Aprovado em 94° lugar no concurso PC AL no cargo de Agente de Polícia
“Com a repetição virá a aprovação. Não deixe uma reprovação ou não classificação te abalar. Mantenha o foco, procure identificar qual a forma de estudo que melhor se adequa à sua realidade e siga em frente”.
Confira nossa entrevista com Diego Biangolino Teixeira Lima, aprovado em 94° lugar no concurso PC AL no cargo de Agente de Polícia:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Diego Biangolino Teixeira Lima: Sou formado em Ciências Econômicas pela UFRJ. Tenho 40 anos. Sou natural do Rio de Janeiro.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Diego: Decidi iniciar os estudos para concursos públicos no início de 2021. Trabalho no ramo imobiliário com vendas e locações de imóveis. Por conta da Pandemia de Covid-19, meu negócio foi muito impactado, vendas e locações não ocorriam e vi minha renda declinar abruptamente assim como a de muitos brasileiros. Tendo já 40 anos de idade e achando difícil passar em um processo seletivo no setor privado na minha área de formação, achei que tentar um concurso público poderia resolver meu problema financeiro no curto prazo e dependeria exclusivamente da minha dedicação e estudo. Ser Policial sempre foi um sonho, desde criança, e realmente acredito ter vocação para a carreira. Além disso, procuro manter a forma física e isso também poderia ser uma vantagem para o TAF.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Diego: Trabalhava, mas em um ritmo menor devido à Pandemia. Além disso, trabalho junto com minha esposa e combinamos que eu estudaria para concurso enquanto ela tentaria lidar com as demandas nessa fase e eu ajudaria pontualmente, conforme a necessidade. Posso dizer que consegui ter uma boa dedicação do meu tempo aos estudos e devo agradecer isso à cooperação da minha esposa que conseguiu manter o nosso negócio praticamente sozinha. Espero poder retribuir futuramente com a aprovação definitiva, que trará maior estabilidade para nossa família.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Diego: Iniciei meus estudos para o concurso da PF deste ano. Estudei intensamente para o cargo de agente, fiz 72 pontos e por pouco não entrei no grupo que teve a discursiva corrigida. No meio do caminho para a PF, abriu o edital para PC-AL. Fiz a inscrição! Fui aprovado na PC-AL na posição 94º.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Diego: Realmente foi uma sensação muito boa, uma alegria imensa, pois pude ver que meu esforço deu resultado. Fiquei acessando várias vezes para ver meu nome lá e confirmar que estava certo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Diego: Eu adotei uma postura bem radical procurando maximizar o tempo de estudo que eu tinha. Ficava até chato para as pessoas que conviviam comigo, que vinham aqui em casa e eu estava estudando. Nisso minha esposa também me ajudou, pois acabava recepcionando nossos familiares sozinha. É fato também que a questão da Pandemia ajudou a passar por isso, pois ficamos mais isolados e não saíamos praticamente para nada.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Diego: Sou casado e não tenho filhos. Conforme explicado anteriormente, minha família entendeu (minha esposa). Fizemos um pacto e sendo aprovado os benefícios serão para todos.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é e se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo).
Diego: Acho que é válido somente se for para a mesma área de atuação. Por exemplo, eu busco ser aprovado futuramente para PF e para o próximo concurso da PCERJ, ou seja, todos na área policial. Apesar de existirem peculiaridades de cada concurso, o básico acaba sendo o mesmo e você pode ir usando os concursos para treinamento daqueles que você busca. Não acho uma boa buscar áreas diferentes, pois o conteúdo pode variar bastante e você perder o foco naquele conteúdo que realmente importa para o que você quer. Acho que para concurso, o foco é fundamental, pois a aprovação virá da repetição de determinado conteúdo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Diego: Especificamente, para o concurso da PC-AL foram 03 meses, mas para a área Policial desde janeiro/2021 (8 meses).
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Diego: Não, estudei pós-edital. O que me motivou foi a abertura do edital para PF 2021.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Diego: Usei os PDFs e videoaulas do Estratégia. Usava as videoaulas para complementar os assuntos que entendia mais importantes para aquele concurso e para aqueles assuntos que não ficavam tão esclarecidos pelos PDFs. Usei muita aula gratuita do Estratégia também no YouTube, principalmente para as revisões. Achava mais fácil de buscar lá por assuntos e bancas específicas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Diego: Indicação de um amigo.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Diego: Eu procurava estudar o máximo de uma matéria por dia, mudando de matéria no dia seguinte. Procurava exaurir aquele assunto de determinada matéria antes de passar para outra. Assim, em alguns momentos, estudei a mesma matéria por mais de um dia consecutivo. Uma espécie de ciclo que eu criei, voltando sempre para a matéria do início quando concluía um ciclo. Eu preferia ver teoria e explicação de exercícios resolvidos. Parei pouco para resolver exercícios e não fiz simulados. Sei que isso não é o recomendado, mas como tinha pouco tempo para o concurso preferi fazer desta forma. Apesar de ver as resoluções das questões, sempre buscava resolvê-las mentalmente logo antes de ver as resoluções. Eu estudava o máximo de horas por dia. Já acordava vendo um vídeo (Estratégia ou YouTube) para aquecer. Em seguida ia para o material do dia. Terminava o dia já na cama assistindo um vídeo também, tudo sobre a mesma matéria e assunto. Acho que pela repetição os assuntos foram sendo memorizados.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Diego: Acho que por conta do vasto conteúdo, informática! Eu me adaptei melhor priorizando vídeos no caso de informática. Assistia muitas aulas do Professor Renato da Costa. Ele consegue passar muito conteúdo por aula. Mesmo que a aula seja de um tema específico, na dinâmica da aula, ele acaba revisando outros assuntos conforme vão surgindo. Isso me ajudou bastante em Informática. Acho que se você encontra dificuldades, o vídeo pode ser uma boa solução.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Diego: Não conseguia parar de pensar na prova e queria ter na memória recente a maior quantidade de assuntos possíveis, portanto intensifiquei as horas de estudo. Inclusive na véspera, assisti às revisões de véspera do Estratégia no YouTube. Me ajudou a conquistar muitas questões!
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Diego: Eu entendia que o tema da discursiva viria de alguma das disciplinas específicas. Mesmo que o edital colocasse como atualidades, no fundo tem conteúdo de Direito Penal, Administrativo e/ou Constitucional por trás. Principalmente Direito Constitucional, que acaba sendo a base dos demais “Direitos”. Portanto, eu buscava solidificar bem os assuntos de Constitucional e Penal, pois assim teria argumentos para uma boa discursiva. Acho que deu certo porque de 20 pontos consegui 19,45. Já quanto a parte da escrita em si, tenho bastante treino que adquiri ao longo do tempo, portanto isso em tese não seria um problema, salvo qualquer nervosismo ou falta de tempo no dia.
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Diego: Eu já treinava regularmente. Apesar da justificável redução na frequência por conta dos estudos, tinha uma boa estrutura e acreditava que bastaria intensificar pós-aprovação. Foi o que eu fiz! Já aprovado montei uma série com um personal focada no TAF. Portanto, caso você tenha uma boa “memória muscular” acho que é possível diminuir o ritmo na fase de estudos e intensificar pós-aprovação com auxílio de um profissional. Vamos ver se minha estratégia dará certo!
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Diego: Estou satisfeito com a minha aprovação. Fica difícil apontar defeitos tendo sido aprovado. O objetivo foi alcançado! Acho que o maior acerto foi achar a forma de estudo que melhor se adequou ao meu perfil. Isso permitiu que eu constantemente estivesse passando pelos assuntos, me dava ânimo para seguir em frente e mantinha meu foco.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Diego: O mais difícil para mim foi lidar com a ansiedade! Sou um pouco ansioso. Quando iniciei e vi que tinha muita coisa ainda para assimilar, isso me dava uma certa desanimada. Para lidar com isso, eu procurava pensar no meu objetivo. Isso me confortava e fazia seguir em frente. Eu acabava ficando mais preocupado em cobrir todo o conteúdo do que com a própria prova em si. Com o tempo, o conteúdo foi sendo assimilado e isso foi me tranquilizando.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Diego: A minha principal motivação foi buscar uma solução para o meu problema profissional. Meu negócio estava ruim e eu precisava buscar outras opções. Eu sabia que a aprovação em um concurso seria um caminho. E foi isso! Sigo aí, em frente até a aprovação definitiva para que eu possa ter mais tranquilidade, estabilidade e novos rumos, aprendendo uma nova atividade com a qual me identifico.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Diego: Acho que o principal é nunca desistir. Com a repetição virá a aprovação. Não deixe uma reprovação ou não classificação te abalar. Mantenha o foco, procure identificar qual a forma de estudo que melhor se adequa à sua realidade e siga em frente. Uma hora acontece!
