos. Então, não comecei do zero. Quanto à disciplina, acho que já sou uma pessoa disciplinada. Talvez uma coisa que eu faço que tenha me ajudado quando estou cansada e quero dar uma pausa ou fazer algo diferente de estudar, é pensar que falta pouco (para a prova) e que aquele momento de estudo pode fazer a diferença na aprovação. Acho isso muito verdadeiro, ainda mais em provas como essa, com muitos detalhes para memorizar e pouca diferença de notas entre os candidatos. Cada detalhe e minuto a mais, conta.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Giovanna: Do Estratégia, usei o E-book Estratégico, Hora da Verdade, Passo Estratégico, Revisão de Véspera, Resumos, Mapas Mentais, Lei Seca e Simulado Final.
Além disso, usei também os meus cadernos da AMPERJ e PDFs de outros cursinhos que já tinha para alguns pontos específicos e fiz Questões pelo QConcursos.
Para mim, videoaulas do curso regular e manuais de direito não têm um bom custo-benefício para concursos como esse, ainda mais com o tempo curto de preparação que tive para esse. Esses materiais mais diretos do Estratégia foram ótimos pelo tempo economizado e pelo foco no que é mais cobrado.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Giovanna: Através de um colega de faculdade, que usou o material para o TJRJ e passou em uma ótima colocação para Oficial de Justiça.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Giovanna: Não antes de conhecer o Estratégia, mas já fiz outros cursos. Fiz um curso regular para carreiras jurídicas voltado principalmente para o concurso de membro do Ministério Público. Assinei por algum tempo o concorrente também, além de outros cursinhos. Acredito que cada curso tenha as suas vantagens e desvantagens. Mas, para mim, um dos diferenciais do Estratégia são esses materiais mais enxutos, como resumos e Mapas Mentais.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovada?
Giovanna: Fiz alguns concursos diferentes, mas a maioria voltada para outro tipo de carreira: TJES (servidor), UFRJ (servidor), MPSP (membro), TJRJ (membro), MPRJ (membro). Dentre esses, só fui aprovada no TJES. Fiz concursos nos quais também não fui aprovada, como o TJRJ (servidor). Então, acho que o material é uma das variáveis que influenciam na aprovação. Há várias outras, como tipo de prova, tempo de estudo para concursos, conhecimento acumulado etc.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Giovanna: O que eu mais gosto no Estratégia, além de alguns professores que são excepcionais pelo conhecimento e didática (como a Nelma Fontana, Herbert Almeida, Paulo Sousa, por exemplo), são os materiais mais enxutos: Mapas Mentais, Resumos, Hora da Verdade, Raio-X Estratégico, Apostas Estratégicas e Revisão de Véspera. Particularmente, sinto mais facilidade de estudar vendo primeiro a matéria de uma forma esquematizada para, depois, aprofundar e mais adiante, rever através das minhas anotações e desses materiais mais condensados. Além disso, eu também já tinha materiais mais extensos, como cadernos de curso para carreira jurídica. Então, ter algo mais objetivo me ajudou bastante a focar no que era mais importante para a prova, usando certa base que eu tinha construído.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Giovanna: Não foi algo super organizado, foi mais improvisado, mais ou menos da seguinte forma: Eu olhava o edital, via as matérias que eram mais cobradas pelo Raio-X Estratégico, os pontos que eu não tinha visto, além dos que eu precisava revisar. Desses pontos, alguns não eram viáveis de estudar em razão do tempo, então os deixava de lado. Do resto (que eu decidi que iria ver), pegava a quantidade de pontos, dividia pelos dias faltantes para a prova e calculava quantos teria que ver por dia. Tentei ir cumprindo esse plano, mas, muitos dias, não consegui. Foquei em guardar o principal mesmo, sem me aprofundar tanto, porque já estava perto da prova.
Não gosto de estudar mais de uma matéria por dia. Prefiro terminar um ponto para depois ir para outro. Nesse concurso, acho até que acabei pegando mais de uma por dia, porque estava vendo materiais mais objetivos/curtos e o tempo era exíguo, mas não foi a regra. Não tenho certeza de quantas horas líquidas estudei por dia no tempo de preparação para o TRF3. Acredito que em torno de cinco ou seis.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Giovanna: Eu acho que reviso por algumas formas diferentes, mas não tenho um método estruturado para isso. Gosto de me questionar sobre pontos que estudei há pouco tempo, principalmente sobre detalhes que são fáceis de confundir, como prazos, penas, classificações etc., repassando mentalmente a matéria e a resposta e, depois indo procurar se errei ou esqueci algo. Os Resumos e Mapas Mentais do Estratégia, também foram excelentes para isso, pois a forma citada anteriormente toma mais tempo. Não gosto de eu mesma elaborar resumos, porque acho que não têm bom custo-benefício (a não ser uma anotação pontual sobre algo que eu esteja errando, repetidamente). Questões e simulados também, mas acho que usei menos.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Giovanna: Não lembro quantas questões fiz, mas é muito importante. Normalmente, eu faço algumas (umas 15 mais ou menos) depois de estudar uma matéria, mas não é uma regra. Acho essencial conhecer a banca, a forma de cobrar um assunto, os pontos mais cobrados do edital e até para aprender o que é mais recorrente, quando se está com pouco tempo. Para mim, fazer questões (principalmente quando erro), também ajuda a fixar o conteúdo.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Giovanna: Nesse concurso, as matérias em que eu me considerava menos preparada, eram Raciocínio Lógico, Previdenciário e Tributário. Eu tentei ser estratégica e escolher alguns pontos para estudar dentro dessas matérias, com base no que tinha mais chance de cair e no que fosse menos extenso/menos complexo. Achei que assim poderia cobrir uma parte maior do edital e, talvez, acertar mais questões. Algumas coisas que eu não entendia e sabia que não daria tempo para fazer isso, simplesmente foquei em memorizar mesmo sem entender, já que muitas vezes a cobrança é do texto literal da lei ou de uma jurisprudência.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Giovanna: Ah, eu estudo bastante nos dias mais próximos da prova. Foquei em revisar. Na última semana, separei os pontos que estavam faltando (já que acumularam alguns, porque eu não consegui cumprir rigorosamente o planejamento que tinha montado), dividi em dias e coloquei uma ordem de prioridade entre eles, começando a estudar pelos mais importantes para o caso de não dar tempo de ver todos (e não deu rs). Todo tempo possível, eu aproveitei para revisar. Nas refeições, no ônibus para São Paulo, no banho… No dia anterior, assisti a Revisão de Véspera do Estratégia, que ajudou muuuito e vi alguns Mapas Mentais e resumos de pontos importantes.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Giovanna: Para a discursiva, eu li o edital e a parte inicial do primeiro PDF do Estratégia, para saber qual tipo de texto seria cobrado. Depois, vi algumas propostas de temas resolvidas pelo PDF. Não treinei discursivas, porque considero um ponto forte e não tive tanto tempo para estudar.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Giovanna: Acho que deveria ter sido mais paciente comigo e com o processo, ter me apegado menos a detalhes, ter sido mais objetiva e estratégica e também ter feito mais provas desde o início. Como acertos, acredito que fiz bem em sempre continuar estudando, mesmo quando não tinha certeza do porquê, ser firme quanto às renúncias para poder estudar, ler muita lei seca e focar no que a banca costuma cobrar.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Giovanna: Várias vezes. Estudar para concurso, para mim, é um caminho muito frustrante e cansativo, além de gerar muita ansiedade, porque você não tem certeza se todo o seu esforço vai, de fato, render resultados. O pensamento de desistir e a dúvida sobre estar estudando do jeito certo são constantes, mas, com essa aprovação, estou vendo que é possível, que os estudos renderam frutos e isso dá uma reconfortada e tranquilizada. Acho que a motivação para continuar, foi que eu não via outra opção senão passar em um concurso.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Giovanna: Primeiramente, acho importante pensar o tipo de cargo que se quer para evitar muitas mudanças de foco nos estudos. Junto e paradoxalmente a isso, estar sempre estudando (mesmo se ainda não tem certeza do que se quer ou mesmo que depois se mude de ideia). Melhor estudar do que esperar ter certeza de tudo e as condições perfeitas para começar.
Persistir e acreditar, sabendo que todo mundo pode alcançar os objetivos almejados. Tentar segurar a ansiedade (não que seja fácil rs), porque pode ser um processo lento e não linear.
Além disso, acho que diria para ser objetivo e realista no estudo (priorizar o que mais cai e não fazer planejamentos impossíveis de cumprir). Não se apegar a detalhes, porque muitas vezes um ponto que não entendemos, é só um, dentre vários outros no edital e que talvez nem seja cobrado na prova. Isso porque, o objetivo é acertar mais questões, não saber tudo sobre o assunto.
Diria também para fazer muitas provas. Pelo menos, para mim, acho que isso ajudou bastante, porque deu um senso de urgência e gravei mais as questões que errei. Também diria para tentar se concentrar em um ou poucos materiais para memorizar ele ao máximo. Estudar cada hora por um lugar, pode atrapalhar a fixação do conteúdo.
E, por fim, mas não menos importante, não se compare em excesso ou sem conhecer a realidade da pessoa com quem se está comparando. Pode gerar ansiedade sem nenhum retorno e, muitas vezes, sem ser justo consigo mesmo.