“Não desista! Pare e descanse, se for preciso; recomece assim que possível e mantenha os olhos logo além da linha de chegada”
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Confira nossa entrevista com Gabriela Lima Silveira, aprovada em 4° lugar no concurso Funsaúde para Médico Dermatologista:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Gabriela Lima Silveira: Sou médica dermatologista, tenho 32 anos e moro em Fortaleza- CE.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Gabriela: A pandemia evidenciou, para mim, a insegurança e a instabilidade da vida profissional como autônomo(a), e isso me levou a considerar estudar para concursos. Passei a considerar um futuro a mais longo prazo e a aceitar as possibilidades que, embora remotas, podem vir a acontecer, como adoecimento, desemprego, etc..
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Gabriela: Eu mantive o trabalho, embora tenha reduzido a carga horária para me adaptar às horas de estudo. Tentava estudar diariamente, pelo menos algumas horas, e compensava estudando mais horas nos dias em que não trabalhava.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação? Pretende seguir estudando ou “aposentou”?
Gabriela: Fui aprovada no cargo de médica perita classe 1 no concurso da Perícia Forense do Ceará (PEFOCE) e estou em 4º lugar no concurso para médico dermatologista da Funsaúde. Pretendo continuar atenta às possibilidades que venham a surgir.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Gabriela: Eu sempre tentei manter alguma vida social, embora menos frequente, durante o período de estudos. Continuei praticando exercícios físicos, encontrando amigos e família, apenas reduzi a periodicidade.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Gabriela: Não sou casada, moro com meu namorado e não tenho filhos. Meu companheiro e minha família foram fundamentais e deram total apoio, tanto física quanto emocionalmente, durante a jornada. Meu companheiro assumiu boa parte das atividades de casa e tomou para si uma parte maior do orçamento de casa, já que precisei reduzir meus ganhos. Minha família sempre esteve presente incentivando e torcendo pela aprovação.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Gabriela: Comecei a estudar para a PEFOCE logo após a divulgação do edital até a data da prova, totalizando 3 meses. Para a Funsaúde, cujo edital foi divulgado durante o período em que também estava estudando para a PEFOCE, comecei a estudar após 1 mês da liberação do edital, totalizando por volta de 2 meses e meio.
O segredo para manter a disciplina foi lembrar de quão pouco tempo eu tinha, que todo o sacrifício seria temporário e que essas eram chances raras que podiam não vir a se repetir tão cedo.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens?
Gabriela: Estudei, principalmente, pelas apostilas em PDF, pelas videoaulas e pelo banco de questões. A principal vantagem, no meu caso, que tinha pouco tempo, foi a possibilidade de estudar pelas apostilas resumidas, o que me possibilitou cobrir todo edital.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Gabriela: Por indicação da minha irmã, que estudou pelo Estratégia e foi aprovada no concurso da SEFAZ-BA.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material?
Gabriela: Os dois principais diferenciais do Estratégia, na minha opinião, são a objetividade dos conteúdos e a quantidade de ferramentas de estudo disponíveis, desde apostilas, videoaulas, resumos, questões, aulões de véspera… Descobri, durante o percurso, que variar o método de estudo ajuda a burlar o cansaço e a fadiga.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Gabriela: Antes de começar a estudar, fiz um cronograma de todos os tópicos dos editais e deixei margem para alguma flexibilidade, caso atrasasse a matéria ou acontecesse algum imprevisto. Geralmente, estudava uma matéria por dia e o tempo de estudo variava a depender se eu trabalharia naquele dia ou não. Se eu trabalhasse, conseguia estudar entre 2 a 3 horas. Se não, o céu era o limite (brincadeira, por volta de 6 a 8h).
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Gabriela: Estudava fazendo resumos manuais ou no ipad, e minhas revisões foram por esses resumos e resolvendo muitas, muitas questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Gabriela: Resolver questões é imprescindível! Não sei quantas exatamente, mas fiz bastantes questões.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Gabriela: Tive muita dificuldade no início em Raciocínio Lógico e Informática, por serem áreas de conhecimento distantes das que estou habituada. Não teve muito segredo, tive que sentar-me, ter um pouco mais de paciência e gastar um pouco mais de tempo com elas do que com as outras matérias que eu tinha mais facilidade.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Gabriela: A semana anterior aos dois concursos foi de revisão e últimas dicas, mas sem horas exaustivas de estudo. O dia pré-prova foi de descanso e uma revisão bem mais rápida dos tópicos mais quentes.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Gabriela: A prova discursiva da PEFOCE cobrou exatamente o que foi apresentado nas apostilas, não cobrou decoreba. Aconselho realmente estudar para entender o assunto e não apenas decorar para gabaritar. Assim, evitam-se surpresas desagradáveis.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Gabriela: Meu principal erro foi ter começado a estudar tarde, apenas após divulgados os editais. Também preferi ficar mais à parte dos outros colegas que prestariam o mesmo concurso, para evitar comparações, e talvez isso tenha sido desnecessário. Meus principais acertos foram, sem dúvida, a persistência, a constância e a organização.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Gabriela: Não cheguei a pensar em desistir. Queria dar o meu melhor e, fazendo isso, ficaria satisfeita independente do resultado final.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gabriela: Não desista! Pare e descanse, se for preciso; recomece assim que possível e mantenha os olhos logo além da linha de chegada.