Aprovada em 01º lugar no concurso SEE-PE para Analista em Gestão Educacional – Biblioteconomia
Concursos Públicos
“Quando estudamos, não temos nada a perder, pelo contrário, só a ganhar. Então, não desista.”
Confira nossa entrevista com Francisca Clotilde de Andrade Maia , aprovada em 1º lugar no concurso SEE-PE para Analista em Gestão Educacional – Biblioteconomia:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Francisca Clotilde de Andrade Maia: Eu me chamo Clotilde Andrade, sou mestranda em Ciência da Informação e bacharela em Biblioteconomia, ambas pela Universidade Federal do Ceará. Moro em Fortaleza e tenho 24 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Francisca: O concurso, para mim, sempre foi um sonho a ser alcançado. Era uma oportunidade de conseguir a tão desejada estabilidade, e a chance de ter um plano de carreira e evoluir por meio das promoções e da pós-graduação. Na minha profissão, sempre acreditei que as melhores oportunidades estavam no concurso público, então por isso decidi começar a estudar.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Francisca: Em 2021 ingressei no Mestrado em Ciência da Informação do PPGCI/UFC. Então, como mestranda, uma das formas que encontrei de conciliar era dividindo o tempo. Se eu tinha 5 horas para estudar ao longo do dia, metade era para os estudos do mestrado e da pesquisa, e a outra metade era para os estudos de concurso.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Francisca: Eu fiquei em 8º lugar na prova da Funsaúde – CE, como cadastro de reserva, e em 4º lugar na prova da UFC – Campus Russas, também como cadastro de reserva, e ambas as provas para bibliotecária.
Pretendo sim continuar estudando, acredito que com essas experiências, o conhecimento e o equilíbrio emocional vão se consolidando, além de maior confiança também, que são aspectos essenciais para tentar outros certames.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Francisca: Eu sempre gostei bastante de sair com a família e amigos, e nesse contexto de preparação não foi diferente. Apesar disso, existiam fases em que eu ficava mais reclusa por algum tempo, mas eu realmente nunca deixei de sair, por saber que esses momentos são essenciais para tranquilizar a nossa mente e aliviar a pressão.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Francisca: Eu não sou casada e nem tenho filhos, mas sempre tive uma rotina de cuidados domésticos e outros afazeres, além do estudo, que se não fossem bem administrados, levaria bastante tempo.
Apesar disso, a minha família sempre me apoiou e incentivou bastante, reconhecendo a importância do estudo para a melhoria na qualidade de vida e entendendo quando eu me distanciava um pouco mais para estudar.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Francisca: Para a prova da SEE-PE eu comecei a estudar quando saiu o edital, em julho. Por muito tempo fiquei na dúvida se deveria realmente prestar esse concurso, por que em abril eu fiz uma prova para a UFPE, também para Bibliotecário, e fiquei em 14º lugar.
Além disso, tinha disciplinas no conteúdo programático que eu nunca havia estudado, como Direito Constitucional e Administrativo, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco, Bases Legais da Educação, ou seja, temas que eu teria que começar do zero.
Então, quando decidi pra valer estudar para esse certame, fiz um cronograma pra conseguir ver todas essas disciplinas, e revisar o conteúdo de Biblioteconomia, que eu já estava estudando.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Francisca: No início dos meus estudos para concurso, eu comecei por vídeoaulas, para construir uma base. E após assistir as aulas, senti a necessidade de aprofundar um pouco mais, então comecei a estudar o PDF dos conteúdos de Biblioteconomia que eu tinha mais dificuldade.
Associando, sempre, com a resolução de muitas questões, que eu acredito ser a principal vantagem do PDF.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Conheci o Estratégia por meio de uma publicidade da Corujinha Social, acho que no YouTube, não lembro bem. Em maio de 2021, no auge da pandemia, consegui fazer a minha assinatura por meio do programa, e pra mim era uma oportunidade única de conseguir a assinatura com um preço acessível e em um contexto pandêmico tão delicado.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Francisca: Em 2019, antes da assinatura, eu havia feito a prova da UFC para Bibliotecário-Documentalista, ainda durante a Graduação. Não cheguei sequer perto de ser classificada.
Mas em 2021, após ter iniciado os estudos com o material do Estratégia, fiz a prova da Funsaúde, e fiquei em 5º lugar na prova objetiva. Foi realmente uma grande surpresa! Com a prova de títulos, desci três posições, finalizando em 8º lugar.
Mas, de toda forma, foi uma grande demonstração de que levando os estudos a sério, os resultados são notórios. A maior diferença, para mim, foi a resolução de questões, por que elas dão o direcionamento do que realmente cai em prova, e as questões comentadas preenchem lacunas que porventura apareçam durante a preparação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Francisca: No caso da prova da SEE-PE, eu tentava variar as disciplinas que estudava por dia. Como já tinha experiência com o conteúdo de Biblioteconomia, eu estava sempre resolvendo novas questões e revisando, intercalado com os estudos das demais disciplinas.
Infelizmente, por conta da rotina com os estudos de mestrado, não conseguia definir uma quantidade de horas fixa para cada disciplina, mas eu tentava pelo menos 2 horas por dia, resolvendo pelo menos 20 a 30 questões de cada disciplina.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Francisca: Eu fiz mapas mentais de todos o conteúdo de Biblioteconomia. Acredito que os mapas foram peças chaves para que eu conseguisse fixar o conteúdo, e sempre que tivesse dúvidas, voltava ao mapa, sem precisar voltar ao PDF. Quando resolvia questões, se houvesse algum detalhe que eu ainda não tinha visto, ia acrescentar ao meu mapa.
Das outras disciplinas eu fiz resumos à mão em fichas pautadas, por achar que seria mais fácil para revisar enquanto estava na faculdade, no ônibus, ou em outros momentos longe do computador.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Francisca: Na minha percepção, a resolução de questões é tão importante quanto o conteúdo a ser estudado. Afinal, é por meio das questões que você vai testar o conteúdo, e se aproximar da realidade da prova.
Ao longo desse percurso, só de Biblioteconomia foram mais de 7 mil questões.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Francisca: Na prova da SEE-PE, eu tive mais dificuldade com a disciplina de Bases Legais da Educação. É um conglomerado de diferentes legislações, com prazos e normas específicas da área de Educação e que eu ainda não tinha estudado.
Para superar, eu precisei imergir no conteúdo. Imprimi o material, li e reli várias vezes, fiz os mapas mentais e muitas questões, por que a legislação é enorme, mas sempre há aqueles incisos e artigos que a banca costuma cobrar, então, aí está, mais uma vez, a importância da resolução de questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Francisca: Na última semana antes da prova eu optei por apenas revisar o conteúdo estudado. Havia muitos tópicos de Constitucional e Administrativo que eu não consegui estudar, e nem daria tempo, então o foco foi revisar e resolver questões.
Como eu sou de Fortaleza, no dia pré-prova, quando cheguei em Recife, tentei descansar um pouco da viagem. Levei um material de revisão que fiz à mão em fichas pautadas, por que não teria computador, e queria descansar a mente longe do celular.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Francisca: Acredito que a minha experiência na Graduação e no Mestrado foram essenciais para o meu resultado na prova discursiva. Como o assunto era Atualidades, eu diariamente ouvia episódios de podcasts de jornais e acompanhava sites de notícias.
Por sorte, ou não, o tema da redação foi Educação Midiática, assunto que estamos discutindo com frequência no Grupo de Pesquisa Competência e Mediação em Ambientes de Informação (CMAI), da UFC, o qual faço parte. Então, consegui discutir a respeito da importância do tema, dos desafios e de propostas, como solicitado na prova.
Para quem não tem experiência com a escrita eu aconselho, principalmente, muita leitura. Ao ler, nós aprendemos como desenvolver a sequência lógica entre as ideias do texto, com coerência e coesão. E além disso, é preciso muita prática!
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Francisca: Acho que o principal acerto foi conseguir equilibrar tudo. Acredito que não adianta tentar insistir em excessos. O equilíbrio entre os momentos de estudo, lazer e descanso, que não abri mão, foram essenciais.
Além disso, acredito que é preciso ter humildade e aprender com pessoas que já passaram pelo mesmo processo, e fiz bastante isso, vi muitas entrevistas com pessoas que foram aprovadas e tentei absorver o máximo da experiência delas e adaptar para o meu contexto.
Os erros, para mim, foram os momentos de desânimo. Era inevitável, muitas vezes, pensar que não conseguiria um bom resultado, e deixar os sentimentos ruins tomarem de conta, e isso atrapalhava toda a rotina de estudo e a confiança também.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Francisca: Sim, pensei em desistir diversas vezes, principalmente por causa das disciplinas que nunca tinha estudado e dos gastos com passagem, alimentação, hospedagem, etc. Ou seja, era um tiro no escuro. Mas decidi correr o risco, por acreditar que valeria a pena tentar, afinal já estava chegando tão perto nas outras provas, e realmente valeu!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Francisca: Sempre achei bastante clichê aquelas frases motivacionais do tipo: “Não desista, sua hora vai chegar.” Mas, depois desse concurso, percebi como elas são verdadeiras. Quando estudamos, não temos nada a perder, pelo contrário, só a ganhar. Então, não desista. Se não está dando certo agora, faça um mapeamento, tenha uma visão estratégia, veja em que está errando, quais são as lacunas e os seus pontos fracos, e assim, você consegue aumentar o seu percentual de acertos e ficar cada vez mais próximo da aprovação!