Aprovado no concurso PC RN no cargo de Agente de Polícia

“A maior dificuldade é você se dedicar tanto, e por tanto tempo, a algo que só vai render frutos depois de muito tempo. Eu me formei e escolhi não buscar um emprego fixo, fazendo apenas bicos, para poder me dedicar mais aos estudos, mas às vezes sentia estar parado no tempo porque via outros colegas e amigos construindo suas vidas enquanto eu “só estudava”. Apesar disso, desistir nunca passou pela cabeça, já que aquilo que quero ser é muito nítido em minha mente. Manter esse sonho vivo na mente me parece ser a chave para seguir em frente, apesar das dificuldades.”

Confira nossa entrevista com Eduardo Roberto Guillén, aprovado no concurso PC RN no cargo de Agente de Polícia:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Eduardo Roberto: Me chamo Eduardo Roberto Guillén, tenho 26 anos, nascido e criado em Fortaleza, Ceará. Sou bacharel em direito.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?

Eduardo: Comecei a estudar para concursos porque queria ser policial, mais especificamente polícia judiciária, já que trabalhar com investigação de crimes e atuar na área de segurança pública sempre foi o meu sonho.

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Eduardo: A maior parte do dia sempre foi reservada para os estudos, mantendo isso como prioridade absoluta. Além disso, fazia/faço bicos do que podia para ajudar nas contas de casa.

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

Eduardo: Além de aprovado dentro das vagas para agente da PCRN, estou aprovado como excedente para o cargo de Agente Federal da PF. Estou dentro do cadastro de reserva do cargo de auxiliar de perícia da PEFOCE. Aprovado na objetiva e classificado para as próximas etapas de agente da PCDF. Além disso, estou em 103 para o cargo de escrivão e 430 para inspetor, ambos da PCCE.

Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?

Eduardo: Fiquei muito feliz quando vi minha colocação nesse concurso, foi a primeira vez que passei estando dentro das vagas. Isso me trouxe a sensação de que finalmente estava colhendo os frutos de todo esse tempo que estive estudando.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Eduardo: Tive que abdicar do convívio social em vários momentos, nos feriados eu tentava estudar normal, principalmente quando estava mais perto das provas, mas mesmo assim ainda tirava toda semana algum dia ou parte do dia para descansar e relaxar.

Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?

Eduardo: Hoje moro com minha mãe, ela e meu pai sempre me deram bastante incentivo para estudar e me dedicar aos concursos. Durante todo esse tempo estive namorando, minha namorada também sempre me motivou a perseguir meus objetivos. 

Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é e se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo).

Eduardo: É interessante que quem está estudando para concursos sempre esteja se testando, então, mesmo que não seja o cargo almejado, é bom que ele faça aqueles concursos que estiverem saindo, até para treinar seu desempenho em fazer provas.

Atualmente, estou iniciando minha preparação para o cargo de Delegado de Polícia, tendo esse cargo como objetivo final.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?

Eduardo: Comecei a estudar de verdade no início de 2020, com foco no concurso da PCDF. Nas idas e vindas da pandemia, acabei mudando o foco para o cargo de agente federal, foi desse estudo que consegui a aprovação para o cargo de agente da PCRN.

Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?

Eduardo: Estudei mesmo sem edital. Para conseguir manter a rotina de estudos eu tento organizar bem tudo que tenho para estudar, divido a matéria e estabeleço metas, anotando o que fiz e o que deixei de fazer para então fazer os ajustes necessários.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Eduardo: Eu sempre dei prioridade aos pdfs no meu estudo, por serem mais objetivos eu sinto que posso ganhar mais tempo usando eles; usava eles nas matérias que tenho mais facilidade, como as de direito ou raciocínio lógico. Naquelas matérias em que sentia mais dificuldade, como contabilidade e estatística, eu acabava buscando ajuda nas vídeo aulas e tirava minhas dúvidas no fórum.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Eduardo: Conheci o Estratégia pelas aulas online fornecidas no Youtube.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar? 

Eduardo: Eu tento manter a média de 6 horas líquidas por dia. Para organizar meu estudo me guio nos editais passados dos cargos pretendidos, divido cada matéria em um número x de assuntos e distribuo cada matéria de acordo com sua importância para a prova. Aquelas matérias que nunca estudei eu normalmente fazia um resumo ou só anotação na lei seca, dependendo do nível de profundidade cobrada no cargo. Além disso, caso eu tenha mais dificuldade em alguma matéria, tento reservar mais tempo para elas. Os exercícios e simulados devem ser feitos cotidianamente, pois é o modo que o concurseiro tem para medir seu desempenho. 

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Eduardo: A semana anterior à prova eu busquei manter a rotina de estudos normalmente, porém, sem aprofundar muito, pois queria cobrir o máximo de matéria possível. No dia anterior à prova, eu apenas vi os aulões de véspera online para ficar atento às dicas dos professores.

Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Eduardo: Para a discursiva é necessário repetição, eu fazia várias questões discursivas por semana, pelo menos quatro, tanto que uma das questões que veio na prova eu já havia feito uma muito semelhante.

Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?

Eduardo: Como já fiz o TAF, e todas as demais etapas no concurso da Polícia Federal, estou mais tranquilo, já que algo que mexe muito com os candidatos nessas etapas é a ansiedade e ter vivido esses testes uma vez ajuda a lidar com isso. Estou apenas mantendo os treinos para o TAF em dia e aguardando para a divulgação das datas das outras etapas.

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS? 

Eduardo: De erro eu diria que é deixar que a ansiedade mude sua rotina de estudos; a pandemia contribuiu muito pra isso, com todos aqueles adiamentos. Acho que um dos maiores acertos foi ter participado de todo concurso que eu podia, mesmo que não fosse tão almejado, isso me rendeu aprovação em concursos que eu nunca nem pensei em exercer, me dando oportunidade de escolher o que for melhor. 

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?

Eduardo: A maior dificuldade é você se dedicar tanto, e por tanto tempo, a algo que só vai render frutos depois de muito tempo. Eu me formei e escolhi não buscar um emprego fixo, fazendo apenas bicos, para poder me dedicar mais aos estudos, mas às vezes sentia estar parado no tempo porque via outros colegas e amigos construindo suas vidas enquanto eu “só estudava”. Apesar disso, desistir nunca passou pela cabeça, já que aquilo que quero ser é muito nítido em minha mente. Manter esse sonho vivo na mente me parece ser a chave para seguir em frente, apesar das dificuldades.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Eduardo: Dedicação, hoje os concursos estão cada vez mais competitivos, então é necessário se dedicar muito. Passa quem estuda mais e melhor. Coloque como objetivo principal na sua vida o cargo pretendido, e então estude até passar.