Aprovado em 17º lugar no concurso TRE-PE para Analista Judiciário - Área Judiciária
Concursos Públicos
“Costumo dizer que concurso público é como uma fila de banco: se tivermos paciência e perseverança, uma hora chega a nossa vez.”
Confira nossa entrevista com Gabriel Braga Camargos de Almeida, aprovado em 17º lugar no concurso TRE-PE para Analista Judiciário – Área Judiciária:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Gabriel Braga Camargos de Almeida: Me chamo Gabriel, tenho 31 anos, sou formado em Direito e sou natural de Belo Horizonte/MG. Atualmente estou morando em Itabuna/BA e ocupo o cargo de Analista em Direito no Ministério Público do Trabalho (MPT), um dos ramos do Ministério Público da União (MPU).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Gabriel: Ao longo do meu curso de Direito, eu não cheguei a me interessar pelo exercício da advocacia. Não achava interessante a ideia de estar atrelado à defesa dos interesses de um cliente. Por conta disso, me afastei da área privada e comecei a estudar para concursos públicos na área do Poder Judiciário e do Ministério Público, almejando ocupar um cargo de analista.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Gabriel: Sim, eu trabalhava e estudava (na verdade, ainda sigo nesse ritmo de trabalho e de estudo). Durante um período de minha vida, entre 2014 e 2018, eu estudava pela manhã e trabalhava no período da tarde e princípio da noite. Nos últimos anos, entre 2019 e 2022, precisei adequar minha jornada de trabalho, de sorte que, na atualidade, eu trabalho no período da manhã das 07h30min às 14h30min, dedicando-me ao estudo no restante do dia, até o início da noite.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Gabriel: Consegui ficar na lista de aprovados em diversos concursos públicos para Analista, mas, até o momento, tive a oportunidade de ser nomeado em quatro deles: no TRE/BA, onde trabalhei de janeiro de 2019 a janeiro de 2020, fui aprovado em 13º lugar; no MPU, local onde trabalho desde 2020 até o dia de hoje, fui aprovado em 4º lugar no estado da Bahia; no TRE/PR, fui aprovado em 14º lugar, tendo apresentado termo de desistência da nomeação e no TRE/PE, fui aprovado em 17º lugar.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Gabriel: Eu tinha uma vida social durante a preparação para concursos, apesar de um pouco mais restrita que a maioria das pessoas. Nos finais de semana, costumava visitar os meus pais e os meus sogros com minha esposa. As sextas-feiras e sábados à noite eram momentos de descontração, de modo que dificilmente eu estudava nesses períodos. Meu foco principal de estudos sempre foi ao longo da semana, entre segunda e sexta-feira. Acho importante o concurseiro possuir uma vida social, ainda que restrita. Isso traz equilíbrio mental, o que é fundamental, na minha opinião, para a preparação em concursos públicos, fato que demanda tempo, dedicação e controle emocional.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Gabriel: Tenho esposa, mas ainda não tenho filhos. Minha esposa sempre me apoiou em meus estudos e me incentiva constantemente a não desistir e continuar na caminhada. Poucos amigos conhecem com profundidade a minha preparação para concursos públicos, e eles entendem que nem sempre eu posso estar presente nas confraternizações e demais eventos sociais.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Gabriel: A trajetória até o concurso do TRE/PR foi longa. Comecei meus estudos no ano de 2014, quando ingressei em um cursinho para concursos públicos de Analista, de forma telepresencial. As aulas aconteceram no Município de Salvador. Entre 2015 e 2016, após o encerramento desse curso, adquiri novos materiais e prossegui com meus estudos. Até começar a fazer concursos na área eleitoral e no MPU, fiz aproximadamente seis concursos para Analista na área trabalhista (TRT/MG; TRT/PR; TRT/RS; TRT/SC; TRT/SE; TST). Apesar de ter ficado na lista de candidatos aprovados na maioria deles, não logrei ser nomeado em nenhum, considerando que a aprovação se deu fora do número de vagas do certame. Quando os concursos da área trabalhista começaram a minguar, decidi migrar para os concursos da área eleitoral, ocasião em que fiz as provas do TRE/SP, TRE/PE, TRE/PR E TRE/BA. Logrei ser nomeado em três deles. No TRE/SP, sequer fui habilitado para a correção da prova discursiva, rsrs.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Gabriel: Sempre gostei muito do estudo por videoaulas, com a posterior confecção de cadernos. Considero ser o meu melhor canal de aprendizagem. A principal vantagem desse método, no meu ponto de vista, é sua dinamicidade e a possibilidade você confeccionar o seu próprio material (caderno). Ao longo de minha trajetória de estudo, no entanto, percebi que as videoaulas, por si só, não eram suficientes para abarcar todo o conteúdo previsto em um edital de concurso, de modo que precisei agregar, aos meus estudos, a resolução de questões, leitura da lei seca e de E-Books (materiais em PDF).
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Gabriel: Conheci o Estratégia Concursos por meio de minha esposa. Ela acostumava me dizer que o Estratégia possuía excelentes materiais em formato de PDF (E-Books), que costumavam ser bastante completos e didáticos. Segui o conselho dela e fiz a aquisição de um curso.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Gabriel: Sim, cheguei a utilizar materiais de outros cursos. O que me incomodava, como dito acima, foi o fato de as videoaulas, por si só, não serem suficientes para abarcar todo o conteúdo previsto em um edital de concurso, de modo que precisei agregar meus estudos com outros materiais. Foi aí que conheci o Estratégia.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Gabriel: Eu comecei a ser aprovado – com a consequente nomeação em concursos públicos – quando agreguei os meus estudos com materiais que iam além das videoaulas, no que o Estratégia teve importante participação. Antes disso, apesar de ter logrado aprovação em alguns concursos, não cheguei a ser nomeado em nenhum.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Gabriel: O maior diferencial do Estratégia, em minha opinião, são os E-Books, por serem um material bem completo e didático. A presença de questões comentadas, os quadros sinópticos, dentre outras ferramentas constantes no E-Book, auxiliam bastante na preparação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Gabriel: Eu costumava estudar apenas 1 matéria por dia. Gostava de esgotar o conteúdo de uma disciplina antes de passar para a próxima. Por conta do trabalho e da necessidade de dar assistência à família, conseguia estudar, em horas líquidas, algo em torno de 2h a 3h por dia, de segunda à sexta-feira. Às vezes estudava também aos sábados e domingo pela manhã, mas isso não acontecia todo final de semana.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Gabriel: Minhas revisões eram pautadas pela leitura dos cadernos que eu confeccionava. Além disso, buscava ler e reler a lei seca de algumas matérias, como forma de consolidar o conhecimento.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Gabriel: A resolução de questões – e a realização de provas antigas para o concurso almejado – são ferramentas, na minha opinião, extremamente importantes na preparação para concursos públicos. É por meio de questões que nós, concurseiros, sabemos se estamos conseguindo aprender a matéria e consolidar o conhecimento ao longo de nossos estudos. Creio que a realização de questões é uma etapa fundamental na preparação do concurseiro.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Gabriel: Nunca gostei muito de matérias do ramo do direito privado (direito civil; direito empresarial; direito econômico). Justamente por não gostar dessas disciplinas, eram nelas que eu mais encontrava dificuldades. Além disso, possuía dificuldades em algumas matérias não jurídicas, como informática. No caso das matérias de direito privado, superei as dificuldades a partir do momento em que decidi ler as legislações secas de cada uma delas. Não é fácil ler o Código Civil, rsrs, considerando a sua extensão e multiplicidade de temas tratados, mas é uma experiência muito agregadora aos estudos. Quanto à informática, me dediquei a assistir muitas videoaulas e a montar cadernos, que, após ler e reler algumas vezes, me ajudaram muito na resolução de questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Gabriel: Eu desacelerei um pouco o ritmo na semana que antecedeu a realização da prova, que ocorreu em um domingo. Entre segunda e quarta-feira, eu tentei manter meu ritmo habitual de estudos. Na quinta e na sexta-feira, eu reduzi a intensidade e dediquei o tempo na revisão de pontos pendentes. Não costumo estudar na véspera da prova. Prefiro chegar no domingo com a mente bem descansada e focada para a avaliação.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Gabriel: A prova discursiva varia de concurso para concurso. Alguns costumam cobrar uma redação com tema geral, como foi o caso do TRE/PE. Outros, no entanto, abordam redações com temas jurídicos ou até mesmo questões. Seja qual for a modalidade de cobrança, o importante é ter um bom domínio da língua portuguesa e tentar encaixar o treino da escrita ao longo dos estudos. Eu sempre tive uma letra bem feia, rsrs. Foi algo que precisei aprimorar em meu dia a dia.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Gabriel: Meu principal erro, sem dúvida alguma, foi negligenciar na leitura da lei seca e na realização de questões. Um acerto que considero ter alcançado, como disse acima, foi começar, desde cedo, a montar meus cadernos de estudo, para leituras e consultas posteriores. Tenho eles comigo até o dia de hoje.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Gabriel: Pensei algumas vezes em desistir, principalmente depois do baque de receber uma pontuação ruim em um concurso que pensava ter ido bem (foi o que aconteceu, por exemplo, quando fiz a prova do TRT/SE). Nesses momentos, olhava fundo e me lembrava de meu sonho de ocupar um cargo público e ter estabilidade. Me lembrava de minha esposa e de como gostaria de proporcionar uma vida melhor para ela. Esses pontos me motivavam a continuar. Após alguns dias de tristeza pós-prova (o que é absolutamente normal), erguia a cabeça e seguia adiante.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gabriel: Tenha persistência. O mais importante não é você conseguir estudar 6h, 8h líquidas em um dia. Isso é algo bem complicado para quem trabalha e estuda, como é o meu caso. Prefira estudar 3h, 2h ou até mesmo 1h líquida todos os dias, se esse for o seu tempo disponível. Insira a realização de questões e a leitura de lei seca, caso realize concursos na área jurídica. Por fim, prossiga em seu caminho. É natural termos resultados ruins ao longo da caminhada. Costumo dizer que concurso público é como uma fila de banco: se tivermos paciência e perseverança, uma hora chega a nossa vez.