Aprovado em 1° lugar no Processo Seletivo do Ministério da Economia / perfil profissional 2 (Direito):
“Fique atento para as provas de oportunidade, concursos que podem servir de escada, por serem pouco concorridos e, às vezes, até com uma exigência menor de conteúdo, mas que possuem bons salários e que podem trazer certa estabilidade para a continuidade dos estudos regulares”
Confira nossa entrevista com Diogo Trindade Ribeiro, aprovado em 1° lugar no Processo Seletivo do Ministério da Economia / perfil profissional 2 (Direito):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Diogo Trindade Ribeiro: Sou formado na área de direito, tenho 27 anos e sou natural da cidade de Cuiabá/MT.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Diogo: A decisão foi tomada já depois de formado no curso de direito, diante da instabilidade financeira presente na atividade da advocacia, principalmente para os jovens advogados.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Diogo: Durante a preparação para a prova do Ministério da Economia estava trabalhando em regime de teletrabalho, então conseguia ter uma maior facilidade para conciliar o trabalho com os estudos, além de dispor de maior tempo para me dedicar a preparação para concursos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Diogo: Infelizmente não possuo aprovações anteriores em concursos públicos, na concepção técnica da palavra. Possuo aprovações em Seletivos Públicos, sendo duas vezes para exercer as funções de Conciliador nos Juizados Especiais de Cuiabá/MT, a primeira em 16° lugar e a segunda em 4° lugar. Também para exercer a função de Conciliador no Juizado Especial de Santo Antônio do Leverger/MT em 2° lugar. Ademais, possuo aprovações nos seletivos para exercer a função de Juiz Leigo no Juizado Especial de Diamantino/MT em 4° lugar, no Juizado Especial de Poconé/MT em 2° lugar e no Juizado Especial de Primavera do Leste/MT em 1° lugar. Esta foi a última aprovação e era a função que estava exercendo até a aprovação no Ministério da Economia.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Diogo: A sensação sempre é de felicidade, em qualquer aprovação. Nesse, especificamente, com um “plus” a mais porque foram cobradas algumas matérias que não estudava regularmente e fazia parte de um objetivo traçado, que era de conseguir a aprovação em uma prova que pudesse servir de escada para alcançar outros concursos maiores futuramente. Também traz a resposta de que a preparação, os estudos regulares, o método de estudos e a organização diária está correta.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Diogo: A minha vida social, no geral, não mudou radicalmente durante a preparação. Na verdade, sempre fui mais caseiro, então já não saía tanto, mas não deixei de ir a encontros de família ou a eventuais encontros com amigos. Apesar disso, nas duas semanas que antecederam a prova, evitei distrações e mantive a concentração total nos estudos.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Diogo: Estou noivo e tenho um filho pequeno (com dois anos de idade). Moro com meus pais e a família sempre me apoiou nos estudos, entendendo os meus objetivos, compreendendo as ausências necessárias em determinados momentos e auxiliando nos cuidados com o meu filho menor, pois em muitas ocasiões há um choque inevitável entre dar atenção ao filho e estudar, sendo que, nesse momento, a família foi fundamental.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Diogo: Na minha concepção, fazer outros concursos fora do objetivo principal vale muito a pena. Primeiro porque o concurseiro pode aproveitar todo o conhecimento adquirido do seu estudo regular para conseguir a aprovação em um concurso secundário, sem ter a necessidade de modificar totalmente o seu planejamento, fazendo pequenos ajustes apenas. Segundo, porque o concurseiro poderá melhorar sua condição financeira, adquirindo maior tranquilidade para se dedicar aos estudos e a alcançar o seu objetivo principal.
No meu caso, já estudava regularmente para Delegado de Polícia e, secundariamente, para as demais carreiras policiais. Acontece que, desde 2018, não tinha prova para Delegado de Polícia e a última que ocorreu em 2019, no Espírito Santo, foi anulada. Logo, me deparei com a necessidade de abrir os olhos para outros caminhos. Foi quando decidi estudar, paralelamente ao estudo regular de Delegado, para as demais carreiras policiais em meados de 2019. Com a pandemia, ocorreu a remarcação de várias provas, das quais já estava inscrito para Agente da PCPR, Agente e Escrivão da PCDF e DEPEN. Neste ínterim, vi a notícia sobre uma prova para o Ministério da Economia e de cara já percebi que poderia ser uma oportunidade para conseguir a aprovação em um bom cargo, com boa remuneração e em um órgão de renome.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Diogo: Direcionado, estudei entre a publicação do edital e a realização da prova, o que ocorreu por pouco mais de um mês. Foi um certame muito célere, dada a urgência de contratação de profissionais para o órgão. Porém, já tinha um conhecimento prévio bastante sólido nas principais matérias e, também, já conhecia o estilo de prova da banca CESPE, o que foi fundamental. Precisei fazer poucos ajustes, estudar a legislação específica, que era pouca, e revisar os principais pontos de direito do trabalho, processo do trabalho e previdenciário, que eram as matérias que não costumava estudar regularmente.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Diogo: Não estudei sem o edital, meu estudo foi totalmente pós-edital. Nesse caso, em específico, era possível. Não é toda prova que isso é viável, pois depende da bagagem de cada concurseiro e do nível de cobrança do edital.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Diogo: Os materiais utilizados foram PDF’s, revisões e questões. Como era uma prova de “tiro curto”, com prazo muito exíguo, decidi confiar no meu conhecimento adquirido até então e, nas matérias que já estudava, adotei o método de estudo por questões. Nas matérias que não costuma estudar, foi necessário ler PDF’s, de forma estratégica, abordando os tópicos mais cobrados em concurso, somado com revisões e questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Diogo: Conheci o Estratégia através da internet, redes sociais, vídeos e opiniões de outros concurseiros e, após conhecer o material, gostei da metodologia e da plataforma de estudos.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Diogo: O método ou estratégia de estudo varia de acordo com cada prova e, no caso do Ministério da Economia, optei por dedicar mais tempo de estudo às matérias que não costuma estudar regularmente. Nas matérias que já tinha um estudo prévio, apenas mantive a revisão por questões.
No geral, estudava cerca de 03 ou 04 matérias por dia, dando mais tempo de estudo para as que não tinha tanta familiaridade e menos tempo para as que eu já estava com um aproveitamento bom nas questões. A carga horária variava entre 04 e 06 horas diárias.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Diogo: Sim, tinha algumas matérias que não faziam parte do no meu estudo regular. Para superar essa dificuldade não tinha outro jeito a não ser encará-las, realizando um estudo mais calmo, com leitura do PDF, fazendo questões comentadas e revisando. Eu tinha a convicção de que deveria ter paciência e constância para poder conseguir chegar no dia da prova pelo menos em um nível intermediário nessas matérias e, no final, o que aconteceu foi que tive poucos erros nelas.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Diogo: Na reta final não tem descanso. Aumentei o tempo de dedicação, reduzi o horário de trabalho e abdiquei de distrações. A semana final foi só de revisão e exercícios, sendo que na véspera de prova ainda revisei alguns pontos que achava mais difíceis e que poderia ser cobrado.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Diogo: Nessa prova em específico, não consigo identificar algum erro na preparação. Foi uma prova muito célere, com pouco mais de um mês entre a publicação do edital e a realização da prova. A estratégia de estudo que adotei foi o diferencial, pois estava convicto de que não teria tempo para esgotar o edital e, portanto, precisava otimizar e focar nos pontos que eram mais cobrados em prova.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Diogo: Sempre o mais difícil é manter a constância e a motivação. Em desistir nunca pensei, mas já fiquei muito abatido em outros momentos com reprovações. Hoje, tento não deixar a reprovação ser um ponto negativo. As reprovações nos levam à futura aprovação. Cada prova traz um conhecimento novo, uma nova experiência.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Diogo: A principal motivação é o desejo de satisfação profissional e de proporcionar uma melhor qualidade de vida para a família.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Diogo: O conselho é manter a constância nos estudos, saber identificar qual o melhor método e estratégia para cada tipo de prova. O concurseiro deve ser organizado nos estudos e ter um bom material de revisão. Outro conselho é ficar atento para as provas de oportunidade, concursos que podem servir de escada, por serem pouco concorridos e, às vezes, até com uma exigência menor de conteúdo, mas que possuem bons salários e que podem trazer certa estabilidade para a continuidade dos estudos regulares.