Aprovado em 18º lugar para Agente de Polícia no concurso PC RO
Concursos Públicos
“Se isola e faz teu nome, essa é a call. Qualquer um que pague o preço chega lá, inclusive você”
Confira nossa entrevista com Frederico Silva Zapelini, aprovado em 18º lugar para Agente de Polícia no concurso PC RO:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Frederico Silva Zapelini: Sendo natural de Porto Velho (RO), atualmente estou com o ensino superior completo e pós-graduação em andamento. Estudo para concursos desde 1 de novembro de 2019, quando eu havia acabado de completar 18 anos de idade. Estou com 21 atualmente.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Frederico: A decisão foi tomada, primeiro, pelo custo-benefício de um cargo público – será que uma graduação que dura 5 anos te paga 12 mil por mês como um cargo federal pode te pagar, por exemplo? -, segundo, por sentir a necessidade de trabalhar com algo que eu consigo sentir satisfação pessoal, preferencialmente num aspecto em que posso sentir que estou influenciando significativamente na vida de alguém. Com essa explicação que acabei de dar, já se pode concluir que a área policial cumpre esses requisitos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Frederico: Eu optei por, depois do ensino médio, estudar desde que saí da escola para concurso, e contei com a ajuda de minha mãe para fazer isso sem trabalhar. Foi assim até meados de 2021, em que consegui ingressar em um cargo público – precisei tomar posse por necessidade financeira, pois era um concurso menor e não era da área policial, mas precisei dessa escada para conseguir me estabilizar e ir mais longe. Partindo da metade de 2021, já com a experiência de estudos desde 2019, estudei para a Polícia Civil de Rondônia trabalhando e estudando; a dica já é bem conhecida: aproveite TODO o tempo que você tem disponível e SACRIFIQUE seu prazer momentâneo pela recompensa (mais prazerosa, inclusive) duradoura à longo prazo. Sem mais, isso é tudo. Faça por merecer.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Frederico: Fiz quatro concursos na vida. Polícia Federal, em 2021 (nem corrigiram minha redação); DEPEN, no mesmo ano, concurso em que fiquei como excedente, e assim sigo; concurso do IFRO, Instituto Federal de Rondônia, onde trabalho (primeira aprovação, em quinto lugar) e, por fim, fiz o concurso da PC – RO, conseguindo a segunda aprovação em 18º lugar para Agente. Respondendo à última pergunta: não vou parar de estudar enquanto eu não alcançar meu objetivo máximo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Frederico: Bem, tenho uma personalidade muito introvertida, então podemos dizer que a vida social era praticamente nula. O foco era estudar, fazer exercícios físicos, me alimentar bem e seguir meu projeto. Meus lazeres incluíam, também, exercícios físicos, pedais, jogos eletrônicos e afins. Eu não fazia nada que prejudicasse meu desempenho nos estudos, como álcool e afins. Considero esse sacrifício absolutamente necessário quando se estuda forte e se quer, de fato, se destacar no meio dos milhares de concurseiros no país. Contudo, devo dizer: não se cobre ao extremo, o lazer também é “parte” da sua preparação; até as máquinas precisam de descanso eventualmente, quem dirá os humanos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Frederico: Tenho uma companheira, apesar de não sermos casados ainda. Não temos filhos. Acerca da ajuda de terceiros nos estudos, prefiro responder isso de maneira simples, mas que esclarece muito bem como funciona: apesar de ajudas acessórias (que devem ser valorizadas proporcionalmente, claro, não seja um babaca), a caminhada é sua, e ninguém sonha por você, ninguém quer chegar lá assim como você quer, você sonha sozinho; diante disso, não espere que o mundo conspire a favor do seu estudo – ele não liga, na realidade -, você deve adaptar seu ambiente aos seus objetivos, excluir o que atrapalha, incluir o que ajuda. Resumindo: não tem ajuda? Faça você mesmo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Frederico: Estudo para a carreira policial desde 1 de novembro de 2019 (sim, sempre estudei para a área), então, na realidade, só estudei para o concurso da PC – RO depois da abertura do edital. Mas, muita atenção, não se engane, eu não passei na PC – RO em 3 meses, eu estudo essas matérias há 3 anos, e foi isso que me aprovou. A disciplina já deve ser intrínseca à rotina de um estudante para concursos, então, como já estava acostumado à “pegada”, só mantive e adaptei o estudo à jornada de trabalho. É simples (não complexo) e difícil (não fácil).
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Frederico: Penso sempre racionalmente sobre o estudo, e, dentre pesquisas e mais pesquisas, não consigo chegar à outra conclusão senão: com o PDF você absorve mais e melhor em menos tempo. Apesar de a vídeo-aula ser mais didática, inicialmente, ela, em meia hora, te dá o que você aprenderia em 10 ou 5 minutos de leitura atenciosa e disciplinada. Isso, à longo prazo, dá vantagem ao PDF, pois você pode “girar” o conteúdo cerca de 2x ou até 3x no mesmo espaço de tempo que você estaria terminando o conteúdo pela primeira vez, se visse apenas vídeo-aulas. Assim, use o vídeo apenas como último recurso para conteúdos complexos.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Frederico: Pesquisando na internet os cursos que mais aprovam.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Frederico: Usava, sim, mas por pouco tempo. No pouco contato que tive, percebi que eles eram bem sintéticos, incluindo, de fato, o que cai na prova. Isso é uma faca de dois gumes, pois, apesar de você “aprender rápido” logo o que mais cai, você pode perder questões absurdamente preciosas por deixar passar batido os detalhes. Um comentário de uma doutrina adicional, umas duas linhas a mais de comentário do professor que quem estuda por materiais sintéticos considera “desnecessário” podem te dar uma questão na prova que dividirá a sua vida: com ela você passa, sem ela você reprova. O Estratégia tem um material completo, é isso que me agrada.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Frederico: Não, estudei pelo Estratégia em todos os concursos que fiz.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Frederico: Como eu disse, a completude dos materiais é o principal ponto. Outros são: resposta dos professores às dúvidas do fórum e disponibilização de simulados para treinar em casa.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Frederico: Eu mesmo montei meu plano, depois de pesquisar bastante sobre o assunto. Sempre fiz 3 matérias por dia, 50 minutos para cada uma em média, com revisões estratégias antes de iniciar a leitura, e exercícios depois da leitura, totalizando, em média, 3 horas e meia de estudo líquido por dia, de segunda à sábado (de domingo a domingo, quando edital aberto).
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Frederico: Grifos em PDF digital! É a ferramenta mais simples para se grifar e organizar os PDFs. Antes de estudar, estude sobre como estudar. Sobre resumos e simulados: resumos apenas depois de “girar” todo o conteúdo pela primeira vez, e só de pontos de difícil memorização e de alta complexidade; simulados uma vez no mês, ou todo domingo, quando edital aberto.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Frederico: Não faço ideia da quantidade de questões, mas, calculando pelo tempo de estudo e pela constância, não foram menos de 10.000, certamente. Sua prova é toda feita de questões… existe maratonista que vai pra maratona sem correr antes em seus treinos?
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Frederico: Contabilidade e estatística, sem dúvidas. A dificuldade ainda não deixou de existir, mas foi bem amenizada com duas coisas: paciência com si mesmo e constância.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Frederico: Revisões e resoluções de exercícios reinaram na semana pré-prova, nada além disso. Também considero interessante ter um dia, na medida do possível, tranquilo, no dia que antecede a prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Frederico: Todo simulado que eu fazia era acompanhado de discursiva ao fim, sem papo. Se é assim no concurso, é assim que eu treino. Pagava correções dessas discursivas (para algumas, claro, não tinha dinheiro para todas) e trabalhava em cima dos erros apontados pelo corretor.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Frederico: A preparação para o TAF no meu caso é aliada ao meu estilo de vida. Corrida e exercícios físicos rotineiros, sem mais. As demais etapas exigem apenas a cabeça no lugar, planejamento, reflexão (precisará tomar decisões) e organização. No mais, você consegue resolver no decorrer, sem ansiedade. Lembrando que concursos policiais têm várias fases, você só entra no órgão quando toma posse, importante ter isso em mente para não se frustrar com eventualidades.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Frederico: Acertos? Todas as vezes que estudei e me esforcei em meio às dificuldades intrínsecas à vida. Os erros são todas as vezes em que não pude acertar como descrito acima. Feito é infinitamente melhor do que perfeito.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Frederico: Nunca pensei. É cômico, mas quando não se nasce rico, não podemos pensar muito em jogar tudo para o alto. A motivação foi o medo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Frederico: Não considero que cheguei muito longe (ainda), mas o que eu queria ter ouvido nessa trajetória é: mesmo sendo jovem, digo que todo o sacrifício dos “prazeres” da adolescência e da vida jovial compensam, ao fim. Já tive notificas de muitos se arrependerem de não terem se sacrificado aos estudos quando jovens, mas nunca vi os que se sacrificaram dizendo que queriam ter curtido mais. Se isola e faz teu nome, essa é a call. Qualquer um que pague o preço chega lá, inclusive você – se pagar.