Aprovada em 72° lugar no concurso PC RN no cargo de Agente

“A partir do momento que eu estabeleci um cronograma, tudo funcionou bem. Acertei quando estudei mesmo ouvindo que não haveria mais concursos por um bom tempo e nunca negligenciei os exercícios físicos para o TAF. Ainda, como um dos maiores acertos, entendi que o descanso faz parte da preparação. Nunca me senti culpada por tirar um dia para lazer”
Confira nossa entrevista com Emilia Alves, aprovada em 72° lugar no concurso PC RN no cargo de Agente:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Emilia Alves: Sou formada em Odontologia pela Universidade Estadual de Pernambuco. Tenho 26 anos e sou de Recife (PE).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Emilia: Quando paguei a disciplina de “odontologia legal”, encantei-me pela área pericial e descobri que meus professores, por serem peritos, trabalhavam na polícia. A partir daí, decidi que a carreira policial seria uma forma de me realizar profissionalmente.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Emilia: No começo eu precisei conciliar o Mestrado em Perícias Forenses com os estudos para concurso. Foi difícil, mas eu utilizava os finais de semana como únicos dias intensos que tinha e tentava tirar o atraso. No último ano do mestrado, como já havia terminado minha dissertação, consegui direcionar meus estudos quase 100% para os concursos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Emilia: Passei como excedente para o cargo de Escrivão da Polícia Federal (2021), ITEP- Perito Odontolegista 2021 (classificada para o curso de formação na posição 14), PEFOCE- Perito Odontolegista 2021 (aprovada na prova objetiva em 11 lugar) e Polícia Civil do Rio Grande do Norte para Agente de Polícia 2021 (aprovada dentro das vagas; posição 72).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Emilia: A princípio, um alívio pela sensação de dever cumprido. Depois, muita euforia e coração acelerado! FINALMENTE MEU NOME ESTAVA NO DIÁRIO OFICIAL!
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Emilia: Quase todo tempo que eu tinha disponível, estava estudando. Mas isso não impedia de sair com os amigos e familiares para jantar nos sábados à noite, já que eu passava o dia todo estudando. Entretanto, as comemorações longas eu rejeitava, e natal e ano novo sempre dormi cedo porque o outro dia era só mais um dia de estudos. Nos domingos, sempre tirei para descanso e não tocava nos livros. Com equilíbrio, tudo funcionou muito bem. O descanso e as risadas com meus amigos também fizeram parte da minha preparação.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira?
Emilia: Sou solteira e moro com minha mãe e minha irmã. Minha família sempre me apoiou nos estudos, principalmente a minha mãe e outros “pais adotivos” que tenho. Acreditaram mais em mim do que eu mesma e sempre entenderam quando eu não podia sair do quarto por estar estudando.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é e se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo).
Emilia: Sim. Um exemplo prático é minha aprovação dentro das vagas na PCRN. O cargo de Agente não é meu objetivo final, já que meu objetivo ainda é o cargo de Perito Odontolegista. Entretanto, fazer concursos “escada” é fundamental para ganhar confiança e seguir com mais garra para o cargo dos sonhos. Além do mais, ter o salário já é muito importante para continuar bancando a vida de concurseira.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada?
Emilia: Para a PF, direcionei os estudos por sete meses, mas já tinha 1 ano de estudos nas disciplinas de direito, português e RLM mesmo sem edital. Para a PCRN, estudei mais ou menos 1 ano, intercalando com os estudos para PF.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Emilia: Sim. Eu sabia que um dia o edital sairia. Então estudei as disciplinas base (Direito, português, informática e RLM) para direcionar as demais quando o edital saísse. Para manter a disciplina, eu criei uma rotina de forma que meus estudos fossem meu trabalho. Então eu acordava sempre na mesma hora (7:30 da manhã) e iniciava o primeiro “expediente” até a hora do almoço. Em seguida retornava durante a tarde, parava para ir à academia, estudava mais um pouco e às 18:00 eu encerrava. Eu mesma era minha chefe e já me cobrava o suficiente quando não batia a meta.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas?
Emilia: Usei os PDFs do Estratégia para primeiro contato com as disciplinas e assinei um site de questões. Cada um tem uma preferência, mas eu, particularmente, estudo melhor lendo do que assistindo videoaula. Entretanto, perto das provas, eu preferia videoaula, já que servia como revisão e eu já tinha aprendido o assunto.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Emilia: Conheci pelas redes sociais.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Emilia: Eu tinha uma planilha no Excel e dividia cada dia com um bloco de 4 a 5 disciplinas, estudando uma hora e meia cada disciplina + 10 questões de cada. Nos finais de semana, só fazia questões dos assuntos vistos durante a semana e o que eu errava, revisava bem. Dessa forma, conseguia bater o edital mais rapidamente. Já fiz resumos, mas senti que era só perda de tempo porque eu nunca voltava para ler os resumos. Então, foquei em teoria + questões. Em média, estudava 6 horas e meia por dia de segunda a sábado. Domingo só relaxava e ia à igreja.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma disciplina? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Emilia: Tive dificuldade em contabilidade e estatística. Para melhorar meu desempenho, dobrei a quantidade de exercícios e separava mais tempo para a teoria também. Inclusive, cheguei a retirar algumas disciplinas que eu já estava com bom desempenho do meu bloco e repeti contabilidade e estatística a fim de estudar mais.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Emilia: Uma semana antes da prova da PCRN, eu fui para a casa de familiares e comemorei a aprovação no TAF da PF. Então, esse descanso com pessoas queridas foi fundamental e me deu uma paz enorme. Na véspera da prova, revisei alguns pontos e dormi cedo.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Emilia: O próprio estudo para a objetiva ajuda bastante a ter argumentos na discursiva. Entretanto, estudar pelo material do professor Marcio Damasceno foi extremamente fundamental, pois além do embasamento teórico, ele também disponibiliza a proposta de solução. Isso faz com que o aluno ganhe muito tempo – o que é fundamental para o concurseiro. Fica aqui registrado meu agradecimento a ele. Portanto, aconselho que não negligenciem a discursiva, pois pode mudar muita coisa na classificação.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Emilia: Treino para o TAF desde que iniciei meus estudos para concursos. Segunda a sexta eu estou na academia, também faço treinos de corrida na rua, simulando o dia do TAF. Tento manter uma alimentação equilibrada e sem exageros.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Emilia: Errei em perder tempo com resumos e em estudar sem rotina. Apenas estudava o que tinha vontade no dia. A partir do momento que eu estabeleci um cronograma, tudo funcionou bem. Acertei quando estudei mesmo ouvindo que não haveria mais concursos por um bom tempo e nunca negligenciei os exercícios físicos para o TAF. Ainda, como um dos maiores acertos, entendi que o descanso faz parte da preparação. Nunca me senti culpada por tirar um dia para lazer.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Emilia: Nunca pensei em desistir, mas me senti aflita por achar que ia demorar muito para chegar meu dia. Nos dias de inseguranças, sempre busquei orar com mais forças e me apegar a Deus. Ele nunca me desamparou!
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Emilia: A estabilidade do serviço público e a certeza de que quando eu passasse, iria lembrar de todos os dias de estudo e que valeram a pena!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Emilia: O caminho é árduo sim e não há romantização na trajetória do concurseiro. Entretanto, “aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria trazendo consigo sua colheita”. Salmos 126:6. Não desistam. Continuem estudando porque há uma certeza: alguém está esperando para digitar seu nome no Diário Oficial.