Aprovada no concurso PC-DF para os cargos de Agente e Escrivão
Policial (Agente, Escrivão e Investigador)Confira nossa entrevista com Elisangela Andrioli, aprovada no concurso PC-DF para os cargos de Agente e Escrivão:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Elisangela Andrioli: Meu nome é Elisangela, sou formada em Direito. Tenho 23 anos e sou de Passo Fundo, Rio Grande do Sul.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Elisangela: O que me levou a estudar para concursos foi a vontade de prestar um serviço à sociedade, além da estabilidade que só o concurso público proporciona. Escolhi a área policial, porque o trabalho exercido é muito mais dinâmico e proporciona muito mais ação do que em outras áreas.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Elisangela: No início eu conciliava faculdade com os estudos para concursos e, quando me formei, passei a me dedicar integralmente aos concursos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Elisangela: Já fui aprovada em 4 concursos: Técnico TRF4 (2019), PRF (2021), Agente e Escrivão da PCDF (2021). O de Escrivão foi o último em que fui aprovada e fiquei na colocação 35ª pelo gabarito preliminar da discursiva.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as) na primeira fase do certame?
Elisangela: Foi incrível! Sempre dá um friozinho na barriga na hora de procurar nosso nome no Diário Oficial. Quando a gente vê que ele está ali, vem uma sensação de alegria muito forte e de que todo esforço valeu a pena. É um momento muito especial.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Elisangela: Nunca deixei de ver minha família e meus amigos. O que eu fiz foi diminuir consideravelmente os encontros, principalmente quando chegava perto da data da prova. Acredito que o apoio deles foi fundamental para dar um certo alívio emocional na carga horária de estudos.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Elisangela: Eu namoro há 6 anos e tenho um cachorrinho (conta como filho? hahah). Minha família no início não gostou muito da ideia de eu prestar concursos na área policial, mas no fim entendeu que era isso que eu queria e hoje apoia muito as minhas decisões.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Elisangela: Acho que sim, desde que seja na mesma área para não fugir muito do foco do concurso principal. Ainda, concursos menores podem te dar a chance de ganhar um salário bom e, ao mesmo tempo, de se preparar de forma mais tranquila para o concurso principal. Eu pretendo continuar estudando para alcançar meu sonho que é ser Delegada e sei que esses concursos em que passei me ajudarão muito nessa trajetória.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada?
Elisangela: Os últimos aconteceram quase que ao mesmo tempo, então o direcionamento teve que ser dado por “proximidade” da data da prova. Mas acredito que para a área policial eu estudo há uns dois anos e meio, por aí.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Elisangela: Sim, já estudei sem edital aberto. Eu me organizava pelo edital antigo e tentava manter a disciplina nos estudos pensando que o edital logo seria lançado e que, se eu me preparasse antes, estaria na frente de muitos candidatos.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Elisangela: Utilizei muito o PDF do Estratégia e também as videoaulas. A vantagem do PDF é que é muito completo e traz muitas questões, a desvantagem é que estudar lendo pode se tornar um pouco maçante e, em algumas matérias mais difíceis, como contabilidade e estatística, até um pouco abstrato e de difícil compreensão. A vantagem da videoaula é que o conteúdo se torna muito mais entendível, e a desvantagem é que, às vezes, a videoaula toma muito tempo, mesmo acelerando a reprodução.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Elisangela: Conheci por um colega de estágio que me apresentou o material. Achei muito completo e de qualidade. Sabia que estudando com o Estratégia eu estaria bem preparada para conquistar meus objetivos.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Elisangela: Estudava várias matérias. Já chequei a estudar mais de 15 matérias ao mesmo tempo, porém dividia as disciplinas nos dias da semana e priorizava algumas. Fazia resumos e muitas questões (fiz mais de 10.000 questões da banca Cebraspe até a data da última prova). Montei meu plano de estudos iniciando o dia com as matérias que eu estava com mais dificuldade ou que exigiam mais conteúdo, como contabilidade e informática, e finalizava com as matérias que eu tinha mais facilidade, como penal e processo penal. Estudava cerca de 6 a 8 horas por dia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Elisangela: Sim! Muita dificuldade em estatística, contabilidade e informática, tive que priorizá-las em meu cronograma de estudos e resolver muitas questões delas para descobrir meus erros.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Elisangela: Para mim, a rotina de estudos na semana que antecede a prova se intensifica: eu crio metas de questões, procuro revisar todo meu material e leio a lei seca naquelas matérias jurídicas. A véspera de prova é geralmente dia de descanso, no máximo uma olhadinha nos resumos das matérias que estou com dificuldade.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Elisangela: Eu fazia redações a cada 15 dias mais ou menos. Procurei entender o que a banca pontuava na discursiva e assisti alguns aulões do Youtube sobre como montar o esqueleto e sobre assuntos que estavam em alta. Recomendo não negligenciar essa fase, pois pode fazer a diferença na nota final, já vi gente cair muitas pontuações por causa da discursiva.
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Elisangela: Está sendo uma preparação contínua. Depois que fiz o TAF da PRF, no qual quase fui reprovada na barra fixa, comecei a focar mais nos exercícios, principalmente naqueles que exigem força. Faço academia 5x por semana, além de correr de vez em quando para me manter preparada para os próximos testes físicos.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Elisangela: Acho que o maior erro foi, no início, não ter procurado métodos de estudos. Comecei a estudar revisando as matérias por inteiro ao invés de por partes. Exemplo: pegava a matéria inteira de direito constitucional ao invés de dividir e pegar, por exemplo, só direitos sociais ou só direitos de nacionalidade. Desse jeito, não dava tempo de resolver muitas questões e eu acabava estudando mais e com menos qualidade. Os maiores acertos foram: ter mantido o foco e a disciplina, ter adquirido um bom material e ter realizado muitas questões para me preparar.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Elisangela: Acho que o mais difícil foi manter o foco e a determinação, principalmente quando veio a pandemia e todos os concursos foram suspensos sem previsão de retomada. Pensei muitas vezes em desistir e ir para outra área, mas, no fim, sempre pensava que estava no caminho certo e que o concurso seria o meio mais fácil para conquistar meus objetivos de vida.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Elisangela: Acho que a principal motivação foi o salário e a vontade de conquistar algo novo e de obter novas experiências com isso.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Elisangela: Minha dica é: busque um bom material, pesquise sempre suas dúvidas, mantenha o foco e não desista de seus objetivos. A luta é sua! Não importa o que os outros irão pensar, se é seu sonho, vale a pena. No concurso público tem lugar para todo mundo. O que sempre passou pela minha cabeça foi: “se os outros passam, por que eu não posso passar também?”.