Aprovada em 2º lugar no concurso DMAE para o cargo de Técnico em Meio Ambiente

“Meu conselho é aquele clichê: não desista. Se você realmente quer isso e isso for para você, sua hora vai chegar. Siga seu coração e sua intuição. A lei do retorno não falha, todo seu esforço de hoje valerá a pena em um futuro não tão distante. O que é para ser nosso, será nosso!”

Confira nossa entrevista com Geovana Rodrigues Lima, aprovada em 1º lugar no concurso da Prefeitura de Uberlância para o cargo de Fiscal do Meio Ambiente) e em 2º lugar no concurso DMAE para o cargo de Técnico em Meio Ambiente:

Estratégia Concursos: Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Geovana Rodrigues Lima: Sou formada em Engenharia Ambiental, tenho 24 anos e sou natural de Uberlândia, porém fui criada em Varjão de Minas, interior de Minas Gerais. 

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Geovana: Eu sempre gostei muito de estudar e me dava bem com os estudos. Então, comecei a pesquisar sobre concursos já ao final da graduação e percebi que era um caminho que eu poderia e queria seguir, pois tive experiências não muito boas em empresas privadas. Outro fato que me levou a prestar concursos, foi a possibilidade de servir ao Estado e a uma população como um todo, e não apenas contribuir para o “enriquecimento” de um grupo seleto de pessoas.

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava, ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Geovana: No início eu estava apenas estudando, estava já no fim da graduação, faltando apenas o Trabalho de Conclusão de Curso para defender. Após a defesa do TCC, pude me dedicar exclusivamente para o edital que tinha saído (Prefeitura de Uberlândia) durante três/quatro meses. Depois disso, comecei a trabalhar das 7h30 às 17h00, então precisei conciliar trabalho e estudos (e acreditem ou não, foi a época que eu fui mais produtiva).

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

Geovana: Meu primeiro concurso foi no final de 2018, na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (Uberaba), fui aprovada, porém não dentro das vagas. O próximo concurso que prestei foi o da Prefeitura de Uberlândia (um ano depois do primeiro), o qual fiz as provas para Fiscal de Meio Ambiente e Engenheiro Ambiental. Para fiscal, passei em primeiro – ficando, portanto, dentro das vagas, e para engenheiro passei em oitavo – sendo aprovada, mas não dentro das vagas.

Dois meses depois, fiz a prova do DMAE para Técnico de Meio Ambiente e Engenheiro Ambiental. Para Técnico passei em segundo – eram três vagas, e para Engenheiro fiquei em 20º, e não tive nem minha redação corrigida (seriam corrigidas apenas as 16 primeiras colocações), não conseguindo a aprovação. Hoje estou como técnica no DMAE.

Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as)?

Geovana: Foi muito boa. Uma sensação de alívio e dever cumprido. Uma das melhores sensações da minha vida (dei um grito na hora, rs)

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Geovana: Nunca abri mão da minha vida social. Eu sempre conseguia conciliar. Por exemplo, se me chamassem para sair e eu estivesse estudando, eu pedia uma/duas horas para eu avançar um pouco mais nos estudos. Nunca tive preguiça de estudar fins de semana também. Todo domingo eu almoçava na minha avó, e acabava que eu enrolava lá e tudo mais, aí eu resolvia acordar mais cedo (meu período mais produtivo é o matutino), estudar até meio-dia mais ou menos, aí então eu tirava o resto do dia para ficar lá. Era tudo questão de planejamento e prioridades.

Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?

Geovana: Na época em que eu estava estudando, eu namorava, mas isso nunca me atrapalhou. Minha família sempre me apoiou, minha mãe sempre foi servidora pública, então ela sempre quis que eu tivesse a estabilidade que ela teve. Meus pais sempre me ajudavam com questões de gastos com viagens, cursos e até mesmo tive o privilégio de me dedicar apenas aos estudos por um tempo. Nunca me faltou amparo nesse sentido. Eu comecei a trabalhar por conta própria mesmo, pois não aguentava ter que ficar pedindo dinheiro para tudo (risos).

Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

Geovana: Claro. O concurso o qual tomei posse e estou atualmente foi apenas o pontapé inicial. Tenho o objetivo de passar para algum outro no âmbito federal e/ou em cargos de nível superior, gostaria que fosse na minha área de formação, mas com a realidade de hoje, acho mais complicado. Pretendo prestar concursos e cargos maiores assim que eu estiver mais preparada para esse fim, por enquanto estou nas matérias básicas ainda, não decidi qual rumo tomarei (pensei em uma auditoria, talvez).

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovada?

Geovana: Assim que o edital foi lançado. Deu um total de 5 meses.

Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos? 

Geovana: Eu vinha de um estudo das matérias básicas, como português e legislação ambiental. Tinha saído um concurso para a Prefeitura de Araguari (foi cancelado nos dias da prova), então meio que já tinha tomado essa base. Mas comecei a estudar mesmo quando saiu o edital, e em questão de disciplina, nem sofri muito para mantê-la, pois sempre fui muito disciplinada quando tinha um objetivo em foco.

Quando prestei o concurso, eu queria apenas ficar em uma colocação legal, para saber se eu tinha nascido para isso ou se podia tentar outro caminho (risos), então coloquei uma meta de ficar entre as 20 primeiras colocações, me apeguei a isso e segui firme. No final o resultado foi melhor do que eu esperava (risos).

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?  

Geovana: O Estratégia é referência na área de concursos, né? Logo, ao digitar qualquer curso voltado para algum concurso em específico já vinha o site do Estratégia. Então acho que não tem como, pesquisou sobre concursos, o Estratégia vai estar lá na página principal.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?

Geovana: Estudei por videoaulas, provas anteriores e também por livros (no caso das matérias específicas, em que não havia muito material disponível na internet). Acredito que assistir à matéria, criar um escopo e anotações importantes, e seguir para resolução de provas foi o que funcionou. Também verificar onde estava o erro e voltar na fonte para corrigi-lo, foi o diferencial que ajudou nos meus pontos fracos.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?

Geovana: Eu nunca tinha estudado Direito na vida, e quando comecei a estudar, achava muitoooo chato. Então, eu mesclava: estudava duas aulas de matérias “chatas” e depois mais duas de disciplinas mais “legais”.

Começava sempre pelas matérias que eu tinha mais dificuldade e cheguei a assistir algumas videoaulas umas três vezes. Depois de fechar uma matéria, eu partia para as provas e exercícios (sempre focando no que eu estava errando). Tinha dias que eu estava mais disposta para estudar, dias que nem tanto, mas na média, acredito que eu estudava umas 2h/3h ao dia. 

Estratégia: Você tinha mais dificuldade em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades? 

Geovana: Não acredito que fosse dificuldade, mas menos afinidade e disposição para determinadas disciplinas. Sempre achei Direito um “porre” e, realmente, não sabia basicamente nada antes de prestar esses concursos (risos). O que me motivou a estudar essa matéria foi que iriam cair 5 questões de direito nas provas e caso eu zerasse a disciplina, eu era automaticamente eliminada. Então, eu comecei a “engolir” essa parte com o medo de zerar e isso era o que me dava o gás que eu precisava.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Geovana: Eu dei uma revisada por cima mesmo, meio que me dei um descanso daquilo tudo, não fiquei desesperada, pois o que eu tinha pra ter estudado e absorvido, já estava no meu cérebro (risos). Na véspera eu nem peguei em um caderno, não estudei nada.

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Geovana: Meu maior erro foi acreditar que não precisava estudar matérias que eu considerava meu ponto forte (Matemática e Raciocínio Lógico). O simples fato de nem beirar esse tipo de matéria me fez perder 3 questões no concurso da Prefeitura, as quais eu já não perdi no concurso do DMAE pelo simples fato de aprender uma teoria tecnicamente fácil.

O maior acerto foi o oposto (risos), por achar que Direito era meu ponto fraco, peguei firme na disciplina e fechei a prova (isso elevou e muito a minha colocação, porque muitas pessoas acertaram a mesma quantidade de questões que eu nas demais disciplinas, porém não mandaram tão bem em Direito). Outro acerto foi focar bastante nas matérias específicas, as quais tinham um peso maior.

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?

Geovana: O mais difícil é manter o foco depois de um dia cansativo, não tão bom, em que você tem que tirar forças do além para estudar. Eu não pensei em desistir, porque obtive êxitos desde o início, então isso só me motivou (talvez eu desistiria ou pensaria nisso, caso não tivesse me saído minimamente bem).

Estratégia: Qual foi sua principal motivação?

Geovana: O mercado privado estava muito seletivo e minhas experiências dentro dele tinham sido horríveis, para vocês terem noção, eu cheguei a ser “demitida” de um estágio (qual estagiário é demitido? – risos). Eu me formei na Universidade Federal de Uberlândia, e dentro dela eu tive a oportunidade de trabalhar como uma servidora mesmo, por meio de um projeto de extensão, e obtive êxito nisso. Após tentativas frustradas de entrar no mercado privado, eu simplesmente vi que aquilo não era para mim, ao passo que na UFU eu me sentia super bem prestando um serviço para a população propriamente dita. Então, a minha motivação foi essa: saber que eu fui feita para o serviço público. 

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Geovana: Meu conselho é aquele clichê: não desista. Se você realmente quer isso e isso for para você, sua hora vai chegar. Siga seu coração e sua intuição. A lei do retorno não falha, todo seu esforço de hoje valerá a pena em um futuro não tão distante. O que é para ser nosso, será nosso!