Aprovado em 83º lugar para Agente de Polícia Civil no concurso PC-RO
Concursos Públicos
“[…]não desista depois de derrotas (afinal, elas acontecem), e guarde uma coisa, não tem como ser um derrotado aquele que nunca desiste.”
Confira nossa entrevista com Fabricio Franca Zacarias Silva, aprovado em 83º lugar para Agente de Polícia Civil no concurso PC-RO:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Fabricio Zacarias Silva: Me chamo Fabricio Zacarias, sou Educador Físico (Bacharel em Ed. Física), mais precisamente, lutador e treinador de Muay Thai e Kickboxing. Tenho 34 anos, nascido e residente em Curitiba – PR.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Fabricio: Como atleta profissional já estou em reta final de carreira, e comecei a pensar no que poderia fazer para dar uma estabilidade melhor para minha família, logo apareceu o concurso para a Policia Civil do Paraná e então resolvi estudar para tal. Ao pensar em concursos públicos a única área que me identifiquei e que teria sentido para mim foi com a polícia judiciária, pelo fato de apresentar uma maneira que eu possa contribuir para a sociedade e para minha nação dentro do meu trabalho, não me imaginaria sentado atrás de uma mesa de escritório por exemplo, a parte investigativa e as operações de busca de apreensão me impulsionaram a atingir esse objetivo.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Fabricio: Trabalho como professor de muay thai e kickboxing, e também como personal trainer, são essas atividades que trazem o sustento à minha casa, portanto não haveria possibilidade de interrompê-las para me dedicar aos estudos. Além disso, eu estava em constante ritmo competitivo para minhas lutas profissionais, e essa foi uma área que eu tive que “sacrificar” , digamos assim, pois o treinamento esportivo em nível competitivo demandava muita energia e tempo, e foi essa brecha que tive que abrir em minha agenda para conseguir cumprir com minhas metas de estudo diário. Ao invés de fazer dois ou três treinos diários durante 6 dias na semana, eu reduzi a um treino por dia entre 3 a 5 dias por semana, e utilizei esses horários para estudar cerca de 3 ou 4 horas por dia.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Fabricio: O concurso da PCRO foi minha primeira aprovação, fui aprovado para o cargo de agente e fiquei colocado em 83 lugar. Na prova da PCPR que eu fiz, atingi uma média superior a necessária para ser aprovado, porém, não consegui atingir a nota de corte para a correção da minha redaçãos, por 3 pontos. Agora estou focado nas próximas etapas do meu concurso, TAF e etc… farei também a prova da PCGO, porém nessa já estou em um ritmo mais tranquilo de estudos, pois caso tenha que optar por uma das duas eu fico com a PCRO, devido ao fato de meu pai morar na capital, Porto Velho, e assim ficarei mais perto dele.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Fabricio: Durante minha preparação, eu me abstive de meus treinos, mas não fiquei “neurado” a ponto de não ter tempo com minha família e amigos, separei um dia do final de semana para fazer meus simulados e daí nesse dia me desligava do “social”, mas caso eu fizesse no sábado, descansava domingo, ou vice versa.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Fabricio: Sou casado e tenho um filho de 15 anos, minha família me apoiou bastante em meus estudos, por verem a minha situação financeira inconstante e me apoiaram sim. Minha mãe ficou um pouco preocupada por eu me tornar um policial, porém ela já estava acostumada a se preocupar com minha profissão, afinal, ser um lutador não é algo que possa se considerar muito seguro. (risos…)
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Fabricio: A preparação específica para esse concurso ocorreu após a abertura do edital, que foi do mês 7 ao mês 10, porém já havia estudado durante dois anos para o concurso da PCPR, e muitas matérias eu já tinha uma base o que me facilitou no avanço dos outras assuntos.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Fabricio: Usei todas as ferramentas disponíveis no portal do Estrategia, video aulas para as materias mais complexas, pdf’s e exercícios para todas elas. Gosto de entender o básico de cada matéria, para só então eu avançar nas aulas e nos exercícios. Já no dia que antecedeu a prova eu fiz um aulão presencial para fazer uma revisão de forma mais passiva.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Fabricio: Pela internet, assim que comecei a pesquisar sobre concursos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Fabricio: Gosto muito dos pdf’s e video aulas, e senti um grande avanço quando iniciaram com o Estrategia Questões. Outra ferramenta excelente são os bizus estratégicos, que usei para planejar meus estudos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Fabricio: Montei meu plano de estudo com cerca de 3 a 4 hrs diárias, focando nas primeiras semanas em matérias que eram novas para mim, após isso foquei nas que possuíam maior peso na prova. O professor e investigador Henrique Sasaki, que conheci como coach aí do Estratégia, foi um grande mentor em meus planejamentos.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Fabricio: Fazia grifos em meus pdf’s para revisar, e utilizei muito o aplicativo “anki” para revisões em flashcards, fiz exercícios por matérias específicas e procurei fazer os simulados na reta final quando já tinha maior conhecimento nas matérias. Fiz 4 simulados nas últimas 8 semanas que antecederam a prova.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Fabricio: Não lembro ao certo quantas questões fiz na minha trajetória, mas creio que mais de mil, as questões são muito importantes para entender como os assuntos são cobrados pela banca e para testar o seu aprofundamento no tema.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Fabricio: Contabilidade e estatística eram as mais difíceis para mim, por eu não ter afinidade com a área de exatas e não terem sido cobradas no concurso que fiz antes desse, portanto nunca tinha estudado elas. Comecei pela aula 0 cada uma, em pdf, depois em video aula e foquei em entender elas para depois focar nos exercícios como eram cobrados, mas não “pilhei” muito nelas para não ficar estressado e perder rendimento, afinal elas representavam 15% da minha nota, e se eu gastasse energia demais em aprende-las com pouco tempo, eu poderia acabar comprometendo o meu rendimento no restante.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Fabricio: Na semana que antecedeu a prova eu mudei um pouco minha rotina para ter um tempo a mais para estudar e conseguir dar uma revisada básica em cada matéria. No dia pré-prova eu fiz um aulão presencial que os professores da DSO fizeram lá em Porto Velho, o que me rendeu uma boa revisão de forma passiva, sem me estressar, e depois do aulão não estudei mais, procurei relaxar, assistir um filme e fazer uma boa oração.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Fabricio: A discursiva foi o divisor de águas nessa prova, para mim. Ela valia 100 pts, exatamente o mesmo peso das 100 questões da objetiva. Procurei ser bem atencioso em abordar todos os tópicos solicitados na questão e fazer ela como a primeira matéria na prova, para escrever com a cabeça “fria”. Durante a preparação eu estudei como era, geralmente, a cobrança do CEBRASPE para com a discursiva, e descobri que eles pediriam tópicos, e que eu deveria discorrer sobre todos eles para obter uma boa pontuação. E foi o que me salvou, dos 100pts da discursiva eu fiz 96pts, o que me alavancou da posição 397 para 83 e mesmo agora, após todos os recursos esgotados, eu fiquei colocado em 92 e permaneci entre as 130 vagas.
Aconselho a não negligenciarem a redação, entender o tipo de cobrança da banca e praticar o hábito da leitura, não só de matérias, mas também de notícias, artigos e livros, pois a familiaridade com a leitura traz acervo e solidez na sua escrita, sem contar o conteúdo para discorrer sobre qualquer assunto.
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Fabricio: Para o TAF tenho focado em treinos específicos, pois mesmo eu tendo uma rotina de atleta, os movimentos da luta não serão cobrados lá. Então venho colocando corrida, “abdominais” e “barras” dentro da minha preparação física, tudo dentro do que será cobrado no teste, outra coisa que quero fazer é chegar em PVH uma semana antes da prova para fazer um simulado e alguns treinos nas condições da prova, na pista certa, no horário certo, e principalmente, para me adaptar a diferença climática de Curitiba para Porto Velho.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Fabricio: Os maiores erros acho que foram a procrastinação antes de abrir o edital e não ter mantido uma rotina mesmo após minha reprovação no concurso da PCPR. Os acertos, acho que me cercar de boas companhias, só comentar sobre a prova com quem interessava e bolar uma estratégia para o dia da prova, que no meu caso foi a seguinte: iniciar pelo rascunho da redação, fazer as questões do bloco geral (30 questões), passar a limpo o rascunho (mas não na folha resposta ainda), ir para o bloco de conhecimentos específicos (70 questões) fazer as que eu sabia responder, passar a redação para a folha resposta, passar o gabrito para a folha resposta, e só então, tentar quebrar a cabeça nas que não sabia responder logo de cara.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Fabricio: Varias vezes pensei em desistir, quando faltava grana, quando lemrbava da minha reprovação na PCPR, mas a que “bateu” mais forte, foi quando vi amigos indo lutar fora e eu “gastando” todo meu tempo estudando, cheguei a pensar se eu não estava indo pro lado errado, “e se não der certo?!? quanto tempo estou ‘perdendo’” pensava eu. Mas minha principal motivação foi crer que Deus tinha/tem um propósito para a minha vida, dentro da Policia Civil, que dentro da corporação eu terei a oportunidade de ser luz para outras pessoas, e em trazer segurança e estabilidade para a minha família.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Fabricio: Curta o processo, não tenha pressa, não desanime, não procrastine, não reclame, não pire. Tenha fé, tenha propósito, busque tempo de qualidade, se você tem um chamado, cumpra com ele, acredite, acorde cedo, durma tarde, faça o que tem que ser feito. E principalmente, não desista depois de derrotas (afinal, elas acontecem), e guarde uma coisa, não tem como ser um derrotado aquele que nunca desiste. Deus é fiel e olha todos nossos passos, colheremos o que plantarmos!