Aprovado em 4º lugar no concurso IBAMA para o cargo de Analista Ambiental no DF
Concursos Públicos
“Depois de um tempo de estudo as aprovações serão uma consequência, mas no início é comum obter várias reprovações. Escolher uma área e tentar se manter nela é também muito importante, pois os concursos da área ambiental mantêm uma tendência no conteúdo programático”.
Confira nossa entrevista com Felipe Domingos, aprovado em 4º lugar para o cargo de Analista Ambiental no DF:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Felipe Domingos: Recentemente terminei a graduação em Engenharia Florestal na UFPR. Tenho 24 anos e sou de Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Felipe Domingos: Durante a faculdade tive diversas experiências com o serviço público, além de ter familiares e amigos funcionários públicos. A sensação de atuar servindo a sociedade como um todo sempre me cativou muito.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Felipe Domingos: Sim, trabalhei durante a maior parte do tempo. Quando ainda estagiava era mais fácil conciliar, pois a carga horária era de 20 horas semanais; nessa época eu conseguia estudar cerca de 5 horas por dia. Em julho comecei a trabalhar como APM no IBGE e a conciliação ficou mais difícil, então reduzi o estudo diário para cerca de 2 a 3 horas.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Felipe Domingos: Fiquei em 1º para o cargo de Agente Profissional – Engenheiro Florestal no Instituto Água e Terra (IAT-PR), lotação Jacarezinho, 1º para Engenheiro Florestal da Prefeitura de Caçador – SC, 2º para Engenheiro Florestal da Prefeitura de Campo Largo – PR, 3º na Prefeitura de Bombinhas – SC e mais algumas outras aprovações. Depois dos resultados do IBAMA e do ICMBIO pretendo fazer uma pausa no estudo para concursos para me dedicar a outros objetivos – especialização, mestrado, etc.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Felipe Domingos: Não tenho uma vida social muito agitada, até me considero um pouco antissocial, rs. Gosto de andar de bicicleta, ir a parques, fazer trilhas, isso foi extremamente importante durante a minha preparação. Abdiquei de momentos com a família, amigos e namorada, mas percebi que a preparação é muito melhor quando conciliamos nossa vida pessoal com os estudos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Felipe Domingos: Não sou casado e não tenho filhos. Minha família me apoiou muito. Minha mãe proporcionou a oportunidade de me dedicar unicamente aos estudos durante muito tempo. Minha namorada também me apoiou muito por todo o tempo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Felipe Domingos: Estudo especificamente para a área ambiental desde 2019. Durante a pandemia, consegui focar na preparação especialmente para o concurso do IAT, e consegui aproveitar muito do conteúdo para o IBAMA. Uma ferramenta que utilizei para manter a disciplina foi manter a minha mesa de estudos sempre organizada, com um emblema do órgão ao lado do computador.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Felipe Domingos: Utilizei principalmente PDFs. A principal vantagem é a concisão do material, além de poder avançar mais rapidamente em assuntos que já estamos familiarizados. A resolução de questões também é extremamente importante, pois visualizamos melhor a forma como o conteúdo geralmente é requisitado pela banca e os pontos-chave das disciplinas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Felipe Domingos: O Estratégia é extremamente conhecido entre os concurseiros. Conheci o cursinho por meio das lives no Youtube, com o professor Tiago Zanolla, em aulas sobre o estatuto dos servidores civis do Paraná.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Felipe Domingos: Sim. O principal incômodo é a escassez de materiais específicos. O Estratégia é o único que oferece cursos regulares e professores com especialidade na área ambiental, como a professora Monik Begname, que também é engenheira florestal, e o professor André Rocha.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Felipe Domingos: Sim. Fui aprovado, mas na parte específica tive que recorrer a materiais da faculdade e livros, o que me custou bastante tempo.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Felipe Domingos: Sim. Certamente a principal ferramenta é a seleção de bizus realizada pelos professores, o que proporciona o contato com muito conteúdo relevante em um espaço curto de tempo.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Felipe Domingos: Organizei as disciplinas por peso e com base no tempo disponível por semana, definindo sessões de no máximo 1 hora por disciplina. O tempo diário de estudo foi variável, desde 2 horas a 5 horas (devido ao trabalho), mas sempre intercalei o estudo entre as várias disciplinas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Felipe Domingos: Comecei a utilizar mapas mentais por indicação de um professor e tive ótimos resultados, principalmente em legislação ambiental. Resolvi simulados também (1 a cada 3 semanas, aproximadamente).
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Felipe Domingos: A resolução de questões tem um papel crucial na preparação. Resolvi em média 30 questões por dia. Fiz mais de 14.000 questões desde o início da preparação para concursos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Felipe Domingos: Com certeza foi português. Tive que recorrer a muitas videoaulas e questões, pois sentia que somente o PDF não era suficiente.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Felipe Domingos: Foquei em revisar os mapas mentais que já havia elaborado e ler os principais bizus mencionados pelos professores. No dia pré-prova participei da revisão de véspera do Estratégia, e ganhei alguns pontinhos preciosos nos conteúdos que não consegui concluir a tempo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Felipe Domingos: Vou confessar que minha preparação para a discursiva foi bem negligente. Não elaborei muitos textos, mas sempre gostei de ler artigos e livros relacionados à área ambiental. Acredito que a elaboração de textos com certa periodicidade, avaliação por um terceiro e posterior revisão pode facilitar muito na hora da prova (o que eu certamente faria se pudesse voltar no tempo, rs).
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Felipe Domingos: Acho que o principal erro é a procrastinação, principalmente com a facilidade de ter o foco desviado pelo celular, televisão, etc. Também criei muita expectativa em alguns concursos que fiz no início da preparação e que reprovei, o que me fez ficar frustrado. O principal acerto foi procurar técnicas de estudo que se adequassem ao meu ritmo e resolver muitas questões, com ênfase nas bancas organizadoras dos certames que eu visava.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Felipe Domingos: Fiquei frustrado com algumas reprovações, mas nunca desisti de seguir na área pública. Acho que conhecer servidores, o dia a dia no trabalho e as oportunidades que são oferecidas dentro dos órgãos públicos são ótimos mecanismos de motivação.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Felipe Domingos: O primeiro conselho é ser resiliente. Depois de um tempo de estudo as aprovações serão uma consequência, mas no início é comum obter várias reprovações. Escolher uma área e tentar se manter nela é também muito importante, pois os concursos da área ambiental mantêm uma tendência no conteúdo programático. Utilizar técnicas de estudo adequadas também faz muita diferença na preparação, mas para isso você deve se conhecer e entender o que faz e o que não faz sentido para você (afinal de contas, não há fórmula mágica para a aprovação). E claro, optar por cursos com materiais específicos para sua área irá poupar um tempo precioso na sua trajetória.