Aprovado em 1° lugar para o cargo de Auditor Fiscal no concurso da SEFAZ BA

“Não me deixava desmotivar por não existir a data para lançamento do edital, pois nós concurseiros sabemos que, por mais que possa demorar, um dia o edital aparece.”
Confira nossa entrevista com Felipe Peixoto, aprovado em 1° lugar para o cargo de Auditor Fiscal no concurso da SEFAZ BA:
Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?
Felipe Peixoto: Sou de Salvador, 34 anos, formado em Engenharia Mecânica.
Estratégia Concursos: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Felipe Peixoto: Trabalhei 6 anos como Engenheiro de Petróleo na Petrobras. O mundo dos concursos surgiu naturalmente, pois a oportunidade de trabalhar na Petrobras era muito boa quando me formei. Nesse segundo momento, quando decidi tentar a área fiscal, eu buscava a segurança de um cargo público, junto com um trabalho que me interessasse e que fosse na minha terra.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Felipe Peixoto: A escolha começou quando surgiram boatos de que em breve sairia o concurso para a SEFAZ-BA. Era um cargo de alto nível no Poder Executivo e a atividade desenvolvida também me interessava. Além disso, eu sabia que escolhendo a área fiscal e me preparando no alto nível exigido por essa área, eu teria maior facilidade para migrar para outras áreas se viesse a ser necessário.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Felipe Peixoto: Conciliei com o trabalho. Isso implicava aproveitar todo e qualquer momento disponível para estudar (antes de trabalhar, no horário de almoço, ao chegar em casa de noite).
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Felipe Peixoto: Petrobras, TRE-BA, TRF 1ª Região, AGERBA, SEFAZ-BA. O último foi justamente a SEFAZ-BA, aprovado em 1º para o cargo de Auditor Fiscal.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Felipe Peixoto: Sim, comecei a estudar desde antes. A disciplina vem da motivação, eu sempre focava nos motivos pelos quais eu queria tanto passar naquele concurso. Não me deixava desmotivar por não existir a data para lançamento do edital, pois nós concurseiros sabemos que, por mais que possa demorar, um dia o edital aparece.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Felipe Peixoto: Assim que se decide entrar no mundo dos concursos, é um caminho natural conhecer o Estratégia, pois todos os outros concurseiros falam sobre essa empresa, bem como sempre aparece nas pesquisas feitas na internet sobre concurso.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor para você? Videoaulas, PDFs, livros?
Felipe Peixoto: No pré-edital, usei principalmente livros. Com a proximidade do edital e após ele, passei a utilizar PDFs próprios para o concurso. Para algumas questões pontuais, utilizei vídeos, mas o maior foco foi nos PDFs.
Estratégia: Quantas horas por dia costumava estudar?
Felipe Peixoto: Durante a semana, de 3 a 4h por dia. Nos finais de semana, variava bastante, mas chegava até a estudar quase 10h por dia.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Felipe Peixoto: No pós-edital, estudava todas as matérias de vez, até para manter sempre na memória todas elas. Nunca fiz resumos, pois achava que demandaria tempo demais, optei por grifar os materiais e revisar posteriormente, sempre também resolvendo muitas questões.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma disciplina? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Felipe Peixoto: A maior dificuldade foi na disciplina de Tecnologia da Informação. Além de usar material complementar, insisti em fazer um número maior de questões, para pegar o jeito da matéria.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro?
Felipe Peixoto: No pós-edital, já estava morando sozinho, solteiro e sem filhos. Optei por não contar a amigos e familiares sobre os estudos, apenas comentava com minha mãe, que sempre foi a pessoa que mais me apoiou.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Felipe Peixoto: Foram momentos bem diferentes. No pré-edital, eu conciliava os estudos com a vida social, mas sem nunca deixar de estudar. Conseguia sair com amigos, praticar atividades físicas, ter momentos de lazer. Mas, com o lançamento do edital, adotei uma postura radical e passei a usar todo meu tempo apenas para trabalho e estudos. Foram pouco mais de dois meses de muito sacrifício, mas que valeram a pena.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Felipe Peixoto: Essa é uma decisão complicada e que depende da situação de cada um. O ideal é focar na sua área de forma a obter resultados cada vez melhores nas provas que for fazendo. No meu caso, como o foco maior era passar em um concurso na minha terra, acabei me arriscando em fazer concursos de outras áreas, pois sabia que eram poucas as oportunidades de concurso na minha cidade.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Felipe Peixoto: Um total de 2 anos.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Felipe Peixoto: A primeira sensação é de alívio, de tirar um enorme peso das costas. Depois, a sensação de missão cumprida, saber que todo sacrifício valeu a pena.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Felipe Peixoto: Na última semana, eu já estava num ritmo mais leve, focando em fazer mais questões e revisar pontos específicos. A véspera da prova foi mais de descanso, não usei mais do que 1 hora revisando pontos que tive maior dificuldade de memorizar.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Felipe Peixoto: O estudo da questão discursiva já vem do próprio estudo que se faz para a prova como um todo, uma vez que o assunto é o mesmo. O importante aqui é treinar a técnica da escrita. Busquei questões de concursos anteriores e respondia para treinar, além de ter feito um curso específico para questões discursivas.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Felipe Peixoto: Não diria bem que foi um erro, mas não recomendo que pessoas façam algumas coisas que fiz, a depender da situação de cada um. Por exemplo, estudar por livros. Para mim, serviu bem porque ainda não havia data para lançamento do edital, então tive tempo para esse tipo de estudo. Mas, se o edital já está próximo, não considero adequado estudar por esses meios, que demandam um tempo muito maior e não direcionam para a sua prova de forma específica. Outro erro da minha parte foi o de não fazer outros concursos da área fiscal para treinar. Meu maior acerto foi a disciplina constante, do início ao último dia, sempre aproveitando ao máximo todas as horas disponíveis para estudar, bem como ter planejado todo meu estudo com antecedência, para não me perder no caminho.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Felipe Peixoto: A vontade de desistir aparecia praticamente todos os dias, principalmente nos primeiros meses. Mas sempre tive em mente que aquilo era normal, que essa dificuldade é natural para todos ou quase todos os concurseiros. Para seguir em frente, pensava sempre nos motivos que me levaram a fazer aquele concurso.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Felipe Peixoto: Estava insatisfeito com o trabalho que tinha e a cidade em que morava. Queria mudar aquela situação e o concurso da SEFAZ-BA caiu como uma luva.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Felipe Peixoto: A primeira coisa a saber é que é perfeitamente possível e viável ser aprovado no concurso que você almeja. Não pense que os aprovados são pessoas anormais, com inteligência acima da média ou coisa parecida. A maioria são pessoas normais, que foram alunos medianos nos anos de colégio e faculdade, mas que passaram a encarar os estudos para concurso de forma diferente. Tenha em mente que você vai precisar de muita disciplina e de um material de qualidade para os estudos. Vai precisar fazer sacrifícios e abrir mão temporariamente de algumas coisas do seu dia-a-dia, mas sabendo que valerá a pena. Precisa se acostumar a conviver com o sentimento de desânimo e a vontade de desistir, que aparecerão constantemente na sua trajetória. Saiba que é normal e que isso não pode ser motivo para você parar. Além disso, tenha cuidado com pessoas que dizem que você está estudando demais e que não precisa disso tudo, quem está fora do mundo dos concursos não tem noção do nível necessário de estudos para a aprovação. Estude sempre que puder e dentro dos seus limites.